Isabel Alçada é toda a favor da democracia, desde que não a contrariem

A ministra da educação afirmou que extinguir a disciplina de Área de Projecto e do par pedagógico na disciplina de Educação Visual e Tecnológica, bem como limitar do estudo acompanhado a alunos com dificuldades são medidas “importantes para reduzir o orçamento e tornar o ensino “mais eficiente””. Dá-se a coincidência de se descobrir a urgência de todas estas medidas apenas quando a austeridade bate à porta. É a síndroma “Dantes já era mesmo a sério, mas agora é que vai ser mesmo mais a sério”.

A mesma ministra fez, entretanto, esta descoberta espantosa: as medidas foram chumbadas por “razões políticas”. Confesso que ficaria preocupado se a revogação tivesse origem em razões religiosas ou clubísticas ou tivesse servido para chamar a atenção para a importância da homeopatia. Afinal, foi uma questão política, como são todas as que são discutidas na Assembleia da República. É natural que a senhora não esteja habituada, porque, depois de quatro anos de ditadura de maioria absoluta, temos vindo a assistir à ditadura de uma maioria relativamente absoluta. A colaboração do PSD será retomada dentro de momentos.

Sempre de olhos bem abertos, Alçada mostra-se aborrecida com a democracia, porque dá nestas maçadas de os partidos da oposição poderem realizar essa actividade surpreendente que é oporem-se. Mesmo assim, decidida, afirma-se convicta de que a reorganização curricular há-de prosseguir. Seria engraçado, em democracia, assistir à aplicação de medidas revogadas, mas uma pessoa, quando vai ao circo, está sempre à espera de ver coisas espantosas.

Comments

  1. Bastos Lopes says:

    A Área de Projecto e o Estudo Acompanhado foram inventados pela dupla Guterres/Benavente, que pretendiam com essas duas “disciplinas” dar um primeiro passo para a abolição do currículo normal e iniciar a escola-brincadeira.
    O par pedagógico resulta da fusão de EV e ET no 2º ciclo. Não há hipótese de um professor só fazer um trabalho decente, até porque muitas vezes a turma é partida em duas, pois os trabalhos exigem um acompanhamento constante.

    A única solução capaz para tudo isto é imitar o Estrangeiro, voltar ao que cá tivemos, e criar ensino de cariz técnico profissional e ensino de vocação liceal. Até lá, nem os miúdos vocacionados para coisas práticas têm qualquer sucesso, nem deixam os de vocação para cursos superiores aprenderem em paz. O obstáculo continua a ser a mentalidade esquerdalha que decidiu que o ensino técnico era para os pobrezinhos e quer obrigar todaa gente a fazer estudos superiores, para sermos um país de doutores… desempregados.

    • António Fernando Nabais says:

      Uma boa ideia ou uma ideia razoável podem ter más aplicações. Embora não veja que seja absolutamente necessária a existência da Área de Projecto e do Estudo Acompanhado, penso que o problema está na tendência para a diluição curricular e para o esbatimento das ideias de rigor e de trabalho. A escola não pode ser só, nem sobretudo, brincadeira.
      Apesar de ter uma “mentalidade esquerdalha”, não tenho problemas nenhuns com a existência de um ensino profissional ou profissionalizante, desde que isso não seja entendido como um “gueto” onde deixa de existir rigor e para onde são arremessados todos aqueles que a sociedade abandonou, mas a quem, ainda assim, quer dar um diploma, como se fosse uma esmola. Não, não somos todos iguais, mas a sociedade e a escola devem organizar-se de modo a criar, o mais possível, igualdade de oportunidades e isso deve assentar, na minha opinião, num sistema público que permita uma escola de qualidade, desde o pré-escolar. Só a partir daí, a escolha de vias de ensino ou profissionalizantes passará a ser justa.

      • Bastos Lopes says:

        Não é preciso inventarmos a roda. Basta fazer como se faz lá fora, onde o sistema de Ensino não deixa ninguém sem um diploma que esteja de acordo com as suas capacidades e vocação.

        Mas esta gente cá é mais inteligente. Esta farsa da avaliação dos professores, por exemplo, que consiste basicamente num processo de humilhação, desgaste, tirania, caciquismo partidário, e canalhice em cenário kafkiano, bastava fazerem como nos outros países. É simples. mas les não querem. Tudo lhes serve para as suas agendas ocultas (basicamente criar uma pseudo escola para as massas).

        As agendas ocultas, e os tachos. O famoso ISCTE, ninho das famosas “Ciências da Educação”, é a casa mãe das Marias de Lurdes Rodrigues que usam a vida das pessoas para publicarem uns livros canhetros, copiados, cheios de teorias da treta. Fazem experiências com o Ensino, “implementam” umas parvoíces, fazem carreirismo, nada fazem, nada sabem.

      • Bastos Lopes says:

        Não é preciso inventarmos a roda. Basta fazer como se faz lá fora, onde o sistema de Ensino não deixa ninguém sem um diploma que esteja de acordo com as suas capacidades e vocação.

        Mas esta gente cá é mais inteligente. Esta farsa da avaliação dos professores, por exemplo, que consiste basicamente num processo de humilhação, desgaste, tirania, caciquismo partidário, e canalhice em cenário kafkiano, bastava fazerem como nos outros países. É simples. mas les não querem. Tudo lhes serve para as suas agendas ocultas (basicamente criar uma pseudo escola para as massas).

        As agendas ocultas, e os tachos. O famoso ISCTE, ninho das famosas “Ciências da Educação”, é a casa mãe das Marias de Lurdes Rodrigues que usam a vida das pessoas para publicarem uns livros canhestros, copiados, cheios de teorias da treta. Fazem experiências com o Ensino, “implementam” umas parvoíces, fazem carreirismo, nada fazem, nada sabem.

  2. Acho curioso como entendo melhor um artigo complicado do Financial Times do que os posts e comentários sobre educação que aqui se publicam.

    O Eduquês é mesmo uma linguagem inacessível.

    • Bastos Lopes says:

      Então eu explico ao amigo carlos Alberto (eu que sou contra essa novilíngua do eduquês, mas acabo por ter que usar certos chavões):

      1 – António Guterres e Ana Benavente criaram as disciplinas Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica. Eram do PS e pretendiam com essa medida iniciar um processo que consistia em acabar progressivamente com as disciplinas todas, até se chegar a uma coisa modernaça, inovadora, estilo Escola da Ponte, inspirada nos pedabobos eduqueses como Paulo Freire, onde basicamente os meninos vão “aprender brincando”, coisa estúpida, absurda, que só é possível em cérebros que o Mio de 68 estragou definiivamente.

