Quem destapa este véu?

Pergunta a “Visão”, contando a história. Uma mulher argelina, a conduzir um carro numa cidade francesa , é autuada porque o cívico de serviço acha que o “véu islâmico” que ela usa lhe perturba a visão o que pode contribuir para o desastre automóvel.

A mulher não está com meias e, em conferência de imprensa (coisa que na Argélia nunca poderia fazer) acusa a polícia de a estar a perseguir por ela ser imigrante , estaria em causa a sua liberdade! Estas coisas trazem sempre a “roupa suja” e sabe-se que o marido, tambem ele imigrante e argelino, tem quatro mulheres e oito filhos e vivem todos da Segurança Social.(profissionais da caridade)

O marido diz que ninguem tem nada com isso, ele cumpre a lei, exerce os seus direitos recebendo os subsídios e em França não é proíbido ter amantes. Segue-se a questão menos interessante e que abrevio por ser a habitual, proibir ou não proibir o véu, o Presidente Sakorzy a dizer “que o véu” é um sinal de subserviência…

Mas a verdadeira questão, julgo eu, é saber se a mulher é imigrante e muçulmana para usar o “véu” e Francesa para receber os subsídios. Se o marido é Francês para viver, juntamente com os filhos e as amantes à conta da Segurança Social ( os mesmos que aqui dizem que não querem pagar a conta da visita do Papa, não se importam de pagar o Estado Social a quem nunca trabalhou nem trabalhará) e é muçulmano para viver com quatro mulheres, e não mexer uma palha.

Podemos reinvindicar os direitos concedidos pelo Estado Social Francês e não ser cidadão Francês? Não respeitar os seus usos e costumes e viver à conta dos cidadãos franceses que trabalham?
Proibir não é boa política, costuma dar mau resultado, e “avacalhar” os principios em que a nossa sociedade se ergue, dá bons resultados?

Comments

  1. Pedro says:

    Desculpa lá Luís, mas, do do meu ponto de vista, essa é a falsa questão “Mas a verdadeira questão, julgo eu, é saber se a mulher é imigrante e muçulmana para usar o “véu” e Francesa para receber os subsídios. Se o marido é Francês para viver, juntamente com os filhos e as amantes à conta da Segurança Social… ….e é muçulmano para viver com quatro mulheres, e não mexer uma palha.”
    Não é por usar véu que ela é menos francesa (se o for) nem por ter quatro amantes que ele é mais muçulmano (se o for). Baralhar os dados e misturar tudo é, nestes casos, um procedimento habitual e só cai quem quer acreditar que assim é. Uma fé!

  2. Luis Moreira says:

    Não, Pedro, esta é a verdadeira questão. Não quero dizer que seja bem ou mal, isso ainda não sei, mas se não soubermos dar resposta a esta questão não se dá a todas as outras. Como se vê na França, na Bélgica, na Suiça. Como é que um imigrante, carregando os seus costumes e o seu modo de viver, exige viver à conta de um Estado que combate?

  3. Frederico Mendes Paula says:

    Viver á conta do subsídio e não trabalhar é tão criticável para um muçulmano como para um francês. E não se reconhecer aos imigrantes o facto de pagarem impostos que beneficiam sobretudo a população envelhecida europeia é grave. Agora ter que se vestir à francesa para viver em França é no mínimo pouco razoável. Conheço muitos franceses que vivem em Marrocos e nenhum deles é obrigado a vestir-se á marroquina. De facto a Europa está a mudar os seus valores e a transformar-se num continente racista e xenófobo. A mim faz-me especial confusão porque sinto que se aproximam tempos muito complicados…

  4. Frederico Mendes Paula says:

    Luis todos os cidadãos têm o direito de criticar o estado e de lutar pelos seus direitos. Mesmo os imigrantes. Ou será que por serem imigrantes têm que comportar-se como escravos?

  5. Luis Moreira says:

    Frederico, também eu, e não tenho certezas, longe disso. Isto é uma reflexão. Eu tenho cuidado em passar ao largo do que me parece mais evidentemente errado, (as decisões do Sakorzy) mas não acredito nada que , ou tenho muita dificuldade em acreditar que este caminho chegue longe. E, é claro, que a imigração é necessária, face à demografia europeia, mas a maioria trabalha e juntou-se ao país que escolheu. Não me parece que seja a melhor postura fazer de conta que isto é um problema que se resolve com uma certa ligeireza. Não é de todo!

