Uma pergunta sem maldade

 Uma pergunta sem maldade

Se algum dos amigos que tão acerrimamente defende a conduta de Israel, fosse israelita ou a sua família vivesse em Israel, teria a mesma posição que tem? Acredito que sim. Se esse mesmo amigo fosse palestiniano ou a sua família vivesse na Palestina, teria a mesma posição que tem? Acredito que não.

No entanto, eu, se fosse palestiniano ou a minha família vivesse na Palestina, não tenho dúvidas de que teria a mesma posição que tenho. Se fosse israelita ou a minha família vivesse em Israel, tanto quanto me conheço, tanto quanto respeito a forma idónea como tentei personalizar a minha vida, estruturar o meu pensamento e desenvolver a minha razão, sem certezas absolutas, como é óbvio, acredito que a minha posição seria a mesma. Há aqui alguma diferença significativa, não entre bons e maus, não entre sérios e não sérios, mas entre razões.

PS: Agradecia que fizessem um esforço para não escreverem comentários insultuosos.

Comments

  1. Pedro Rocha says:

    Talvez a questão deva ser colocada de outra forma: Se a família do meu amigo fosse israelita e democrata como pensaria? Se a família do meu amigo fosse israelita e amiga do Rabin como pensaria? Se a família do meu amigo fosse Palestiniana já teria feito tudo para imigrar e/ou fugir daquele lugar.

  2. Frederico says:

    Se fosse israelita e democrata estava hoje em Tel-Aviv com os israelitas anti-sionistas que foram agredidos pela polícia. Se fosse amiga do Rabin (espera o Rabin já morreu por isso esta não tem resposta). Se fosse Palestiniana provavelmente já lhe tinham morto alguém chegado e estava nas ruas a lutar pela sua terra.

  3. Luís Moreira says:

    meu caro, há uma fatia muito grande da população de um e outro lado que almejam a paz, e que estão preparadas para viverem lado a lado. Um país e dois povos; um território e duas nações; e Jerusalém como capital. Gente muito mais moderada do que a maioria que anda aqui a destilar ódio ideológico. Eu tenho um lado .O da PAZ! Os mais extremistas não destilam ódio por estarem preocupados com a dor dos povos. Estão preocupados com a visão a preto e branco do mundo. Não me vês nessa posição, meu caro Adão!

  4. Pedro says:

    Entendo a pergunta mas penso que é de impossível resposta. Nenhum de nós é mesmo quem julga ser (se bem me exprimo), somos sempre nós e a nossa circunstância. Mas acredito que muitos dos valores seriam parecidos.

  5. A sua pergunta não faz sentido nenhum, a partir do momento em o sr decretou a morte a Israel. Se fosse israelita estaria a decretar a morte ao seu pais, o que não faz sentido nenhum, se fosse palestiniano, decretaria a morte ao vizinho e seria classificado como militante do Hamas. É simples.
    Nem consigo é perceber como é que ainda tem coragem de voltar a falar neste assunto. Acompanho o problema há anos e nunca tinha lido uma coisa tão radical, e tão abjecta como a que o sr escreveuhá 3 dias. Nada justifica uma coisa dessas. É equivalente a alguém decretar “morte à Palestina”.

  6. Luís Moreira says:

    É claro que a pergunta não tem resposta, se quisermos ser honestos. Só tem resposta se nos interessarem a ideologia e não o bem estar dos povos. O Adão, com as posições extremistas que toma sobre o ponto de vista ideológico, que resposta poderá ter? É um bom exercício para se ver como a posição do Adão, teria uma consequência.Deitar um dos povos ao mar , como sei que ele é incapaz de fazer isso, estamos num beco sem saída…

