Na palma da mão tenho sonhos de liberdade e silêncio para enfrentar a morte.
A música treme na palma da mão como incerteza de paisagem e futuro.
Quem dera adivinhar a cor desta canção cinzenta que se dissolve no ar que respiro.
Neste verão diferente do outro eu quero vestir-te de primavera sem medo dos tiranos e da moral burguesa.
Quero escolher as palavras do poema que fazem chorar teus olhos azuis e abrir o sonho à luz do meio-dia.
Quero renascer dos versos que dentro de mim acendem as estrelas e clamam por outros seres e outros mundos.
Quero seguir quem me chama para outros mares onde o sol sempre nasce e ilumina.
Creio que a terra é minha e de espirais de estrelas o meu regresso.
O sol arde nas nuvens e o mar verde leva-me para habitar contigo onde quer que estejas.
Não sei aprender a morrer fora das linhas desta mão incerta onde as flores de verão deixaram raízes no inverno e hão-de desabrochar na manhã de sol em que partirei.
Uma verdadeira inspiração! Como sempre, estimado Adão, está de parabéns!
Adão Cruz costuma fazer exposição desta sua linda pintura – se faz onde – quando ?? Gostava de ver os originais – obrigada-mcor
A ambas os meus agradecimentos por palavras que tão bem nos fazem.
Maria Celeste,tenho feito muitas exposições, individuais e colectivas. A última, individual, foi em Espinho, na Galeria Zeller. A próxima, será, provavelmente, na sala de exposições da fundação EDP, no Porto, mesmo ao lado da Casa da Música. Tenho quatro álbuns de pintura publicados, (Campo das Letras e Edições Engenho), com apoios da Bial, Finibanco, Sociedade Portuguesa de Cardiologia e Ordem dos Médicos. Desde há umas semanas, o blog “aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt” tem “A avenida da poesia” com mitas quadros meus.
Um beijinho à Isabel e à maria Celeste