  6. Luis Moreira says:

    Nada disso! todos os outros que são a enorme maioria (como aqui) trabalham e têm a sua vida e os seus direitos e deveres. Os aproveitamentos é que têm que ter respostas, mas essas respostas exigem tocar em assuntos muito sensíveis. Um deles é a falência do Estado Social!

  7. Frederico Mendes Paula says:

    O que é importante é ter discernimento para perceber onde estão os problemas. É muito perigoso proibir. Quem tem o direito de proibir com base na moral? Ninguém. Proibir a burqa porque constitui uma forma de ocultação da identidade e consequentemente constitui uma ameaça á segurança? De acordo. Proibir as mulheres islâmicas de usar um lenço na cabeça porque somos intolerantes e não aceitamos as diferenças culturais? NÃO!

  8. Luis Moreira says:

    Eu creio que a burqa (só vi uma vez aqui no Parque das Nações) é tão violento que me parece pacífico o seu não consentimento. Quanto ao véu, não me parece ,tambem, embora em sentido contrário, que estética ou socialmente seja de banir. Mas em termos de valor religioso? Não abre caminho à Igreja Católica exigir manter os seus costumes? (crucifixo, procissões,dias de feriados…)

  9. Frederico Mendes Paula says:

    A igreja católica não tem que banir os seus costumes. Se eles existem, por alguma razão é. O estado é que, enquanto entidade laica e representativa de todos os cidadãos, não deve interferir nesses costumes. Por exemplo, não deve dar tolerância de ponto nas visitas do papa.

  10. Luis Moreira says:

    O véu é mais uma bandeira que outra coisa, não faz mal a ninguem. Mas as questões levantadas no texto são sensíveis e mais tarde ou mais cedo vão exigir respostas. Aqui em Lisboa (ver meu texto “profissionais da caridade” aí em cima com o link) os ciganos vivem assim, é frequente a polícia ser chamada para os impedir de partirem tudo porque exigem mais subsídios. E já perceberam que ter filhos dá muita massa, tal qual o nosso muçulmano argelino.

  11. Frederico Mendes Paula says:

    Os feriados são outra coisa porque aliam ao carácter religioso da data alguns aspectos culturais e até profanos enraizados nos costumes e na própria identidade social, como por exemplo o Natal. É bom não esquecer que a igreja católica adoptou algumas tradições profanas pré-existentes. De qualquer forma os feriados católicos justificam-se porque Portugal é um país tradicionalmente e maioritariamente católico, pelo menos por enquanto.

    • Luís Moreira says:

      Embora pareça que há abusos, pelo menos comparando com os outros..

  12. Frederico Mendes Paula says:

    Olha Luis eu tenho 4 filhos e não me dão massa nenhuma, antes pelo contrário.

  13. Luis Moreira says:

    Pois, isso sei eu, e ainda bem que tens tantos, têm um óptimo pai, mas a verdade Frederico é que ou nós racionamos o Estado Social ou isto vai por água abiaxo, Não é possível, aos níveis de criação de riqueza actuais, manter este Estado Social. Ora, para mim, é um dos maiores feitos do homem político!

  14. Amadeu says:

    Questões profundas:
    – Será que se pode usar um lenço à minhota em Paris ?
    – O mandamento “Não pirilamparás mais que uma mulher de cada vez” aplica-se a toda a gente ?
    – Se um gajo avacalhar os costumes dum país pode ser internado por padecer da doença das vacas loucas ?

    • Luís Moreira says:

      Amadeu, o assunto essencial da questão não tem nada a ver com o que diz. Leia com atenção.E há países que não estão nada de acordo consigoMas claro, são eles que estão enganados.:

  15. Amadeu says:

    – Um emigrante portugues desempregado em França pode gastar o subsídio em sardinhas e bacalhau ?

    • Luís Moreira says:

      Os emigrantes portugueses podem porque trabalham e descontam. E a França, a Suiça e a Bélgica já estão a dar respostas.E leia com cuidado, vai ver que o principal assunto tem pouco a ver com o véu…O problema é que há assuntos que não se podem discutir, se forem assuntos conectados com muçulmanos, a xenofobia espreita. É a melhor maneira de acabar com as reflexões sobre os assuntos.

