A inglesa BP a cagar no Golfo do México!

A estimativa mais optimista aponta para 1,8 milhões de litros /dia de crude que se derramam nas águas do Golfo do México, mas a mais realista aponta para próximo do dobro. São 4 000 plataformas as que operam naquelas águas e que dão trabalho a milhares de pessoas. Agora, uma delas, está a produzir o maior desastre ambiental de sempre, a destruir toda a actividade pesqueira que fornece cerca de 60% do consumo do país, bem como as actividades de lazer e navegação.

Nos próximos 20 anos o ambiente não conseguirá recuperar de tamanho desastre, toda a população que vive nas redondezas não sabe sequer se poderá continuar a viver nas suas casas. A extração do petróleo faz-se cada vez mais fundo, em condições mais dificeis e mais caras, as hipóteses de algo correr mal, são cada vez maiores. A 1 500 metros de profundidade a BP tenta sem sucesso fechar o poço, a medida mais capaz é abrir dois poços secundários e assim retirar força ao poço fora de controlo.Mas esta solução demora meses (estará operacional em meados de Agosto) e custa milhões de dólares, bem menos no entanto que os biliões de dólares que o desastre já causou e vai continuar a causar.

Luisiana, Missipi, Alabama e Florida os territórios afectados têm milhares de trabalhadores a tentarem conter a “maré negra”, que mata peixes, animais, aves e homens, estes, daqui por uns anos vão padecer de problemas de saúde como já está a acontecer na Costa Galega, após a “maré negra” de muito menores proporções de há uma dezena de anos.

Comments

  1. joão Nunes says:

    A BP anda a brincar para ver se alguém lhe paga os prejuízos. O Obama já os devia ter encostado à parede mas os amigos não deixam.
    A solução demora uma semana a construir e outra a aplicar no local. Eles sabem disso muito bem, mas acham o preço caro, querem que alguém lhes faça o serviço e ainda pague por cima.
    Não esqueçam que estamos a falar da América, que tem gente especializada em lidar com isso, com muito conhecimento e meios técnicos. Não chegando, vão buscar os Holandeses. Juntos, podem virar o fundo do mar do avesso.
    Paguem-lhes, que eles fazem isso.

  2. Luís Moreira says:

    A BP é conhecida pelos desastres, eles já tentaram tudo, a opção é abrir dois poços controlados e tirar força ao que está fora de controlo.Mas isso leva tempo.

  3. maria monteiro says:

    enquanto fazem, não fazem … até podem “empurrar” a maré negra para as bandas da ilha

  4. joão Nunes says:

    A solução de abrir mais dois buracos, demora uma eternidade. À velocidade e ao caudal que está a verter para o Mar, é uma catástrofe.
    A solução tem de passar já pela recolha do crude que está a sair. Depois de fazerem isso e nem uma gota escapar, façam os furos que quiserem, mas não vão ser necessários.
    A solução existe, a BP está a ver se lhe baixam o preço ou alguém paga na vez deles. Pura jogada.
    Enquanto a BP tenta que lhe paguem o trabalho, os experts estão prontos a começar a obra. É só dizer.
    Boa jogada seria fazer o que se fez ao Madoff, em três meses, prisão perpétua, já que foram avisados muitas vezes que aquilo podia acontecer e para poupar dinheiro para melhor distribuir pelos do costume, ignoraram sempre os avisos dos técnicos e acabaram por deixar isto acontecer.
    Se o governo dos USA fosse sério e forte, a BP não brincava.
    Não é o caso.

  5. João Nunes, era muito interessante que desse algum suporte ao que afirma. Em 200 palavras consegue dizer exactamente coisa nenhuma. Note que este tipo de acidentes é muito comum – só que normalmente não têm resultados tão nefastos – digamos que é o preço que pagamos por sermos viciados em petróleo. A BP pode ser acusada – se calhar com razão – de ter descurado as medidas de segurança, mas o facto é que necessitamos do petróleo e à medida que somos forçados a extrair o crude em condições mais difíceis, este tipo de acidentes vai acontecer mais vezes (surpreendente e um testemunho à eficiência da industria do petróleo é este tipo de coisas acontecer tão poucas vezes).