  7. Se. Levy, não entendeu muito bem apergunta. Quanto à “morte da Palestina”, ela não se decreta, pratica-se, no dia a dia, quer o Sr. diga que sim quer diga que não. Quando eu disse “morte a Israel”, essa coisa tão radical e tão abjecta, como o Sr. diz, obviamente, para bom entendedor, que não quero dizer morte aos israelitas, entre os quais há muitos e muitos democratas que têm sobre o assunto a mesma opinião que eu, e muita gente que merece viver. O que eu pretendo dizer, e é maldade pensar de outra forma, é morte ao sionismo e ao imperialismo de Israel. É um grito de indignação, e nada mais do que isso. Por isso voltarei ao assunto as vezes que entender, mesmo que isso lhe custe.
    Luis, a pergunta é muito concreta, e a resposta, para quem não tiver medo de a dar, também é muito concreta. Ou sim ou sopas.Teoricamente, claro. Na prática, como diz o Pedro, não é fácil responder porque nós somos nós e a nossa circunstância.
    Luis, eu não destilo ódio nem tenho posições extremistas como julgas. Toda a gente que me conhece há décadas não tem de mim essa opinião. Aliás nunca tive uma formação que a isso me levasse. E quanto a estares do lado da PAZ, a tua PAZ é a minha, não tenhas dúvidas, os caminhos para lá chegar é que são diferentes, e neste caso, infelizmente, o único caminho é a resistência, a todo o custo. Por isso eu entendo filosoficamente o terrorismo, o que não quer dizer que o aceite e preconize, melhor do que entendo as guerras dos poderosos. E não são os palestinianos que obrigam a que assim seja. É ingenuidade pensar que o obstáculo está na Palestina. Lê os comentários do Frederico que são bem elucidativos.

  8. maria monteiro says:

    Meu caro Adão, com as tuas perguntas vejo-me mais numa revolta mundial pela PAZ… quando os povos do mundo inteiro pararem pela PAZ, quando os povos do mundo inteiro fizerem silêncio pela PAZ, quando os povos do mundo inteiro gritarem pela PAZ.
    A PAZ só será possível se palestinianos, israelitas, portugueses, gregos, alemães, turcos, americanos …. se os povos de todo o mundo acordarem para a PAZ e… matarem o negócio que dá milhões: o negócio da guerra

  9. Sem dúvida Maria, estou plenamente de acordo contigo. Quem dera! Mas os povos de todo o mundo acordarem para a PAZ não é um fenómeno fácil de acontecer, por um lado porque os senhores da guerra não querem e não deixam, por outro lado porque as anestesias e os soníferos são muito fortes, e por outro lado, as mentalidades são de transformação muito difícil e dificilmente permeáveis à verdade e à coragem.

  10. graça dias says:

    “Uma pergunta sem maldade” ! é a melhor dos ultimos dias sr adão… só mesmo para rir com coisas séria.

  11. Caro Adão,

    Eu entendi muito bem a pergunta, o sr é que não entendeu a resposta.

    O que foi escrito foi escrito. O sr pediu a morte de um país, e isso só o classifica a si.

    Quando defende a morte ao sionismo, continua na mesma linha, ou seja, o fim de Israel. O sionismo tem como único objectivo a auto-determinação dos Judeus. Não percebo como é que alguém pode ser contra a auto-determinação de um povo. E também não percebo porque é que deturpam o termo até à exaustão, colando-o aquilo que ele não é. Ou melhor eu percebo, está intimamente ligado com a parte do seu discurso em que fala de “imperialismo”, e de “democratas”.

    Tendo em conta que não é favorável a 2 países (porque defende a morte de um), não tenho mais nada a conversar consigo. Passe bem.

  12. graça dias says:

    levy entendo e concordo plenamente com a sua opinião. claro que o sr adão so está a ver para um lado. será que o sr adão quando conduz também só olha para um lado? atenção. não sair a rua, quando o sr adáo tira o carro da garagem . é um perigo?

  13. Caro Levy passe melhor que bem. Deixe-me só dizer-lhe que essa sua conclusão é precipitada e baseada num pressuposto que não corresponde à verdade. Desde que me conheço fui sempre a favor de dois estados. Não sou fanático nem iraniano.

  14. @ Graça Dias

    Obrigado 🙂 Precisamente por isso é que já terminei a discussão.

  15. graça dias says:

    obrigada, é melhor, para bom entendedor meia palavra … com fanáticos nada a fazer. o melhor e continuarem a falar sózinhos

    obrigada levy, é melhor para bom entendedor meia palavra …. com fanáticos nada a fazer, o melhor é deixar esse sr falar sozinho.

  16. Absurdo says:

    Bom, como já há aqui outro José, mudo então eu.
    Meu adâmico amigo, de nome hebraico e com um discurso anti-semita: folgo em saber que já recuperou o “~”.
    Como já deve ter-se apercebido, após aquele seu infeliz post, a sua credibilidade nesta matéria está a um nível rasteiro e, com os comentários que tem espalhado por aí, com remoques e alfinetadas nada subtis, pouco contribui para a recuperação como interlocutor minimamente decente sobre estes assuntos.
    Ou deixa de falar cobre esta matéria – o que não aconselho a quem quer que seja – ou, então, se quiser ter interlocutores a sério, terá de se assumir, como outros o fizeram quando se aperceberam do erro que cometeram.
    O Sr,, ao contrário, tem tomado uma posição de infantil amuo e despeito, queixando-se pelos cantos que são os comentários que tem feito noutros posts, picando uns e outros.
    Tem recebido comentários nojentos? Sim, é verdade, mas nenhum meu e, convenhamos: quem apelida judeus de “nazis” e apela à morte de Israel, deve estar muito preparado para que os comentários desçam ao nível do seu discurso, não é?

