Comícios do PCP e do PS: dois pesos e duas medidas

O PCP foi acusado de vandalismo

foto: PÚBLICO

100 estudantes perturbaram o comício do PCP em Coimbra, nas Escadas Monumentais.

Foram empunhados cartazes e foram ouvidos gritos de ordem.

A manifestação terá sido ilegal.

Nenhum polícia apareceu no local.

Ninguém foi preso.

O momento em que o manifestante é interpelado pelos agentes à paisana

foto: DN

Cerca de 20 pessoas perturbaram o comício do PS em Faro.
 

Foram empunhados cartazes e foram ouvidos gritos de ordem.

A manifestação terá sido ilegal.

Esteve presente polícia à paisana.

Uma pessoa foi presa por polícias à paisana.

Comments

  1. é tudo normal, tudo normal.

  2. Artur says:

    Provavelmente num dos casos a organização do comicio chamou a policia, no outro caso não.

    • joroca says:

      Polícia à paisana!? Devem ter vindo de casa e nem tempo tiveram de vestir a farda!!

  3. Em Coimbra estavam estacionados vários carros de polícia atrás dos manifestantes. Foi como se não estivessem, não interferiram. Convém salientar que a situação era de perigo máximo, já que estamos a falar de um comício realizado numas escadas: qualquer incidente podia facilmente descambar numa tragédia.

    • Artur says:

      A ser isso verdade, então a policia deveria ter intervido.

    • jorge fliscorno says:

      Ah, nesse caso, a notícia que citei do Expresso não é exacta.

      • A notícia do Expresso não é exacta. Estavam 2 polícias fardados no cimo da escadaria e um à civil. Numa rotunda próxima da escadaria estava um carro-patrulha e mais duas carrinhas das Brigadas de Intervenção Rápida da PSP. Nenhum deles se lembrou da lei dos 150 metros de distância. O que separava o comício do contra-comício era um lanço de 25 degraus. Os 75 de baixo eram para o comício e os 25 de cima eram dos “indignados” da JS, JSD, JP e PNR.

  4. “A minha liberdade termina onde começa a do outro” é um saudável princípio do convívio democrático. É tão reprovável o q aconteceu no comício do PC como o q ocorreu ontem no do PS.

    • Artur says:

      Concordo plenamente. Apesar de achar que o CDU fez mal em borrar as escadas, os estudantes deveriam ter protestado noutra ocasião.

      • jorge fliscorno says:

        Nem a propósito, ali mais a cima há uma foto de uma outra força política que fez o mesmo 🙂

      • Joana says:

        Artur as escadas já foram “burradas” muitas outras vezes, e ninguem se importou!! A própria JS já as pintou e o presidente da AAE que é militante sabe bem disso, mas como desta vez foi a CDU veio mostrar-se muito indignado! Se quiseres posso inclusive mostrar-te fotos que comprovam o que digo!

    • Esses princípios abrangentes, como tudo na vida, são postos realmente à prova nas situações “de fronteira”, ou por outras palavras, nos limites.

      Assim sendo, como estabelecer qual das “liberdades” em causa tem prioridade na comparação? É por estarem a ocupar primeiro um local? É por um dos comícios ser legal, e o outro não? Porque é que uns tem primazia de manifestação em relação aos outros? Por começarem a berrar primeiro, estabelecendo assim um “perímetro” intransponível, sob pena do tal choque de liberdades? E no caso dos manifestantes “contra” se apresentarem em dado local primeiro? Os “oficiais” deverão desmarcar o seu comício e escolher outro local, para não interferirem com a liberdade dos primeiros? Ou é a força da lei, como no segundo caso descrito no artigo, que realmente decide essas fronteiras entre liberdades?
      E, caso seja, tanto por intervenção directa como por autorização prévia, será esta efectivamente isenta e imparcial?

      • jorge fliscorno says:

        Muitas vezes, basta o bom-senso. Mas este não tem força de lei.

        • Caro Jorge, eu sei que o que eu disse não é propriamente “popular”. É claro que quando as coisas se resolvem pelo bom senso, normalmente é a contento de todos. Mas o que eu falo é das situações limite, onde estamos para lá do bom senso. Podemos perfeitamente dizer que havendo bom senso tudo se resolve; concordo a 100%. Mas vai sempre haver alturas (as tais situações de fronteira) em que não há bom senso que valha. Fingir que isso nunca vai acontecer, só nos leva a depois sermos surpreendidos quando as situações descritas no artigo, nomeadamente a segunda, começam a proliferar. É disso que falo.

  5. Repare que no caso de Coimbra tratava-se de pessoas que protestavam por ser pintado com tinta de água uma escadaria e isso é grave. Já no outro eram pessoas que protestavam contra a fome e isso não tem o mesmo interesse. Primeiro porque de fome fala-se muito na televisão a propósito do “terceiro-mundo”, perdendo o efeito novidade, e depois porque todas as pessoas sentem apetite entre refeições, como é o caso do complexo politico-mediático dominado pelo PS. Essas pessoas sabem bem que o melhor cozinheiro é estar com apetite e, desde que não falem dos seus filhos, a fome fá-los lembrar boas petiscadas em restaurantes

    Agora não se preocupe tanto com Sócrates pois este foi marcado para morrer por Mário Soares:
    http://supraciliar.blogspot.com/2011/05/almeida-santos-e-o-beijo-de-judas.html

    • jorge fliscorno says:

      Sim, tem havido umas vozes. Almeida Santos, Assis, Ferro Rodrigues, …. Mas parafraseando Twain, já consigo ouvir Sócrates dizer “as notícias da minha morte foram muito exageradas”.

  6. Bruno says:

    Parabéns pelo blog. Quanto ao assunto, este governo de ps é o mesmo que manda polícias aos sindicatos averiguar quantos e que meios irão protestar as suas políticas. Ainda se dizem democratas! Nem deveriam existir no espectro político, pois a política é para Homens e não para ratos que comem caviar em Paris e dizem que lutaram pela liberdade (já no Salazar um ajuntamento de pessoas era para chamar a PIDE e agora, pá?) Sempre contra o ps, por Portugal

  7. antónio gamboa says:

    Isto sim, são dois pesos e duas medidas, ou melhor cinco pesos e medidas contra 14 sem nada http://bloggarciapereira.blogspot.com/2011/05/david-e-golias-ou-providencia-cautelar.html

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