SCUT's: Desta vez, não!


O Aventar inaugura hoje uma nova rubrica, dedicada às SCUT’s – ou ao seu fim anunciado a 1 de Agosto. Até ver, claro, já que neste momento estamos na fase dos saldos e das promoções (10 primeiras viagens gratuitas, as outras com 15% de desconto – supõe-se que chegará o tempo em que quem fizer uma viagem poderá levar duas pelo mesmo preço).
A verdade é que não fomos nós que criámos este problema. Foram eles. Na ânsia de poupar dinheiro no imediato – os privados que gastassem – criaram Auto-Estradas Sem Custos para o Utilizador. E assim continuariam, prometeram então, até que houvesse alternativa.
Essas alternativas continuam a não existir, mas na ânsia de poupar dinheiro, querem fazer-nos crer que essas SCUT têm de acabar. Diz que o Estado está a gastar muito com elas e que deve prevalecer a óptica do utilizador-pagador. Óptimo. Fico então à espera que acabem com os subsídios à CARRIS, aos STCP e ao Metro de Lisboa e Porto. O resto do país não tem nada que andar a pagar o passe social dos habitantes das grandes cidades. Ou que diminuam os impostos a quem não utiliza o SNS e a escola pública. E a quem não vê a RTP – eu nem vejo a RTP.
Esperamos, a partir de hoje, as contribuições de todos os que tenham uma opinião sobre o assunto – dos directamente interessados, em especial dos membros das Comissões de Utentes, mas também dos que não percebem nada do assunto e só gostam de arrotar umas postas de pescada.
E como o Aventar é um blogue plural SEM QUALQUER TIPO DE AGENDA, esperamos também a opinião daqueles que são a favor do fim das SCUT’s. Também os há, aqui pelo Aventar.

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Andaram a enganar o pagode, façam-se muitas autoestradas que é tudo de borla ,fizeram tantas que somos os campões por Km2, agora chegou a factura. Os que querem o TGV, a 3ª ponte e o aeroporto, deviam olhar para este exemplo, tambem vamos pagar tudo. Quem ganha com isto são as grandes construtoras, os bancos e os políticos que vão para as empresas como administradores. E os palermas do costume que acham que fazer grandes obras públicas deficitárias se trata de desenvolvimento!

  2. Eu até nem sou dos mais radicais. Para mim, há SCUTs que poderiam deixar de o ser, e outras que deveriam ter um outro tipo de tratamento e análise. Principalmente no que respeita às suas alternativas:

    http://insustentavelbelezadosseres.blogspot.com/2010/07/era-uma-vez-uma-estrada-linda-de-morrer.html

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