A EDP não gosta de vozes contrárias

O “código de conduta” do page facebook da EDP estabelece normas de utilização “democráticas”. Críticas ou comentário ao status quo é que não pode ser…

A EDP: Há já bastante tempo, mais do que andarem a hipotecar a vida dos portugueses, o que me incomoda mais é andarem a destruir o património natural e construído deste país. E a EDP é a maior materialização dessas destruição. Infelizmente, casos como Vilarinho das Furnas não são histórias do passado e repetem-se até aos dias de hoje. Num momento que vemos os EUA a desmantelar centenas de barragens, porque se chegou à conclusão que os prejuízos são muito maiores do que os benefícios, e tendo como exemplo as mentiras que nos passaram de que os barragens iriam trazer desenvolvimento às regiões em causa, a revolta aumenta.

Nunca pensei que esta simples situação de facebook iria ter esta repercussão, mas fico contente que tenha acordado outros para o problema. Não me incomoda muito ter sido banida, incomoda-me sim o que a EDP anda a fazer a este país, às pessoas e à Natureza, marketizando mentiras, e sem que nada seja feito para o impedir.

Joana Couve Vieira

ps: a reacção, por ora, da EDP no facebook. “A página da EDP no Facebook procura estabelecer um contacto mais próximo com o público, convidando a que nos sejam colocadas dúvidas, questões ou sugestões. Pretendemos potenciar a discussão construtiva e a partilha de informação”.

Comments

  1. Cara Joana Couve Vieira,
    sou jornalista do Público e gostava de falar consigo a propósito deste episódio com a EDP através do Facebook. Pedia-lhe o favor de entrar em contacto comigo: susaribeiro@gmail.com.
    Muito obrigada.
    Com os melhores cumprimentos,
    Susana Almeida Ribeiro

  2. Fernando Batista says:

    Olá Joana,

    Estive a ler o código de conduta de EDP e deixe-me que lhe diga que este código de conduta não é mais do que a mera tradução do código de conduta que todos assinamos e concordamos ao entrar no Facebook. Compreendo que possa parecer um abuso por parte da empresa, mas neste caso é simplesmente o actuar de acordo com as linhas éticas definidas pelo Facebook.

    Aproveito desde já para lhe dizer que não tenho qualquer ligação à EDP, nem tenho nenhuma preferência pela empresa, o que me permite falar com a maior das isenções.

    • A. Pedro says:

      “actuar de acordo com as linhas éticas definidas pelo Facebook”
      Ficamos a saber que um cidadão afirmar que não pediu um plano nacional de barragens é anti-ético.
      Com gente como o Fernando Batista pode ser-se banido por espirrar.
      Já com a EDP ficamos a saber que críticas construtivas, tipo defender a destruição de património, são benvindas.

      • José Santos says:

        A mim parece-me mesmo que o cidadão (neste casa cidadã) está a recrutar para outras iniciativas que não as promovidas pela edp. Olha! Mas isso é contra o código de conduta. Ah, afinal não há polémica nenhuma! Independentemente de se ser contra ou a favor do plano nacional de barragens, claro.

    • adionizio says:

      Pois, não ligação nenhuma a EDP, Vamos fazer que acreditamos…. Além disso o Pai Natal existe… e o Lapis Azul continua em grande forma.

      Cumprimentos

  3. A.Barata says:

    Caro Fernando,

    Então e qual é exactamente o ponto do código de conduta (da EDP ou do Facebook) que o comentário da Joana violou? É que eu estou farto de ler aquilo e eu seja ceguinho…

    AB

    • És uma beca pró ceguinho és
      Ponto 8. Conteúdos que procuram o recrutamento para outras iniciativas que não as promovidas pela edp;
      Já viste? Ou queres que coloque a bold?

  4. “UNESCO ameaça rever classificação”
    A UNESCO já alertou para a degradação da zona classificada como Património da Humanidade causada pela construção das barragens, nomeadamente a de Foz Tua, em zona limite do Douro Vinhateiro.

    http://www.ambitur.pt/site/news.asp?news=24560

  5. http://www.publico.pt/Cultura/fotografias-para-nos-vermos-no-passado-a-olhar-para-o-futuro-1516801

    Entrevista a Edgar Martins
    Fotografias para nos vermos “no passado a olhar para o futuro”
    17.10.2011 – 00:14 Por Sérgio B. Gomes

    Edgar Martins (Rita Baleia)

    The Time Machine, que desde sexta-feira pode ser visitada no Museu da Electricidade, em Lisboa, é apresentada como a maior exposição de Edgar Martins. Durante cerca de dois anos, o fotógrafo português, que vive em Londres, percorreu barragens e centrais hidroeléctricas de todo o país e descobriu cenários vazios de pessoas, mas cheios de tecnologia e ambientes de inspiração modernista. É por isso que há muitas cadeiras vazias nestas “paisagens psicológicas” de um fotógrafo que sublinha o papel fundamental do processo na criação de um corpo de trabalho fotográfico. Nesta conversa com o PÚBLICO, pouco antes da inauguração da exposição, patente até 11 de Dezembro, Edgar Martins fala ainda da polémica sobre a manipulação das imagens de um trabalho encomendado pela revista de domingo do New York Times, em 2009. Foi uma discussão que afinal lhe trouxe mais aspectos positivos do que negativos.

