Guardas à paisana?!

O momento em que o manifestante é interpelado pelos agentes à paisana  O momento em que o manifestante é interpelado pelos agentes à paisana

fotos: DN

Dois guardas da PSP à paisana encostaram o homem a uma parede, tentaram identificá-lo e, mediante a sua recusa de se identificar, levaram-no para a esquadra. A meio do percurso, testemunhou o DN, o detido ainda reclamou: “Tenho direito a saber porque estou a a ser detido”. [DN]

Vários dirigentes socialistas sublinharam ainda que a manifestação era ilegal. [Público]

Familiares de desempregados da Groundforce, pessoal do aeroporto de Faro, mantiveram a acção de protesto durante todo o comício. [ionline]

Escapam-me aqui umas coisitas.

  1. Só pode ir a comícios quem concorda com o orador?
  2. Os comícios do PS têm direito a guardas à paisana?

Não sei porque é que o PS está preocupado com estes apupos. Se tudo está bem depois da governação socialista, nada há a temer.

Comments

  1. a nova PIDE DGS no seu melhor

  2. Men in Black?

  3. Já alguém ouviu falar em… “provocadores”?

    • jorge fliscorno says:

      Não notei que no comício do PCP em Coimbra algum polícia à paisana tivesse prendido algum dos 100 “provocadores”.

      • Pedro Coelho says:

        E invertendo o seu raciocinio, preferia que tivessenm prendido algum desses 100 provocadores ?
        Ou que não tivessem actuado desta maneira perante este caso ?

        • jorge fliscorno says:

          O que está em causa são os dois pesos/duas medidas.

          Em todo o caso, agora voltam-se a prender pessoas por se manifestarem publicamente?

          Uma coisa é o partido afectado por estas manifestações queixar-se, legitimamente, à CNE e bramar na comunicação social quanto a tácticas condenáveis. Outra é haver polícias à paisana a prender pessoas.

  4. Vergonhoso ver polícia à paisana, camuflados, a deter quem protesta contra o PS.
    E que diz a nossa imprensa?

    • Artur says:

      E se estivessem fardados já achava bem?

      • jorge fliscorno says:

        Desconversa.

        Em todo o caso, fardados era menos mau, pois seria claro que se tratava da presença da autoridade.

        Prender pessoas nessas circunstâncias é negativo, seja qual for a indumentária.

        • Artur says:

          Está errado. Fardados iriam certamente inflamar ainda mais os animos.É sobejamente conhecida a reacção do Portuga perante qualquer acção de policias fardados quando no cumprimento de missões de reposição da ordem. O certo é que se a policia não intervir atempadamente nestas situações, retirando da cena os elementos agitadores (é o que se passa junto das claques), a situação tenderá a descambar num conflito de consequências imprevisiveis. Claro que se isso tivesse acontecido lá vinham os mesmos de sempre a dizer: as autoridades locais não fizeram nada (fui o que disserarm sobre o episódio das escadas de Coimbra). Não subvalorize a enorme capacidade das multidões em agirem irracionalmente. O ser humano individualmente já é estupido q.b.; em multidão, essa estupidez manifesta-se em todo o seu esplendor.

          • Artur says:

            Correcção: “foi” e não “fui”.

          • jorge fliscorno says:

            É sobejamente conhecida a reacção do Portuga perante qualquer acção de policias fardados quando no cumprimento de missões de reposição da ordem.

            Um contra-exemplo: cimeira da NATO em Lisboa, que foi completamente ordeira e que teve resmas de polícia.

  5. Artur says:

    “Um contra-exemplo: cimeira da NATO em Lisboa, que foi completamente ordeira e que teve resmas de polícia.”

    Esse contra-exemplo não serve: se foi completamente ordeira então não terá havido necessidade de uma acção de reposição da ordem. De igual modo, nesse caso em concreto não havia duas multidões antagónicas em vias de confronto directo. Quanto ao comicio de Faro, se os policias lá apareceram foi porque alguém os chamou porque havia problemas, e não é considerado de bom tom neste país, a entrada de policias fardados neste tipo de espetáculos.

  6. Rodrigo Costa says:

    … Eu acho que a culpa nem é dos polícias, nem é dos partidos, mas das pessoas.

