Francisco José Viegas está um político feito

Para todas as actividades e profissões, há estereótipos raramente inofensivos e muitas vezes maldosos, mesmo quando há um fundo de verdade. O grande problema surge quando os estereótipos, sobretudo os menos simpáticos, se aproximam demasiado da realidade.

Sobre os políticos, o estereótipo diz-nos que prometem seja o que for para não cumprirem quando chegam ao poder ou que se desdizem para depois tentarem explicar que não se desdisseram ou que foram mal compreendidos ou que as aquilo que disseram foi retirado do contexto ou que os tempos mudaram, ao contrário dos burros, que, como se sabe, não mudam.

Em Portugal, os políticos são iguais aos estereótipos. Exemplo disso é a contradição entre as declarações de Passos Coelho e as medidas que tomou quando chegou ao poder: parecem retiradas de um filme com um mau guião ou de uma farpa queirosiana.

Francisco José Viegas, há cerca de dois anos, condenava o crime que está a ser cometido no Tua e, agora, aceita ser cúmplice desse crime. No fundo, é uma questão de coerência: se fosse coerente com as suas afirmações anteriores, não poderia ser um político.

Comments

  1. Bruno Cunha says:

    Pior ainda é o crime é ele estar a ser cúmplice no assassínio da língua portuguesa

  2. maria celeste d'oliveira ramos says:

    Ontem estive a falar com duas amiguinhas de 20 anos alunas de curso de relações internacionais que estariam mais bem preparadas para estar no lugar deste senhor que o que diz é parecido com ele e tal que alguém devaria propor-lhe cortar a pêra e o bigode que emolduram aquela boquinha repugnante. Mas se calhar está a dar o exemplo de como não havendo nenhum ministro à altura de governar o que quer que seja, seja o princípio de os reduzir todos a apenas secretários de estado, o que levaria a grande poupança porque de facto não faz falta nenhuma já que depois dele, por todo o país as cidades acordaram desde 2002 e regionalalmente conduziu-se a actos de dinâmica cultural como se tivessem descoberto que não precisam dele para nada, e a cultura fosse finalmente a manifestação do somatório das acções locais sem necessidade da batuta residente em Lisboa e não quizesse morrer à espera de pontapé dado pela “capital”. Este senhor é dispensável e inimputável. Proponha-se assim a extinção do ministério inteiro, perdão, da sua secretaria de Estado, aliás como o da agricultura e das pescas e, a pouco e pouco, poderão ir todos incluindo o minstério da contabilidade e dos contabilistas, também não fazendo falta nenhuma o actual PR, nem como símbolo de nada, porque não simboliza nada nem é “garante” de coisa nenhuma, de um país reduzido a nada e já agora promovam-nos a polícias e talvez haja menos crime, e menos crimes grosseiros. Ou proponha-se-lhes a emigração para bem longe. Talvez para a Holanda onde nem têm de pagar impostos. Entretanto sustitua-se a governaçao pelo ancestral regime comunitário de Trás-os-Montes e ampliem-se as prisões com áreas de horta e de pomar para não morrerem de fome e poderem ser mais bocas a sustentar pelos já existentes Bancos da Fome. Ponham-nos a “cavar”

Trackbacks

  1. […] novamente Secretário de Estado ou Ministro, terá um ataque da maleita conhecida actualmente como vieguismo e passará a defender, convictamente, o contrário do que defendia antes de ter – adoro esta, […]

  2. Aventar diz:

    […] meio, aparece alguém que nalguns casos ainda é pior. Como dizia o Fernando Nabais há uns dias, Francisco José Viegas está um político feito. E a questão da Barragem do Tua resume toda a actuação política de Francisco José Viegas: a […]

  3. […] como Francisco José Viegas, Nuno Crato transformou-se, muito depressa, num político como os outros e é, agora, mais um […]

  4. […] Emiliano é linguista e Francisco José Viegas é político. O primeiro está habituado a fazer perguntas, porque isso faz parte da sua actividade. O segundo […]

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