Mais uma do Henrique mentiroso, perdão, Raposo (editado)

Quer trocar 12 meses certíssimos por 14 meses incertos?

A divisão do salário anual por 14 prestações é de lei tanto em empresas como na função pública. Ou então o primo do Henrique Raposo trabalha numa daquelas empresas que não cumprem a lei, pormenor que não lhe deve interessar para nada a este devoto do patronato, uma forma terrena de deus a quem tudo é permitido.

O Henrique Raposo é um mentiroso dos compulsivos. Hoje levou com a greve na Autoeuropa em cima, para aprender a ser um bocadinho menos trafulha. A direita tem espasmos de prazer com a sua leitura (um destes dias li mesmo do teclado de um idiota mais inútil uma comparação com a prosa de Miguel Esteves Cardoso, algo ao nível de encontrar em José Rodrigues dos Santos um herdeiro de Camilo Castelo Branco). O tio Balsemão gosta e paga.  Está tudo bem. O neo-liberalismo instalou-se no Chile com as armas de Pinochet. Por cá vai-se implantando à custa da mentira como prática de propaganda diária. Por enquanto.

Adenda: ocorreu aqui uma dislexia minha, na leitura que fiz do texto de Henrique Raposo. Não era bem o que eu li que ele escreveu, como me alertou um leitor. Disparate feito e assumido, não mudo uma vírgula ao título: basta seguir as ligações  mentiroso e compulsivo, a que ainda posso acrescentar esta, sem sair do Aventar.

Comments

  1. Tiago says:

    Primeiro, o salário não é anual, e dividido em 14 prestações. É mensal, à qual se acrescentam normalmente dois complementos a título de subsídios. Parece a mesma coisa mas não é.
    Depois, o primo do Henrique Raposo propõe que um funcionário público que receba 12 vencimentos (ou seja, a quem deduziram os subsídios este ano) troque de lugar com ele, que trabalha numa empresa privada e vai receber 14, pelo que não se percebe bem essa coisa da “empresas que não cumprem a lei”.
    Como o resto do texto é apenas barulho ideológico militante, nem vale a pena discuti-lo.

    • Por repetir uma mentira duas vezes o Tiago acha que passa a ser ideologicamente (adoro essa da ideologia ser sempre para os outros, ai, o Tiago é virgem) verdade?
      Todos os trabalhadores por contam de outrem em Portugal têm o salário anual repartido em 14 prestações mensais. É de lei,. Não sabia? investigue primeiro e escreva depois. Excepção? existe, os falsos recibos verdes. Não estamos a falar do mesmo primo, pois não?

      • Tiago says:

        Caro José, não me terei feito entender da melhor maneira: a tónica estava no militante, não no ideológico. E aí posso dizer com alguma certeza que estou relativamente imaculado, sim.
        Quanto a essa lei que menciona, importa-se de ma indicar? Não tenho problemas nenhuns em admitir um erro, desde que mo comprovem. A questão é que a base de cálculo que encontro na legislação se refere sempre a salários mensais, não anuais pelo que, e até prova em contrário, depreendo que o meu raciocínio esteja correcto.

  2. Tiago says:

    Caro João José, os artigos que indicou confirmam a minha anterior suposição, uma vez que em ambos a base de cálculo utilizada é sempre o salário mensal, não anual.
    Confirma-se portanto o que eu tinha dito antes: existem salários mensais, aos quais se acrescentam normalmente dois complementos a título de subsídios.

    • Esse eufemismo já conhecia. Claro que são calculados com base nos salários mensais, mas são obrigatórios, logo fazem parte do salário anual. Historicamente surgiram com subsídios ao passarem a obrigatórios não o são.
      Até admito que por contrato/acordo específico de uma empresa o trabalhador só receba 12, mas essa situação é excepcional.
      A questão essencial nem é essa: é a tentativa de envenenar com os “subsídios” que seriam um exclusivo da função pública, um privilégio, portanto. Mentira. Apenas os falsos recibos verdes não recebem 14 meses por ano (os verdadeiros recibos verdes claro que não recebem porque a rigor são pagos à tarefa).

