CP – o agente reincidente

A 29 de Janeiro, com base em fundada reclamação de um consumidor, passageiro regular da CP, a ACOP difundiu um comunicado do teor seguinte:

“Ouve-se e pasma-se!
A lei instituiu, de forma menos inteligente, conquanto embaraçante, um duplo controlo de identidade para os passageiros que beneficiam de reduções no preço dos bilhetes: na bilheteira e na composição em circulação.
Com as perturbações daí decorrentes, como se assinalou noutro apontamento.
Mas o que é de estranhar (ou nem tanto…) é que, perante a exigência de um revisor em plena marcha do Alfa Pendular, o passageiro, que acabara de apresentar o cartão de cidadão na bilheteira, manifestou educadamente o seu agastamento perante nova exigência. E disse: “ao menos, que fosse só dentro da composição, no comboio. Que se não admitia o duplo controlo…”
Ao que o revisor, manifestamente indisposto, voltou do avesso o título de transporte e disse em tom áspero: “Se ler isso, já fica esclarecido!”.
E, não satisfeito ainda, depois de se ter retirado da posição, voltou atrás e disparou com “natural” agressividade: “Se não quiser ter o incómodo de mostrar o B.I., da próxima vez compra bilhete inteiro!”.
Ao passageiro, perante tamanha insolência, dir-se-ia, ante tão patente descortesia, inesperada, a desaforo tamanho, só lhe ocorreu lançar uma gargalhada!
E por aí se ficou.
Só que entende dar público testemunho dessa gritante indelicadeza.
À CP exige-se que cuide da preparação do seu pessoal. Que eleja os melhores, os mais sóbrios, os mais educados, os mais prestáveis.
Que de carroceiros, basta os que temos noutros serviços…
A CP não pode eximir-se das suas responsabilidades!
A talhe de fouce, porque é de elementar justiça, cumpre louvar todos aqueles que, nos seus quadros de pessoal, primam pela educação e até por uma relação de cordialidade manifesta com os passageiros frequentes! O que é saudável e de elogiar.
Há obviamente que separar o trigo do joio.
Mas não se pode deixar passar em claro esta grosseria!”

Pois o agente, de forma persecutória, volvidos quase 11 meses, reincide. Como?
Exigindo, sem resistência, o cartão de cidadão em viagem, pela manhã do dia 9 de Dezembro. O passageiro regressou ao destino na composição seguinte. E o mesmo reviso faz de novo a exigência da apresentação do documento de identificação. Ao que o passageiro retrucou que ainda há instantes apresentara o documento respectivo.
Insistência. E o passageiro anuiu pacientemente, apresentando o cartão de cidadão.
E não é que, com menos grosseria, mas análoga insolência, o “agente” repetiu exactamente o que dissera a 29 de Janeiro do corrente ano?
O que quer isto significar?
Atitude persecutória em relação a um sexagenário?
Que a CP tome conta da ocorrência para que atitudes do jaez destas não façam precipitar os acontecimentos…
Na realidade, nem sequer de excesso de zelo se trata. Antes – e tão só – de uma atitude que por inqualificável roça as raias do inadmissível, do intolerável, do abominável.
Urge que a CP tome conta da ocorrência.
É fácil identificar o tal “revisor”: Alfa Pendular Coimbra – Porto – horário 07.48.
Inter Cidades Porto-Coimbra – horário 10.52.
Que a CP actue exemplarmente, eis o que elementarmente se exige.

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