Protesto contra os crimes de guerra do Estado de Israel

 

Israel atacou na segunda-feira, 31, um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, tendo assassinado pelo menos 10 pessoas.

Apesar do protesto fraco e medroso da grande maioria dos países, os cidadãos livres tem mostrado o seu repudio um pouco por todo o mundo.

No próxima dia 13 pelas 18 horas terá lugar em Frente à Embaixada de Israel mais um protesto, contra os crimes de guerra dos Israelitas e contra o genocídio do povo palestiniano.

Convidamos todos os cidadãos a juntarem-se a nós.

Comments

  1. maria monteiro says:

    Obrigada pelo convite. Lá estarei.

  2. José says:

    http://news.yahoo.com/s/afp/20100607/wl_mideast_afp/turkeykurdsunrestiraqmilitary

    A Turquia, principal promotor do comboio humanitário com destino a Gaza, bombardeou na passada 2ª feira – e pela 2ª vez em três semanas – território iraquiano, procurando matar curdos.

    Bombardeamento de território estrangeiro, sem qualquer declaração de guerra.

    Se fosse Israel, seria crime de guerra. Se é a Turquia é ignorado.

    Fico com imensa curiosidade de ver a resposta de “os cidadãos livres” – que parece que são apenas os que protestam contra Israel… os outros serão “escravos”? – face a esta “atitude” turca.

    Estou certo que os “cidadãos livres” não terão um duplo critério e, coerentemente, protestarão contra os crimes de guerra turcos, bem como contra o genocídio curdo, que não é apenas físico, mas também cultural, já que a Turquia, esse modelo de democracia de respeito pelo Direitos Humanos, tenta asfixiar administrativamente o idioma e a cultura curda, numa turquificação da sociedade, sem qualquer respeito pelas minorias e suas identidades próprias. Algo que nem os mais empedernidos tentam atribuir a Israel, relativamente às suas minorias.

    Para quem não conhece a morada, a embaixada turca fica na área das embaixadas, no Restelo.

  3. Vitor Ramalho says:

    Já escrevi sobre isso. A Turquia também vive sob a capa do imperialismo sionista americano.

  4. José says:

    Vitor Ramallho: Já escrevi sobre isso. A Turquia também vive sob a capa do imperialismo sionista americano.

    Não duvido que tenha escrito.

    Interessante de perceber como é que o imperialismo americano é sionista no caso da Turquia, mas o senhor decerto que entenderá. Há sound-bytes que, de tão repetidos, se dizem em qualquer ocasião e se tornam descontextualizados. Algo semelhante ao que se dizia sobre a “cassete” do PC, no tempo do Álvaro Cunhal.

    Não duvidando que tenha escrito, fica a dúvida sobre a reação à “atitude militar” da Turquia no país vizinho, no Iraque. Não vejo qualquer convocatória dos cidadãos livres para similar protesto frente à embaixada da Turquia. Duplo critério? Falta de tempo? Hipocrisia?

  5. Vitor Ramalho says:

    Na semana passada estive em Lisboa por Tianamen. Já paricipei em manfs pela libertação do Tibete.
    Como sabe o Iraque é um território ocupado, pelas forças dos terroristas americanos, eles dão cobertura aos bamobardeamentos, que não eram possíeis nooutrtos tempos.
    Estamos perante realidades diferentes uma coisa é um bombardeamento a condenar outra é a limpeza étnica que israel faz na Palestina.

    • Luís Moreira says:

      Vitor, é a mesma coisa. A Turquia há seculos que anda a fazer limpeza étnica em relação Curdos.

  6. graça dias says:

    – “se fosse israel, seria crime.se é turquia é ignorado”.- josé é como nas historinhas há sempre um pato feio e mau.
    Vamos apelar todos ao bom senso, fim a guerra e luta pela paz entre os povos. independente da suas crenças, raças e ideologias.

  7. António Coelho says:

    A Turquia, goradas que foram as suas intenções, de pacificamente, reconquistar a Europa que já foi sua, entrando para a UE, e governando-a por maioria de votos, virou-se agora para o Irão, outro ex-Império, com quem ambiciona fazer uma aliança vencedora. Os Europeus, agachados no seu canto, assistem, temerosos. Os Americanos, na sua longínqua América, filosofam sobre o que poderá acontecer à Europa. Os judeus, sem alternativa, vão ter de defender sózinhos a sua pátria ou, caso sejam mais uma vez derrotados, enveredar de novo, pela diáspora.