      • Carlos says:

        E o amigo a “dar-lhe e a burra a fugir” Está mesmo baralhado. Não são as empresas que pagam 12 meses, é o Estado que, para o ano, apenas vai pagar 12 meses.
        Leia com calma e vai ver como está equivocado.
        Ele falou-lhe em barulho ideológico militante e você ficou cego.

        • Carlos, de que cor é o cavalo branco de Napoleão?

          • Carlos says:

            Amigo, você está a responder sem pensar um bocadinho. Acredite que está a ver mal as coisas. E isso não é vergonha, acontece a qualquer um. Só os burros é que não mudam.

          • Pronto, eu trago-lhe o texto, e um dia destes ate lhe explico o que é um link:

            2 — Os subsídios de férias e de Natal são calculados com base na média dos valores de retribuições e compensações retributivas auferidas nos últimos 12 meses, ou no período de duração do contrato se esta for inferior

            Art. 160 do Código de Trabalho, Decreto Lei 7/2009. Tal e qual como na função pública. Chega? É que os asnídeos tendem a alguma teimosia, mas há limites para tudo mesmo no reino animal.

          • Carlos says:

            Agora, que já jantei, vou ver se lhe explico onde está o seu erro.
            No seu post você começa com a pergunta do Raposo: “Quer trocar 12 meses certíssimos por 14 meses incertos?”, pergunta que o Raposo atribui a um primo, feita a um funcionário público.
            Repare bem, o primo do Raposo, que diz trabalhar no sector privado, pergunta ao funcionário público, se ele, funcionário público, não quer trocar os seus 12 meses (que segundo dizem vai apenas receber em 2012), pelos 14 meses que o primo do Raposo irá, eventualmente, receber no mesmo ano.
            O Raposo não diz que o primo só irá receber 12 meses, não. Ele diz que o Estado é que só irá pagar 12 meses em 2012.
            Se ainda não percebeu, desisto.

    • Joao Pimentel Ferreira says:

      Estao aqui duas coisas diferentes. Na Holanda por exemplo recebe-se sempre 12 meses de sal’ario, mas quando comparamos o salario mensal com Portugal temos assim que multiplicar o sal’ario mensal portugues por 14/12 ou seja sete sextos.

      Mas ‘e um facto que o c’odigo do trabalho em Portugal obriga sempre ao pagamento de 14 sal’arios mensais, e qualquer desvio a isto ‘e ilegal e deve ser reportado “a ACT, como o caso dos falsos recibos verdes ou dos contratos ilegais e prec’arios.

      Eu pessoalmente discordo com o pagamento a 14 meses, pois ‘e implicitamente dizer que os trabalhadores nao sabem fazer a gestao das suas contas pessoais e precisam de um extra para umas f’erias e outro para as prendas de Natal. E nao deixa de ser estranho que pa’ises com maior PIB per capita nao tem este tipo de benesses, j’a a Grecia at’e tinha 15 meses.

  3. O SUBSÍDIO DE NATAL OU 13º MÊS NUNCA Existiu…

    Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente! Mas há
    sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros
    de uma sociedade MAIS crítica do que a nossa, não fazem
    nada por acaso!

    Lembrando que o 13º MÊS em Portugal foi criado logo depois do 25 de Abril de
    1974 no governo de VASCO GONÇALVES e que nenhum governo depois do
    dele mexeu nisso, “fala-se agora que o governo pode vir a não pagar
    aos funcionários públicos o 13º mês ou subsídio de natal.Se o fizerem,
    é uma roubalheira sobre outra roubalheira.

    O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos
    do poder, quer se intitulem “capitalistas” ou “socialistas”, e é
    justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

    Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar
    os trabalhadores.

    Suponhamos que você ganha €700,00 por mês. Multiplicando-se esse
    salário por 12 meses, você recebe um total de €8.400,00 por um ano de
    doze meses.
    €700,00 X 12 = € 8.400,00

    Em Dezembro, o generoso governo manda então pagar-lhe o conhecido 13º Mês

    € 8.400,00 (Salário anual)
    + €700,00 (13º salário) =
    ——————————————————–
    € 9.100,00 (Salário anual + o 13ºMês)

    O trabalhador vai para casa todo feliz com o “governo amigo dos
    trabalhadores” que mandou o patrão pagar o 13º.

    Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a
    fazer uma simples conta que aprendeu no Ensino Básico:

    Se o trabalhador recebe €700,00 mês e o mês tem quatro semanas,
    significa que ganha por semana € 175,00.

    €700,00 (salário mensal) e 4 (semanas que tem o mês) = € 175,00 ( de
    salário semanal)

    O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos

    € 175,00 (Salário semanal)
    X 52 (Número de semanas anuais)
    ——————-
    € 9.100,00.

    O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual + o 13º salário .

    Surpresa, surpresa? Onde está, portanto, o 13º Salário?

    A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se
    tenham dado conta desse fato simples:

    A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do
    salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30
    dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda
    assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar
    quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro
    ou cinco semanas.
    No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º
    salário, cujo dinheiro saiu do próprio trabalhador.

    Se o governo retirar o 13º salário ou subsídio de natal dos
    trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

    Como palavra final para os trabalhadores inteligentes:

    Não existe nenhum 13º salário. O governo apenas devolve e manda o
    patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

    Conclusão:

    Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.

    13º NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO. É SIMPLES PAGAMENTO
    PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!

    E EU QUE NUNCA TINHA PENSADO NISSO …

    TRABALHE PELA CIDADANIA! Faça isso circular .

    • Carlos says:

      Só gostava de saber se o amigo é funcionário público ou se trabalha no sector privado, ou se já não trabalha.
      Pode chamar-lhe curiosidade.

      • O que eu faço pouco interessa para o caso. Mas já fui dirigente de uma entidade privada que tinha trabalhadores a seu cargo e sei dessa exigência legal, porque embora pela sua natureza e dificuldades sazonais de tesouraria no final de cada ano houvesse um acordo para só pagarmos 12 meses, tivemos de pagar 14. Como é óbvio o salário anual em ambas as situações manteve-se. Os salários fazem parte da contabilidade anual das empresas, e por isso mesmo foi necessário legalizar a situação, depois de um contabilista e um advogado nos terem explicado a ilegalidade em que nos encontrávamos.

    • As suas contas estao erradas. O mes nao tem 4 semanas! Um mes astron’omico tem aproximadamente 30,5 dias, e para efeitos legais tem 30 dias. Quatro semanas sao 28 dias. O problema do tuga ‘e mesmo a matem’atica, por isso nao compreende que o seu sal’ario, em comparacao com a UE, deve ser sempre multiplicado por sete sextos. Isto quando nao estao prec’arios ou ilegais.

  4. Maria says:

    PORQUE TANTA CONFUSÃO OU OUTRA COISA MAIS FEIA QUE NÃO DIGO .

    Diploma-Decreto-Lei nº. 496/80, de 20Outubro diz o artº 17 da Lei .
    “os subsídios de férias e de natal são inalianáveis e impenhoráveis”, foi responsável por esta Lei, Sá Carneiro

    O corte nos subsidios é um autentico roubo, até que a Lei mude…e se mudar muita coisa vai mal…

  5. O que o Henrique Raposo quer é que lhe dêem atenção. Alguns entram no jogo..

    Nota: “neo-liberalismo” grafa-se neoliberalismo.

  6. tenho 33 anos e trabalho desde os 17. Só num ano na minha vida profissional recebi subsídios de férias ou natal

    • Pois esse ‘e um grave problema dos sistemas garantistas. As regalias s’ao s’o para alguns. Eu h’a muito que defendo o modelo do norte da Europa: 11 meses de trabalho, 12 meses de sal’ario. Em Portugal para efeitos legais trabalha-se 11 meses e recebe-se 14.

  7. Mais uma coisa, eu nao defendo cortes salariais, defendo apenas que todos os sal’arios deviam ser multiplicados por sete sextos e ser recebidos durante 12 meses.

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