  17. Se quiser ser honesto, há-de reparar que o título do meu post não é esse “morte a israel”. Este foi o título que me saiu naquele momento emocional e que eu tentei mudar logo que pude, exactamente porque ele poderia levar a pensar o que eu não penso. Já o expliquei. Mas enfim!
    Quanto a apelidar os judeus de nazis, não vê isso neste texto nem em texto algum meu. É uma exagerada interpretação da sua parte. O que quero dizer é que há judeus, comandos e militares que cometem e cometeram na Palestina crimes tão hediondos como os crimes dos nazis. É a esses que me refiro, quando lhes chamo nazis e assassinos, como é fácil de ver, se se der ao trabalho de reler e não houver intenção de deturpar e agravar as coisas. Quanto à minha credibilidade rasteira, não estou preocupado, com tanta e tanta gente por esse mundo a pensar como eu. Aliás, porque acredito na minha credibilidade, é que dou o nome ao manifesto, não me escondendo em anonimatos.

  18. Nasser says:

    ó absurdo onde é que você estava no 25 de Abril?

  19. Absurdo says:

    Ó Nasser, eu estava na escola, e você, ó Nasser?

    ” #7 por José em 1 de Junho de 2010 – 16:08

    Sr. Adão Cruz,
    Não será irresponsável, ignorante, não tem ódio ou o propaga, não é idiota nem tolo.
    Muito bem, se o diz, acredito.
    Mas quem lê o seu texto terá um irreprimível tendência para pensar o contrário.
    O que aparece no mail, a propósito de um novo comentário neste post é:

    “There is a new comment on the post “Terroristas assassinos”.
    http://www.aventar.eu/2010/06/01/morte-a-israel/”

    Sempre poderá achar que o título “morte-a-israel” será sinal de uma mente isenta de ódio ou que não é propagar ódio, ou, ainda, que apelidar israelitas de “nazis” não será o insulto mais ignominioso que se pode usar com um judeu, para além de ser de todo em todo desadequado, mas eu não tenho essa opinião.
    Se atentar bem no que escrevi, apenas lhe chamei tolo, e inclui-me nesse mesmo qualificativo. Tudo o resto são qualificativos do seu texto.
    Lamento que mantenha o que escreveu e que apenas se fixe no último ponto do meu texto, quando, com os restantes, talvez pudesse inflectir a sua opinião.
    Passe bem.”

    “Paleio, paleio e mais paleio! Ninguém de bom-senso acredita em tais lamentações. A vergonha já não cobre a cara de ninguém. Lamentações, inquéritos, punições são fórmulas mais do que gastas na voz dos falsos moralistas e dos hipócritas que protegem e dão apoio aos assassinos de Israel.

    Morte aos assassinos terroristas nazis de Israel.”

    “às mãos, e volto a repetir para quem não sabe, de assassinos nazis, que outra coisa não são se compararmos os seus crimes com os dos algozes que mataram tantos judeus.”

    O primeiro excerto diz respeito a um comentário meu ao seu post. Quererá o senhor dizer que se enganou? Diga-o, então. O que todos leram, foi Morte a Israel. E, como não concordo consigo, escrevi e escrevo. Se o título fosse Morte à Palestina, teria a mesma crítica da minha parte.

    O 2º excerto é a fatia de sua autoria do seu post, pois a parte anterior diz respeito a uma notícia. Não apelida israelitas de nazis? Li mal?!

    O 3º excerto é de um comentário seu a um post de Ana Paula Fitas em 1 de Junho. Leio mal, ou reafirma o que escreveu no seu post original, e informa os mal-informados que os israelitas são equivalentes a “assassinos nazis”?

    Já tive a oportunidade de lhe dizer que esse será o insulto mais ignominioso que poderá ser proferido a um judeu, para além de ser desadequado face às realidades em comparação.

    E eu é que não sou honesto? Quer continuar com os insultos? Força! Divirta-se e divirta-nos

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