  16. Amadeu says:
  17. Luis Moreira says:

    Amadeu, isso é muito bonito, mas a Bélgica, a França e a Suiça já lhe responderam. E se ler com cuidado vai ver que o que está no texto tem pouco a ver com o véu…

  18. Amadeu says:

    E então o capote alentejano ?!?!
    É o ideal para transportar uma metralhadora ou um cinto de explosivos escondidos.
    O Sócrates desesperado pode ser tentado.
    Vou sugerir aos ditos parlamentares que o proíbam também.

    • Luís Moreira says:

      Amadeu, você sabe mais do que isso. Leia com atenção e vai ver que o que está ali pouco tem a ver com o véu.Por exemplo, com a falência do estado Social ou com a justa revolta de quem trabalha. Olhe que o Frederico, que sabe mais do assunto que nós todos juntos, leva bem a sério estas questões.

  19. Amadeu says:

    Partilho da sua preocupação da eventual falência do estado social.

    Que nada tem a ver com argelinos, muçulmanos, véus, poligamia, desrespeito dos costumes diferentes dos nossos.

    Com o pretexto dessa preocupação, o meu amigo informa que a sua verdadeira questão é … o véu !!
    Cito-o : “Mas a verdadeira questão, julgo eu, é saber se a mulher é imigrante e muçulmana para usar o “véu” e Francesa para receber os subsídios. ”

    Que nada tem a ver com argelinos, muçulmanos, véus, poligamia, desrespeito dos costumes diferentes dos nossos.

    • Luís Moreira says:

      Essa é a verdadeira questão. Ninguem pode sentir-se marginalizada por ter sido autuada. A lei é a mesma. Não pode protestar publicamente por se sentir muçulmana, ao ter sida autuada . A lei é a Francesa, igual para todos. Ela aceita as leis que lhe interessam e não aceita as que não lhe interessam. Eu tambem posso fazer isso? Não posso! Se acha que a lei não foi cumprida recorre ao Tribunal. Foi ela que levantou a questão do véu. Eu sou autuado e protesto porque o polícia não gosta de gajos feios? Não posso! A questão é saber se a lei Francesa foi ou não cumprida não tem a ver com véus.E o marido, se lhe tirarem os subsídios como deviam tirar a todos os que estão nas mesmas condições, tambem vai dizer que é uma vítima por ser muçulmano? É o primado da lei. meu caro!

  20. joão Nunes says:

    Luis,
    Toda a gente gosta de andar com coitadinhos ao colo. Mas esses são os que não pagam nada e também fazem parte do grupo dos que recebem. Não podem dizer mal da teta.
    Viver à borla e à custa dos outros é bom, por isso há tantos.

    • Luís Moreira says:

      Pois, há! mas cá em Portugal e não só, um homem que vive à conta das mulheres e dos filhos tem um nome muito feio. Não é por ser muçulmano e por ter costumes diferentes que muda. O texto, coloca esta questão, e os véus não são mais que assuntos acessórios

  21. Pedro says:

    João Nunes e Luís:
    Ou discutem o estado social, ou discutem religião, ou discutem ambas as coisas separadamente. Misturar tudo no mesmo saco é uma falácia.
    Afirmar “Os emigrantes portugueses podem porque trabalham e descontam.” é outra falácia. E os que, mesmo em França, não o fazem? E os muçulmanos que o fazem?
    Filhos e amantes? Quantos não muçulmanos têm amantes e filhos delas? Quantos portugueses cristãos, espanhóis, franceses e etc?
    Se o texto não tem a ver com o véu, porque é que a palavra aparece no título e no artigo? Se tem a ver com o estado social, porque é que aparece a palavra muçulmanos?

    • Luís Moreira says:

      Pedro, foi essa a questão que me chamou a atenção para o assunto. Quem trouxe o “véu” para a discussão foi a própria mulher muçulmana, acusando o polícia de que a teria multado, não porque o véu lhe dificultava a visão, mas por ser islâmico. É isso mesmo, é aí que eu pretendia chegar. Não vejas nisto a minha opinião. Levantei uma questão a partir de um artigo, que nos coloca problemas enormes e muito dificeis e que vão ter que ser resolvidos com violência e muita dor.

