O futebol como desculpa: evitar confrontos se o Barcelona ganhar a final da Liga dos Campeões. À bastonada e a tiro tentam desalojar os acampados em Barcelona, que resistem de mãos no ar.
A seguir deve aparecer uma ordem de despejo noutras cidades baseada no facto de tanto tempo ao ar livre prejudicar a saúde e provocar cancro de pele.
Como cantou o catalão Pi de la Serra, se os filhosdaputa voassem não se veria mais o sol.
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Atenção aos 50 segundos.
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Mais informação:
JJC, se o sr. morasse numa dessas praças onde estão os acampamentos e tivesse que suportar o ruido provocado pelos acampados, durante a noite; ou se tivesse uma loja naquela zona e deixasse de ter clientes por causa dos acampamentos, como é que defenderia o seu direito ao sossego e ao negócio?
E se em vez destes jovens estivessem acampados o estudantedo de coimbra ou um bando de skinheads a lutarem pela expulsão dos estrangeiros, a sua solução qual seria?
Portanto:
– que se lixe o futuro;
– que se lixe a justiça;
– que se lixe a sodomia fiscal;
– que se lixe o empobrecimento crescente;
– que se lixe a taxa de desemprego;
– que se lixe a incompetência governativa;
O importante mesmo é poder dormir descansado e ter o “negócio” aberto para ganhar umas lecas e tentar fugir ao fisco de alguma maneira!!
Mas quem afinal nomeou essa gente como representantes da maioria da sociedade? Se o povo está generalizadamente descontente tem uma forma de se pronunciar: nas urnas de voto. Chama-se a isso democracia. Que o povo é burro e vota mal, é outra questão, no entanto isso é democracia. Não gostam desta democracia porque nunca ganham os “vossos”? Paciência, a democracia exige desportivismo. Não querem esta democracia? Vão para Cuba ou para a China.
Quem invoca Cuba e China como exemplos de alternativa à democracia que não temos, merece uma resposta: ó homem, trate-se.
Aposto que nessas alternativas à democracia o Grande JJC teria um bom poleiro para se empoleirar.
Os mortos no vo para o poleiro.
Se acha que a democracia só acontece de 4 em 4 anos estamos conversados. Fique feliz com a merda de mundo que ajudou a construir.
Se, nada!
Sossego, negócio????
É bom para quem pode pensar em ter alguma das duas coisas.
Não é de arruaceiros que falamos.
Nem de hipóteses outras.
A realidade, é esta. A realidade que tentam combater, às tantas, e a que, passivamente, aceitaremos no dia 5.
Ruído?
O azar, é que fazemos pouco, bolas!
Quem invoca um bando de skinheads como argumento não merece resposta.
A menção aos skinheads foi apenas exemplificativa (provavelmente detesto tanto essas bestas como o sr.). A minha pergunta ia só no sentido de o confrontar com os reais motivos que porventura estejam por detrás da sua tomada de posição relativamente aos acampados.
Ou seja, será que independentemente das causas ou dos motivos (festejos em Coimbra por exemplo) as pessoas têm o direito a incomodar os outros provocando ruido, sujando os monumentos, impedindo o livre usufruto de locais ou vias publicas,etc Se a resposta for não, como poderão os cidadãos incomodados voltarem a recuperar o direito aos seu sossego e à liberdade de circulação?
Quem mistura queimas com lutas sociais também não merece resposta.
Já tenho a resposta.
Não admito, não sou adepto, nem entendo a violência. Por isso considero a actuação da polícia bastante deplorável.
E foi logo em Barcelona, esse bastião da Esquerda nacionalista autonómica. Imaginem se fosse em Madrid…
Então se bem compreendi rejeita a violência (uso da força fisica) em qualquer situação? “Não admito, não sou adepto, nem entendo a violência.” Ou isto é apenas uma frase feita, que lhe saiu sem grande reflexão.
Não, é mesmo algo em que acredito. E isto aplica-se para a polícia, como para os manifestantes.
Bem vistas as coisas, a intervenção da policia acabou por ser algo positivo para os acampados.
O movimento já não tinha pernas para andar. A mensagem era até razoavelmente boa, todavia as massas não aderiram. O movimento teve a sua oportunidade. Falhou. A intervenção da policia acabou portanto por atenuar a dor de uma retirada devida ao falhanço dos objectivos. Os acampados saiem assim com a consciência que não desistiram. Foram obrigados a desistir. E à força!!.Obrigado policias por não terem deixado que o movimento tivesse morrido languidamente por si só.
