… esta barragem da mentira não terá passado de um sonho pérfido.
Há uns tempos, uma ministra-da-cultura de um país africano, Gabriela Canavilhas de seu nome, vinha a terreiro promover a construção de uma barragem; por entre exemplos de fascismo mal amanhado, a idónea ministra lá tentou convencer todos os portugueses de que a barragem é cultura…
Tenho pessoal fé que Francisco José Viegas, actual secretário de estado da cultura, está consciente de que a construção daquele mamarracho hedonista e desnecessário coloca em perigo todo o Alto Douro… o de agora e o das gerações que se seguem.
* Foto obtida desde o rio Douro este sábado. Como se depreende, um paredão de 90 metros de altura nada interfere… é magia!
Esta foto da Foz do Tua só tem paralelo com a destruição dos Budas no Afeganistão, lá por fanatismo religioso, cá por fanatismo ganancioso. O risco de lesar a classificação de “Património Mundial” devia fazer recuar este projecto, que por seu lado poucas justificações técnicas ou económicas apresenta, é simplesmente um acto de vandalismo sobre Património Mundial classificado, e sobre Património Nacional por classificar (a Linha do Tua).
Trocar uma linha férrea que promove a mobilidade regional e é um produto turístico de excelência por uma barragem que pouco acrescenta à produção de energia eléctrica nacional é de uma grande estupidez e falta de visão. Os políticos que nos governam em Lisboa ainda estão a tempo de inverter este cenário, assim o queiram!
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1508666
vale a pena ler,,,
posição de FMV antes de ser o que é — com a certeza de que continuará a ser o que era .. para credibilidade deste retalhado país
Por mario carvalho – carrazeda
Temos a cverteza de que a mantém .. pois não é como os outros 1.
Ler – Livros & Leitores, nº 97 – Dezembro de 2010, p. 27 “O IGESPAR acha que a Linha do Tua não tem relevância cultural enquanto património a classificar. Ou seja, não possui “valor arqueológico, arquitectónico, artístico, científico ou tecnológico e industrial”. Provavelmente, há alguma razão nos seus argumentos. Uma parte dela ficará debaixo de água quando a EDP construir uma barragem na foz do Tua com o Douro. O IGESPAR pode decidir e dar pareceres sobre o assunto – mas devia providenciar para que não desaparecesse uma das mais belas paisagens portuguesas – que pudesse ser vista e a comover os seus visitantes. A paisagem (a do Tua incluída) é um dos mais importantes patrimónios portugueses. O betão, as auto-estradas e as barragens têm vindo a destruí-la. Os portugueses acham que a paisagem é coisa de doidos que não vivem neste mundo; o mundo deles é uma paranóia”.
um abraço a todos os amigos
no comentario anterior que coloquei no Publico .. está a minha posição
Uma pergunta estúpida (como a própria barragem em si): com aquele caudal do Tua, quantas décadas demoraria a encher a albufeira, caso a dita barragem fosse construída?
Olhe que não demora assim tanto. Num ano chuvoso como foi o ano passado, deve ficar cheia. O rio Tua tem um bom caudal. Só no verão é que fica mais fraco ainda assim tem sempre água.
Aliás para a EDP querer a barragem…. é porque sabe o quanto vai facturar.
Sim, a EDP sabe muito bem que vai lucrar. Não com a electricidade mas sim com o direito de explorar a água durante as próximas décadas. É, portanto, um bom negócio com base num bem comum ao dispôr de uma empresa privada.
Estou a pensar em Alqueva e nas fabulásticas promessas desenvolvimento local…
Caro Dario:
Estou há 15 dias na minha aldeia de coração:Cortiços!Aqui passava o nosso comboio.
Como deve imaginar, a sua dor e inconformismo é partilhada por todfos os transmontanos,
A linha do TUA tem de sobreviver aos perdadores que, ,jamais sentiram o belo, a necessidade do transporte,além de isolarem mais o nosso nordeste.
Neste momento, se a minha linha do TUA existisse já teria ido usufruir da paisagem de sonho, valorizada por tantos estrangeiros e, almoçaria no Tua no “Calça Curta”; regressava aos Cortiços..
Notas:Sou neta de ferroviário.
Relembro a construção das barragens do Picote e Bemposta.Falha-me a memória: sei que uma delas levou energia para Lisboa. Nós aqui, ainda de gasómetro e candeia de azeite ou petróleo.
Repugna-me a destruição da natureza, para fins obscuros…
Até amanhã! Até sempre!
Júlia Príncipe
Fui lá em abril, e ainda não estava o estaleiro montado. Lá se foi o laranjal. Adeus famosa laranja do tua.