  22. Frederico Mendes Paula says:

    É isso mesmo, Pedro. Clarividência para discernir os problemas e separar as águas.

  23. Amadeu says:

    Acerca dos “políticos” e seus tachos: e a quantidade deles que acumula pensões disto e daquilo. É porque foi gestor público de várias empresas, é porque teve um ou mais cargos políticos, é sempre a somar.

    Um verdadeiro caso de poligamanço.

  24. Luis Moreira says:

    Como bem diz o Frederico, eu nisso, no gamanço, só arranjo inimigos. Não os largo! E é claro que quem protesta contra os pequenos e vê o gamanço generalizado nos grandes, vai aceitar regras vindas de quem não as cumpre? É um caso de falta de credibilidade que vai destruindo a nossa sociedade!

  25. maria monteiro says:

    Há dois dias também foi notícia que uma muçulmana a viver em Itália foi condenada a pagar uma multa de 500 euros por usar burka. Foi no município de Novara (norte), um reduto do partido anti-imigrantes e regionalista da Liga Norte.
    Começa a generalizar-se cada vez mais o ódio aos de fora e assim como quem não quer a coisa lá vão dizendo que é o véu, a burka… que estão a zelar pela “libertação” da mulher…

    A seguir deve ser pela libertação do homem que usa turbante, na rua, no restaurante, nos transportes, no local de trabalho

  26. joão Nunes says:

    E pronto, lá temos alguém a branquear e a nivelar por baixo.
    Agora, para branquear uma situação traz-se outra, a dos políticos, quando essa não chega, vem o Bush, se não for suficiente, há-de vir outro ou outra coisa qualquer, até à saturação e desvio do do tema inicial.
    É o costume. É como estar a regatear preços durante meia hora e no fim não haver transacção. Típico.
    O princípio é este:
    Deveres e direitos.
    Quer direitos? Cumpra os deveres.
    A lei não é às curvas, desviando-se de uns e aplicando-se a outros. Tem de ser a direito.
    O polícia multou a mulher por não ver bem por causa daquela coisa como multaria um homem que não visse bem por usar um chapéu ou um fez enterrado até aos olhos.
    Quando o polícia lhe perguntou se ela não tinha visto o sinal vermelho, a mulher respondeu que não, por causa daquilo.
    Multou, está multada. E bem.

  27. Luís Moreira says:

    Não sei,não, Maria, se é assim tão ligeiro ! É preciso primeiro saber se queremos mudar e se o que nos propõem é melhor. A verdade é que são eles que vêm para cá, para este tão odiado ocidente.

  28. joão Nunes says:

    Maria Monteiro,
    Claro que não pode usar burka, na rua. O carnaval é em Fevereiro.
    Lá no Afeganistão, no Irão, na Líbia, em Marrocos, na Argélia, no Chade, no Sudão, na Etiópia, etc.,etc., não se pode andar de mini-saia, nem de top, nem ir à piscina em fato de banho, quanto mais biquini. E não é numa província só, é em todas. E não passam multas. Matam, degolam, apedrejam até à morte.

  29. Luís Moreira says:

    João, pois a questão é que foi a mulher que levantou a questão do véu, e aí é que reside o interesse, daí eu ter tentado condicionar o problema e achar que não há um problema religioso nesta estória, há sim, um aproveitamento de vitimização. Sou muçulmana, logo, sou maltratada!

  30. Amadeu says:

    E à intolerância deles respondemos com a nossa intolerância e a cada burqa uma injecção letal e o problema acaba ?

  31. maria monteiro says:

    Luís o ocidente é muito mais odiado e maltratado por nós, que cá nascemos, do que por eles

  32. Luís Moreira says:

    Eu sei que este problema é muito dificil e vai trazer muita violência (como já vai trazendo)e não sei a solução, mas fico muito apreensivo com as ideias de que a Maria é um exemplo. O ocidente (leia-se, o capitalismo e a democracia) são os maus, os outros são os bonzinhos. Assim não contribuimos para o debate. Eu, se às cegas tiver que escolher ,escolho a minha terra e o meu modo de viver, mas espero ter a oportunidade de debater o assunto com quem está disposto a cedências mútuas.

