George Wright: soltem o prisioneiro

A prisão de George Wright é mais uma demonstração do carácter homicida do sistema de justiça norte-americano: por aqueles lados os crimes não prescrevem. Extraditar um homem com mais de 70 anos significa condená-lo a prisão perpétua e impedir os seus filhos, cidadãos portugueses, de o voltarem a ver.

Este tipo de atitude tem paralelo na perseguição a nazis de terceira categoria, por vezes julgados num estado de saúde em que nem têm consciência do que se passa à sua volta. Não se combate a barbárie com a barbárie.

Admito uma excepção a estes casos: se por hipótese absurda Hitler ou Estaline aparecessem por aí vivos deveriam ser julgados, tal como Pinochet, porque aí falamos de responsáveis políticos por massacres, existindo um valor simbólico e dissuasor: os ditadores têm de perceber que crimes contra a humanidade não prescrevem.

A perseguição do FBI a George Wright não é justiça, é pura vingança.

Comments

  1. Um homem não deve ser perdoado por um crime que cometeu muito menos quando cometeu outro crime: fugir da prisão. Os filhos do senhor que este senhor matou também nunca mais viram o pai.

    Não concordo com a pena de morte, mas concordo que George Wright deva ser julgado.

    • O seu conceito de “justiça” está ao nível do Antigo Testamento. Lamento informá-lo, mas o mundo mudou.

    • (1) Jorge Santos NÃO MATOU NINGUÉM! É só informar-se melhor, wikipedia, google, jornais americanos, se for isso que é preciso, e ler a descrição do assalto à bomba de gasolina: 3 pessoas foram acusadas de homicídio de 1 pessoa que morreu com 1 tiro na barriga. Provas balísticas comprovaram em tribunal que não havia sido a arma de George Wright a disparar! É tão simples como isso! O homicida foi condenado a prisão perpétua e colocado em liberdade condicional em Agosto de 1977, os restantes a 30 anos. Cumpriu 8! Não houve julgamento de júri!

      (2) A insistência em classificá-lo de FUGITIVO só serve para “branquear” a incompetência do FBI, fazendo as pessoas visualizar um Bin Laden, um Kadafi ou um Hussein, escondido num buraco… quando George Wright sempre usou inicialmente esse nome na Guiné-Bissau, depois do asilo político e já em Portugal é um homem de comunidade, tem Facebook, Blogs, convive normalmente com toda a gente, em eventos públicos, deixa-se fotografar, etc. Querem agora manipular-nos a pensar que tem aqui um grande “troféu de caça!”

      (3) A insistência em chamar-lhe George Wright só serve para os media nos chamarem a todos os portugueses de parvos e corruptos, bem como à Guiné-Bissau. Conclusão dos americanos: foi tudo falsificado e “os pretos” da Guiné-Bissau e os “preguiçosos” de Portugal foram todos enganados! “Só nós os americanos cowboys é que somos bons, não há pai pra nós!” George Wright recebeu asilo político na Guiné-Bissau, aprovado em Conselho de Ministros, mediante a qual recebeu uma nova identidade, que se encontra devidamente registada na Conservatória da Guiné-Bissau! Se assim não fosse, acham que ele ainda estaria aqui?

      Compreendo que pessoas mal informadas e com mentalidades formatadas pela comunicação social, que preferem comer a comida mastigada pela boca dos outros e enfiada pelas goelas abaixo, porque dá menos trabalho do que usar garfo e faca e ter o trabalho de pensar, possam ter estes tipos de comentários que li por aqui. Continuem! A mim não me incomodam… Mas ao menos, não caiam no ridículo de falar daquilo que NADA SABEM… e assim sempre disfarçam…

  2. Luís Gonçalves says:

    Ou não fosse o FBI americano, não é? Nunca mais vos libertais dese anti-americanismo primário, morrereis hirtos e secos como ele.

  3. Manuel Correia says:

    Concordo plenamente. A Justiça portuguesa (onde anda ela?), jamais deveria permitir a extradição desse homem para os USA. Após 40 anos de fuga, e de bom Portuguesismo, diga-se em abono da verdade, Vai ser extraditado por que carga de água? Apenas por o Governo Português ser amigo do governo dos cowboys?
    Ora meus senhores… avancem já com uma petição a nível nacional.

