Ó Álvaro, explica lá isso!

Álvaro santos Pereira afirma que acabou o tempo “dos subsídios e obras faraónicas”

  

Álvaro Santos Pereira e três secretários de Estado recebem subsídio de alojamento

Comparando as duas notícias, parece que, até ver, só acabaram as obras faraónicas, já que alguns subsídios continuam. Como funcionário público, e, portanto, colega do Álvaro, fico contente por ver que, neste caso, o Estado, afinal, pensa nos seus servidores, especialmente aqueles que são obrigados a trabalhar longe de casa. Só falta estender o mesmo direito a  todos os funcionários públicos que estejam nas mesmas circunstâncias. Mal posso esperar por esse anúncio!

Comments

  1. Carlos says:

    Por lei, todos os trabalhadores que forem obrigados, pela entidade patronal, a trabalhar fora do seu local de trabalho habitual, têm direito a serem ressarcidos de todas as despesas – transporte, alojamento e alimentação – que isso acarreta. E não podia ser de outra forma, pense bem.
    Portanto, não seria justo negar esses subsídios aos governantes, com morada longe de Lisboa. Isso não faria sentido.
    Até parece que o amigo só queria lisboetas no governo…

    • António Fernando Nabais says:

      Em primeiro lugar, o Álvaro não foi obrigado a nada, aceitou um convite, mas isso nem sequer é importante. De resto, nem imagina como concordo consigo: se as pessoas são obrigadas a deslocar-se ou a alojarem-se longe da sua residência, deveriam ser compensadas por isso. É o que não acontece, por exemplo, com os professores, embora aconteça com ministros e com juízes. Uns são filhos, outros são enteados.

      • António Fernando Nabais says:

        Alojar-se e não alojarem-se.

        • Carlos says:

          Agradeço a correcção.
          O que me quer dizer é que alguns professores colocados (admitidos) em escolas longe de casa, não têm direito a subsídio de alojamento. E é assim por que esse é o seu local de trabalho. Mas se, no decorrer do contrato, esse professor for transferido, sem o seu acordo, para prestar serviço noutra localidade, ele terá direito a receber compensação para as despesas que efectuar – transporte, alojamento e alimentação, tal como acontece com todos os trabalhadores, na generalidade.
          E é por isso que eu digo que não faria sentido que isso não fosse aplicado aos nossos governantes, tenham eles a cor que tiverem.

          • António Fernando Nabais says:

            Os juízes, se colocados longe da sua residência, têm, tanto quanto sei, direito a alojamento. Para além disso, que eu saiba, um ministro não paga do seu bolso nenhuma deslocação entre a sua residência e o trabalho. Finalmente, é possível comparar a situação deste ministro à de um professor colocado longe de casa: se o seu local de trabalho, agora, é em Lisboa, não deveria ter direito a subsídio nenhum. A cor dos governantes é indiferente. Os cortes são sempre para os mesmos.

        • Carlos says:

          Só mais isto e acabou-se a conversa, uma vez que você não quer entender o que eu lhe quero dizer: ministro não é emprego. Não se “é ministro”, não. “Está-se ministro, e é tudo.

          • António Fernando Nabais says:

            Todas as comparações são imperfeitas e, no entanto, possíveis. Não é que não queira entendê-lo. Não entendo.

          • António Fernando Nabais says:

            Só mais isto: mesmo aceitando que possa haver diferenças abissais entre ser professor e estar ministro, não chegou a comentar a situação dos juízes. É claro que, se comentar, farei o impossível para não o entender.

        • Carlos says:

          Respondendo ao seu desafio, quero dizer-lhe que entendo mal o subsídio de habitação concedido aos Juízes e que acho um disparate sem perdão pagar-lhe esse subsídio quando moram em habitação própria e, ainda mais, considero um roubo quando um casal de Juízes recebe subsídio a duplicar e, também, que me parece muito injusto manter esse subsídio aos Juízes aposentados.
          Concluindo, a razão não estava do seu lado, quando escreveu o post.
          Ficou esclarecido?

  2. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Estes comentários são uma bela brincadeira – ou “balela” – ainda bem que há comunicação global para se perceber quem são os portugueses que se “mostram” pela palavra – pelos vistos há muitos “doutores daltónicos” emocráticos e, quem sabe, pretendentes a “decisores”- o que vale é que hoje a palavra é LIVRE – por enquanto – até a BALELA, e nem um referendum ou inquérito a todos os activos (e inactivos), se calhar sairia, não a identificar os daltónicos e/ou de cor indefenível – ou anémicos

    • António Fernando Nabais says:

      Desculpe, mas não percebi nada.

      • Carlos says:

        Eu também não percebi bem, mas percebi o bastante para entender que não concorda consigo.

        • António Fernando Nabais says:

          Quando se trata de entender, já se sabe que não é possível contar comigo. Mas ainda bem que o Carlos estava aí.

  3. Tito Lívio Santos Mota says:

    também não percebi.
    mas é o que dá quando se fala em gíria profissional em direção a leigos como nós.
    Não sendo oftalmologista fico-me pelo princípio mais comezinho e tacanho da igualdade de todos perante a lei.

  4. O Álvaro tá deslocado (da realidade, também): vem do Canadá. Merece o subsídio e muito mais. Uma subvenção vitalícia também… por serviços prestados a Bem da Nação. Amen.

  5. ACerqueira says:

    E porque não mudar os ministérios para os locais da residência dos ministros? Ao fim e ao cabo com um telefonema para a Troika, muito ganhava a economia portuguesa.

    • Não sabe que esta sua ideia nem é original ?? no tempo de Santana Lopes o senhor peimeiro ministro que nem chegou aquecer o lugar quiz deslocar para sediar não sei onde no ribatejo, o ministério da agricultua – não lembro mais nada e ainda bem – há coisas que ocupam espaço na minha memõria que me faz falta para outras anormalidades estatais
      Muito se fala aqui de funcionários públicos sem no entanto se distinguir a imensa variabilidade de situações de ministério para ministério, até para a mesma “categoria profissional e gau escolar”

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