  33. Luís Moreira says:

    Mas não é isso que está a acontecer nem eu sou dessa opinião. Agora uma mulher que é autuada por passar um vermelho e diz que foi por causa do véu que não viu o vermelho, e a seguir acusa o polícia de xenófobo, dá muito que pensar. É preciso dizer que a mulher está errada e nós cidadãos sem véu, não aceitamos a desigualdade que ela pretende.

  34. Luís Moreira says:

    Eu não odeio o Ocidente, nunca odiei, sei que tem muitas coisas más, mas nunca em nenhum lado, tanta gente viveu tão bem durante tanto tempo. Conheço suficiente mundo para saber que é assim. Nos países muçulmanos não há Estado de Direito, nos países de leste não há economias sociais de mercado e iniciativa privada, nos países do extremo oriente não há democracia parlamentar. Vamos lutar por melhor? Claro! mas não quero mudar!

  35. maria monteiro says:

    Luís mesmo sem mudar temos que saber aceitar também os outros com ou sem véu. Fomos bem “invadidos” por restaurantes chineses, japoneses, cabo-verdianos, indianos…… no dia a dia tanta gente se veste com os trajes usuais dos seus países de origem não consigo entender a embirração e/ou aquele olhar meio de esguelha na direcção de alguém que usa véu, eu sei que isso acontece porque tenho uma amiga muçulmana que usa véu e… nem sempre é fácil.

  36. joão Nunes says:

    Maria,
    no interior de Portugal, muitas mulheres, as mais idosas, principalmente, usam lenço preto na cabeça.Se enviuvaram aos vinte anos, fazem luto toda a vida. No litoral, entre as gentes piscatórias, idem.
    Há por aí uma seita de ciganos, sempre de vestidos de preto, com uns chapéus esfarrapados e elas, até uma capa usam. Tudo de preto.
    Também vivem dos subsídios , mas não andam constantemente a armar em vítimas, ao desgraçadinho, ao coitadinho. Andam aí pelas feiras, vendem o que vendem e não há chatices nenhumas. Em Londres, há de tudo, de todas as etnias, de todos os cantos do mundo, de turbante, de fez, de kimono e não há chatices nenhumas. Nunca houve chatices.Só há chatices, agora, com os muçulmanos porque são eles que as provocam.
    Faz parte de uma estratégia montada para dominar o Ocidente.
    É como aqueles que armam zaragata e depois deixam tudo ao banano e dão à sola. Querem barulho.
    E enquanto houver crentes e ingénuos, a luta deles dá fruto.
    Pena é que alguns dos que os defendem aqui, não vão para lá conviver com eles, usando as tradições dos seus países de origem.
    Devia ser bonito.

  37. Amadeu says:

    Obrigado João por esta pérola do pensamento desta ocidental praia lusitana

  38. joão Nunes says:

    Amadeu,
    estás sempre a tempo de ires experimentar.
    Segue o meu conselho:
    Vão para lá conviver com eles, usando as tradições dos seus países de origem.

    Usa shorts, bebe umas bejecas, vai à praia com a tua namorada em biquini, beija-a na rua, abraça-a come umas bifanas, umas sandes de presunto, ri-te de quem pára para rezar, como fazes aos de cá, Escarnece das tradições locais. Protesta com as autoridades. Escarnece das autoridades religiosas e diz-lhes que a religião é o ópio do povo.Arma-te em vítima e chama-lhes xenófobos.
    Se voltares, conta-nos como foi.

