Juros da Troika equivalem a 20 linhas TGV Lisboa-Madrid

Segundo a revista Visão, os juros a cobrar pela Troika ( 34.400 milhões de euros num empréstimo de 78.000 milhões) correspondem a:

38 pontes Vasco da Gama

10,5 novos Aeroportos de Lisboa

20 linhas TGV Lisboa-Madrid

123 aviões Airbus A 380

17,5 fábricas Autoeuropa

265 hospitais

Não será isto aquilo a que chamam “viver acima das nossas possibilidades”?

Comments

  1. E daí?

    Quando vai ao banco pedir um crédito para comprar casa também faz as contas à quantidade de fatos, frigoríficos ou garrafas de whisky que conseguiria comprar com os juros que vai pagar ao longo do empréstimo???

    • A. Pedro says:

      Claro. Você não faz?
      E daí? Daí faço contas para não correr o risco de viver acima das minhas possibilidades, como é óbvio.

    • Vitor says:

      E a “casa” que eu “comprei”, onde é que ela está? Onde está o “resultado” do nosso empréstimo? Quais são os portugueses que se amanharam durante estes anos todos, serão aqueles que agora estão a ser sacrificados?

  2. doutro lado says:

    Fatos? Frigorificos?, Garrafas de Whisky?. Essa agora se formos ao Banco nem sequer nos emprestam dinheiro. Não há dinheiro nem para tremoços?
    É claro que para alguns há dinheiro de sobra para super-carros do Ministro da Lambreta e para os tampões higiénicos do Américo Amorim

  3. Lê-se cada coisa que ficamos com a ideia que quem as escreve ou é burro ou está a querer fazer de nós burros.

    Vá lá, não ter escrito que dava para 79 milhões de salários mínimos, já não é mau!!

  4. A. Pedro says:

    “Segundo a revista Visão, os juros a cobrar pela Troika ( 34.400 milhões de euros num empréstimo de 78.000 milhões) correspondem a”

    E, já agora, para quantos burros daria? E em inteligentes (até pode ser a contar consigo), dava para quantos?

    • Ao contrário do que possa pensar não estava a chamar-lhe burro a si, mas a quem escreveu essa dessa noticia.

      Seria a mesma coisa que eu dividir os juros que pagarei da minha casa nos 40 anos da divida e dividir por exemplo em idas ao cinema ou em RedPass na Luz!!!

  5. Tiro ao Alvo says:

    Esta questão do valor dos juros, sem indicar a taxa e o prazo, é mesmo só para chatear. Parece impossível ainda haver gente que escreve nos jornais (e nos blogues) que não sabe fazer contas com decimais, nem faz ideia do que são percentagens. Mas é verdade, como aqui se vê.
    Estamos lixados…

    • A. Pedro says:

      Tiro ao Alvo, desta vez falhou o alvo

      http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO023887.html

      no entanto o que aqui está em causa é o valor global (as coisas referidas na lista também são pagas em prazos variáveis e etc., não são a pronto) do empréstimo e a sua sustentabilidade (viver dentro ou fora das possibilidades). Por outro lado estes exemplos (porque não passam disso, é tão óbvio que julguei desnecessário explicar) servem para dar uma ideia do esforço necessário. Mas tudo isso são aspectos menores para os que entendem que é bem feito e que não haveria nem haverá alternativa. E também para quem não se questiona se o esforço pedido aos povos não será injusto e desmesurado, se não haverá outros “alvos” a quem pedir responsabilidades, se há justiça social nestas opções. Mais, parece que existe uma inevitabilidade no actual domínio dos mercados e do neo-liberalismo sobre os estados e a política. Não é assim e as coisas vão mudar, seguramente mais depressa do que muitos julgam. Finalmente, talvez se perceba melhor que a chamada “ajuda” externa é um negócio bastante caro para os “ajudados”, seja nas implicações directas – politicas de desacelaração e retrocesso económico- seja nas indirectas -os vindouros pagarão, etc. Mas o melhor, segundo alguns comentadores “que sabem fazer contas com decimais”, é não pensar nisso. E é precisamente por esta última razão que estamos lixados.

      • Tiro ao Alvo says:

        Se queria dizer isso, dizia, não tinha necessidade de ser populista e demagogo. Assim, perdeu razão e, agora, não quer entender as críticas que lhe fazem. É pena.

        • A. Pedro says:

          Desculpe, não fui populista nem demagogo e não quero ter razão a qualquer custo. Citei uma lista e usei-a para ilustrar o esforço necessário por comparação. 34.400 milhões de euros é um número abstracto, imaginamos o que significa mas não realizamos objectivamente o que é, em que se traduz. Assim visualiza-se, percebe-se melhor a ordem de grandeza. Não me parece que demagogia seja isto, bem pelo contrário. Demagogia é dizer um número sabendo que ele não diz nada de concreto às pessoas, que estas o ouvem apenas como mais um no meio de tantos, sem realizarem verdadeiramente a sua correspondência prática.