Ainda ficam com uma história porreira para contar daqui a uns anos aos netinhos.
Muito gosta a direita de inventar a realidade à medida dos seus desejos.
JJC, por eu não prestar vassalagem aos gurus da esquerda, isso não significa que eu seja de direita. De facto temo tanto uma ditaduira de direita como uma de esquerda. Concordo até com muitas das ideias da esquerda. No entanto o sectarismo e o radicalismo de alguns dos seus sacerdotes levam-me a desejar que nunca estes tenham uma oportunidade de usufruir do poder. Também detesto muitos dos defeitos que a esquerda aponta ao capitalismo.Também me custa viver numa democracia onde as massas ignorantes escolhem quem melhor sabe manipular.
Todavia prefiro um milhão de vezes viver na presente realidade social-politica-económica, do que num regime onde os fanáticos se transformam em ditadores.O poder muda as pessoas.Leva mesmo a que os antes oprimidos se transformem em opressores.
Ditadores? Para quê? Meu caro, hoje em dia não é preciso nada disso. É tão fácil à elite deter o poder, controlar os média e usar a polícia para dar umas bastonadas enquanto se dá a imagem que as suas actividades são reguladíssimas que não é preciso ditaduras para nada; o povo colabra muito mais quando acha que mudar os representantes dos lobos de quatro em quatro anos muda alguma coisa para a carneirada.
sera que li bem? sera realmente?
santa ignorancia…!
pois bem. vivo em barcelona, a poucos metros da acampada. todos os dias por la passei. as vezes parava, assistia as assembleias, e as actividades. nunca esmoreceu. afirmo-o. hoje o que vi, e presenciei pessoalmente foi inacreditavel. antes de se falar, talvez fosse melhor colocar-se a caminho e vir ver com os proprios olhos. mal nao lhe faria, com toda a certeza.
O movimento nunca esmoreceu, mas os objectivos sempre estiveram longe de serem atingidos.Para mim isso é derrota. É pena. Todos desejamos uma sociedade mais justa, mais “bons” empregos, melhores politicos,etc. A mensagem não chegou a qualquer destino. Perderam, por isso já era tempo de voltarem a casa. Foram vencidos pela apatia e pelo “tenho mais que fazer” da sociedade.
e acrescento uma ultima nota. ja que tanto agradece a policia, agradeça-lhe o facto de agora, precisamente neste momento, estar na plaza catalunya talvez o triplo das pessoas! a justificaçao dos actos de hoje foi absolutamente ridicula e descabida, e apenas sustentou ainda mais a necessidade de movimentos como este.
…e sera o triplo mais um. daqui a pouco la estarei.
É importante identificar os polícias! Eles têm de saber que não ficam anónimos. Esforcem-se por tirar o número do polícia e associar esse número a uma foto e demais acções, publiquem tudo na Internet. A brutalidade não pode passar impune, no mínimo são envergonhados, no máximo vão a tribunal.
Os polícias não foram com placas de identificação, conforme manda a lei.
Que raio de lei, então os polícias não comentem tb crimes? Não devem ser identificados por isso?
Ao menos no Reino Unido despedem os polícias que escondem as identificações.
Enfim, que se humilhe estes psicopatas.
Os senhores comentadores deviam informar-se acerca do que são efectivamente skinheads, que confundem com neo nazis de cabelo rapado. O comprimento dos cabelos e o vestuário não define só por si ideologias. Nem O Sr. Cardoso, por exemplo, afirma-se comunista, mas não reconhece oas comunistas da Coreia do Norte ou de Cuba tal condição. No caso dos skinheads é mais simples, precisamente porque o traço dominante é serem anti racistas, multiculturalistas e frontalmente inimigos das espécies citadas.
Quais são então as traves mestras da ideologia skinhead?
Skinhead não é uma ideologia. É uma subcultura urbana nascida no Reino Unido nos anos 60, do convívio entre jovens da classe operária britânicos e jovens filhos de emigrantes das chamadas Índias Ocidentais.