      2 – Nessas escolas estilo Paulo Freire, defende-se a ideologia de que a instituição escolar é um filtro para privilegiar a burguesia, e para acabar com a “injustiça”, toda a gente passa, estude ou não, saiba ou não. A teoria é que os “saberes” do Chico Cajó, que consistem em gamar, snifar, vandalizar, valem tanto (se não mais!), que a porcaria do saber livresco, esse instrumento de opressão das classe trabalhadoras -pá!

      3 – Como houve oposição cerrada a essa loucura, essas três disciplinas passaram a ser uma excrecência. O mesmo PS que as criou vem por isso agora destruí-las. Mas aproveita para juntar o útil ao agradável: ao mesmo tempo que acaba com essas aberrações, poupa dinheiro, despedindo professores, e tem ainda como bónus vingar-se desse grupo profissional que odeia e que desde há 6 anos diariamente calunia e persegue, provocando desde esgotamentos a suicídios.

      4 – As razões desse ódio são diversas, mas a maior é a resistência dos professores em deixarem que o Ensino em Portugal resvale para o que eles pretendem, e que é:

      5 – Por um lado, escolas em que nada se ensina e nada se aprende, escolas para o povo. E por outro lado, escolas a sério, para os filhos das elites políticas e financeiras. Não é por acaso que todos os governos socialistas, em Portugal como nos EUA destroem o Ensino público mas têm os filhos no privado, vide p ex Obama ou Sócrates.

    • António Fernando Nabais says:

      Caro Carlos Alberto, embora concorde em quase tudo com o Bastos Lopes, deixe-me dizer-lhe duas coisas:

      1 – quando leio algo que não entendo, ponho, sempre, a hipótese de que o problema possa estar em mim (e está, muitas vezes);
      2 – o meu texto poderia aplicar-se a qualquer um dos ministros, pois as atitudes têm sido semelhantes:
      a) nunca desculpam o rigor das medidas com a austeridade, fingindo que são absolutamente necessárias (as áreas que, agora, se pretende extinguir foram sempre defendidas como fundamentais);

      b) sempre que a oposição se opõe é criticada por ser… oposição;

      c) a maioria só é respeitada se não discordar. Como é possível querer aplicar algo que foi revogado?

      Onde está, aqui, o eduquês?

      • Meu caro Nabias, entendeu mal o que escrevi:

        O seu texto, está , como é costume aliás, límpido e bastante perceptível.
        Quando falei em ‘eduquês’ não me estava a referir ao texto mas sim ao assunto.
        De facto já tinha lido no jornal e visto nas noticias mas não percebia em que consistia essa ETV ou EVT e o ter ouvido que não havia isso em mais parte nenhuma do Mundo aumentou a minha curiosidade.
        Felizmente o amigo Bastos Lopes explicou em linguagem corrente daí lhe endereçar os meus agradecimentos.

  3. Bastos Lopes says:

    Sobre o Liceu e a “Escola Comercial”:

    1 – Antes do 25 de Abril havia o Liceu para quem tinha mais cabeça e queria tirar um curso superior, e a “Escola Comercial” para quem não tinha tanta cabeça para estudar e queria ser um trabalhador qualificado, com algumas noções da sua área: Comércio, Indústria, Construção Civil, Secretariado, etc., etc..

    2 – Depois do 25 de Abril vieram aquels gajos de barbas, sandálias e óculos redondos, a correr dizer que a “Escola Comercial” não era para os que tinham menos cabeça para os estudos, mas sim para os pobrezinhos, coitadinhos, e que ninguém devia ser pedreiro ou padeiro, que são coisas reles, mas todos deviam ser doutores, e por isso passou a haver Liceu para todos. Com outro nome, o de Ensino Unificado.

    3 – Além disso, obrigaram toda a gente a ir estudar até ao 9º ano.

    4 – Como seria de esperar, os gajos que não têm cabeça para os estudos, começaram a chumbar que nem tordos e a abandonar a escola, pois para quem não tem cabeça para estudar, pode andar-se uma vida inteira a martelar o que é uma molécula, que é a mesma coisa que falar Chinês!

    5 – Para evitar isso, começaram a dar ordens para passar os meninos mesmo que tivessem muitas negativas, mesmo que não soubessem nadam, inventando expedientes legislativos absurdos. E sobretudo culpando os professores.

    6 – Como mesmo assim, há gajos tão teimosos que não aprendem, até porque andam permanentemente bêbados e drogados, criaram os cursos CEF, que mais não são que a antiga “Escola Comercial” dentro do Liceu disfarçado que são as escolas “igualitárias” de hoje.

    7 – Mas mesmo assim os gajos não querem fazer nada, vão à escola para os pais receberem o RSI e para cometerem uns crimes e gozarem com os professores:

    8 – Como os professores ainda não se habituaram a estar calados a fazer que ensinam, enquanto os marginais lhes batem e cospem, é uma chatice. É que é preciso apresentar estatísticas a dizer que toda a gente vai á escola e tem sucesso.

    9 – O resultado da mistura de alunos educados e normais, com alunos “disfuncionais” é que quem quer ir á escola aprender já não consegue. A escola de hoje é o território da ficção, é a encenação diária dos Morangos com Açúcar:

    Se o Carlos quiser, eu explico melhor. É frustrante as pessoas não entenderem como os governos pós 25 de Abril deram cabo do futuro das novas gerações. O que se vê nestes vídeos é o dia-a-dia, não são excepções. E quem é culpado pela opinião pública e Governos socialistas são os professores, como se estes pudessem injectar princípios e boa educação numa sociedade que já os perdeu.

    • Mas porque é que mente? sabe perfeitamente que as Escolas Comerciais e Industriais eram exclusivamente para os remediados (os pobres quanto muito faziam a 4ª classe)? E como tem a lata de criticar a escolaridade obrigatória? Quer voltar ao país de analfabetos que tínhamos antes de 74?
      Tenha vergonha na cara.

      • Bastos Lopes says:

        Caro José João Cardoso,

        Peço-lhe alguma contenção. Por favor não me chame mentiroso, pois não me conhece de lado nenhum. E já não falo dessa de me mandar “ter vergonha na cara”, ainda mais lamentável.

        Está a inverter os factores, como é típico da sua escola de pensamento, que teima em encafuar a realidade nas teorias de luta de classes & C.ia.

        A escolaridade obrigatória, era, noutros tempos, a 4ª classe. Com o 25 de Abril demos um salto brusco. A escolaridade foi alargada, mas a mentalidade do Povo não mudou do dia 24 para o dia 26 de Abril de 1974. Sou pelo alargamento da escolaridade obrigatória, até porque tudo evolui, mas conheço o meu Povo e não vejo a realidade através dos óculos das utopias. Sou realista. Há famílias e pessoas que não “aguentam” uma escolaridade para além de 6 anos. Há garotos que fogem da escola para irem apascentar ovelhas, são felizes a apascentá-las, e considero pedantismo e ditadura intelectual querer mantê-los à força na escola. Acabam por enveredar pela delinquência e pelo crime, porque a escola “não lhes diz nada”.

        Sobre as antigas Escolas Comerciais e Industriais. Eram, de facto, maioritariamente frequentadas pela classe média-baixa. Acontece que os filhos da classe média baixa continuam maioritariamente a não ter aproveitamento no ensino licealizado. Os Liceus nunca barraram a entrada a pessoas paupérrimas, como as Escolas Comerciais e Industriais nunca barraram a entrada a meninos “ricos”.

        Esperando que não me carimbe já como “fascista”, lembro-lhe Salazar, filho de gente pobre, um aluno brilhante por direito próprio, sem cursos imaginários de Universidades Independentes. E por sinal um excelente governante, que inelizmente não soube retirar-se a tempo e se transformou num flagelo para o País.

        Nem por sombras quero voltar ao país de analfabetos. Não sou classista, sou democrata, sou completamente alheio a peneiras de cursos superiores, doutorices e coisas que tais. cada pessoa vale pelo que é, pelo carácter que tem, e não pelos títulos académicos ou conta bancária. O meu pai sempre me disse que não lhe fazia diferença a profissão que eu escolhesse, desde que fosse um bom profissional. Tenho honrado esse voto.

        Repare que assim o que temos é precisamente um país de analfabetos. Os alunos interessados não são protegidos do inferno de violência e caos, de desrespeito, de desvario, em que as nossas escolas se transformaram. Na falta de cursos com expectativas realistas em relação aos alunos mais virados para a via profissionalizantem criaram-se os cursos CEF, e já há escolas exclusivamente CEF, ironicamente instaladas onde dantes funcionava a “Escola Comercial”.

        Só que agora os alunos já não vão lá aprender nada. Vão justificar o RSI dos pais e levar os professores à loucura, vão incendiar carros, roubar, “pinar”, abortar nas casas de banho com agulhas de crochet, etc..

        Viu a reportagem A Violência Vai à Escola, exibida no início do mandato de Mª de Lurdes Rodrigues? Os alunos jogavam capoeira nas salas de aula, fumavam, saltavam pelas mesas, etc.. Era uma escola “normal”. O que ganha o País em manter este estado de coisas?

        Lembro que a então Ministra instaurou processos judiciais oa jornalistas por “invasão da privacidade dos alunos”. Seguiram-se 3 anos de professores e funcionários agredidos, alunos “normais” sistematicamente espancados e aterrorizados (alguns suicídios), e um estado de coisas que vai demorar anos a remediar.

        NOTA PARA O CARLOS:

        Dantes havia no 2º Ciclo Educação Visual e Educação Tecnológica. Ao fundirem as duas disciplinas, mesmo tendo um par de professores (necessário para aulas com componente prática tão acentuada), pouparam muito em professores. Pois agora querem cortar pela metade.

        O ensino artístico, segundo todos os pedagogos, deve estar presente ao longo de toda a escolaridade obrigatória. Ana Benavente, por um lado “modernaça” de teorias, mas por outro conservadora (são todos assim…), queria extinguir o ensino artístico. Este Governo retoma a cruzada.

        BL

        • Carimbar? você acha que Salazar foi um excelente governante e não quer que lhe chame fascista? tem vergonha de ser fascista e defende a felicidade das crianças pastores? E depois diz-se democrata? Assuma-se.

          • Bastos Lopes says:

            – Suponho que você seja o esquerdista residente, pela argumentação primária que usa. Essa de chamar fascista a quem não é comunista, já não se usa desde Novembro de 1975. Não estou na disposição de discutir Salazar consigo. Deixo-lhe a tarefa de se informar devidamente, em vez de alinhar em estereótipos. Estava-se aqui a falar de outras coisas.

            – Sobre as crianças-pastores, por muito que custe a entrar na sua mentalidade citadina e cheia de certezas absolutas, há pessoas para quem é extremamente penoso permanecer na escola além do 6º ano, sim. Mas são casos extremos.

            – O ponto aqui é que o ensino de “calibre único” é um erro do pós 25 de Abril. Veja o que se passa nos outros países e descobrirá que o ensino está organizado em graus de dificuldade, de acordo com as capacidades dos alunos. Serão os alemães, por exemplo, mais burros que nós? Serão “fachistas”?

            – Mas se vocês teimam em ver segregações sociais e mecanismos de perpetuação das classes e essa tralha toda, paciência…

            – Na verdade, o que esta escola faz é estupidificar toda a gente, é matar o gosto de aprender, é formar ineptos, que nada sabem, entretidos que andaram com um sistema fictício, para agradar a teóricos bacocos.

            – Não funciona a vertente liceal deste ensino, e não funciona a variante profissionalizante, os CEF, que são a Escola Comercial e Industrial mascarada. Para os primeiros, há o caos e a indisciplina que resultam do fim da autoridade, e do “sucesso” à força. Para os segundos, chamar escola ao que eles andam a fazer, é um eufemismo preverso.

  4. Bastos Lopes says:

    Peço desculpa por ter metido um comentário duplicado. Para me redimir, recomendo-vos este vídeo que demonstra a impossibilidade absoluta de manter alunos normais na companhia de indivíduos sem educação nem inteligência mímina aceitável, a impossibilidade absoluta de um ensino onde os alunos mandam e os professores obedecem:

    “Então mas a professora não faz nada?” – perguntarão alguns.

    Mas é claro que não! Todo o professor que marque faltas disciplinares, que se queixe, que não admita isto, incorre nos seguintes problemas:

    – Leva porrada dos alunos.

    – Leva porrada dos pais.

    – Tem má avalização, pois é taxado de conflituoso e que não sabe fazer-se respeitar.

    – Arrisca-se a ver o seu nome arrastado pela lama, nos noticiários da SIC e nas reportagens-linchamento da Câncio.

  5. Ó homem, eu é que não discuto Salazar com o seus admiradores. Gente que prefere ver crianças a trabalhar, em vez de estarem na escola.
    Nem discuto CEF’s consigo, porque tenho turmas CEF e muito orgulho e prazer em trabalhar com eles, e porque além de fascista você percebe tanto de ensino como eu de física nuclear. Vá levar o seu rebanho a pastar homem, a ver se também gosta, da fome, do frio, das caminhadas e da solidão para onde quer mandar os meninos e meninas que você acha que não gostam de estudar.

    • Bastos Lopes says:

      – Você possivelmente é comunista, ou socialista, que é a mesma coisa, e por isso tem desculpa para ser pouco inteligente e mal educado. Não me ofende com os insultos, que são a arma dos pouco inteligentes e mal educados a quem faltam argumentos.

      – A realidade não são os livros do Saramago, sabe? A realidade é que há miúdos que odeiam a escola, sobretudo porque a escola que temos, concebida por líricos como você, não lhes interessa. E estão felizes da vida a apascentar o rebanho, por muito que isso lhe custe. E antes a apascentarem o rebanho aos 14 anos, com gosto, do que a traficarem drogas e a matarem pessoas, como vocês gostam. Não são pastorinhos a morrer de frio no monte; são miúdos que na escola partem tudo, literalmente, e a trabalhar no que gostam estão felicíssimos. Seja com rebanhos, seja a ajudar na mercearia dos pais, ou a fazer qualquer coisa útil e objectiva que não sejam pedagogias baratas de sociabilizações e bla bla bla escola da ponte seus hippies da treta.

      – E são precisas pessoas para guardar rebanhos, pois os rebanhos não se guardam sozinhos. O pão não se coze sozinho nem é cozido por diplomas em Educação do ISCTE.

      Vocês choram a ver filmes neo realistas, mas o Povo está-se nas tintas para o neo realismo e quer é festa, Quim Barreiros e carros tuning. O Povo não gosta de miséria; quem gosta de miséria são os intelectuais.

      – É por isso que o ensino de calibre único, licealizado, é uma estupidez que só se pratica neste país onde é politicamente incorrecto não ser um esquerdista primário. E é politicamente incorrecto, é um pecado social, dizer que há garotos de 14 anos que estão melhor a trabalhar do que na marginalidade, a fingir que vão à escola. Ainda que fosse melhor que completassem uma escolaridade decente, que NÃO A HÁ!

      – Copiem a escola dos países europeus, onde há graus de dificuldade diferentes para alunos diferentes, onde há saídas profissionais diferentes para expectativas e vocações diferentes.

      – Os cursos CEF, na generalidade, são o que se vê na reportagem da escola Marquês de Pombal. Mas em nome das vossas ideologias, vocês acarinham os marginais que por lá andam, calam-se quando levam na tromba e lixam a vida aos que não se calam.

      – Há êxito nos cursos CEF que têm alunos que apesar de tudo querem aprender, em cursos CEF que não são depósitos de marginais. E graças à abnegação dos professores, que fazem sozinhos o que escolas técnicas deveriam fazer.

      – Quem não percebe absolutamente nada de ensino, e muito menos de vida, é você, que julga que a vida são os livros mal amanhados dos seus camaradas, todos filhos de boas famílias, com visões românticas do Povo, que nunca conhecerão. Eu sei, porque eu sou do Povo. Você não.

      Espero não ter que voltar a ter a penosa obrigação de lhe responder. Não é a minha experiência de décadas que me dá razão, não foram as minhas notas a Sociologia da Educação e outras, não é o facto de pessoas que realmente percebem de Ensino me darem razão. O que me dá razão é o falhanço clamoroso deste sistema de calibre único e de caos e indisciplina. E o sucesso dos modelos que defendo, em outros países. É a realidade que me dá razão, seu Che Guevara maroto. Percebeu?

      • Você possivelmente é comunista, ou socialista, que é a mesma coisa, e por isso tem desculpa para ser pouco inteligente e mal educado.

        É tudo a mesma coisa: socialista, comunista, mal educado e pouco inteligente. Estamos perante um salazarista ignorante. o que também é tudo a mesma coisa, logo estamos quites.

        A realidade é que há miúdos que odeiam a escola, sobretudo porque a escola que temos, concebida por líricos como você, não lhes interessa. E estão felizes da vida a apascentar o rebanho, por muito que isso lhe custe. E antes a apascentarem o rebanho aos 14 anos, com gosto, do que a traficarem drogas e a matarem pessoas, como vocês gostam.

        Agora é aos 14 anos. Mas como há crianças a odiar a escola muito antes disso, podem ficar com os anhos, e deixemos o gado mais idoso aos mais velhos, que o trabalho do menino é pouco mas só o não o aproveita quem é louco. Não é ó salazarista? até foi assim durante 48 anos e estava tudo tão bem não viessem o raio dos comunas estragar tudo.

        E são precisas pessoas para guardar rebanhos, pois os rebanhos não se guardam sozinhos. O pão não se coze sozinho nem é cozido por diplomas em Educação do ISCTE.

        Pois são. O Bastos Lopes de pastor ou de padeiro poupava-se à triste figura que faz, e sempre fazia alguma coisa.

        – É por isso que o ensino de calibre único, licealizado, é uma estupidez que só se pratica neste país onde é politicamente incorrecto não ser um esquerdista primário. E é politicamente incorrecto, é um pecado social, dizer que há garotos de 14 anos que estão melhor a trabalhar do que na marginalidade, a fingir que vão à escola.

        Por exemplo, o Bastos Lopes agora enumerava os países onde se separam as crianças antes dos 14 / 15 anos umas das outras, em ramos de ensino diferenciado. Enumerava se soubesse do que fala. Como não sabe vai já para o canto com as orelhas de burro na cabeça. As reguadas do saudoso ensino salazarista são já a seguir.

        Há êxito nos cursos CEF que têm alunos que apesar de tudo querem aprender, em cursos CEF que não são depósitos de marginais. E graças à abnegação dos professores, que fazem sozinhos o que escolas técnicas deveriam fazer.

        Há êxito dos CEF’s onde há professores que se empenhem nisso. Há professores que escrevem “Cursos CEF”, ou seja “Cursos Cursos de Educação e Formação”. 5 palmatoadas para o menino Bastos. O menino Lopes ainda não percebeu que um CEF faz o mesmo que uma Escola Técnica fazia, mas no mesmo lugar. O menino Lopes quer é meter uns num sítio, outros noutro. Separar. Dividir as águas. Nada de misturas. Porque será?

        Num mundo perfeito um caramelo que confunde Saramago com neo-realismo estava a pastorear o rebanho, ai pois estava. No mundo em que vivo um tipo destes até fez Sociologia da Educação (pobre Bourdieu). E sabe bués de educação, mesmo que demonstre o contrário em cada linha. Pois é gente assim que bem merece um CEF, dos de Máquinas e Ferramentas. Porque há gente que só quando levar com as geringonças na mona perceberá que leva décadas a defender o tipo que enviou 11 000 portugueses para a morte como tendo sido um excelente governante, vejam lá, o Salazar, que até morreu pobrezinho e era bom aluno. É triste, mas não deixa de ter a sua piada.

