A privatização da RTP e as incoerências de João Duque

duque

O grupo que João Duque coordenou quer limitar a informação na RTP, como forma preventiva do Estado usar este canal para manipular. Foi assim que Duque ontem justificou na TSF a oferta de parte do negócio audiovisual – a informação – aos canais privados. Que é disso que se trata.

Mas hoje pelo Público ficamos a saber que a RTP-Madeira e a RTP-Açores, além de não desaparecerem (existem para quê?!) passam para a tutela dos governos regionais. Os quais, como se sabe, são exemplares quanto a não interferirem na comunicação social.

Prepare-se portanto para ter os seus impostos a patrocinarem os serões em família com o Alberto. Esse que chamou  «bastardos» aos jornalistas para não lhes chamar «filhos da puta» (SIC, Junho 2005). Grande filtro este, sr. Duque; parece é uma peneira, daquelas que com se tapa o sol.

Comments

  1. MAGRIÇO says:

    Aqui está um exemplo de como o poder compensa quem os serve! O critério da competência é-lhes completamente desconhecido. Este relatório é tão patético que mesmo o governo já anunciou que não o vai considerar. Quanto a AJJ, também me lembro (AH! esta “fatalidade” que é não ter memória curta!) do comentário acima reproduzido, e na altura interroguei-me se, entre as muitas suas originalidades, ele não teria também a mania que os jornalistas eram seus irmãos…

  2. Observador says:

    Pobre país. Só nos saiem duques!

  3. Somos, claramente, governados por indigentes mentais, para não lhes chamar filhos-da-puta.

  4. RTP Madeira e Açores nas mõs dos governos regionais? Pagas por quem? Com o dinheiro dos contribuintes naconais? Enfim…
    Quanto à limitação da informação nos meios públicos “ao essencial”, para evitar “a intervenção ilegítima ou eticamente reprovável dos diferentes poderes na informação da rádio, TV e agência do Estado”, considero uma ideia absurda, porque significa um atestado de incompetência às direcções editoriais dos meios de comunicação públicos e prenuncia o fim do serviço público de informação. Basicamente é isto: se um meio de comunicação estatal só difunde as inócuas notícias de agência limitadas o mínimo, deixa de ter razões para existir. Donde, é o fim do serviço público de informação.

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