  8. Vitor Ramalho says:

    Num recente protesto contra a entrada da Turquia na Europa, tiemos ocasião de mencionar os crimes turcos.
    Hoje o inimigo principal é o imperialismo sionista americano.
    Esse imperialismo que mete a turquia na NATO.

  9. José says:

    Vejo que desvia a conversa e não responde às questões.

    Acredito que gosta muito de se manifestar e tem muitas causas em que acredita. Faz muito bem. Aproveite o direito que Portugal e outros países democráticos – como Israel e os EUA – dão aos cidadãos de se manifestarem, ao contrário do que a humanitária Turquia faz com os seus cidadãos curdos.
    Sim, Israel permite as manifestações contra a politica do seu governo, independentemente da etnia dos manifestantes. Vejam-se as imagens dos árabes israelitas, na semana passada, manifestando-se e empunhado bandeiras turcas, verdes do Hamas e da Palestina. Exactamente aquilo que se costuma ver na Gaza ocupada pelo Hamas, com manifestantes oposicionistas empunhando bandeiras da OLP, da Fatah, para nem falar de alguma bandeira norte-americana ou israelita.

    Mantém a cassete do imperialismo sionista americano. Tudo bem. Continua sem explicar o que o sionismo tem a ver com a Turquia ou qualquer zona do globo que não seja Israel, Problemas de cassetes.

    Já agora; a Turquia não foi membro fundador da Nato porque causa do conflito fronteiriço com a Grécia, pelo que entraram ambos, três anos depois. Essa entrada simultânea evitou que a guerra latente tivesse passado a vias de facto. As organizações internacionais militares podem servir para além das diversões dos militares, como alguns julgam. Também podem servir para baixar tensões e evitar guerras. O caso greco-turco é um exemplo.

    http://themoderatevoice.com/24625/without-american-troops-kurds-face-annihilation-kurdish-media-iraqi-kurdistan/
    http://ekurd.net/mismas/articles/misc2010/6/state3928.htm
    “Como sabe o Iraque é um território ocupado, pelas forças dos terroristas americanos, eles dão cobertura aos bamobardeamentos, que não eram possíeis nooutrtos tempos.”

    Bom, pode ser que você saiba que o Iraque é um território ocupado, mas os curdos iraquianos são capazes de ter outra opinião, como os links acima retratam.

    Um bombardeamento é uma coisa a limpeza étnica é outra. Evidentemente. De novo sound-bytes.
    Vejamos, como considera o Sr. Vítor Ramalho que se consubstancia a “limpeza étnica”? O bombardeamento, consequentes mortes e refugiados não é uma forma de prosseguir a limpeza étnica? Não acha que a humanitária Turquia, porque agora constituiu a flotilha, nem por isso deixa de perseguir os curdos?
    Como explica que o estado israelita, em plenas operações de limpeza étnica, veja continuamente crescer o número de habitantes da etnia árabe? Como explica que um estado perseguidor de uma etnia veja o número de deputados de partidos dessa mesma etnia subir no seu parlamento?
    Sabe que, ao contrário do que se passa em Israel, na Turquia os partidos curdos não se podem assumir publicamente como tal?

    E continua a não querer responder. Se condena o bombardeamento no território de outro país – e consequente crime de guerra – e a perseguição dos curdos pelo estado Turco, para quando o protesto frente à embaixada turca?
    Duplo critério? Falta de tempo? Hipocrisia?

  10. Carlos Pinto says:

    Israel teve toda a razão do mundo! Afinal os coentros, são, como todos sabemos, uma poderosa arma de guerra…

  11. Vitor Ramalho says:

    Durante muito tempo os americanos descubriam comunistas de baixo de toda a pedra, agora descobrem terroristas.
    A NATO é hoje uma policia politica ao serviço dos assassinos americanos e não sabemos se Ìsrael que manda nos USA ou se é os USA que mandam em Israel.
    Uma coisa é certa estes dois países ajudados pelos lacaios europeus são a causa de todo mal que temos de engolir.
    Errar é humano, persitir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano.