O chamado early reggae, mais conhecido como ska/rocksteady e no Reino Unido também como bluebeat era um som de síntese entre rock’n’roll, motown e ritmos tradicionais jamaicanos. Aos fins-de-semana os salões de baile enchiam-se de emigrantes, e os autóctones atreviam-se a ir espreitar.
Os jovens jamaicanos usavam uma indumentária copiada dos filmes de gangsters, e eram chamados rude boys. Os miúdos da classe operária britânica usavam cabelo rapado por causa de ser mais fácil de lavar (trabalhavam em empregos “sujos”), de fazer render as idas ao barbeiro e de serem menos um ponto de desvantagem em brigas de rua.
Usavam botas Doctor Martens e Derby por serem estas botas de trabalho e eles não terem dinheiro para comprar outras.
Com os rudeboys, tomaram o gosto pela roupa de marca (Fred Perry, por exemlo), especialmente polos e camisas de listas.
Assim nascia a subcultra skinhead, basicamente música, convívio entre brancos, negros, paquistaneses e quem quer que seja, amizade, camaradagem, scooters, futebol e cerveja.
Ser-se skinhead é uma questão de atitude. Não é um projecto de Sociedade ou uma utopia para o mundo. É algo que se sente é difícil explicar. Como ser-se fadista castiço, ou como ser-se velejador solitário, ou como ser-se outra coisa qualquer que faz parte integrante do nosso estilo de vida e carácter.
Em Portugal também houve e há skinheads. É ponto de honra para qualquer skinhead desprezar todo o racismo, fascismo, segregação. Ser skinhead é pensar pela própria cabeça, respeitar e ser respeitado, gostar da música e da camaradagem. Os indivíduos de extrema-direita que copiam os skinheads são ignorantes e por isso apelidados depreciativamente de boneheads – cabeças duras.
Também supostos skinheads de extrema-esquerda e anarquistas, que são outras tantas tentativas de desvirtuar o espírito original da coisa. Afinal, ninguém registou patente ou redigiu estatutos. Não há federação mundial de skinheads 🙂 Mas às vezes há tipos (sobretudo os nazis que espancam e matam emigrantes) que levam nas lonas e que cumprem (e bem) as penas impostas pelos Tribunais, para os seus actos nojentos.
Então e como é que nós, os leigos, distinguimos os “skinheads bons” dos “skinheads maus”?
Não há skinheads bons e skinheads maus no sentido que está a querer dar ao termo. O mínimo que se pode dizer dessa apreciação é que superficial.
Como pode distinguir um verdadeiro adepto de futebol de um hooligan? Como pode distinguir um melómano de um indivíduo que afirma gostar das composições para violino de Chopin? Como pode distinguir um karateca de um tipo que anda com um autocolante no carro a dizer “cinto negro a bordo”?
É uma questão de senso-comum, mas devo acrescentar que os skinheads não são animais de zôo, para as pessoas “normais” apreciarem. Pessoalmente não me sinto obrigado a fazer nenhuma declaração de interesses junto de ninguém. Ser skinhead é uma coisa minha, íntima, que vai muito além das botas e do comprimento do cabelo.
Se estiver muito interessado em saber, pode sempre perguntar. De outras vezes é óbvio, quem são os skinheads e quem são os “poseurs”.
Um leigo, se vir um grupo de filhos da puta carecas a espancar ou intimidar minorias, perceberá também facilmente.
Uma pessoa que faz parte do meio sente-o sem necessidade de raciocinar. Espero ter satisfeito a sua curiosidade.
Aí vai um grupo de skinheads, pretos e brancos:
Que vergonha que esta pretensa autoridade demonstrou …
Um reparo ao «Artur».
O voto não concede ao Partido «ganhador» o direito de desrespeitar as promessas ( continuam a fugir a “compromissos”, claro!) com que o ganhou, e o cumprimento de deveres éticos e democráticos para com TODOS os cidadãos (depois de eleito, o Partido constitui um Governo para TODOS!).
No intervalo entre Dois votos, diga lá o «Artur» se os cidadãos têm de «gramar sem refilar».
As Manifestações de descontentamento serão antidemocráticas?
Chega para o «Artur» começar a reflectir antes de escrever?
Luís Fernandes
Eu diria, para resumir, que o direito a refilar deve sessar no momento em que este já traz demasiados danos colaterais, e a partir do momento em que este se torna claramente inócuo por falta de apoio generalizado.