Um país de generais sentados

portugal, país de generais sentados

«WikiLeaks Portugal: Expresso revela negócios ruinosos na Defesa» [Expresso]

«Nas mensagens enviadas a Washington, o embaixador passa a imagem de um país de “generais sentados”, dizendo que o Ministério da Defesa não é capaz de tomar decisões e que “os militares têm uma cultura de status quo, em que as posições-chave são ocupadas por carreiristas que evitam entrar em controvérsias”. O embaixador sublinha ainda que o dinheiro na Defesa é gasto de forma imprudente e que Portugal tem mais almirantes e generais por soldado do que quase todas as outras forças armadas» [Público]

Comments

  1. A questão parece-me tratada pela notícia de forma muito redutora. Há coisas que o wikileaks não “diz”. Por exemplo que os “PORTUGUESES compram brinquedos caros e inúteis por orgulho”. A coisa não é meramente política. É cultural.

    • É possível que sim, Nuno. Estou a lembrar-me, em particular, dos telemóveis. Mas os brinquedos militares são mais caritos e são pagos com impostos.

  2. Nada de novo. Em 2009 saia no Sol:

    Marinha tem mais almirantes que navios

    A Marinha Portuguesa tem 52 almirantes no activo ou na reserva em efectividade. O número supera bastante o total de navios em actividade, que são 40.

    • Memórias de um país colonial.

      • Estes amigos não eram almirantes/generais durante a guerra colonial. Eu diria que se trata de ainda mais outra corporação (em todos os sentidos da palavra!) a abusar de todos os Portugueses.

        Necessitamos de umas forças armadas onde os nossos parcos recursos sejam utilizados de forma inteligente, não precisamos de dois generais por cada soldado.

  3. É de rir…amargamente!

  4. Carlos Fonseca says:

    Não podemos exportar Almirantes e Generais? Lá tinham eles que se levantar, claro.

  5. Se é para manter o PT em paz … até que estão bem empregues as patentes 🙂

  6. Artur says:

    O numero de generais é proporcionalmente grande comparativamente com o numero de soldados porque houve uma diminuição bastante acentuada destes após o fim do serviço militar obrigatório. O numer de Oficiais permaneceu elevado porque fazem parte do Quadro. É compreensivel que o Estado não tenha corrido com eles.
    Quanto ao facto de serem generais sentados, julgo que isso seja preferivel do que serem generais “de pé” a interferirem com a governação do país (como fizerem e fazem em muitos paises de forma desastrosa) ou andarem entretidos a mandar os nossos jovens para conflitos de causas duvidosas à boa maneira americana.
    Quanto ao facto de serem carreiristas que não entram em polémicas também natural e compreensivel que assim seja. Chama-se sobrevivência. Os politicos são implacáveis e não toleram funcionários publicos livre-pensadores, sejam eles generais, juizes ou o quer que sejam.
    (De certo modo isto é positivo pois permite que o sistema tenha uma certa integridade e uma hierarquia: haverá sempre a necessidade de quem mande e de quem execute.)
    Se até aos do 4.º poder (media) eles impõem a sua vontade, quanto mais a alguém que vive do vencimento pago pelo Estado. Os “herois” dos nossos dias são fáceis de derrubar ou de manipular.

  7. jose says:

    Duvido que o atual regime possa alguma vez corrigir esta situação. Resta-nos a esperança de poderem ser os nossos credores a imporem-nos essa correção.

  8. A. Leitao. says:

    Isto é digno da Coreia do Norte. Russia e Cuba jà nao chegam para eles e nos pagamos e até hà quem vote.

Trackbacks

  1. […] Profundo e, estando incrédulo, fui à fonte. O semanário Expresso censurou parte dos cables que tão bombasticamente trouxe  à capa na ultima […]

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading