Lembro-me vagamente de uma ministra da coltura (só pode ser), ficar feliz por abrir um museu por troca com uma barragem assassina – em V. N. Foz Côa, e fazer um comentário do tipo «a classificação (da linha do Tua)não é impeditivo da barragem». Ora, essa ministra vem agora dizer que e tal o PSD quer transformar a coisa numa secretaria de Estado! Para alimentar deste tipo de atitudes e baboseiras típicas de yesmen (note-se que disse men, homens, em inglês) – que ainda mais se estranha numa senhora – até podia ser um gabinete meio perdido nos paços de qualquer monárquico falido… Esta publicitação ao programa do governo – ou o que seja, nem li – só demonstra que para este ministério (com m minúsculo), até um programa pós-afundanço é coltura (só pode ser).
Tirem-me deste filme!
José Cândido
[…] Segundo as palavras da própria ministra da cultura, «o Ministério da Cultura (…) não é apartidário nem independente na concepção ideológica da sua estratégica política.» É sempre bom saber que um organismo estatal é mais um braço de um partido, neste caso do Partido Socialista. Importa lá que a propaganda eleitoral seja paga com os nossos impostos? Ou que a cultura seja uma extensão das obras públicas? […]