Delphi: 12 horas de trabalho diário

Vergonhoso! Um governo, maioritariamente dito ‘social-democrata’, pura e simplesmente, deveria proibir e punir os responsáveis da Delphi que, no Seixal, estão a instalar uma sistema de ‘neo-esclavagismo’, semelhante ao vigente na tristemente célebre ‘Foxconn’.

Trata-se, pois, de um abjecto processo de chinalização da sociedade portuguesa, permitido pelo africano de Massamá, Coelho, e presumo que defendido pelo tecnocrata canadiano, Álvaro.

É do domínio público que o Senhor PR promoveu uma reunião entre governo e militares, cujos resultados, aparentemente, sossegaram oficiais, sargentos e praças, quanto às reinvidicações.Coitados dos trabalhadores da Delphi, e de muitos, muitos outros milhares por esse país fora. Engrossam, com celeridade, um crescente exército de pobres e miseráveis, indefesos de prepotências deste e doutros géneros. Indefesos, sem meios e perspectivas de vida futura para eles próprios e seus descendentes.

Quão justo seria que militares de alta, média e baixas patentes, juízes do Tribunal Constitucional e outras figuras do regime, Presidente Cavaco à cabeça, fizessem imobilizar os passos do tenebroso coelho. Poderia recorrer-se a conveniente doença da cunicultura, inibidora da prática do mal. Uma patologia, de facto, imobilizadora. Não seria preciso chegar à mixomatose infeciossa – sou contra a pena de morte. Talvez fossem suficientes ‘vermes intestinais’, que delibilitassem política e definitvamente o nefasto coelho. Sem dar hipótese a salvíticas massagens de fisioterapia.

Comments

  1. Talvez o assunto merecesse um tratamento menos caricatural. Neste formato perde toda e qualquer pertinência…
    Minha opinião, é claro.

  2. clara says:

    social-democrata e democrata-cristão! o Paulo Portas é sempre esquecido nas críticas. Lá vai ele sorrateiramente subindo, subindo….

    • Carlos Fonseca says:

      Tem toda a razão. Com a preocupação de enfabular o Coelho, omiti o Portas.

  3. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Eu desejo sinceramente que o AVENTAR não “cale a sua voz” e permitam-me dizer que é inutil fazer de moto próprio com que seja calado, já que quem está minimamente informado e “formado” percebe muita forma de ser dito o que tem de ser dito e não. Assim não se pode calar sob pena de pecar pelo silêncio, que se está a tornar insuportável – (o silêncio) – sobretudo a este nível intelectual e de qualidade de informação – acabo de ouvir que a coitada da Hoalna está indignada por abrigrar padres católicos (800) que abusam de crainças desde 1945 – ai os que mimam os PIGS e não têm sequer telhados de vidro – não têm mesmo telhado – os moralistas estão a ser destapados e interessantemente situados em local onde a tempestade Joachim devora hoje paisagens europa central-sul, fora com ventanias de 300 km/h – Mas vale que Eduardo Lourenço fala no facto de há 60 anos ter-se assistido ao desembarque da Normandia (??), e já com 88 anos, o filósofo é Prémio Pessoa – sendo que “o labirinto da saudade” lhe dá 60 mil euros, afirma por fim que já não esperaria tal prémio, tão tarde, e menos ainda com a designação de “Pessoa” que tanto admira e estudou.Entretanto o presidente da autarquia de Coimbra envia cartões de natal com “meninas bonitas” e fartamente descascadas q.b. sendo de imediato obrigado a afastar-se do poleiro – AVENTAR faz assim, mesmo em colisão de censura, muita falta e faz-me falta – Ainda, Berlusconi andou hoje a xatiar Mario Monti afirmando que está mais atrapalhado com o que elepróprio fez e vem com comparações com Mussolini e que anda tudo baralhado – Talvez os “retornados” de cá possam dar ajuda ou, então, os “laranja” que há poucos anos vieram a Portugal ensinar as portuguesas a “abortar” e foram postas “ao largo” na Figueira da Foz, não tendo mesmo podido, depois de tanto esforço missionário. pôr o pé em terra, enrolando o rabo e regrassarem a casa. Mas deixaram o pânico das vacas loucas que exportaram sendo que os pressurosos e ignorantes ministros da agricultura do meu país se apressaram a adquirir e os portuguses a duvidar das consequências que vinham já confirmadas da UK. Talvez que os “lanranjas” do país das comportas aqui quizessem aportar por recear os ataques continuados dos pedófilos portugueses dado o exemplo “colossal” que têm em casa próprias e que não me admiraria muito que foi “exportado” até cá. Parece assim que a moral europeia foi levada pela tempestade “Joaquim” deste fim de semana, paradoxalmente com prolongada “chuva de estrelas ” e sendo que 2011 está mesmo a ser um ano EUROPEU revelador, e sintetizador, da grande trama europeia “unida” construída sobre a escravização durante 3 dácadas dos maiores sobre os mais pequenos, virando-se o feitiço contra o feiticeiro, ficando todos “à rasca” sem rumo e sem ética e ainda por cima com o Médio Oriente, mais ou menos longínquo, a pôr em causa outras formas que por aqui já foram há muito deixadas, mas que em todo o caso vai dar na mesma como se vê, porque os homens não aprendem nada sobre a condição humana, não têm tal preocupação nos seus programas e não servem de exemplo para ninguém mesmo para os mais “anquilosados” ainda, mas com olhos postos na “europa rica” que pareceria um farol para o mundo mas que entretanto as agências rating desfazem sem dó nem piedade, sem que haja nem oposição nem argumentos para evitar o afundamento do “barco” que perdeu as “velas” . E vamos ver o que é que se afunda mesmo, ou se safa – Desculpai senhores e viva o Benfica que segue longe da tormenta