    ler a noticia completa

  6. Muitas pessoas ainda não repararam que a EDP é uma empresa e que, como qualquer empresa, quer fazer dinheiro. Quer lucro e quanto mais lucro, melhor. Se a EDP quisesse fazer um mundo melhor, com as suas barragenzinhas e com as suas “lindas” ventoínhas no cimo das nossas serras, não era a empresa EDP, era a Santa Casa da Misericórdia ou uma Organização humanitária. Por isso a EDP que se deixe de tretas. E já agora a Quercus também, pois tanto quanto me foi dado perceber por uns certos anúncios que circulam pela comunicação social, já se vendeu e por pouco “dinheiro”.

  7. Que a EDP seja uma empresa e que queira fazer dinheiro, acho bem. Que o queira fazer não olhando a meios, acho mal. Que o Estado lhe permita fazer isso e ainda viver num permanente estado de monopólio pago pelos contribuintes sem escolha, acho péssimo. Há empresas que vivem acima das nossas possibilidades: a EDP é uma delas.

    • adionizio says:

      É por isso que todos vamos pagar as Facturas de todas a EDPS do nosso País, que embora pequenino ficou endividado até não poder mais. E agora quem paga???? Os mesmos de sempre claro….Os que trabalham.

  8. Caíram duas máscaras, a da EDP como empresa verde e socialmente responsável e do Facebook como espaço de livre expressão.
    Abram os olhos, todos! É cair em cima deles!
    Aos portugueses em geral distribuem sacrifícios e austeridade, à EDP são subsídios e apoios.
    Nunca antes tinha visto neste país obras serem levadas em ombros pelo governo como foram estas barragens. Serão mais PPP para que paguemos com os nossos sacrifícios dentro de alguns anos. Neste círculo vicioso nunca Portugal se levantará, antes se afundará mais no retrocesso das nossas condições de vida.
    Agora deixem-se dormir no facebook, quando acordarem já não haverá nada para salvar…

  9. jorge fliscorno says:

    Acabei de comentar no FB da EDP:

    Bom, a vossa posição é institucional. Mas note-se, estão no Facebook e isto não é propriamente a newsletter interna da EDP que eventualmente tenham. Quem não quer se molhar, não anda à chuva; e quem não quer comentários “à lá Facebook” não vai para o Facebook.

    http://www.facebook.com/grupo.edp?sk=wall

  10. Pois é…para algumas coisas eles preferem que o país continue às escuras.

    E os comentários podem gerar alguns curto-circuitos na rede da EDP.

  11. A. Pedro says:
  12. Também está a chegar ao Público.

  13. A EDP tem:
    – o número fiscal 507 846 044:
    – e a CAE (Classificação de Actividade Económica) 35140

    que, tem a ver com Comércio de electricidade (compreende o comércio de electricidade e as actividades dos agentes que comercializam a electricidade a partir de estruturas de transporte ou de distribuição de outras entidades)

    Acontece que a EDP nas facturas/Recibo que envia para os consumidores (mensalmente) cobra por serviços em que não está registada economicamente, tais como:

    A taxa Exploração DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia (que inclui IVA) ,
    esta taxa deve ser cobrada por entidade com a CAE 84130 que tem a ver com Administração pública – Actividades económicas.

    Depois também encontramos um item na factura chamado “Contribuição áudio-visual” (que inclui IVA)
    Ora as actividades de:

    – rádio tem a CAE 60100 «Compreende a produção e transmissão de programas de rádio directamente dos estúdios de rádio para o público em geral, associados ou subscritores. Os programas difundidos têm vários fins
    (recreativos, educativos, promocionais, formativos, informativos, etc.) e podem utilizar vários meios
    (cabo, satélite, Internet, etc.» ;

    – televisão tem a CAE 60200 (criação de programação de canais de TV) «Compreende as actividades de criação de programação dos canais de televisão a partir de
    componentes adquiridas (filmes, documentários, etc.), componentes produzidas (noticiários,
    reportagens, etc.) ou combinação das duas.
    Estes canais de televisão podem ser transmitidos pelas unidades produtoras ou por terceiros, tais
    como, empresas por cabo ou fornecedores de televisão por satélite.»;

    Resumindo:

    Os Portugueses estão sendo comidos por parvos pela EDP que tem a CAE 35140 e nas facturas cobra por serviços em que não está registada no INE

    E nós Portugueses temos vindo a pagar, e será que continuaremos pagando?

