Bibi lembra-se de ter sido um espermatozóide

O Aventar descobriu que, após ter abandonado a medicação e aumentado brutalmente a graduação dos óculos, Carlos Silvino, o célebre Bibi, começou a lembrar-se de toda a sua vida, incluindo o momento em que, ainda espermatozóide, percorreu o caminho até ao momento da fecundação, passando a correr pelo útero, transpondo as trompas de Falópio, até desembocar no óvulo: “Olhe, lembro-me tão bem! Mandei uma cabeçada tão grande naquilo que, até, às vezes, ainda sinto dores de cabeça!” Continuamente maravilhado com a recuperação de todas as suas memórias, Bibi afirmou que “até me lembro dos nomes e das caras daquela malta toda que ia comigo!” Devido à necessidade de respeitar a privacidade, o Aventar não transcreve aqui os nomes dos cerca de meio milhão de espermatozóides que acompanharam Carlos Silvino na sua viagem inaugural.

Comments

  1. Chamaria ao estupor, um nome mais adequado ao seu perfil de girino, em ponto grande: um escarro!

  2. Caro António,

    O que diz faz todo o sentido. Aliás, há um livro, da escritora Maria Guinot, cujo título é ” As Memórias de um Espermatozóide Irrequieto”. Pelo menos, se atentarmos à forma como o espermatozóide é adjectivado, tudo leva a crer que estamos perante uma biografia do senhor Silvino.

  3. Emenda: o livro chama-se ” Memórias de um Espermatozóide Irrequieto”. Pelos vistos, ao nível do sémen, os artigos definidos são dispensáveis.

  4. José Dias says:

    Maria Guinot não é escritora. É uma cantora que se celebrizou no Festival da Canção.

  5. Tem toda a razão, José.

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