Falemos de amor, então

– O que é que achas da conjuntura?

– Acho-a determinante, se bem que carregada de incerto destino. Clara mas opaca, não fosse o traçado rumo um esboço. Agora, por exemplo, vislumbro a inexorabilidade das coisas quando, absorto nos pensamentos, dou de frente contigo a fazeres-me perguntas vagas. Tens sorte por eu vir, precisamente, a reflectir no assunto, e ter assim uma resposta objectiva.

-Parece-me que não tens nada de jeito para dizer. Balelas. Tinha em mente as grandes questões da actualidade, como PIB por português, os gastos públicos ilegais  e essa troika que nos quer lixar com F maiúsculo.

– F? Falemos de amor, então.

~*~

Isto não tem ponta de jeito, pois não? Ora, é o que eu penso também.

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