        • Menino Lopes says:

          Olá seu Tupamaro dos urinóis Jardim da Estrela,

          – Não estou com pachorra para rebater todos os seus requintes de má-fé e formatação comunistóide. Muito menos o pedantismo infantil de coisas como verberar a expressão “Cursos CEF” 🙂

          – O Salazar veio à conversa porque era pobre e frequentou o Liceu. Logo a sua teoria das separações sociais é cocó. Os meninos com inclinação para o Liceu sempre foram para o Liceu, e os que tinham inclinação para cursos técnicos sempre para lá foram.

          – Repito:

          Os meninos com inclinação para o Liceu sempre foram para o Liceu, e os que tinham inclinação para cursos técnicos sempre para lá foram.

          – O Salazar tinha estudos a sério e não dos da Universidade Independente da Farinha Amparo, ao domingo e por fax. Nem “cursos” fantasistas de marketing ou “ciências da educação”. Era estudos a sério. Mesmo. Propriamente. Foi um excelente Ministro das Finanças. O poder corrompeu-o e ficou quase tão tacanho como o Cavaco ou o Sócrates, coitado…

          – O Salazar foi eleito o maior português de sempre, pelo mesmo Povo que você acha que tem que ser educado para aprender a ver que a virtude está no comunismo, ou no socialismo, que é a mesma coisa. Um socialista é um comunista envergonhado e com sentido prático: sabe que pelo Partido Comunista não abocanha tantos tachos. Já o comunista é mais um invejoso, que deseja sobretudo ver todas a nadar na mesma mediocridade em que ele vive, geralmente por preguiça.

          – O maior português de sempre pelo voto popular, como pelo voto popular os comunistas têm votações miseráveis. Dói, não dói? Há que educar o Povo, como na Coreia do Norte, em Cuba, na China ou na Líbia, esses paraísos onde até há “ensino integrado” e tudo, eh, eh…

          – Quer escolas e cursos escalonados segundo a capacidade intelectual e vocação dos alunos? Veja toda a UE, é simples!!! Estude, amigo! Estude!

          – Só cá em Portugal não se formam mecânicos, nem electricistas, nem padeiros, nem empregados de mesa. Tudo doutor! Para a ideologia pós vinte e cinco dabrilesca tem que ser tudo doutor!

          – Passados 30 anos desse absurdo, começaram a criar, como V. diz, a Escola Comercial e Industrial, disfarçada de cursos CEF. Mas as oficinas das antigas escolas comerciais foram deixadas apodrecer durante anos, pois não eram precisos operários, só doutores.

          – Os alunos dos cursos CEF, carregados de reprovações, já grandes, misturados com os alunos mais novos, são uma conjugação explosiva, por muito que vocês tentem escondê-lo.

          – Até porque entre alunos CEF “normais” pululam marginais que só vão à escola para fazer o caos, vender drogas e justificar o RSI dos pais. Veja o vídeo da Marquês de Pombal e colija os dados da violência que esses marginais levam a cabo. Deviam estar na cadeia ou no reformatório, mas andam aí à solta, a fazer o tirocínio para mais altos vôos de marginalidade e crime.

          – Ironicamente, como já disse, começa a haver escolas só para “cefes”! Ou seja: no lugar da antiga “Escola Comercial” assume-se as pseudo-escolas ninhos de marginais e disfuncionais.

          – O “menino Lopes” quer efectivamente meter uns num sítio e outros noutro. Mas com dignidade. Porque assim estão bem pior. Na vida nós estamos todos cada um em seu lugar, cada macaquinho no seu galho, uns nos andaimes dos prédios, outros a operar doentes, outros a servir à mesa, outros a lançar as redes no mar. Tal não implica hierarquias sociais, para mim. Isso são papões seus, e não é com tretas de “ensinos integrados” que vai contruir a sociedade sem classes – pá.

          – A classe dominante é a corja partidária, sem estudos, sem educação e com higiene duvidosa, a tresandar a sujidade, por muito que se Armanize.

          – Repito: há garotos que desejam a todo o custo sair da escola depois do 4º ano, e até antes. Mantê-los na escola à força, ainda por cima sem lhes ensinar nada de interessante sob o ponto de vista deles, e suportar toda a violência que geram na escola, para que serve? É que quando finalmente perdem o medo às CPCJ e à Guarda, é vê-los, felizes da vida, a trabalhar no que gostam. Em nome de quê V. se arroga o direito de os proibir? Em nome da superioridade moral e intelectual que julga possuir.

          – As minhas notas em Sociologia da Educação e nas outras disciplinas foram máximas, sabia? Não é por se falar com pompa que se sabe mais.

          Agora vá pintar uns morais marxistas e não me chateie, pois para isso já bastam os seus congéneres actualmente no poder, os socialistas, os arautos desse sistema que é tão maravilhoso até se acabar o dinheiro dos outros. Agora lá foi ele rojar-se aos pés da Merkl… Ganda bronca, hein!!!… 😉

          Um beijinho para si,

          Menino Lopes

  6. Nem o Salazar era pobre, nem frequentou o Liceu, mas sim o seminário de Viseu. Quanto ao resto a ignorância continua. Eu sou comunista, e com muito orgulho. Nada tenho que ver com coreias e outras sovietiquíces, coisa que se percebe com 2 cliques no Aventar.

    Você não passa de um triste fascista envergonhado, que despeja disparates ao sabor da ignorância. Uma ignorância que me leva a repisar que os professores devem ser periodicamente avaliados nos seus conhecimentos, como sempre defendi, e bem se percebe porque muitos o temem. Só espero que as suas notas máximas tenham sido obtidas num piaget qualquer, o que explicaria muita coisa.

    Vá para lá o seu galho: quando cair o ramo, estarei cá em baixo, a rir sim, e devagar.

  7. Bastos Lopes says:

    – Então o Ensino que o Salazar frequentou não foi liceal? Foi técnico, querem ver? E não era pobre? Era filho do caseiro ou do proprietário? Já parece a Camarada Odete a cuspir dentes, quando o Salazar foi eleito o maior português de sempre 🙂 Tenha calma!!!

    – Mas essa do Salazar é marginal à conversa. Foi apontado aqui como um exemplo. Podia dar-lhe o meu. Não sou nenhuma sumidade mas sou filho de gente pobre, fui para o Liceu e o meu irmão foi para a Escola Técnica. Sem qualquer conflito. Hoje ele é um profissional qualificado, sem estudos superiores, e ganha bem mais que eu que os tenho. Sem conflitos.

    – Não sou fascista, nem Salazar foi alguma vez fascista, mas mal por mal antes fascista que comunista. Chiiiiça!!!