    Para informação de qualidade sobre este problema consultem:

    theoildrum.com;
    Todos os artigos sobre a Deepwater Horizon;
    Um artigo em actualização sobre este caso.

  6. joão Nunes says:

    Sr. Helder,
    Não dou suporte coisa nenhuma.
    Não é você que diz “este tipo de acidentes é muito comum ” e depois volta a dizer “é este tipo de coisas acontecer tão poucas vezes)”.
    Em que fica? Diz e desdiz. Dá e tira, fica zero.
    Acontece muito, ou pouco?
    A propósito, você trabalha na BP, não trabalha?

  7. Luís Moreira says:

    Um caso que seja!

  8. António Soares says:

    …Resumindo…quem se lixa,são sempre os mesmos…e isso é que é pena!!!Vamos ver, se não sobra para nós,de várias formas,climático,e no nosso bolso…já noto as duas (formas)!!!!

  9. João Nunes:

    Não dou suporte coisa nenhuma.

    Isso é evidente.

    Mas no post anterior diz que há uma solução, mas a BP não quer aplica-la. Diz exactamente: A solução existe, a BP está a ver se lhe baixam o preço ou alguém paga na vez deles. Pura jogada.

    Que solução é essa?

    Não é você que diz “este tipo de acidentes é muito comum ” e depois volta a dizer “é este tipo de coisas acontecer tão poucas vezes)”. Em que fica? Diz e desdiz. Dá e tira, fica zero.

    Bom. Se ler o que escrevi vai ver que eu disse que era surpreendente não acontecerem mais acidentes destes.

    Acontece muito, ou pouco?

    Eu disse que acontecia muito e dei uma fonte credível onde se listam alguns casos (onde por sua vez tb são indicadas as fontes).

    A propósito, você trabalha na BP, não trabalha?

    Não tenho esse prazer! Mas deve ser um sitio muito interessante para se estar a trabalhar neste momento. (28.25N, 88.81W)

  10. joão Nunes says:

    O Kursk também era difícil.
    A grande dificuldade foi vencer a estupidez, a tacanhice e a forretice dos dirigentes russos, ainda soviéticos por dentro. Se tivessem reconhecido a sua incapacidade, tivessem sido humildes e pedido ajuda e não se importassem, com a ninharia que era pagar a operação de resgate, ainda hoje poderiam ter a maior parte daqueles marinheiros vivos e a criar os filhos.
    Mas não, burros, teimosos e forretas preferiram pagar uma fortuna para trazer à superfície de um oceano terrível, para um país de merda, um submarino cheio de cadáveres.
    Em Portugal poupa-se meia duzia de euros ao não pagar a nadadores -salvadores e bombeiros para estarem vigilantes nas praias assim que o tempo fica apetecível. Fica caro, dizem. Mas depois gastam-se fortunas em bombeiros, salva-vidas. fragatas, helicópteros e demais luxos a procurar, durante dias, o cadáver de um afogado.
    Na América acontece igual. É merda igual à de cá e de outros sítios.

  11. Luis Moreira says:

    O problema é que a extração é cada vez mais funda,mais dificil…

  12. joão Nunes says:

    O problema, ali, não é da extracção. É da operação. Havia deficiências na plataforma, para os quais os responsáveis, o dono, tinha sido alertado. Fizeram ouvidos de mercador porque resolvê-los implicava parar. Uma estrutura industrial parada custa muito dinheiro e pode demorar demasiado tempo. Os a accionistas não gostam disso. Gostam que esteja sempre a produzir. O CEO, ou lá quem é, não quer ser confrontado com críticas dos senhores accionistas, que eram, mesmo no pior do desastre, a sua maior preocupação. Nas declarações que fez, no meio de uma situação gravíssima, as suas preocupações e prioridades eram de protecção ao accionista e não ao habitante local, ao meio ambiente, à economia local.
    Facilitaram em tudo a favor do lucro deles. Os prejuizos ficam para todos os que lá habitam, animais incluídos e nós, mais longe, também ajudamos a pagar.
    Foi por isso que mencionei a situação que se passou com o Madoff. Esse, por ter prejudicado gente muito rica, foi dentro para toda a vida. Este da BP, está a prejudicar animais e gente pouco ou nada rica, não há-de ser nada.
    Pode estar tranquilo.

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