Para acabar de vez com os impostos, imposto zero

Dedicado a todos os liberais, em particular ao educólogo Ramiro Marques, vendedor de publicidade nas horas vagas.

Comments

  1. zinga says:

    claro que sim! só faltou dizer, como brecht, que sem governo o trigo começa a crescer para baixo…

  2. tótó says:

    ahahaha… então, foram os impostos que acabaram com o sistema feudal, foi?
    demagogia feita à maneira…

    • Nightwish says:

      Não, mas ajudam a uma redistribuição mais justa dos rendimentos do trabalho.

      • anónimo says:

        a sério? e eu que pensava que havia impostos no sistema feudal e que não era para redistribuir coisa nenhuma nem para ser justo com quem quer que fosse…
        bem enganado fui!

  3. MAGRIÇO says:

    Ai esse traiçoeiro verbo haver! “Haverão” sempre pessoas a escorregar na sua conjugação…

  4. J.Pinto says:

    Aproveito para dar os parabéns aos autores do vídeo e, claro, aos não liberais.
    Diz-se na comunicação social que é necessário aumentar as exportações para Portugal crescer; diz-se que Portugal, e outros países, já não consegue viver diariamente sem recurso a crédito (por isso é que pagamos aqueles altos juros); etc.
    A solução, está à vista, consiste em aumentar o peso do Estado; consiste em dizer ao Estado para exportar mais (não conheço nenhuma empresa pública que seja competitiva numa economia de mercado), a solução está em aumentar mais os impostos (os não liberais, esses, deviam juntar-se e fazer um abaixo assinado a pedir para lhes aumentarem os impostos – a eles, não aos outros).
    Agora mais a sério, e sem ironia. Confunde-se (há pessoas que fazem questão de lançar confusão na opinião pública) muitas vezes liberalismo com ausência de Estado. Depende, claro está, da visão de liberalismo de cada um. A minha tem a ver a liberdade económica. Está provado que a concorrência faz bem às pessoas, às empresas e, por consequência, à economia. Ser liberal não significa que o Estado não deva assegurar um conjunto de serviços públicos essenciais (educação, saúde, segurança, etc.), não significando, todavia, que o Estado, mesmo nestas áreas, não possa ter de concorrer com o privado. Aliás, se os privados conseguirem assegurar melhores serviços que o público em algumas daquelas áreas, e a preços mais baixos (por exemplo, na educação), não vejo qualquer problema. Os não liberais, esses, preferem que seja o público a assegurar todo o tipo de serviços, mesmo que os privados sejam mais eficazes e, sobretudo, mais eficientes.
    Podem consultar este artigo no meu blogue: http://fiscalidadenoblog.wordpress.com/2011/11/27/as-exportacoes-e-a-taxa-de-poupanca-dos-portugueses/

    • Nightwish says:

      Tem toda a razão, há liberais e liberais.
      Só que às vezes os liberais fazem de conta que só o dinheiro direto é que conta para a economia, o que não é de todo verdade, aliás, visto que esta não se preocupa apenas com o seu próprio crescimento numerário.
      Mesmo acreditando que a educação privada seria mais barata, o que não é, basta ver o que está agora a acontecer na Suécia e sempre o modelo americano, há todo um tipo de deturpações sociais que acontecem quando as escolas podem escolher quem tem direito a entrar e quem não tem.
      Na América, há quem saia da faculdade com $50000 em dívidas, mas não há-de ser por isso que os ultra-liberais românticos deste governo não quererão cá o mesmo sistema, que nós não somos a Gréc… perdão, os EUA.

      • J.Pinto says:

        Eu não conheço os modelos implementados nos outros países. Se quiser, pode aprofundar melhor..

        Relativamente ao liberalismo, a minha conceção consiste em dar liberdade às pessoas para se desenvolverem, para inovarem; o Estado deve incentivar a iniciativa privada, em termos económicos; em termos sociais, o Estado deve cingir-se às regras básicas de proteção do que é público (eu, por exemplo,que não sou fumador, sou contra a proibição de fumar em cafés e restaurantes; sou contra a proibição de fumar em estádios de futebol – como agora se fala).

        Em termos económicos (é aqui que reside a minha defesa pelo liberalismo), considero que, num mundo cada vez mais globalizado, os países que melhor incentivarem a iniciativa privada serão os mais beneficiados. Os dados comprovam. A Irlnada, por exemplo, que foi o país mais afetado pela crise financeira, sairá e está a sair da crise muito mais rápido do que nós. Eles têm dos salários mais altos da Europa, eles têm os impostos mais baixos para quem quer investir, etc. Eles souberam atrair melhor os investidores do que nós.

        Não defendo, de forma alguma, a separação de classes; não ignoro nem rejeito a defesa dos mais frágeis, etc.

  5. Guillaume Tell says:

    Muito bom! Mas aquilo não é liberalismo no fim porque as pessoas não têm liberdade porque estão submetidas ao “senhor feudal” 😛

    “então, foram os impostos que acabaram com o sistema feudal, foi?”
    Está tudo dito!

  6. jorge fliscorno says:

    Usando a mesma lógica do vídeo, um-zero-zero% de impostos é bem comum e liberdade para todos. São Francisco é que sabia, bem se vê.

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