  4. Armando Lopes says:

    Não se pode deixar um crime sem castigo por mais tempo que o criminoso tenha passado a fugir à justiça. E sim, apesar de ter nacionalidade portuguesa o assassino cometeu o crime nos Estados Unidos por isso é lá que deve ser julgado e cumprir pena. A impunidade é algo muto perigoso que pode levar literalmente uma civilização à destruição total e ao caos. A sociedade tem que ser firme.

    • Na visão pré-civilizada do direito a justiça praticava-se para castigar. Em democracia a justiça visa punir mas sobretudo reabilitar. Por isso não há prisão perpétua nem pena de morte nas democracias. E por isso mesmo enviar o homem para a barbárie americana seria um crime, à luz do nosso direito. Duvido muito que venha a acontecer.

      • X-Tremis says:

        Viver em sociedade não é só ter direitos e coiso. É também seguir as regras. Se o senhor não queria ser preso, não devia ter cometido um crime. Se fugiu da prisão, é mais um crime. Se a pessoa não sabe cumprir as regras da sociedade em que se insere, tem bom remédio, muda-se. Se fica e viola essas regras, tem que arcar com as consequências.
        A “luz do nosso direito”, como lhe chama, é o que permite, por exemplo, ao violador de telheiras cumprir, no máximo (e se vier a cumprir) 25 anos de prisão pelos crimes que cometeu contra uma série de mulheres, muitas delas menores. Mas, claro, isso não é “barbárie”. Violar sucessivamente uma série de mulheres (repito, muitas delas menores), não é “barbárie”. Se calhar até “estavam a pedi-las”, não acha? Pois. Barbárie é fazer cumprir um castigo de um assassino, ao qual o mesmo se escapou.
        Certo…

    • http://www.facebook.com/note.php?note_id=236428966419078
      ou
      http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/extraditar-ou-punir

      Informe-se sobre a Lei Portuguesa e a Constituição.
      Fernanda Palma, Professora Catedrática de Direito Penal

  5. X-Tremis says:

    Que peninha, que o senhor está muito velhinho e tal e os filhinhos e coiso.
    Azar. Cometeu um crime, a meu ver, o crime mais grave que se pode cometer: homicídio.
    Não pagou por esse crime, e ainda fugiu e enganou a justiça.
    Se está muito velhinho coitadinho e vai morrer na prisão sem ver os filhos? Azar o dele. Devia ter pensado nas consequências dos seus actos antes de os cometer. Se tivesse cumprido a sua pena sossegado, a esta hora se calhar podia estar a viver sossegadamente, sem pesos na consciência, a aproveitar os seus filhinhos e netinhos.
    Não se trata de “vingança” ou “antigos testamentos” ou o que quer que seja. Trata-se de assumirmos as consequências dos nossos actos, algo que hoje em dia é muito mal visto: a culpa é sempre de outros, coitadinho-do-velhinho, neste caso dos mauzões do FBI e dos americanos, que são uns papões. O facto do senhor ter assassinado outro ser humano não é nada de especial, claro.

    • O FBI foi, e ainda é, uma polícia política (J. Edgar Hoover mandou nos Estados Unidos durante toda uma vida, vd por exemplo como tramou os Kennedy), responsável por execuções sumárias, massacres e outras barbaridades, cometidas contra os cidadãos do seu próprio país, gente que era suposto proteger.
      Quanto ao resto, a linguagem diz tudo: os crimes não se pagam, punem-se, tendo sempre em vista a reabilitação do criminoso. Desde o século passado que é assim no mundo civilizado. Mas infelizmente ainda temos muitos selvagens entre nós. Nesta caixa de comentários já faltou mais para se defender o canibalismo propriamente dito.