    – A sua avaliação de professores mais não seria que uma verificação ideológica. Quem não dissesse e ensinasse que preto é branco e branco é preto (não me chame racista, já agora :-)) era posto fora da carroça, saneado, como o vosso Saramago fazia aos jornalistas não comunistas do DN. Como se fazia aos não comunistas em 1974/75.

    – Foi por isso que combati e ajudei a depor a ditadura comunista, com muita honra, culminando no 25 de Novembro, em que participei com muitíssima honra. Para sermos um país livre. E combaterei sempre as ditaduras, sejam elas comunistas ou fascistas.

    – Veja a avaliação dos professores nos outros países da UE. Veja! Estude! Vc gosta desta avaliação chilena encomendada a pedabobos hippies norte-americanos da tendência hippie Palo Alto. A malta de sandálias e óculos redondos, de longas guedelhas e barbas todas amarelas da nicotina, não tem mesmo emenda… Compánhõns de rute, não tomar banho, e tal 🙂 Dão-me vontade de rir, vocês! Numa ditadura comunista eram fuzilados em dois tempos!

    – Mas tenha esperança: nas próximas eleições os seus camaradas vão de certeza ganhar! 😉

    Para encerrar MESMO:

    Uma aula de CEF:

    Uma escola de CEF:

    O perfil de aluno CEF:

    Seria trágico, de facto, que fosse exigido a estes alunos, como aos restantes, que efectivamente estudassem e que respeitassem os outros. Nada disso! Isso seria “fascismo”! Eles têm que malhar nos colegas, nos professores e nos funcionários! Eles têm que passear por cima das mesas e andar à pancada nas aulas! Eles têm que andar bêbados e drogados todo o dia! Eles têm o direito de incendiar carros dos professores e extorquir dinheiro aos alunos nomais, não marginais, não criminosos! Eles têm todo o direito de martirizar alunos e professores até à depressão e ao suicídio! É isto o ensino integrado, amigo dos pobrezinhos, democrático, modernaço, alçado! Nada de ensinar matérias práticas que interessem estes alunos, e nada de lhes exigir a mesma disciplina que se exige a todo o cidadão! É o socialismo…

    Os atrasados mentais dos ingleses, dos alemães, dos holandeses, ainda não aprenderam connosco. Por isso é que eles vivem na miséria e nós na prosperidade!

  8. O Salazar não era pobre: pobre não tinha terras, ao contrário da puta que o pariu. E frequentou o Seminário, que não era ensino liceal. E foi um fascista, tanto como o Mussolini, de quem tinha o retrato na secretária e o Código Corporativo no pensamento e acção.

    E sei muito bem um que é um CEF: faz parte da minha rotina semanal saber o que é um CEF, e espero continuar a saber nos próximos anos. Como sei o que é avaliação de professores, até porque tenho por hábito ler o que comento, o que não parece ser o seu caso.

    Quanto ao resto, lamento que no dia 25 de Novembro tivéssemos estado os 2 do mesmo lado da barricada. Acontece.

  9. Bastos Lopes says:

    Ena! Tanto ódio ao maior português de sempre eleito pelo POVO 🙂 Os angolanos e os moçambicanos e os guineenses ficaram melhor nas ditaduras comunistas, se calhar. Salazar foi burro em não ter negociado uma autonomia progressiva, ou em não ter feito de Luanda a capital do Império. Mas agora é fácil falar. Pelos vistos o Povo ama-o, e detesta o Cunhal…

    Mas esqueça lá o tretas do Salazar, homem, que ainda lhe dá um treco. Atenha-se às questões (Ah; não pode, baseia-se em argumentos errados… pena!…).

    Se o Nabais me fosse avaliar eu estava bem lixado. Se o Nabais fosse meu director (os comunas candidataram-se todos), arranjava logo maneira de dar comigo em doido ou me meter um processo baseado em calúnias, bem ao estilo URSS. Se o Nabais mandasse, encostava-me à parede e fuzilava-me logo, como em Cuba. Snif, snif.. Temos pena, comunista Nabais! Fica prá próxima… Já não estou ligado ao Ensino.

    Espero entretanto que o comunista Nabais encontre uma turma CEF de ciganos, daqueles que sem qualquer motivo, apenas porque odeiam toda a gente, esperam cá fora os professores para os encherem de porrada, ou lhes incendiam os carros. Ciganos ou outra qualquer simpática “etnia”, ou pessoal da corda sortido dos que andam no CEF para as estatísticas mas não faz lá nada. Daqueles matulões, já com 18, 19, 20 e tantos anos.

    Tenho muita pena desses miúdos, que vão regra geral acabar na prisão, mas tenho mais pena das vítimas que eles fazem.

    Os miúdos do CEF que querem aprender, que são respeitadores, são adoráveis. A esses mais que a quaisquer outros tentei dar o melhor do que tenho, para compensar o sistema de Ensino ideológico que não os respeita na sua forma de ser e os trata como refugo, sob a capa da “igualdade”.

    Esteve no mesmo lado que eu no 25 de Novembro? Foi pena ter-se estragado…

    Que receba em bem todo o mal que me deseja!

    BL

  10. Ó Bastos, diga ao Lopes para ler o nome das pessoas que comenta antes de chamar Nabais a um Cardoso…

  11. Bastos Lopes says:

    Já dei por isso! Desculpe lá o insulto, Nabais!!!

    Obrigado pela correcção, comunista Cardoso!

    🙂

    • António Fernando Nabais says:

      Caro Bastos

      Por acaso não sou comunista, mas ando por lá perto.
      Não percebi essa de o Salazar ter sido eleito o maior português de sempre pelo povo: pensei que tinha sido num programa televisivo.
      Por outro lado, embora nunca tenha conseguido votar no PCP, não vivo com a impressão de que são necessariamente maus ou bons por serem comunistas.
      Já encontrei várias turmas de CEF e vejo aí uma boa ideia mal aplicada. A sociedade, tal como a vejo, deve ser generosa e perseverante e, portanto, não pode ser lícito abandonar os jovens só porque são difíceis, o que não é, evidentemente, o mesmo que tolerar comportamentos incorrectos ou violentos´.
      A Direita só pensa em castigar ou em abandonar; a Esquerda pensa em integrar, em ajudar. Nem sempre o fará da melhor maneira ou pelos melhores motivos, mas, mal por mal, prefiro a Esquerda, se for a sério (e tenho um bocado de dificuldade em encontrá-la, confesso).
      A Escola precisa de muitos mais recursos humanos e precisa de se recentrar. Para além disso, falta muita educação cívica, para que a escola volte a ser valorizada pela sociedade.
      O que não falta, de certeza, é o regresso a um tempo em que era aceitável abandonar crianças à sua sorte, a um tempo em que o Estado não tinha o mínimo objectivo de TENTAR corrigir as assimetrias.