          • Tiro ao Alvo says:

            E então por que colocou aquela pergunta no fim? Se escrevesse o que escreveu agora, eu não lhe diria nada, mas da maneira que escreveu, provocatória, parece que queria dizer o contrário. E volto ao princípio: falar do valor dos juros, sem falar na taxa e no prazo, é uma tontice que encontramos frequentemente na comunicação social
            Porque as questões são muitas: arranjam-se empréstimos a uma taxa de juro mais baixa? Porquê tanta dívida e tantos juros? É melhor deixar de pagar? E por aí adiante.
            Numas coisa lhe dou razão, é bom a gente tomar consciência do sarilho onde nos meteram. Estamos lixados e lixaram a vida dos nossos filhos. Uma desgraça.

  6. Guillaume Tell says:

    “Os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%. Já os empréstimos do Fundo têm uma maturidade média de sete anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5% – mas neste caso “a taxa de juro é variável, à qual acresce um ‘spread’ [diferencial] que depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois dos três primeiros anos”, lê-se no documento das Finanças.”

    http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO023887.html

    Ou seja pelo emprestimo ao triunvirato vamos pagar cerca de 5% de juros anualemente nos próximos 10 anos. Há uns dias no mercado os juros a 10 anos andaram nos 13%.

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=522219

    Resumindo, estamos a lucrar mais com o triunvirato do que sozinhos no mercado.

    “Claro. Você não faz?
    E daí? Daí faço contas para não correr o risco de viver acima das minhas possibilidades, como é óbvio.”
    Haaa, interessante. Temos aqui alguém que defendeu nos úlimos anos o rigor orçamental e que foi contra os défices. Calculo portanto que o Pedro Correia gostaria que o equilibro orçamental seja atingido para o ano!

    • A. Pedro says:

      Por acaso sempre defendi que é demasiado fácil fazer obras hoje e chutar os custos para a frente. Sou contra esta organização política baseada no endividamento e no crédito. Sempre defendi a sustentabilidade. Há muitos anos que alerto para a impossibilidade prática de regimes baseados no crescimento constante (mas por razões diversas das veículadas pelos ideólogos troikistas), sempre advoguei a necessidade de redistribuição, acredito num estado mais forte e mais capaz de impor as regras do jogo económico. Por isso a resposta à última frase é não. Não a qualquer preço, não penalizando sobretudo os mais fracos, não em troca do desmantelamento da protecção social.

      • Tiro ao Alvo says:

        Percebi. Você não anda neste mundo…

      • Guillaume Tell says:

        Se diz que é contra divídas chutadas para as gerações e governos seguintes significa que é a favor de uma política orçamental sustentável e rigorosa. Por isso se defende a distribuição da riqueza acha que devem ser as regras do mercado verdadeiramente livre a opera-lá, porque é impossível promover redistribuição de riqueza impodo-a. É impossível porque as consequências serão mais fuga de capitais e os beneficiadores da redistribuição não terão mais motivos para serem produtivos, o que levará ao desincentivo do resto da população que não verá porque razão paga se os outros beneficiam.

        “Não a qualquer preço, não penalizando sobretudo os mais fracos, não em troca do desmantelamento da protecção social.”
        E se lhe digo que se não há excedentes orçamentais e reduções da divída rapidamente a protecção social cairá por sí própria…

  7. J.Pinto says:

    Esta versão dos factos é sempre mais uma visão, mas é inócua no seu conteúdo. Vamos imaginar que não necessitávamos do empréstimo da tróica e conseguíamos o dinheiro a metade do preço dos juros, vá lá, a 1,5 – 2%.
    Será que…
    19 pontes Vasco da Gama
    4,25 novos Aeroportos de Lisboa
    10 linhas TGV Lisboa-Madrid
    61,5 aviões Airbus A 380
    8,75 fábricas Autoeuropa
    132,5 hospitais
    …não continuariam a representar juros a mais? A questão aqui é: estamos demasiado endividados.

  8. Nortadas says:

    R. Não, o viver acima das nossas possibilidades foi o gastar (ou necessitar) os 78 mil milhões que não tínhamos, nem produzíamos, os 34 mil milhões são os “luxos” de quem os poupou ou de quem os têm para emprestar, o resto são tretas e começam todas por “se”…”governados”…”idiotas”…”ladrões”…”incompetentes” e por aí fora.

  9. hugo says:

    Para pagar esses juros em 10 anos, quantos subsidios de natal é que são necessários?

    • J. Pedro Neves says:

      Nossos ? (do Povo) – Muitos!!!
      Deles ? ( “des”Governantes) – Nenhuns, porque “vão contribuir”, mas depois “arranjam” uns subsidios, para compensar. É mais do mesmo!!!

  10. Pardal says:

    Quem ficou com este dinheiro…
    Juros a quanto?

  11. Mas esta gente sabe de que dívidas estamos a falar? emprenharam de ouvido com o merdina e o duque e agora debitam imbecilidades.
    Ninguém sabe qual a dívida pública portuguesa, e essa deve ser a primeira coisa a apurar-se. Porque há dívidas que muito simplesmente não se pagam. Vão ver este filme, pode ser que acordem, ó merdino ducados:

    http://www.dailymotion.com/video/xj29ru_dividocracia-debtocracy-parte-1-legendas-em-portugues-do-brasil_news

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