      • Jorge Cardoso says:

        Você tem que sair mais à rua. Descer um bocadinh da sua torre de Marfim. Mas já se percebeu que se o Wright tivesse matado cá um sindicalista e tivesse fugido para os states, ai valha-nos S. Marx, tragam cá o assassino fascista para ser julgado, e severamente seviviado… ai, perdão, ressocializado…

        O mundo mudou, diz você? O Sócrates dizia o mesmo. E consta que também ficou impune…

        • Se tivesse lido o que escrevi sobre prescrições, escusava de vir agora com o preconceitozinho da praxe. Se defendi que os nazis de segunda linha devem ser amnistiados, a sua insinuação passa a pura falta de argumentos.

          De qualquer forma percebi à bocado que estamos a falar de um cidadão português, donde a extradição não faz qualquer sentido. O FBI sabe muito bem isso, mas como funciona por pura vingança, e o homem lhes deu um baile, decidiu chatear. O costume.

    • (1) Jorge Santos NÃO MATOU NINGUÉM! É só informar-se melhor, wikipedia, google, jornais americanos, se for isso que é preciso, e ler a descrição do assalto à bomba de gasolina: 3 pessoas foram acusadas de homicídio de 1 pessoa que morreu com 1 tiro na barriga. Provas balísticas comprovaram em tribunal que não havia sido a arma de George Wright a disparar! É tão simples como isso! O homicida foi condenado a prisão perpétua e colocado em liberdade condicional em Agosto de 1977, os restantes a 30 anos. Cumpriu 8! Não houve julgamento de júri!

      (2) A insistência em classificá-lo de FUGITIVO só serve para “branquear” a incompetência do FBI, fazendo as pessoas visualizar um Bin Laden, um Kadafi ou um Hussein, escondido num buraco… quando George Wright sempre usou inicialmente esse nome na Guiné-Bissau, depois do asilo político e já em Portugal é um homem de comunidade, tem Facebook, Blogs, convive normalmente com toda a gente, em eventos públicos, deixa-se fotografar, etc. Querem agora manipular-nos a pensar que tem aqui um grande “troféu de caça!”

      (3) A insistência em chamar-lhe George Wright só serve para os media nos chamarem a todos os portugueses de parvos e corruptos, bem como à Guiné-Bissau. Conclusão dos americanos: foi tudo falsificado e “os pretos” da Guiné-Bissau e os “preguiçosos” de Portugal foram todos enganados! “Só nós os americanos cowboys é que somos bons, não há pai pra nós!” George Wright recebeu asilo político na Guiné-Bissau, aprovado em Conselho de Ministros, mediante a qual recebeu uma nova identidade, que se encontra devidamente registada na Conservatória da Guiné-Bissau! Se assim não fosse, acham que ele ainda estaria aqui?

      Compreendo que pessoas mal informadas e com mentalidades formatadas pela comunicação social, que preferem comer a comida mastigada pela boca dos outros e enfiada pelas goelas abaixo, porque dá menos trabalho do que usar garfo e faca e ter o trabalho de pensar, possam ter estes tipos de comentários que li por aqui. Continuem! A mim não me incomodam… Mas ao menos, não caiam no ridículo de falar daquilo que NADA SABEM… e assim sempre disfarçam…

  6. Armando Lopes says:

    É francamente impossível para alguém bem formado que não tenha sido “formatado” em utopias de esquerda concordar com o que aqui escreveu JJC. O criminoso George Wright (independentemente da cor da pele) tirou a vida a um cidadão americano, desviou um avião, fugiu ao castigo e adquiriu nacionalidade portuguesa falsa sem qualquer validade. Como tal tem que ser punido independentemente de ter 70, 80 ou 90 anos e como assassino que é deve ser julgado na terra onde cometeu o crime e perante a familia da vitima. Os Estados Unidos podem não ser o país mais progressista do mundo mas tem toda a legitimidade para aplicar justiça aos seus cidadãos e a quem cometa crimes no seu território. Esquece JJC que se não fossem os EUA a carnificina nos Balcãs tinha sido bem maior pois a Europa civilizada não teve nem a coragem nem os meios para intervir para lhe por fim, para já não falar da 2ª guerra mundial e da luta contra o fascimo ou da luta contra o comunismo estalinista…

