Obras Públicas : veio cá um senhor da UE!

Fatal como o destino, o que tem que ser tem muita força, o bom senso prevalece, dinheiro só no “totta”, o Presidente do BCE esteve cá ontem a deixar uns recados ao “animal feroz” e tudo lhe cai pelas pernas abaixo.

Não há megaprojectos, quem não tem dinheiro não tem vícios, felizmente que não haver dinheiro tem esta grande vantagem, não se estraga, não se gasta mal gasto. Para não perder a face adjudicou hoje um troço que, sem a ponte e os demais troços já congelados não serve para nada, vai ter que ficar à espera para estar operacional, mas enfim o pobre do “estadista” tambem não precisa de ser humilhado.

Um pesadelo a chegar ao fim ! Que dirão disto os “defensores do interesse nacional” que tão desinteressadamente se bateram pelas grandes obras públicas?

Comments

  1. Frederico Mendes Paula says:

    O TGV vai para a frente (em princípio porque nesta terra o que é verdade hoje não é amanhã). Parece que os espanhois fazem questão, tendo em conta que a construção do troço Madrid-Badajoz só se justifica se for prolongado até Lisboa. A justificação oficial é esfarrapada e fala em 9.000.000 de utilizadores/ano, situação que nem o troço Paris-Londres atinge.

  2. Pedro Rocha says:

    Infelizmente o que está por detrás de tudo isto não é o interesse nacional mas sim o interesse de alguns, que bem camuflados vão criando mais uma vez uma imagem de coitadinhos de e a todos nós.
    O contrato é por 40 anos, ou seja o sonho de qualquer empresa mais da cambada de oportunistas que nunca fizeram e não fazem nada neste país, desde a sua fundação.
    Não tenho dúvida se o governo fosse laranja o projecto iria para a frente, só que provavelmente com a Somague ou com a Teixeira Duarte.
    Do ponto de vista de um simples português o que é preciso é construir e dar emprego a uma série de pessoas, quer durante a construção, quer durante a exploração.
    O sr. Silva, que de presidente tem pouco, não é ingénuo e mesmo quando quer que nós pensemos que ele o é, ninguém acredita (onde está o famosos assessor que andou a dar notícias falsas ao público?) faz tudo o que pode para pagar dividendos a quem suportou financeiramente a sua eleição.
    Claro que temos um problema financeiro e quem colocou cá o seu dinheiro quer garantir que o país terá capacidade de o devolver mais os seus lucros e portante, qual carneirinho vem a Portugal receber um prémio de uma nação à beira da bancarrota e sem qualquer capital de confiança no estrangeiro. Nós os portugueses somos macios mas não somos burros.
    Só por curiosidade: qual é o retorno do investimento realizado pelas nações na estação orbital? Provavelmente 9.000 utilizadores antes de 2100.
    Caros economistas, não abandonem o vosso posto de director financeiro, ou de controling ou de reporting e deixem o Homem sonhar e criar.

  3. António Coelho says:

    É claro que todos compreendemos que para o ego de Sócrates que a todo o custo tinha de deixar uma obra de regime, tinha imperiosamente de fazer o TGV para Madrid!É humanamente compreensível. Um provinciano, metido a politico de Lisboa, com diploma de engenheiro conseguido manhosamente através de amigos devidamente colocados, militando no partido certo, o da situação, depois de um pequeno engano à partida, quando palermamente, se inscreveu no PSD, tinha de , forçosamente, deixar obra com o seu nome!O TGV!E logo para Madrid, a capital da Ibéria!Temos todos de compreender e pagar a factura respectiva, ou com aumento de impostos ou com diminuição de prestações sociais. É um sacrifício que se justifica. Um nosso concidadão precisa de protagonismo e vindo de baixo como ele veio e atingindo o topo, tudo merece!Se temos de nos sacrificar é por uma boa causa.

  4. Luis Moreira says:

    Deixar cair as obras depois de uma visita de um “senhor importante” da UE vir cá é a humilhação suprema! então este homem é tão, mas tão burro, que não via que nem as empresas estão, nestas condições, para irem buscar dinheiro ao preço a que está? Vejam a bronca dos Contentores de Alcântara, publico amanhã. De polícia!

  5. Luis Moreira says:

    O Prof Jacinto Nunes (ex-ministro das Finanças, governador do banco de portugal, prof catedrático em económicas) professor de todos os economistas deste país, Arrasa o TGV com esta frase. Um casal amigo foi a Madrid e voltou por 60 euros /cada. De low cost! Uma hora para lá chegar. Eu vou e venho a Coimbra de comboio, 2 horas, por 25 euros. De TGV, de Lisboa a Madrid, a 350/h são 2,30 horas, fica aí por 100 euros…não fica porque vamos pagar as chamadas ” receitas compensatórias”. As da RTP já davam para pagar um aeroporto novo! Outro assalto, a RTP!

  6. maria monteiro says:

    O Prof. Jacinto Nunes pode arrasar o TGV mas não convence alguns dos seus antigos alunos porque o TGV vem mesmo aí

  7. Pedro Rocha says:

    Os senhores economistas deveriam é estar todos a fazer regras para os joguinhos de capitais que, esses sim, arrasam o mundo. Deixem os engenheiros fazer o que eles sabem melhor – desenvolver o país!
    Apesar de provinciano, não tem vistas curtas. Despesa? Poderemos sempre comparar o que pagámos pela obra do sr. Silva em Belém.

    • Luís Moreira says:

      Qual engenheiro? O do domingo? Ó sr. Engº Pedro Rocha, por quem é!

  8. maria monteiro says:

    fica mais caro? optar pelo TGV, Lusitânia, carro, táxi, camioneta, avião fica ao critério de cada um… a minha primeira escolha sempre foi o comboio e não é o low cost aéreo que me faz mudar de meio de transporte

  9. Pedro Rocha says:

    Penso que foi o governo do sr. Silva que legitimou, os cursos tirados ao domingo.
    Costuma-se dizer: quem semeia vento, colhe tempestade.

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