O caso TDT é muito fácil de explicar: em Portugal mandam as empresas e as empresas, como agora os seus criadinhos assumem, vivem para o lucro passando por cima do que for preciso.
O espectro radioelectrico faz parte do nosso património natural, digamos assim. Ao libertar o que estava ocupado pela tv analógica (que fica para os telemóveis de 4ª geração) e ao distribuir o digital (que tem capacidade para dezenas de canais) o governo onde ainda pontificava Augusto Santos Silva só tinha que garantir para os cofres do estado a renda das concessões e como contrapartida impor às empresas que ganhassem os concursos que todos os portugueses no mínimo continuassem com acesso à televisão de sinal aberto sem qualquer custo. Assim se fez noutros lados.
Aqui não. Aqui a PT ficou com a rede da TDT, e como é óbvio começou por impor que esta não lhe faria concorrência ao seu, ou seja ao Meo: nada de canais em sinal aberto, que ainda deixo de vender o cabo. Foi aprovado um a repartir entre RTP, SIC e TVI, que como é óbvio não se entenderam. E nas próximas semanas os que não têm dinheiro deixarão de ter vícios, como se sabe ver televisão é um vício, e pobre à noite que faça filhos, mesmo que já não tenha idade para isso.
A Augusto Santos Silva só lanço um repto: vá visitar nos próximos meses as aldeias que voltaram aos anos 60, tv é no café, e justifique-se, ou peça desculpa, ou o raio que o parta (prefiro a última versão).
Quanto a Miguel Relvas, que herdou o estrago e o deixou andar, faça o mesmo, sempre pode levar segurança do estado.
Subscrevo, João José, subcrevo!
Pode ser que passe a acontecer o que se aconselha na Grécia: desligar a TV e ligar o cérebro.
O forrobodó continua!!!
Voltámos ao 24 de Abril, só que com três canais, é mesmo filha putice
O sucesso na Europa foi fácil: comprando o descodificador digital ter-se-ia acesso a novos canais, todos (os novos e antigos) com melhor qualidade de som e imagem.
O pessoal aderiu entusiástico.
Cá anunciaram: se quereis continuar ver a mesma coisa do costume depois do apagão, comprai o descodificador! Muitos tem TV a pagar duas vezes (ainda temos a tal taxa audio-visual extorquida pela EDP sem pedir licença), e esqueceram isso. Outros lá foram comprando o descodificador a poucos dias do fim. Outros ainda esperam ver com alívio o dia em que a TV deixará de os massacrar com programas inqualificáveis.
Como se o aparelho fosse caro, oferecem-se subsídios (pois não lhes custa ganhar!) a quem reunir os recibos todos desde 1989 mais declarações de tudo e nada e os for mostrar nem sei a quem para esmolar um apoiozinho na compra do descodificador.
Um processo em que bastava copiar o que fizeram em toda a Europa, cá inovaram e saiu burrada da grossa.
Apoiadíssimo!
Por isso Portugal não sai da m*rda…