  12. José says:

    Caro Senhor Vítor Ramalho,
    é sempre uma surpresa a troca de argumentos consigo.
    Quando se espera que contra-argumente, que desminta que apresente factos, coloca de novo a cassete e dispara os sound-bytes.
    “comunistas debaixo da pedra”
    “polícia política”
    “lacaios europeus”
    “Errar é humanos, persistir…”
    Está tudo muito bem, óptimo para si que pensa assim, mas que tem tudo isto a ver com o bombardeamento dos curdos pelos turcos, a perseguição dos curdos pela Turquia e a violação permanente dos Direitos Humanos e políticos dos curdos?
    E que tem isto a ver com o protesto a realizar frente à embaixada de Israel?
    Terá a ver com o facto de o senhor não conseguir dar resposta ao facto de ter um duplo critério? De julgar Israel de uma forma e a Turquia do comboio humanitário de outra? De organizar/participar num protesto contra Israel e entender que os actos turcos contra os curdos não merecem ter a mesma reacção?
    Sabe o que é isso?

  13. José says:

    Se os criadores do Aventar permitem, e considerando que não é um comentário meu, mas sim um artigo de uma jornalista espanhola, gostaria de deixar este texto, que, com as adaptações à realidade nacional, parece adaptar-se a alguns dos que têm escrito sobre o Médio Oriente.
    Por natureza sou optimista no ser humano e creio sempre que a mudança é possível.

    “Contra Israel são mais felizes
    Se Israel se defende, é culpado. Se atacar, é culpado. Quando morrem os seus, são culpados. Quando matam, são culpados. É que existe o progressista que explica o mundo em função da maldade israelense, e quando não se enquadra, inventa-a.

    Foi Manolo Vázquez Montalbán quem cunhou uma dessas frases que marca os palpites de uma geração. O “contra Franco vivíamos melhor”, que apontou como um dardo contra uma esquerda paralisada que não avançava mais além de sua adolescência, transformou-se na metáfora de um estado de ânimo. Ao fim e ao cabo, toda situação extrema é fácil de lidar, não em vão os bons e os maus estão definidos, algumas tristes vidas alcançam sonhos épicos, e a felicidade dos simples chapinha nos territórios maniqueístas. Na atualidade, algum líder político ainda habita na frase de Manolo, e assim é com os policiais…

    Deixando Franco de lado, o certo é que a concepção ideológica do contra, parece cômoda nas explicações que obrigariam a uma complexidade intelectual que não se dá nestes tempos de pensamento fast food. E assim vemos como muitos conflitos se medem em função das lentes antiamericanas e antiisraelenses que marcam a visão da esquerda autêntica. Contra os Estados Unidos vivem tão bem estes solidários de meia-tigela, que só lhes preocupam os conflitos onde as listras e estrelas ou a estrela de David ondeiem ao vento. E assim, morrem aos milhares em Darfur, porque não interessam os assassinatos do fundamentalismo do Sudão. Ou o horror das mulheres oprimidas do islã. Ou as guerras da África esquecida.

    Agora volta o horror ao Líbano, e as notícias explicam, com surpreendente delicadeza, os movimentos do Exército libanês. Sou dos que estão encantados de que o Líbano acabe com o santuário terrorista financiado pela Síria e o Irã. Mas me chama a atenção que essa delicadeza não se desse quando Israel entrou no Líbano para a mesma coisa: acabar com um Hezbolá armado até os dentes, que ameaçava sua integridade. Se Israel se defende, é culpado. Se atacar, é culpado. Quando morrem os seus, são culpados. Quando matam, são culpados. É que existe o progressista que explica o mundo em função da maldade israelense, e quando não se enquadra, inventa-a. Disse um sábio faz tempo: para que preocupar-se com a realidade, se alguém é dono de um bom preconceito.

    Tr. Szyja Lorber

    Pilar Rahola
    El Periodico. Barcelona.
    04/06/2007″

    • Luís Moreira says:

      José, é claro que há muita gente que não discute os problemas, śo lhe interessa saber se é de esquerda ou de direita, embora eu não saiba bem como é que se rotula e quem é que põe o carimbo, mas enfim. Aqui no Aventar, como teve ocasião de constactar, a maioria das pessoas discutiu sem preconceitos e chegamos a conclusões, conforme a paz ,que é o que importa. E a vossa discussão tem aspectos muito interessantes que não merecem retoques pessoais, refúgio de quem não tem argumentos, o que não é o seu caso nem o do Zé Mário.

    • Luís Moreira says:

      José, é claro que há muita gente que não discute os problemas, śo lhe interessa saber se é de esquerda ou de direita, embora eu não saiba bem como é que se rotula e quem é que põe o carimbo, mas enfim. Aqui no Aventar, como teve ocasião de constactar, a maioria das pessoas discutiu sem preconceitos e chegamos a conclusões, conforme a paz ,que é o que importa. E a vossa discussão tem aspectos muito interessantes que não merecem retoques pessoais, refúgio de quem não tem argumentos, o que não é o seu caso nem o do Zé Mário.

  14. Vitor Ramalho says:

    Os nove activistas turcos que morreram no assalto israelita à «Frota da Liberdade» na segunda feira foram atingidos com 30 tiros, revela o diário britânico The Guardian na edição online.
    Cinco dos activistas que perderam a vida foram atingidos na cabeça a uma distância muito curta, segundo os resultados das autópsias realizadas por médicos forenses turcos e aos quais o jornal teve acesso.
    O The Guardian assegura que um jovem de 19 anos, Fulkan Dogan, que tinha também nacionalidade americana, morreu depois de ser atingido por cinco tiros a menos de 45 centímetros de distância, na cara, e na parte posterior da cabeça, dois nas pernas e um nas costas.”
    Lembro-me de uma história que conta a conversa de uma mãe judia com o seu filho que tinha sido chamado para servir no exército do Czar contra os Turcos.
    “Não te esforces muito” dizia-lhe a mãe. Mata um turco e descansa, mata outro turco e descansa novamente.
    “Mas mãe e se um turco me mata” exclamou o filho.
    Matar-te? Porque? O que é que tu lhe fizes-te? Retorquiu a mãe.
    Isto não é uma piada (nem estamos em tempos de piadas). É uma lição na psicologia
    Nota: não sou de esquerda nem de direita, sou de Portugal e mais nada.

  15. Vitor Ramalho says:
  16. José says:

    Qualquer morte é uma tragédia e muito mais em circunstâncias semelhantes.

    Dito isto, gostaria de saber o que cada um de nós faria se, armado com armas automáticas e em serviço, estivesse a ser agredido por diversas pessoas com barras metálicas. Estas terão, se tanto, 1 metro. Pelo que, para nos defendermos da agressão, terá que ser a menos de um metro. Uma arma automática militar, dispara vários tiros de cada vez.
    Com base no conhecimento, os resultados da autópsia terão, eventualmente, outras leituras.

    É verdade, o humor judaico é fantástico na capacidade em troçar de si próprio. Os judeus têm um sentido de humor que não se encontra noutras paragens.

    Nota: Não lhe atribuo qualquer etiqueta política e é-me indiferente a sua opção ideológica, que respeitarei, seja ela qual for. Troco e rebato argumentos e factos, não pessoas.

  17. Vitor Ramalho says:

    Qualquer militar com a experiência destes que assaltaram um navio em águas internacionais, daria um tiro numa perna a quem o atacasse armado com uma barra.
    Mas como a intenção era assassinar o resultado foi o que se viu.

    • Luís Moreira says:

      O sargento que matou 6 dos nove diz que teve que atirar a matar porque vinha a descer do helio e os seu colegas que estavam à sua frente estavam a ser deitados ao mar e a serem atacados. Vitor, a ideia era arranjar burburinho, arranjaram-no, infelizmente com mortes.

  18. José says:

    Se o senhor tem todo esse conhecimento da táctica militar e das ordens que os militares receberam, então só me restaria o silêncio respeitoso.

    No entanto, acho estranho que só após serem agredidos é que os soldados se recordaram das ordens que receberam. Devem ser daqueles que só funcionam à pancada e sob perigo de morte.

    Continua-se a aguardar a marcação do protesto em frente à embaixada da Turquia.
    Ou talvez não.

  19. José says:

    Este é um relato PARCIAL. É um relato de quem está num dos lados do conflito. O lado que quase nunca tem hipóteses de ser ouvido/lido.
    Encontra-se eivado de emoções, toldando o olhar e a capacidade de uma descrição mais fria e distanciada.
    Num mundo que se quer surdo a uma das partes do litígio, achei interessante dar-lhe voz. Afinal, não é mais distanciado da realidade do que muito do que tenho lido por aqui.