  39. Pedro says:

    O Ocidente até nunca foi para a terra deles chatear muçulmanos! Bonito, bonito era o João Nunes não generalizar, isso é que era bonito. Só diz que nunca houve chatices quem não conhece os últimos 400 anos de história da humanidade, então sim, era uma paz, com os ingleses, os holandeses, os franceses, os portugueses a chegarem à terra dos outros e a terem respeitinho pelos costumes e tradições dos sítios onde chegavam! Bonito, bonito, é os países terem as fronteiras onde culturalmente pertencem sem que os ocidentais as tenham determinado a regra e esquadro ao sabor dos seus interesses! Bonito era a polícia multar uma transmontana por usar lenço na cabeça ao conduzir um carro. Bonito, bonito era as pessoas não terem que emigrar por estarem as fontes de matéria prima controladas pelos países ricos, por estar a agricultura subsidiada e eles não terem hipótese de exportar os seus produtos, eles não fazerem cá falta para fazerem trabalhos que nós já somos muito finos para fazer. Bonito, bonito, era falar sem baralhar tudo e voltar a dar o jogo todo viciado. Bonito era ter ideias em vez de mandar bocas. Bonito era não ser racista. Bonito era compreender antes de julgar. Bonito é eu já estar farto desta converseta da treta em que o racismo suplanta os argumentos. Bonito era saber que os muçulmanos têm várias correntes de pensamento religioso. Bonito era conhecer a história das religiões, particularmente da cristã, e saber o que foi feito em nome delas. Bonito era vir para aqui mandar bocas a propósito dos cristãos criacionistas e das seitas cristãs terroristas e fundamentalistas que pululam nos EUA. Bonito era deixar-mo-nos de tretas. Isso é que era bonito.

  40. Amadeu says:

    João,
    Fiz isso quase tudo, excepto o desrespeito pela tradições deles e ainda:
    Vendi-lhes álcool, fumei charros, contrabandeei calças de ganga, namorei-lhes as irmãs, fiz amigos, ri-me com eles, mijei-lhes o deserto, andei de comboio sem pagar, limpei o cú às palmeiras e ainda hoje gosto de usar um lenço palestiniano, principalmente quando sei que com isso posso atazanar mentes como a sua.

  41. Luis Moreira says:

    Pedro e Amadeu, por conhecerem e serem amigos do Frederico, não me foi dificil perceber que estão muito bem preparados na matéria. E é claro que o que dizem só valoriza a discussão, vocês têm experiência desses povos, conhecem-nos culturalmente e é tudo muito diferente.. Mas já não tenho a mesma opinião sobre os que têm um determinado discurso, aparentemente próximo do vosso, mas que têm origem em razões ideológicas e políticas.Há quem olhe para os muçulmanos como alguem que os pode ajudar na luta contra “o grande satan…” que para eles é a Europa e os US!
    PS: vejam o interesse que as pessoas têm sobre este assunto, no número de visitas. sem truques….

  42. Frederico Mendes Paula says:

    Luis. Quem ganha com o fundamentalismo islâmico e aliás quem o financiou desde o início? Quem promoveu os talibãs? Quem armou o Sadam Hussain?Os americanos e israelitas. E quem perde com o fundamentalismo? Quem morre diariamente nos atentados no Iraque? Quem é insultado e conotado de terrorista? Quem é que vê as suas liberdades restringidas? Os muçulmanos

    • Luís Moreira says:

      Disso não tenho dúvidas que o Bush e os seus muchachos fizeram grandes tropelias. E o que os Israelitas fazem aos palestinianos tambem não me deixa nada feliz. Para não falar na ideia brilhante de oferecerem uma terra que estava ocupada por um povo que lá nasceu. Sobre isso, meu caro Frederico, devo-te a retirada das últimas dúvidas.

  43. joão Nunes says:

    ” E o que os Israelitas fazem aos palestinianos tambem não me deixa nada feliz.”
    E o contrário, deixa?

    Pedro, Podias ter lá ficado, a fumar charros, a namorar as irmãs deles.
    O que tu pensas é que foste o unico que por lá andou, o unico que tem um olho em terra de cegos. Estás enganado.
    Conta porque te vieste embora. Conta o que fizeste para fugires de lá. Há muito quem use um lenço desses e nunca tenha lá ido. Não quer dizer nada. A tua suposta “amizade” ao povo “muçulmano” ou a um povo que por acaso também é muçulmano, é a solidariedade dos okupas, dos párias, dos néscios esquerdóides. Em alguns lugares fica bem, é beto. Para os direitos, claro, porque para os deveres, está quieto…
    Conta, Pedro, conta a tua fuga..

  44. Luis Moreira says:

    Não, não deixa, e o problema é esse, morrem inocentes e aquilo é um circulo vicioso de onde não se sai.