    • Claro, as formatações são de esquerda, a direita não as tem. George Wright (e quem chamou a cor da pele ao assunto?) obteve cidadania guineense, e foi a partir dessa que adquiriu nacionalidade portuguesa, donde a falsificação se existiu não foi em Portugal.
      Quanto ao papel dos EUA na II Guerra Munidal, que não desprezo, um bocadinho de conhecimentos de História ensinar-lhe-ia que a derrota nazi ocorreu no leste, sim, por via de um exército comandado por Estaline. Mas lá está: não leu, porque se tivesse lido percebia que o que discuto é um princípio universal, o da prescrição dos crimes, com excepção dos crimes contra a humanidade (onde incluí o Estaline, que os cometeu).
      Já agora: aquando do episódio Pinochet detido em Londres, também defendeu que ele devia ter sido extraditado por Baltazar Garzon?

      • Armando Lopes says:

        Se ao referir o episódio de Pinochet está a insinuar que sou tendencioso e de direita engana-se rotundamente pois apesar de achar que Baltazr Garzon não tinha nada com o assunto (era um assunto entre o ditador e o povo Chileno) achei e acho que o carrasco deveria ter sido julgado onde cometeu os crimes. Não possuo qualquer formatação de esquerda ou direita apenas acho que a humanidade somos todos nós e quem comete um crime contra um ser humano comete contra a humanidade. A morte é uma situação absoluta, não é quantificávél. Aliás não percebo toda a sua preocupação com a felicidade dos filhos do assassino e então não sente nada relativamente ao sofrimento da família da vítima? Inqualificável! Fim do diálogo

  7. Meus Amigos, não sei que mais hei-de dizer, depois de tanto disparate e desinformação de alguns comentários. Cá vai outra vez:

    * GEORGE WRIGHT NÃO MATOU NINGUÉM
    * GEORGE WRIGHT, ENTÃO COM 19 ANOS DE IDADE, FOI UM PRODUTO DA SUA ÉPOCA, DO TERRORISMO DE ESTADO, DA SEGREGAÇÃO E RACISMO AMERICANOS
    * GEORGE WRIGHT MUDOU DE VIDA, OBTEVE ASILO POLÍTICO NA GUINÉ-BISSAU QUE LHE CONCEDEU UMA NOVA IDENTIDADE – JOSÉ LUIS JORGE DOS SANTOS -TEM DOCUMENTOS GUINEENSES LEGAIS E DOCUMENTOS PORTUGUESES LEGAIS. Para quem ainda não entendeu: NÃO SÃO FALSOS!!!
    * JORGE SANTOS TEM 68 ANOS DE IDADE, MARIDO, PAI DE 2 FILHOS ADOLESCENTES
    * JORGE SANTOS TEM SIDO UM EXEMPLO PARA TODOS QUE COM ELE SE TÊM CRUZADO

    e não se limita a mandar bocas em blogs, dá a vida pelos outros, todos os dias!
    e vocês, que fazem esses comentários desinformados, fazem o quê da vida?… quantos miúdos tiraram da rua? deram de comer a quantas pessoas? ensinaram alguém a ser gente crescida, honesta, homens livres e exemplos na família e na sociedade? sabem o que é agarrar num velho bêbado e sem-abrigo, levá-lo pra casa, dar-lhe banho e roupas lavadas e um prato de comida? e falar com ele para mudar de vida? Se tentassem fazer isso ALGUÉM TERIA POR VOCÊS O RESPEITO SUFICIENTE PARA SEQUER VOS OUVIR?

    Pois o Homem Livre de quem estão a falar – JORGE SANTOS – SABE muito bem o que isso é! E muitos de nós que o conhecemos há dezenas de anos somos testemunhas disso. E isso não vende jornais – por acaso até vem num jornal mas, enfim, não interessa…

    Desculpem se me expressei de forma mais empolgada… respeito todas as opiniões, dos comentários e respostas, mas estamos a falar da vida de um homem que corre perigo e de uma família, e não a fazer um debate sobre teorias de “acho-isto-acho-aquilo”!

    Bem hajam!

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