    “Relato de uma brasileira que serve no Exército de Israel
    sexta-feira, junho 4, 2010
    Recebemos o relato de Ana Luiza Tapia, uma brasileira que fez aliá há cerca de 2,5 anos e que atualmente está servindo na área médica do Exército de Israel. Ela conta com suas palavras um pouco do que se passou por lá em relação à frota de navios com “ajuda humanitária”. (Colaboração de Uri Lam). Nota do editor: O texto abaixo está publicado da mesma forma que o recebemos, sem nenhum tipo de edição ou correção.
    Oi a todos!
    Primeiro quero agradecer a todos os e-mails preocupados. Eu estou bem, ótima. Eu peço desculpas por não escrever mais frequentemente, mas no exército é assim. Não temos tempo para nada. Sei que todos já estão cansados de ouvir falar do que aconteceu em Gaza nesta semana, mas como ouvi muitas asneiras por aí, resolvi contar a vocês a minha versão da história. Eu não quero que pensem que virei alguma ativista ou algo do gênero. Eu continuo a mesma Ana de sempre. Mas por ter feito parte desse episódio, não posso me abster de falar a verdade dos fatos.
    EU ESTAVA LÁ! NINGUÉM ME CONTOU. NÃO LI NO JORNAL. NÃO VI FOTOS NA INTERNET OU VÍDEOS NO YOUTUBE. VI TUDO COMO FOI MESMO, AO VIVO E COM MUITAS CORES. Como vocês sabem, eu estou servindo com médica na medicina de emergência do exército de Israel, departamento de trauma. Isso significa: medicina em campo.
    4:30h da manhã de segunda-feira: meu telefone do exército começa a tocar. Possíveis conflito em Gaza? Pedido de ajuda da força médica, garantir que não faltarão médicos. Minha ordem: aprontar-me rapidamente e pegar suprimentos, o helicóptero virá me buscar na base. No caminho, me explicam a situação. Há um navio da ONU tentando furar a barreira em Gaza. Li todos os registros fornecidos pela inteligência do exército (até para entender o tamanho da situação).
    O navio se aproximou da costa a caminho de Gaza. O acordo entre Israel e a ONU é que TODOS os barcos devem ser inspecionados no porto de Ashdod em Israel e todos os suprimentos devem ser transportados pelo NOSSO exército a Gaza. Isso porque AINDA HOJE, cerca de 14 mísseis tem sido lançados de Gaza contra Israel diariamente. E não podemos permitir que mais armamento e material para construção de bombas seja enviado ao Hamas, grupo terrorista que controla gaza. Dessa forma, evitamos uma nova guerra. Ao menos por agora.
    O navio se recusou a parar. Disseram que eles mesmo entregariam a carga a Gaza. Assim, diante de um navio com 95% de civis inocentes (os outros 5% são ativistas de grupos terroristas aliados ao Hamas, que tramaram toda essa confusão), Israel decidiu oferecer aos comandantes do navio que parassem para inspeção em alto mar. Mandaríamos soldados para inspecionar o navio e se não houvesse armamento ele poderia seguir rumo a Gaza.
    ESSA FOI UMA ATITUDE EXTREMAMENTE PACIFISTA DO NOSSO EXÉRCITO, EM RESPEITO AOS CIVIS QUE ESTAVAM NO NAVIO. E, SE NÃO HÁ ARMAMENTO NO NAVIO, QUAL É O PROBLEMA DE QUE ELE SEJA INSPECIONADO?
    Os comandantes do navio concordaram com a inspeção.
    5:00h – Minha chegada em Gaza. Exatamente no momento em que os soldados estavam entrando nos barcos. E FORAM GRATUITAMENTE ATACADOS: tiveram suas armas roubadas, foram espancados e esfaqueados. Mais soldados foram enviados, desta vez para controlar o conflito. Cerca de 50 pessoas se envolveram no conflito, 9 morreram. Morreram aqueles que tentaram matar nossos soldados, aqueles que não eram civis pacifistas da ONU, mas sim militantes terroristas que comandavam o grupo. Todos os demais 22 feridos entre os tripulantes do navio, foram ATENDIDOS E RESGATADOS POR NÓS, EU E MINHA EQUIPE E ENVIADOS PARA OS MELHORES HOSPITAIS EM ISRAEL.