    Acho incrível que, depois de trinta anos —quase quarenta anos— a ouvir as mesmas tretas, da direita à esquerda, ainda haja quem gaste tempo em manifestações de apoio ou de oposição. Como é que, fartas de serem aldrabadas, as pessoas continuam a ir aos mesmos funerais, por ser de mortandade que estamos a falar, e terem, ainda, preocupações de voto, como se o voto pudesse mudar alguma coisa; como se o voto fizesse com que os políticos que são os mesmo fôssem outros… Não conheço outras caras; já sei, de cor, as suas expressões, porque cantam, à quase quarenta anos, as mesmas canções.

    Quando ninguém votar; quando ninguém lhes passar cartuxo; quando, se quiserem palrar, os “poderosos” tiverem que o fazer para o vazio, a polícia vai ter que se ocupar, realemente, de coisas sérias, e, quem for levado para averiguações, deverá ser levado por alguma coisa que valha a pena.

    Aquilo a que estamos a assistir é, mais uma vez, a gastos desmesurados em campanhas de vendedores de trapaças. Todos dizem querer saber de onde vem o dinheiro que sustenta isto e aquilo, mas nenhum pergunta qual a proveniência do dinheiro que paga este circo, esta pouca vergonha —patrocinada, diga-se, pelo masoquismo.

    • jorge fliscorno says:

      A culpa é sempre das pessoas, concordo. Das suas escolhas, de se informarem ou não perante as propostas que lhes são feitas.

      • Rodrigo Costa says:

        … O Jorge conhece alguma proposta; conhece algum plano, com plano de pormenor, de algum candidato ou partido?…

        Possivelmente dir-me-á que já escolheu votar na “proposta” que considera mais adequada… Para lhe ser sincero, desde o 25 de Abril que não conheço proposta alguma; porque tudo tem sido tratado como espécie de campeonato de partidos; o importante é chegar na frente, chegar em primeiro… Porém, quando chegam, é mais do mesmo: gente sem preparação, sem experiência de vida nem de trabalho, que viu na política o mesmo que muitos professores vêem da Escola, o modo de ganhar a vida.

        Só de os ouvir —na exposição das suas ideias; o modo de as expor—, desaparece qualquer interesse de mergulhar mais fundo, porque estaria a perder o meu tempo; porque só gosto da discussão enquanto me parece que tenho interlucotor.

        E, a falar a sério, sem demagogias nem subterfúgios, nenhum deles se aguenta nas canetas, porque, mais do que em raciocinar, o cuidado é posto na representação —maus actores, ainda por cima.

        Nota: só uma proposta me levari a votar, pela primeira vez: haver a possibilidade de aparecer a “concurso” uma equipa formada por pessoas estrangeiras. Qual era a garantia? Nenhuma. Ou, melhor, havia a garantia de que não eram os mesmos… Esses e as suas “propostas”… já eu conheço.

        • jorge fliscorno says:

          Conheço razoavelmente bem os programas dos diversos partidos. E também sei muito bem para que serviram nas eleições anteriores. Para (quase) nada.

          O meu comentário tinha um contexto específico. Por exemplo, Guterres ganhou eleições propondo duas coisas
          a) criar o Rendimento Mínimo Garantido (sim, era este o nome original) e
          b) fazer mais autoestradas em regime SCUT.

          Alguém (os eleitores) se preocupou sobre de onde é que viria o dinheiro para pagar estas duas promessas?

          Outro caso. Nas legislativas 2009 houve manifestos pró e contra obras públicas. Os eleitores olharam para isto do ponto de vista do seu bolso ou encararam o assunto com a mesma paixão que dedicam aos assuntos de bola?

          Não há inocentes nisto. As pessoas têm o dever de reflectir sobre as propostas que lhes são apresentadas.

          Eu sempre votei. Considero que não votar é deixar os outros escolherem por mim. Não votar ou votar em branco é também uma forma de favorecer o partido que melhor consiga mobilizar os seus militantes.

          Sei que não votarei PS. Infelizmente, não vislumbro uma escolha fácil.

          Percebo a sua argumentação quando diz “Só de os ouvir, desaparece qualquer interesse de mergulhar mais fundo”. Os partidos precisam de uma implosão mas não serão eles mesmo a iniciá-la. É uma pescadinha de rabo na boca. Uma coisa sei, só se os de fora da lide partidária tomarem iniciativa é que algo mudará.

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