Um Comunista Seguidista e Ortodoxo à Frente da CGTP

CARVALHO DA SILVA VAI DEIXAR SAUDADES
CGTP PERDE AUTONOMIA FACE AO PCP
Vai ser desta que a CGTP se reforma e reformula. 69 membros dos seus conselho nacional, comissão executiva e secretariado, saem por força do novo regulamento, prevendo-se que sejam substituidos por membros mais afectos à linha comunista seguidista e ortodoxa do PCP, a começar pelo novo líder, Arménio Carlos.
Ao longo dos últimos quatro anos, a autonomia face ao partido comunista conseguida durante mais de vinte anos por Carvalho da Silva, tem vindo a esmorecer, por via do aumento de protagonismo do novo líder a eleger entre hoje e amanhã no XII congresso da CGTP, conhecido por ser obstinado, rigoroso, competente e exigente e pelas suas fortes ligações à linha ortodoxa do PCP.
A julgar pelas últimas declarações ouvidas, a CGTP prepara-se para endurecer a luta dos trabalhadores, de uma forma que se traduzirá num enorme erro que a médio prazo dará os seus frutos.
Os trabalhadores Portugueses não embarcam facilmente em lutas obstinadas que, em defesa de certos princípios, lhes faça perder os poucos empregos que ainda há.
Os trabalhadores Portugueses procuram estabilidade, coisa que a CGTP nunca conseguiu ver muito bem, e se prepara para ver ainda pior.

Comments

  1. eyelash says:

    dois pequenos apontamentos:
    – os comunistas não comem criancinhas ao pequeno almoço;
    – há por aí gente a preparar as seringas para a injeção a quem sempre trabalhou.

  2. A. Silva says:

    José Magalhães coloca as palas saca da cassete e debita um texto velho e rançoso a tresandar a mofo, nada de novo.

  3. “Os trabalhadores Portugueses procuram estabilidade,”

    Acho que não, só procura a estabilidade quem está numa situação sustentável, ou na mó de cima. Os Portugueses são dóceis, mas muitos já não aguentam mais.
    Por outro lado, os sindicatos já não são o que eram, as coisas agora funcionam de outra forma.

  4. D. Nicola says:

    Carvalho da Silva pode deixar saudades, mas Arménio Carlos consegue ser bem mais assertivo na hora de combater os papagaios do costume que apenas vêm nos sindicatos um empecilho ao processo de “chinização” em curso.

    Atentem só nesta entrevista ao Mário Crespo:
    http://5dias.net/2012/01/17/armenio-carlos-debate-com-mario-crespo-nos-proximos-dias-suceder-se-ao-monologos-entre-todos-os-duques-para-convenientemente-higienizar-a-opiniao/

    O “jornalista” pensou que iria ganhar por KO mas viu-se encostado às cordas pelos argumentos inatingíveis e clarificadores do novo secretário-geral da CGTP. Um a um, rebateu e rebentou com qualquer pseudo supeioridade moral e intelectual do pavão Crespo.

    E o tempo encarregar-se-à de demonstrar que a sua opinião apenas se baseia no preconceito, hoje um lugar-comum no espeço mediático.

  5. Zé Povinho says:

    Os sindicatos são o que os seus associados entenderem, e por isso não percebo bem a crítica, certamente de alguém que não é sindicalizado, pelo menos na CGTP. Claro que existe uma alternativa que é a UGT, a mesma que está sempre do lado do patronato como ainda recentemente se viu.
    Os movimentos cívicos também podiam ser uma alternativa, mas estão ainda em fase embrionária.
    Abraço do Zé

  6. Que texto mais bafiento, que prosa mais rancorosa. “Partam a espinha aos sindicatos” como dizia o outro, e depois é ver patrões e governos a partir a espinha a quem vive do rendimento do seu trabalho.
    Afinal, foi vergando-se que os assalariados conquistaram o direito à folga semanal, às 8 horas diárias, à segurança social… Ainda hão-de chorar a morte dos sindicatos.

  7. marai celeste ramos says:

    Tudo se vai alterando mas desconfuio que para maior degradação e desinterêsse – radicalismo fatal

  8. Luís says:

    Mais um post cheio de lugares comuns a cheirar a ranço.
    Acabem com os sindicatos e queixem-se dos movimentos radicais incontroláveis e anti –
    democráticos que em tempos de crise sempre surgem para falar em nome dos trabalhadores.

  9. MAGRIÇO says:

    Mas ainda não perceberam? José Magalhães é um simpático provocador de comentários que não escreve a sua opinião mas aquilo que pensa ser polémico. E faz um bom trabalho!

  10. Grevista do sector privado says:

    Texto fraquinho, mal redigido, cheio de lugares comuns, ignorante da realidade da central, até dos alinhamentos internos. Arménio Carlos ortodoxo e seguidista? Quanta ignorância… Conhece-o? Conhece mais do que meia dúzia de posições públicas do suposto novo secretário-geral? Tenha vergonha de escrever tanto disparate junto, sem o mínimo conhecimento de causa.

  11. Mais uma vez abdico da minha intenção de não responder a comentários dos amigos que fizeram o favor de os fazer, a quem agradeço a colaboração dada.
    A quem possa interessar aqui deixo algumas notícias cuja leitura recomendo:
    http://www.publico.pt/Economia/socialistas-da-cgtp-nao-votam-em-armenio-carlos_1531060
    http://www.publico.pt/Economia/soares-elogia-carvalho-da-silva_1531050
    http://www.publico.pt/Economia/novo-conselho-nacional-da-cgtp-eleito-com-735-votos-favoraveis_1531113
    http://www.ionline.pt/portugal/cgtp-tem-novo-lider-sectores-minoritarios-da-renovacao-comunista-querem-ter-voz
    Cumprimentos

  12. ainda penso says:

    É vergonhoso e revoltante, alguém pensar ou escrever que um emprego é para ser mantido a qualquer custo, porque existem poucos. É uma aberração, uma ofensa, um desrespeito por quem trabalha e que vende o único bem que tem, que é a sua força de trabalho e fazerem disso um favor e uma benesse e quem sabe até uma caridade de mecenas que condoídos com os pobres “trabalhadores” e como donos dos meios de produção, dão um trabalhinho aos desgraçadinhos que andam a pedir humildemente de mão estendida “DÊ-ME TRABALHO POR FAVOR, OS MEUS FILHOS NÃO TÊM PÃO”.
    Estou muito, mas mesmo muito ofendida com tamanha falta de respeito por mim e todos os trabalhadores deste país que nos levantamos todos os dias com ou sem vontade para ir engordar uma vara de porcos que nada fazem senão roubar-nos todos os dias o fruto da nossa força de trabalho. Haja vergonha caro senhor e não nos tome por um bando de pedintes que nada têm e que necessita da esmola dos patrões ou de qualquer governo que nós sustentamos. O Trabalho é um Direito e deveria existir era trabalho para todos.

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