  12. Bastos Lopes says:

    Delicie-se com o ensino socialista:

    Isto é uma aula normal hoje em dia. Não nem perto de CEF. CEF é bem pior!

    A quem serve isto? A quem servem os professores e alunos ameaçados de morte, perseguidos, fechados em casa com depressões, a atirarem-se de pontes, porque a geração que agora está no Poder é alérgica à palavra disciplina, e associa-a logo com nazis a marchar em passo de ganso? E fecha os olhos à violência nas escolas!

    – O Salazar só veio à conversa como exemplo de menino pobre que não foi “condenado” a ir para o Ensino Técnico, e indubitavelmente teve mérito académico, goste-se ou não dele. Ao contrário destes trastes socialistas com cursos falsos. Mas a conversa do Salazar é marginal. Foi um pormenor que o comunista aí empolou. Não sou salazarista, acho o homem uma avantesma, mas reconheço a sua acção positiva como Ministro das Finanças.

    – O que está em causa é que o modelo CEF não funciona, ou funciona mal. Porque em muitos casos é meter na escola indivíduos que deviam estar na cadeia. Porque pretende responder a uma necessidade bem real e premente – a de cursos técnico profissionais – que os iluminados do pós 25 de Abril negaram. Fecharam as escolas técnicas argumentando que fomentavam a desigualdade social. Assim , obrigaram todos os miúdos ao ensino de estilo liceal, vocacionado para o prosseguimento de estudos superiores, E NEM TODOS OS MÚDOS QUEREM OU TÊM CAPACIDADE PARA TAL. E é por isso que inventaram estratagemas para os passar cheios de negativas: porque há alunos que não conseguem. Ponto final!

    – Não é com CEFes, misturando marginais adultos com garotos do 5º ano, na mesma escola, não é com falta de meios técnicos, em escolas estilo lápis e papel, que se formam bons profissionais em áreas técnicas, práticas, profissionalizantes. fazem falta escolas técnicas, bem equipadas, dignas, eficazes!

    – Tão pouco é no caos total e na indisciplina, com perseguição aos professores que não se deixam pisar, que se ensina seja o que for! mas para os comunistas e socialistas, o bom professor é o que leva bofetada e cala! Sobretudo se o aluno for pobre ou de alguma minoria. Cigano, por exemplo, tem carta branca para fazer TUDO o que queira na escola! E como os ciganos odeiam os não ciganos e se divertem a gozar e intimidar toda a gente, encantados com o terror que provocam e a impunidade de que gozam. Vá lá tentar ensinar-lhes alguma coisa… Eles estão lá pelo RSI e mai’ nada! Com honrosas excepções!

    – Onde é que eu defendi que as crianças fossem deixadas à sua sorte? Porquê colarem-me estereótipos parvos de “fascista” e coisas que tais, só por não ser comunista nem sequer de esquerda, nem acreditar em utopias marxistas?

    – Eu defendo a realidade. E a realidade é que há miúdos que odeiam a escola, para quem a escola é uma tortura, que são vândalos na escola e são 100% impecáveis a trabalhar com os pais, no que gostam. É melhor irem trabalhar, de vontade própria, ou estarem na escola a dar cabo deles e dos outros? A enveredarem pela marginalidade?

    – Ainda se houvesse ensino técnico capaz, talvez conseguissem interessá-los.

    – Mas resta o grosso da coluna, que está no meio. Nem são dos que simplesmente fogem da escola nem dos que conseguirão fazer algum curso superior. Não vê que assim é os deixamos entregues à sua sorte, não lhes proporcionando formação realista?

    – Depois “certificam-nos” nas Novas Oportunidades. Um papelucho sem qualquer valor para tapar o sol com a peneira. Veja os outros países europeus: há a via “liceal”, há a via “técnica” e há a via “intermédia”. O que há de errado, de “reaccionário”, nisto?

    – Não sou menos generoso e perseverante por não ser de esquerda, sabe? Não desisto dos alunos, não desprezo ninguém, não ligo a convencionalismos sociais, as pessoas para mim valem pelo carácter e não pelo canudo ou pela fortuna. Nós, os não esquerdistas, não somos todos uns monstros. Não penso em castigar nem abandonar ninguém. A minha preocupação é exactamente a oposta. É formarmos pessoas para uma vida digna, em vez de formarmos pessoas para o desemprego! Veja agora a geração à rasca, um produto típico da política que aqui condeno!!! Doutores no desemprego! Porque com o 25/4 passou a ser inaceitável ser menos que doutor, e porque a vossa Esquerda tão pura e virtuosa é uma latrocracia cor de rosa!

    – Gosta dos comunistas? Está no seu direito, mas olhe que eles acham que Cuba e a Coreia do Norte são paraísos, e que o Khadafi é porreiraço!

  13. Bastos Lopes says:

    Delicie-se com o ensino socialista:

    Isto é uma aula normal hoje em dia. Não é nem perto de CEF. CEF é bem pior!

    A quem serve isto? A quem servem os professores e alunos ameaçados de morte, perseguidos, fechados em casa com depressões, a atirarem-se de pontes, porque a geração que agora está no Poder é alérgica à palavra disciplina, e associa-a logo com nazis a marchar em passo de ganso? E fecha os olhos à violência nas escolas!

    – O Salazar só veio à conversa como exemplo de menino pobre que não foi “condenado” a ir para o Ensino Técnico, e indubitavelmente teve mérito académico, goste-se ou não dele. Ao contrário destes trastes socialistas com cursos falsos. Mas a conversa do Salazar é marginal. Foi um pormenor que o comunista aí empolou. Não sou salazarista, acho o homem uma avantesma, mas reconheço a sua acção positiva como Ministro das Finanças.

    – O que está em causa é que o modelo CEF não funciona, ou funciona mal. Porque em muitos casos é meter na escola indivíduos que deviam estar na cadeia. Porque pretende responder a uma necessidade bem real e premente – a de cursos técnico profissionais – que os iluminados do pós 25 de Abril negaram. Fecharam as escolas técnicas argumentando que fomentavam a desigualdade social. Assim , obrigaram todos os miúdos ao ensino de estilo liceal, vocacionado para o prosseguimento de estudos superiores, E NEM TODOS OS MÚDOS QUEREM OU TÊM CAPACIDADE PARA TAL. E é por isso que inventaram estratagemas para os passar cheios de negativas: porque há alunos que não conseguem. Ponto final!

