Privatizem, filhos, privatizem

Num artigo agora disponível no Público narram-se os planos de Nuno Crato para privatizar o ensino básico e secundário em Portugal. O argumento é o da clássica liberdade de os empresários obterem lucros à conta dos subsídios do estado, seja-lhes dado o nome que entenderem. As experiências de referência resultaram num enorme fracasso em termos de qualidade, mas obviamente engrossaram as contas bancárias de alguns.

Como candidamente explica um dos comerciante da educação em Portugal

“Ao nível dos instrumentos de liberdade de escolha, Portugal não fica atrás dos EUA, Suécia ou Reino Unido. A questão é que estes instrumentos jurídicos não têm sido utilizados em todo o seu potencial”

Já conhecemos o potencial. Também conhecemos o memorando de entendimento com a troika, onde se pedia uma “racionalização das transferências para escolas particulares com acordos de associação“. Racionalizar será então dar-lhes ainda mais. Ou de como a troika enquanto desculpa se esquece num instantinho, tratando-se de subsidiar a iniciativa privada. E viva o empreendedorismo.

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