Portugal é uma casa de putas; senão vejamos:
Entre 22 de Maio e 31 de Julho deste ano desembarcaram no novo Mastodonte de Beja… 164 passageiros*, dos quais 41 responderam a um inquérito de satisfação. O grau de satisfação deste mar de gente – numa escala até 5 – é de 4,7!
A esta média espectacular de 2,3 passageiros por dia, ainda estou para perceber de que forma é que o Fóssil de Beja “poderá complementar o Aeroporto da OTA”. Alcochete jamé. A lista das possibilidades é incrível, mesmo. E quem paga as contas?
* TANTA gente cabe em duas carruagens de 2ª Classe do Intercidades
ADENDA: segundo comentário de Luís Miguel Taborda (da ANA?), e recorrendo a esta notícia, o tráfego que eu citei (via imprensa local) de 164 passageiros em 71 dias foi, afinal, de 328 passageiros (embarques/desembarques). Notável média diária de 4,6 pax/dia.
Onde mandam os filhos
As contas são pagas por todos nós. Mas mesmo que o aeroporto tivesse 100 voos por dia, de que forma poderiam esses passageiros sair de lá? De autocarro? Porque será que, estando a linha de Alentejo ali tão perto, não se pensou num ramal para serviço de passageiros?
Mas agora importa saber o que vai o estado fazer a este espaço e quanto é que isso nos vai custar.
Tem certa razão: s linha do Alentejo passa mesmo ali. E seria de considerar um ramal/paragem no aeroporto.
Mas para que isso pudesse acontecer, seria necessário que o Mastodonte fosse… necessário.
Ou, já agora, faça-se um “aeroporto” em Cabeceiras de Basto ou Mogadouro: já lá tem pistas áereas, é só prolongá-las… e virão charters de chineses.
“Sócrates quer, o Homem sonha, a obra nasce.”
“… e o contribuinte paga.”
Meu caro, aconselho-o a seriamente verificar a notícia do low cost portugal de ontem onde pode verificar que o tráfego efectivo da operação foi o dobro de por si apresentado. Mais o aconselho a ir ver qual foi o tráfego de todos os aeroportos portugueses no seu ano de arranque… é preciso ter cuidado o que se diz quando se está a por em causa TRABALHO positivo que se está a fazer com objectivos claramente definidos e com uma estratégia delineada. Cumprimentos, Luís Miguel Taborda
Se bem o entendo, o tráfego diário deste empreendimento MEGA foi não de 2,3 pax/dia mas sim de 4,6 pax/dia?
Portanto, um táxi por dia? e precisa de uma pista de quase 4 km para levantar?…
Apenas usei os dados divulgados por um orgão de comunicação local: http://www.radiopax.com/noticias.php?d=noticias&id=13091&c=1
Que serão minimamente fiáveis.
Eu também acredito que a instalação de um aeroporto – não de um mastodonte como o de Beja – pode trazer benefícios para as regiões.
No caso de Beja, pergunto-me seriamente se o tráfego daqui por um ano sequer pagará a tinta usada naquela pista.
Este aeroporto foi feito para que o BES pudesse concorrer ao mundial de golf. Havia a água do Alqueva, o aeroporto está lá, o BES tinha planos para imensa construção hoteleira e até já havia planos para construção de (ainda) mais campos de golfe. O mundial era uma boa desculpa para justificar tudo isto. Só falhou num aspecto: o BES perdeu o concurso. Mas o aeroporto continua lá.
Pornografia pura e dura.
Sobre o BES e o golf: http://fliscorno.blogspot.com/2007/06/perceber-o-que-so-interesses-obscuros.html
O sr. Luis Miguel Taborda tem todo o direito de defender o patrão e o seu no fim do mês mas não venha por aí a chamar burro a todos os portugueses.
Comparar, em 2011, o nível de tráfego dos aeroportos inaugurados em Portugal há 50 ou 60 anos é, no mínimo, pedante e desonesto.
Por essa ordem de ideias, qual seria o número de carros nas estradas? 100 mil contra os cinco milhões de hoje?
E querer comparar o pós-guerra com a era da mobilidade e das férias pagas é baixo nivel.
Até acredito que o aeroporto de Beja (e a sua faustosa “empresa de desenvolvimento”) tenho objectivos claramente definidos e com uma estratégia delineada. Só que assenta num conjunto alargado de pressupostos errados.
Primeiro dos quais: a falta de proximidade e de acessibilidades sustentátiveis. Às portas de um caminho de ferro permanentemente ameaçado de encerramento e a mais de duas horas de Lisboa. E sem ligações para sul.
E querer comparar os dois primeiros meses de tráfego de Beja com Shannon, como faz o site da empresa de desenvolvimento, é fútil:
http://en.wikipedia.org/wiki/Shannon_Airport
No ano de abertura à aviação civil, Shannon teve 2,400,000 passageiros, uma média de 6,575 por dia. Cerca de 1492 vezes mais que Beja,
Vai ter que se esforçar um pouco mais.
E quem são, os projenitores desta Casa de Putas em Beja?
PR Sampaio o Mole, de visita à região: temos de ajudar esta gente;
PM Barroso, MRPP reciclado, na sua peugada: um milhão para o aeroporto, já;
PM Sócrates, o Temerário: 33 milhões. pequeno investimento para tão grande projecto.
Saudações troikianas.
Isso agora não importa nada; o que importa é pagar.
E quem é que vai pagar? Quem é, quem é?
E agora que a merda está feita que tal uma linha de TGV para Lisboa como cereja no topo do bolo? Gastavam-se mais umas centenas de milhões para nada e enterrava-se este pobre país mais um palmos! E depois criticam o J. Jardim pela divida de 5 000 Milhões!!! Este gajos só veem até á ponta do nariz. Até eu governava melhor
PUTIHA
deixo alguns subsídios para uma discussão que vá para lá do “gatunos dos políticos”. deixo também a salvaguarda que não pretendo defender nem atacar ex-pms.
antes de mais, a questão do custo: um quilómetro de auto-estrada, das tantas inúteis que se fizeram, custa tanto quanto este aeroporto (30 MEuros).
ao ver a histeria que vai na imprensa, nas caixas de comentários e nos cafés, diria que beja teve um acompanhamento mediático e uma supervisão pública que foi muito além da despesa relativa envolvida. adiante.
outra preocupação, e muito bem que é manifestada, remete para a inexistência de interfaces credíveis ou rendíveis.
por isso é curioso que ninguém se lembre que, mal foi construído o aeroporto, deixou misteriosamente de haver ligação direta por ferrovia entre beja e lisboa (de momento, resta uma automotora até casa branca).
entretanto, convém explicar que a direção regional de turismo do alentejo (todo o alentejo) tem paróquia em évora e foram bastante públicas – para quem quiz ouvir – as posições que sempre teve em relação ao aeroporto de beja. o caso é complexo, apesar de provinciano, mas chamar-lhes “sabotagem” não seria um resumo exagerado ou falso.
contudo, o melhor compadre de beja ainda foi a própria patroa ana, empresa que detém o monopólio da gestão de aeroportos no continente.
de forma a obter falência garantida, primeiro fixou as taxas para o aeroporto de beja nas mais altas do país; de seguida, algarvizou a portela, transformando-a lisboa na única capital da europa minimamente civilizada com vôos ryan air aterrando debaixo da mesa.
por agora é tudo. obrigado pela atenção e peço desculpa por não saber contar anedotas.
Tem a certeza dessa valor de 30 ME como o custo médio/km de AE? Onde se informou desse valor?
eu quero pinar
e casa das putas