    Entre nós, 9 feridos. Tiros, facadas e espancamento. Um deles ainda está em estado gravíssimo após concussão e 6 tiros no tronco. Meninos entre 18 e 22 anos, que tinham ordem para inspecionar um navio da ONU e não ferir ninguém. E não o fizeram. Israel não disparou nem o primeiro, nem o segundo tiro. Fomos punidos por confiar no suposto pacifismo da ONU. Se soubéssemos a intenção do grupo, jamais teríamos enviados nossos jovens praticamente desarmados para dentro do navio. Ele teria sim sido atacado pelo mar. E agora todos os que ainda levantam a voz contra Israel estariam no fundo mar.
    Depois de atender os nossos soldados, me juntei a outra parte da nossa equipe que já cuidava dos tripulantes. Mesmo com braceletes dizendo MÉDICO em quatro línguas (inglês, turco, árabe e hebraico) e estetoscópios no pescoço, também a nós eles tentaram agredir. Um deles cuspiu no nosso cirurgião. Um outro deu um soco na enfermeira que tentava medicá-lo. ALÉM DE AGRESSORES, SÃO TAMBÉM INGRATOS.
    Eu trabalhei por 6 horas seguidas atendendo somente tripulantes do navio. Todo o suprimento médico e ajuda foram oferecidos por Israel. Depois do final da confusão o navio foi finalmente inspecionado. LOTADO DE ARMAS BRANCAS E MATERIAL PARA CONFECÇÃO DE BOMBAS CASEIRAS. ONDE É QUE ESTÁ O PACIFISMO DA ONU???
    Na terça-feira, fui visitar não só os nossos soldados, mas também os feridos do navio. Essa é a política que Israel tenta manter: nós não matamos civis como os terroristas árabes. Nós não nos recusamos a enviar ajuda a Gaza. Nós não queremos mais guerra. MAS JAMAIS VAMOS PERMITIR QUE MATEM OS NOSSOS SOLDADOS.
    Só milionário idiota que acha lindo ser missionário da ONU não entende que guerra não é lugar para civis se meterem. Havia um bebê no barco (que saiu ileso, obviamente): alguém pode explicar por que uma mãe coloca um bebê em um navio a caminho de uma zona de guerra? Onde eles querem chegar com isso? ELES NÃO ENTENDEM QUE FORAM USADOS COMO FERRAMENTA CONTRA ISRAEL, E QUE A INTENÇÃO NUNCA FOI ENVIAR AJUDA A GAZA E SIM GERAR POLÊMICA E CRIAR AINDA MAIS OPOSIÇÃO INTERNACIONAL. E CONTINUAM SEM ENTENDER QUE DAR FORÇA AO TERRORISMO DO HAMAS, DO HEZBOLLAH OU DO IRÃ SÓ SIGNIFICA MAIS PERIGO. NÃO SÓ A ISRAEL, MAS AO MUNDO TODO.
    E o presidente Lula precisa também entender que desta guerra ele não entende. E QUE O BRASIL JÁ TEM PROBLEMAS DEMAIS SEM RESOLVER. TEM MAIS GENTE PASSANDO FOME QUE GAZA. TEM MUITO MAIS GENTE MORRENDO VÍTIMA DA VIOLÊNCIA URBANA NO RIO DO QUE MORTOS NAS GUERRAS DAQUI. E PASSAR A CUIDAR DOS PROBLEMAS DAÍ. DOS DAQUI, CUIDAMOS NÓS.
    Eu sempre me orgulho de ser também brasileira. Mas nesta semana chorei. De raiva, de raiva de ver que especialmente no Brasil, muito mais do que em qualquer outro lugar, as notícias são absolutamente destorcidas. E isso é lamentável. Não me entendam mal. Eu não acho que todos os árabes são terroristas. MAS SEI QUE QUEM OS CONTROLA HOJE É. E que esta guerra não é só contra Israel. O Islamismo prega o EXTERMÍNIO de TODO o mundo não árabe. Nós só somos os primeiros da lista negra. Por favor encaminhem este e-mail aos que ainda não entendem que guerra é guerra e que os terroristas não são coitadinhos. Eu prometo escrever da próxima vez com melhores notícias e melhor humor. Tenho algumas boas aventuras pra contar.
    Um beijo a todos
    Shabat Shalom
    Ana”

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