O ‘Correio da Manhã’ deu o mote e outros meios de comunicação, jornal “i” por exemplo, interpretaram a cantata ‘Os Salários Milionários da RTP’. Confirmou-se, pois, que na RTP existem 64 profissionais com salários superiores a 5.000 euros mensais.
Do grupo sócio-profissional privilegiado na TV do Estado, existem ‘5 cabeças de cartaz’ que, pelas minhas contas, auferem mais de 978.000 euros anuais. Resta saber se o total apurado inclui encargos da RTP com a segurança social, seguros de acidentes de trabalho e outros. A despesa provavelmente será mais elevada.
E o que mais se pode dizer da afronta? Num tempo de sacrifícios impostos a milhares de funcionários públicos e outros do Sector Empresarial do Estado, onde a RTP se integra, este despautério é revoltante.
O tipo de Estado, de Governo e de políticos de que estamos servidos, pelo que se percebe, não respeitam critérios de decência (há dias, a maioria PS + PSD reprovou cortes salariais aos gestores públicos e, entre os ‘5 magníficos do écran’, existe gente afecta a uma e outra cor).
Corre a notícia de que José Alberto Carvalho e Judite de Sousa já disseram sim à TVI. Fiquei satisfeito e a implorar que a Prisa e o Sr. Pais do Amaral levem da RTP mais umas paletes dessa gente. Que todos comam toneladas de morangos bem açucarados. O risco de diabetes é deles e o dinheiro que custavam à RTP é dos contribuintes. Oxalá haja o bom senso de moralizar os salários na TV estatal. Os contribuintes ficarão gratos.
Boa viagem à Judite e ao Carvalho e, se possível, a outros oriundos da mesma banda. A TVI que os sustente!
Completamente de acordo!
Em 2002 saiam notícias que indicavam que a RTP estava em falência técnica desde 1996:
Em 2010 a RTP continua em falência técnica.
Ou seja, andamos a sustentar a RTP com perdas há décadas. Infelizmente neste tempo todo não foi feito, rigorosamente, nenhum serviço público (se não contarmos com a subserviência aos governos) e houve concorrência desleal aos outros canais de televisão.
Já agora, o rumor parece que foi confirmado, sempre é menos um prejuízo.
Edição: adicionai o link para a notícia de 2002.
Helder, de facto é assim há décadas. Alguns ex-RTP enriqueceram à conta dos dinheiros do estado: José Eduardo Moniz e Carlos Cruz (entretanto falido, por outras razões) são dois dos exemplos mais categóricos.
Se decente, o poder político deveria reduzir drasticamente a pesada estrutura da RTP.
O que ninguém explica, são os potenciais destes “insubstituíveis”. Haverá algo na programação sistemática do canal, que indicie assim tanta competência?
Claro que a resolução desta situação é de fácil concretização. O diabo é que tinhamos de mudar de povo. Com este, vai de roda…
Portugal é o país dos “insubstituíveis”. Até o povo.