O Sócrates que vai e que volta

O primeiro-ministro é, de facto, uma figura desconcertante. Sem rumo e ideias coerentes, degrada, a cada dia e aceleradamente, a imagem de político. Um dia diz isto, e no imediatamente seguinte, proclama o contrário. Brinca com a vida económica e social do país, com o mesmo à-vontade utilizado para penalizar os cidadãos mais fragilizados.

Ao contrário do afirmado à saída da AR: “Nunca me passou pela cabeça ir embora”; hoje, segundo declarações do gabinete do PM à TVI, Sócrates diz-se disposto a demitir-se se o OGE para 2011 não for aprovado.

As referidas declarações são, já por si, negativas para a imagem do País. Mas as contradições de Sócrates não se ficam pelo que dizer que vai e que volta. Hoje, segundo entrevistas ao ‘The New York Times’ e ‘The Wall Street Journal’, o Eng.º Sócrates garante que as ‘medidas de austeridade’ foram tomadas para acabar com “dúvidas dos mercados”.

E eu pergunto: “O que é que os tais mercados pensarão de todo este desconcerto de declarações?” Que Portugal é governado pela irresponsabilidade – é uma certeza, não uma dúvida.

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