    • maria celeste d'oliveira ramos says:

      Definitivamente sou incapaz de escrever direito em termos de dactilografia e sintaxe através desta moderníssima forma de comunicar com o desconhecido e só me lembro de fazer emendas depois de — ser fora de tempo – mais uma vez, desculpai

  4. “tenebroso coelho” é um slogan que assusta e mete medo.
    Vou já refugiar-me na toca.

  5. MAGRIÇO says:

    A Delphi está a aproveitar-se da permissividade do governo! Já percebeu que pode promover as maiores arbitrariedades contra os trabalhadores que tem impunidade garantida.

  6. Zuruspa says:

    A Delphi está a aproveitar-se da permissividade do governo e da permissividade dos trabalhadores. Despeçam-se! Diräo “Ai e comem do quê?” e eu respondo “ide plantar para o campo, ao menos näo seräo escravos e fome näo passam”!!!

    Antes o pessoal vivia no campo e era pobre porque näo tinha bens… mudou-se para a cidade, tornou-se escravo, e agora é pobre DE PEDIR!

    • Esta mania de se julgar que todos podem ser agricultores!… É mesmo dos citadinos!

      • Pentesileia says:

        Peço desculpa! Sou citadina e nunca diria semelhante disparate! Até porque se todos os que não têm ocupação se dedicassem à agricultura o excesso de oferta breve criaria o caos. A debandada do campo para a cidade deu-se precisamente porque já não havia condições de subsistência para todos os camponeses e, com a expansão dos serviços e da indústria, os seus descendentes foram posteriormente direccionados para estes tipos de actividade. Já nada lhes diz a agricultura.

  7. gusmão says:

    Caríssimos. Falta-me o enegnho e a paciência para manter uma página como esta. Assim procurarei transmitir as minhas percepções sobre estas matérias, neste espaço, que espero de debate intelectualmente válido e não de provocações de política reles.
    O neo-esclavagismo é já um tema de discussão na “REDE”. Este fenómeno é crescente e já não se confina aos exemplos próximos ou “micro” das Delphi’s e Foxconn’s. É uma orientação ideológica bem fundada. O neo-liberalismo é um eufemismo quando comparado com o neo-esclavagismo.
    A forma de apresentação desta doutrina é “desenvolvimento sustentável”. Passa pela baixa sistemática dos salários. Não interessa o valor acrescentado do factor trabalho no valor do produto ou serviço. Interessa a “competitividade” e para o efeito a única variável onde se deve “mexer”, segundo esta doutrina, é o (custo) do trablaho. Assim, a estratégica passa, por via da componente financeira da economia, em efectuar transferências massivas de dinheiro da sociedade (leia-se pessoas) para os grupos financeiros. Neste processo criam-se as condições de empobrecimento que permitem a chantagem dos baixos salários como altdernativa à ausência de salário.
    Há ainda muito para discorrer sobre esta matéria. Proponho-vos uma reflexão: “Com a queda do muro de Berlim, as nações da europa central e do norte ganharam um manancial de mão de obra qualificada e barata que assegurou níveis de crescimento notáveis para as suas economias. Mas não chegou. Para além de ajudarmos a pagar a integração alemã com subsídios à não-produção, em Portugal, estas nações precisam ainda de fechar o anel de países fornecedores de mão-de-obra barata para contrabalançar o poder crescente das economias emergentes da ásia e américa do sul. Façam o desenho dos países da crise das dívidas soberanas e vejam como formam o quintal dos frutos baratos (junto com os chamados ex-países de leste entretanto na UE) das nações da europa central. Em que nem a Irlanda e a Islândia escaparam… Esta é dimensão globalizante e geo-estratégica desta nova, não assumida, doutrina ideológica: a sustentabilidade, leia-se, neo-esclavagismo.”

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