  45. Amadeu says:

    João, não te trates não

  46. ahmed says:

    Eu vou escrever alguns pontos, porque eu não sou tão bom para escreve um artigo nem um texto..
    – A questão da véu em Europa tem muitas espectos, 1 – é o ódio primário para o Islão 2 – a politica populista que faz ganhar votos no tempo de eleições (por caso nestes dias em França) 3 – é que representa uma imagem das mulheres (não está sujeita) 4 – é que representa não só uma religião negada mas também uma cultura que da curiosidade seguidas da respostas para muitas duvidas das mulheres europeias -5 o racismo injustificado que se não há véu há negros ou estrangeiros com os dentes sujos -6 porque são imigrantes que significa pobre (uma com niqab que entra o court inglês e mostra que vai gastar muito é bem vida) 7 – a ignorada..nunca ouvimos critica ao indianas sikh ou budistas ou africanas e não falamos das mulheres japonesas que são muito giras ou as moldavas bonecas..nice!.
    -a liberdade da mulher argelina que no pais dela não há.este é regular porque um presidente como Boutaflika que um ditador apoiado das europeus e da América porque obedece e sempre disponível para o ocidente, como todos os presidentes do «3» mundo..toooodos e todos apoiados do ocidente que falas todos as dias de democracia e direitos humanas.a propósalcoholito em Argélia 1992 ganhou a eleição (FIS) fronte islâmico salvação com a observação do E.U e N.U mas mesmo os francês declararem que não querem um governo islâmico e era o tempo de um dos muitas vendidos e apoiados da França e América e logo começou a guerra civil famosa de Argélia.
    – Os argelinos foram ocupados brutalmente da França das 1830 até 1962 e foi cancelada a identidade deles ate dos 12000.000 argelinos 30% deles não falam árabe que era e é a língua madre e na àquela época Argélia fazia parte da mapa de França, ainda os 2 guerras mundial metade da tropa francês eram argelinos..então a relações entre os 2 países é mesmo especial.
    -o marido que é casado com 4 mulheres é natural que a segunda mulher aceitou de ser o numero2 como a terceira e a quarta em vez de fazer as amantes que significa urinar as família que a base da sociedade e para manter o sexo humano é claro que permitido da primeira mulher.em palestine, afeganistão, cecenia, iraqe agora hoje e antes era kosovo, bósnia, iraqe outra vez, Sudão.nota que são todos países muçlimanos, com estas guerras morrerem homens.ficam as mulheres viúvas ou singelas ou ainda divorciadas o que fazem se não aceitar de ser segunda mulher?
    – Se falamos de integração os imigrantes são isolados e ignorados ate desfrutados..prova contar quantos amigos você tem dos imigrantes..depois na vossa civilização económica acho que integrar=trabalhar e consumir que não é obrigatório saber os nomes dos cantores ou amar c.ronaldo ou beber álcool
    – De alguma maneira somos todos imigrantes..obrigadíssimo e peço desculpa para a Proficiência da língua.muito obrigado

  47. Pedro says:

    Ó João Nunes, quem confunde Pedro com Amadeu confunde muçulmano com taoísta, maoísta com capitalista, papista com ateísta, esquerdista com direitista, europeísta com racista e por aí fora. Quanto a profundidade de análise estamos conversados. Quanto a tolerância e a boa educação, já estávamos. Bye, bye.

  48. ahmed says:

    Consejo de Estado francés: la prohibición del velo no es legal

    | 14/05/2010 17:34

    Anunció que el Consejo de Estado francés – la más alta instancia judicial del país – no es que la prohibición del velo está completamente basado en “ninguna base jurídica explícita.”

    El diario “Le Figaro” de Francia en su edición del viernes que los miembros del Consejo celebraron una asamblea general el pasado miércoles en presencia del Secretario General de Gobierno, que dijo que “absolutamente y plenamente con el niqab, ya que no tendrá ningún fundamento jurídico explícito”, y agregó que la Sala considera que tal Esta prohibición por lo tanto sería “una exposición de muchos de la cuestión constitucional y consuetudinario.”

    El texto se refiere al velo “contrario a los valores fundamentales de la convivencia de la sociedad francesa, y por lo tanto a la seguridad pública”, y agregó que “este tipo de exclusión social si fue voluntaria o aceptada en violación de la dignidad humana.” “Como se ha dicho, toda persona que no se pueden usar en su lugar ropa oculta en su rostro. ”

    Se supone que el proyecto es presentado a los diputados franceses a principios de julio que se refiere al Senado a principios del próximo septiembre con miras a su aprobación definitiva por la caída.

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