…por ter transformado um problema privado num problema público, tudo feito em tempo recorde e sem se pensar nas consequências. Há governantes que, decidamente, deviam pagar pelos erros cometidos. Errar é humano e todos erramos mas isto não foi erro. Foi agir sem reflexão – com que intuito? – no país campeão de estudos e mais estudos milionários para tudo e mais alguma coisa. Não se podia ter gasto um milhão num estudo para decidir se se nacionalizava o BPN? Ainda teríamos ficado a ganhar – e muito.
Curioso é ver socialistas, como Ana Gomes, bramar contra o orçamento de estado dizendo que é inconstitucional por causa da questão dos subsídios de Natal e de férias, quando uma boa parte deste imposto injusto e discriminatório servirá, precisamente, para cobrir erros crassos de governação como o foi a nacionalização do BPN.
Nada de grave, parece. Apesar dessa conduta governativa, ainda ganharam a segunda eleição. Choram? Aguentem-se!
http://gataescondida.wordpress.com/2012/01/03/mais-do-mesmo/
Agora um aparte para dizer que homens como Raymond Williams autor de “The Long Revolution,” escrito em 1961, e Bill Readings em “University in Ruins” escrito em 1993.
Estes homens sabiam do que falavam pelas razões que qual um entende. Era evidente que um responsável político tinha obrigação de estar muito atento ao que ali está escrito. iParece-me que não esteve.
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Todos os governos dos últimos 37 anos têm tido um desempenho bastante equívoco, com erros primários ou desvios de percurso premeditados, e o de Sócrates não fugiu à regra. Mas confesso que me escapa porque é que só pelo facto de se ter de pagar a factura pela pouco sensata nacionalização do BPN, os roubos dos subsídios não podem, ou não devam, ser considerados inconstitucionais.
Pois podem ser considerados inconstitucionais. Não coloquei isso em causa mas sim, digamos desta forma, uma certa falta de memória.
Já agora, até aposto que os do privado, lá para meados deste ano, vão levar pela mesma bitola do corte nos subsídios. É um palpite, cá estaremos para ver.
Percebo o que quer dizer, mas ao ler o penúltimo parágrafo do seu texto fica-se (pelo menos eu fiquei!) com uma ideia diferente.
Deficiência minha, naturalmente. Por isso escrevi «imposto injusto e discriminatório». Aproveito para sublinhar que trabalho no privado.