Eu acho que um dos nossos problemas é queremos fazer as coisas da forma mais dificil e ignorar o óbvio.
Esta (re)lembrança do nosso presidente que o mar deve ser (um dos) nossos designios é um pouco o exemplo disto.
Na verdade até nem percebo qual o espanto na sugestão de Cavaco Silva, bastava ter acompanhado já há um ano os posts do meu colega de blog Luis Moreira com a sua série sobre o hipercluster do mar.
Mas isto é tão evidente que na semana anterior a esse discurso, falava eu com Micael Gustafsson, Managing Director da Oresund IT a propósito de Tecnologias de Informação e como elas podem servir de alavanca a outras indústrias e ele referia com algum espanto:
“why do you not combine marine research with ICT research and maybe with creative industries to find some new things… that is something that we have been working a lot in the Oresund region for the last four or five years, trying to combine different sectors”.
A resposta é a habitual… era muito fácil.
!9,4 % de ineficácia pela burocracia? Estes estrangeiros são doidos.
Tem de estar acima disso, o estudo não contemplou precisamente a área ligada à agua salgada. Devem ter ficado pela água doce.
Um amigo meu tem um veleiro.
Precisa de o retirar da água para proceder a trabalhos de limpeza e pintura do fundo.
– Contrata a empresa que fará esse trabalho.
-Tem de retirar o barco da Marina onde esta´habitualmente e deslocá-lo, a navegar, a distância de 1 Kilómetro. 1/2 NM.
– Tem de pedir autorização por escrito ao IPTM e aguarda 3 semanas pela resposta, indo semanalmente tentar saber se o Exmo. Snr. Comandante já deferiu/ou não.
– Vinda a resposta, positiva e cheia de restrições, terá de avisar a Polícia Marítima sobre o dia e a hora previsto para a operação, entregando cópia da autorização do IPTM.
– Avisa o S.E.F. de tudo isso, entrega cópia das autorizações da P.M. e do IPTM e garante que não leva passageiros embarcados. Entrega fotocópias dos B.I’s do pessoal envolvido na operação.
– Avisa a Brigada Fiscal da mesma coisa. Entrega fotocópias dos B.I’s do pessoal envolvido na operação, à semelhança do que já tinha feito no S.E.F.
Tendo o barco em seco, procede à inspecção da embarcação por técnico vindo expressamente de Lisboa, que tem de ver o barco em seco e depois a flutuar.
Esse serviço implica uma factura enorme só em deslocações, taxas, sobretaxas e costumeiras alcavalas e no fim de centenas de euros sobra uma pequeníssima taxa de 2,5 euros para o ISNáufragos.
Finda esta coisa, repete as comunicações todas às mesmas entidades, para fazer o percurso inverso.
E o estudo fala em 19,4%.
Brincalhões!
se houver empresas de aluguer de veleiros deixa de haver dores de cabeça… em vez de ser proprietário aluga
Maria Monteiro:
Quem te mandou sair da cozinha?
E a si, João Nunes, quem o deixou sair do manicómio?
Ricardo,
Estamos a tratar de assuntos sérios, com interesse quase geral e de alguma relevância para o restaurar de alguma identidade, quer financeira quer genética de Portugal. As mentalidades rasteiras e os feudos têm de acabar. Não sendo assim, nunca mais saímos da cepa torta.
Comentários foleiros ao que outros, no caso eu, escrevi, não aceito.
Vai também para a cozinha, lavar a louça.
Se quiseres trazer à discussão algo de valor, podes sair. Caso contrário deixa-te estar por aí, que daqui a pouco é hora de jantar.
«Maria Monteiro:
Quem te mandou sair da cozinha?»
Este sim, é um comentário de grande elevação e que traz muito para a discussão. Sendo que este blogue é meu (e de alguns outros), vou para onde quiser quando quiser. E o senhor ficará aqui enquanto eu o permitir.
O dono manda. Quando quiser, diga.
Onde eu disse identidade, quer financeira…
Queria dizer: independência financeira e identidade genética de Portugal.
«Maria Monteiro:
Quem te mandou sair da cozinha?»
Por acaso sai mesmo da cozinha e fui andar de veleiro ali para as bandas de Vila Franca de Xira. Isto de gostar do mar pede alguns sacrifícios… até se abdica da cozinha
Vila Franca de Xira tem mar? Não sabia.
“Estamos a tratar de assuntos sérios”
Por acaso, estávamos.
Não tem mar mas tem escola naútica… primeiro é preciso aprender