    – Não é com CEFes, misturando marginais adultos com garotos do 5º ano, na mesma escola, não é com falta de meios técnicos, em escolas estilo lápis e papel, que se formam bons profissionais em áreas técnicas, práticas, profissionalizantes. fazem falta escolas técnicas, bem equipadas, dignas, eficazes!

    – Tão pouco é no caos total e na indisciplina, com perseguição aos professores que não se deixam pisar, que se ensina seja o que for! mas para os comunistas e socialistas, o bom professor é o que leva bofetada e cala! Sobretudo se o aluno for pobre ou de alguma minoria. Cigano, por exemplo, tem carta branca para fazer TUDO o que queira na escola! E como os ciganos odeiam os não ciganos e se divertem a gozar e intimidar toda a gente, encantados com o terror que provocam e a impunidade de que gozam. Vá lá tentar ensinar-lhes alguma coisa… Eles estão lá pelo RSI e mai’ nada! Com honrosas excepções!

    – Onde é que eu defendi que as crianças fossem deixadas à sua sorte? Porquê colarem-me estereótipos parvos de “fascista” e coisas que tais, só por não ser comunista nem sequer de esquerda, nem acreditar em utopias marxistas?

    – Eu defendo a realidade. E a realidade é que há miúdos que odeiam a escola, para quem a escola é uma tortura, que são vândalos na escola e são 100% impecáveis a trabalhar com os pais, no que gostam. É melhor irem trabalhar, de vontade própria, ou estarem na escola a dar cabo deles e dos outros? A enveredarem pela marginalidade?

    – Ainda se houvesse ensino técnico capaz, talvez conseguissem interessá-los.

    – Mas resta o grosso da coluna, que está no meio. Nem são dos que simplesmente fogem da escola nem dos que conseguirão fazer algum curso superior. Não vê que assim é os deixamos entregues à sua sorte, não lhes proporcionando formação realista?

    – Depois “certificam-nos” nas Novas Oportunidades. Um papelucho sem qualquer valor para tapar o sol com a peneira. Veja os outros países europeus: há a via “liceal”, há a via “técnica” e há a via “intermédia”. O que há de errado, de “reaccionário”, nisto?

    – Não sou menos generoso e perseverante por não ser de esquerda, sabe? Não desisto dos alunos, não desprezo ninguém, não ligo a convencionalismos sociais, as pessoas para mim valem pelo carácter e não pelo canudo ou pela fortuna. Nós, os não esquerdistas, não somos todos uns monstros. Não penso em castigar nem abandonar ninguém. A minha preocupação é exactamente a oposta. É formarmos pessoas para uma vida digna, em vez de formarmos pessoas para o desemprego! Veja agora a geração à rasca, um produto típico da política que aqui condeno!!! Doutores no desemprego! Porque com o 25/4 passou a ser inaceitável ser menos que doutor, e porque a vossa Esquerda tão pura e virtuosa é uma latrocracia cor de rosa!

    – Gosta dos comunistas? Está no seu direito, mas olhe que eles acham que Cuba e a Coreia do Norte são paraísos, e que o Khadafi é porreiraço!

    • António Fernando Nabais says:

      Não faço a mínima ideia se o ensino, hoje em dia, é socialista. A treta da escola de sucesso, com o horror acéfalo às reprovações, começou com os governos de Cavaco Silva, mais preocupados em parecer do que em ser. O PS continua com a mesma treta. Se amanhã, o PSD voltar ao governo, não vai mexer uma vírgula e limitar-se-á a dizer que o problema está na herança que lhe foi deixada (como PS e PSD andam a fazer há anos, aliás, e não só na Educação). Não quer isto dizer que os últimos seis anos não tenham sido os piores anos da Educação, em Democracia.
      A indisciplina nas escolas aumentou, é verdade. Há que criar as condições para a combater, o que implica mais recursos humanos e de diferentes origens, para além de criar um estatuto do aluno que seja fonte de rigor e de pedagogia. Não sei, sinceramente, se a solução está em voltar à separação das escolas (liceus, comerciais, industriais), como acontecia antigamente, mas não deixa de ser uma hipótese.
      As pessoas de origens humildes, antigamente, tinham muito menos hipóteses de ter acesso a um ensino de tipo liceal do que hoje. As qualidades académicas de Salazar poderão ser indiscutíveis. Como Ministro das Finanças, limitou-se a aforrar e a não investir, criando um país rico, cheio de pobres. Não será propriamente genial.
      Não sei se, em muitos casos, os miúdos dos CEF deveriam estar na cadeia. Não sei se chegou a dar aulas a CEF. Eu já e sei que não é fácil, sobretudo quando não há estruturas de apoio e equipas interdisciplinares.
      Seja como for, a sociedade não pode deixar de pensar em soluções para resolver o problema de jovens que foram abandonados à sua sorte, jovens por quem pouco foi feito. A solução não está, obviamente, em oferecer diplomas que nada significam. Estará em quê, então? Não tenho receitas milagrosas, mas esses jovens não deixarão de existir e de ser problemáticos, se forem expulsos da escola. Os que, apesar de tudo, ficaram na escola melhoraram, mesmo que não atingindo patamares próximos do ideal.
      Reconheço que a Esquerda lida mal com questões relacionadas com autoridade ou com punição, mas continuo a acreditar que o caminho para uma sociedade mais justa será por esse lado.
      Nunca lhe colei rótulo nenhum, limitei-me a criticar os erros da Direita e os da Esquerda, sendo que, embora sabedor dos erros desta, é aqui que estou. Já agora, este PS, para mim, pode ser muita coisa, mas não é de esquerda. Seja como for, isto só lá vai com utopias, desde que realistas, perdoe-se-me o paradoxo.
      Quem se alimenta de estereótipos é o caríssimo Bastos Lopes, para quem tudo o que é de esquerda é igual. Com todos os defeitos que tenha, gosto muito do 25/4, que nos permite a ambos (e não só a si, como seria antes) emitir opiniões. O 25 de Abril merece algo que ainda não existiu, verdadeiramente, em Democracia: investimento na Educação (investimento não só financeiro, acompanhado de verdadeiras políticas sociais). Enquanto isso não acontecer, limitamo-nos a manobras de relações públicas.
      Finalmente, ó Bastos Lopes, você fica cego diante de quem se afirma de Esquerda. Eu já não lhe disse que nunca consegui votar no PCP? Estaria no meu direito, com certeza, se o tivesse feito. Sou de Esquerda e não gosto do que se passa em Cuba, na Coreia do Norte, na Líbia ou na Venezuela, se quer saber. Também não gosto do que se passou na Argentina, no Paraguai, no Chile ou do que se passa em muitos outros países amigos dos Estados Unidos. Será que sou de uma Esquerda que não há? Paciência, vou navegando por aproximação.

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