    A EDP é como um polvo (ou será camaleão?), tudo o que vou dizer a seguir pode ser confirmado no site do INE e dos ajustes directos que são os seguintes:

    http://webinq.ine.pt/public/files/consultacae.aspx

    http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/ajustedirecto/search.aspx

    [Informação adicional: – Nesta última hiperligação colocar o NIF em Entidade Adjudicatária e clicar “pesquisar”]

    COM AJUSTES DIRECTOS TEMOS:

    Actualmente quem nos envia as facturas, mensais ou bi-mensais, referente ao consumo que fazemos em nossas para casas é a já referida:

    EDP – Serviço Universal, S.A.
    NIF: 507 846 044
    CAE: 35140 (Comércio de electricidade)

    Depois há uma outra EDP que nada tem a ver com a minha factura actual de electricidade que é a:

    EDP – Comercial – Comercialização de Energia, S.A.
    NIF: 503 504 564
    CAE: 35140 (Comércio de electricidade)

    Temos seguidamente a
    EDP Distribuição – Energia, S.A.
    NIF: 504 394 029
    CAE: 35130 (Distribuição de electricidade)

    E ainda:

    EDP Energias de Portugal, S.A.
    NIF: 500 697 256
    CAE: 35111 (Produção de electricidade de origem hídrica)

    ———————————————————-

    SEM AJUSTES DIRECTOS TEMOS:

    EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A.
    NIF: 503 293 695
    CAE: 35112 (Produção de electricidade de origem Térmica)

    E por Último há a

    Fundação EDP
    NIF: 506 997 286
    CAE: 94995 (Outras Actividades Associativas, n.e.)

    —————————————————————–

    Não sei se existem mais EDP’s mas, que as empresas “filhas” andam por aí lá isso andam!

    • maria aurora faria says:

      Olá Gina.

      Só quero dizer-lhe que se tivessemos um décimo da sua diligência e trabalho este país estava noutro patamar. Muito obrigada e continue assim.

  14. Carlos de Sá says:
  15. Nightwish says:

    Não venho aqui para defender grunhos e psicopatas…
    Mas sem barragens, e até éolicas, como li por aqui, como é que vamos impedir que a taxa de CO2 não chegue aos fatais 500ppm?
    Não vou defender os negócios porque não os conheço, e nada tenho contra o comboio (trabalho, para já, no grupo CP), mas custa-me ver a discussão centrada exclusivamente na beleza artística da linha, que não só é de um limitado valor comercial como pode ajudar a mitigar os (quase?) inevitáveis efeitos da maior catástrofe que vai afetar a humanidade.

    • Duas palavras: Eficiência energética.
      A produção estimada de energia em todas as novas barragens já foi superada pelo aumento do consumo de energia eléctrica de 2009.
      Isto porque estes locais têm muito fraco potencial de produção, os locais bons já foram tomados há décadas.
      Se as barragens (após as eólicas) não fossem suportadas com obscenos subsídios, não seriam viáveis, e aí é que temos de “malhar”: nem mais um cêntimo dos nossos impostos para as barragens!
      Está a falar-se de dezenas de milhares de milhões, 3 dívidas públicas pelas décadas do resto da nossa vida e dos nossos filhos. Temos que denunciar isto, e parar a loucura.

      • Nightwish says:

        Ok, tinha ficado muito assustado com as últimas notícias sobre o AG. Se é para deitar dinheiro fora, não dá.

  16. Filipe says:

    FREE ENERGY!!!!! THEY’RE ALL OUT NUMBERED

  17. Denunciem a página como fraude! No canto inferior esq.

  18. Pica Miolos says:

    Pois eu fiquei FELIZ, por a empresa de Braga ter ganho o processo que pôs à EDP por terem plagiado o seu logotipo. O sr. Mexia julgava-se acima da lei. Há que divulgar isto. A imprensa não divulga por causa dos contratos de publicidade que esta empresa tem com os media.

  19. eu gosto da EDP e quero continuar a gostar da EDP.
    já de couves tem dias. gosto de sopa com couves; mas têm que ser daquelas tenrinhas e suaves ao palato, que as há amargas como fel e rijas que nem o dente as atura.

  20. A edp insiste em apagar rapidamente este link dos comentários, porque será?
    Reflexão Preliminar sobre o Relatório Ambiental do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hídrico
    http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspxModule=Files%2FFileDescription&ID=1210&lang=pt

  21. Petição Contra o Programa Nacional de Barragens (PNBEPH)
    http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=naoPNB
    Olá! Assinem com NOME COMPLETO + BI e confirmem a assinatura através do email que receberem. E partilhem.
    Com 4 mil assinaturas será obrigatoriamente debatida em Plenário na Assembleia da República. Obrigada!

    • Boa tarde Joana Vieira,

      sou aluna de Comunicação Empresarial da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, e no âmbito de uma Unidade Curricular estou a desenvolver um trabalho acerca da EDP.
      Gostaria de solicitar a sua contribuição para que seja uma das entrevistadas. Considero que a sua opinião seja, sem dúvida, um óptimo contributo para a elaboração de tal trabalho académico.
      Cumprimentos,
      Mª Helena Guia

      e-mail: maria.helena.guia@gmail.com

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