Obras Públicas – suspeitas legítimas

Hoje no Público, Campos e Cunha aborda a questão do PEC, dos “especuladores” do acordo Sócrates/Passos Coelho e da miserável situação em que nos encontramos.

Como se verificou, imediatamente a seguir ao acordo com Passos Coelho, vieram os ministros das Finanças e das Obras Públicas fazerem apressada declaração. O aeroporto e o TGV  continuam apesar de estarmos neste aperto e deste acordo! .

O que levará Sócrates a ter esta obsessão, a ponto de colocar o país à beira da bancarrota? Contra todo o bom senso e toda a lógica, prefere congelar salários e pensões a adiar as grandes obras públicas que, essas sim, teriam efeitos pronunciados na despesa.

Não podemos esquecer que é o mesmo Sócrates que, com um governo já em gestão, não se coibiu de autorizar o Freeport de todas as vergonhas. Não aprendeu nada. Mas esta obsessão levanta suspeitas legítimas. O que levará Sócrates a querer levar os grandes projectos até ao ponto de não retorno quando já se percebeu que não será ele a construi-los, e num ambiente de grande perturbação economico-financeira?

O serviço tem que ficar feito a ponto de não se poder voltar atrás? Quem beneficia ? Há compromissos com entidades que não o Estado ?

Comments

  1. Milan Kem-Dera says:

    É que o auto-denominado engenheiro pode não saber gerir, sequer, uma mercearia, mas sabe muito bem fazer “contas de somar”…

  2. Luís Moreira says:

    Até já se falou hoje em subir o IVA, mas as obras públicas é que ele não larga. Devem ter mel!

  3. Milan Kem-Dera says:

    Que se pega às mãos, pega, certamente! Já duvido é que seja mel…

  4. joão Nunes says:

    Os advogados e consultores que o governo nomeia para tratarem dos contratos, ao invés de defenderem o Estado, logo todos nós, já fazem os contratos armadilhados a favor das construtoras e bancos financiadores por forma a que se houver alguma tentativa de arrependimento, ou retrocesso, a multa seja mais pesada que a obra toda, acrescida do triplo do preço, pelos trabalhos a mais, derrapagens e demais alcavalas.
    É fácil, ganham todos , que nós cá estamos para pagar.
    Já era tempo, era de lhes fazermos a barba.

    • Luís Moreira says:

      Basta o exemplo dos contentores de Alcântara, o contrato está mesmo feito para que a Motta -Engil se encha haja ou não obra.

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