Não me dês um título entre este rígido corpo e o cosmos.
Deixa-me o traço fino deste constrangedor aperto entre o que
sou e o que não sou.
Se fores capaz de me abrir estes braços cruzados entre o ser
e não ser não me importa que me vejam
o rosto.
Deixa-me o traço fino do ser entre as mãos livres e o
pensamento cósmico da mente liberta.
Não desfaças as sombras por imposição da luz nem me dês um
título entre o corpo rígido e o cosmos.
Deixa-me o traço fino do gesto e a música do silêncio
adão cruz
Estimado Adão, fiquei simplesmente… extasiada!
Li novamente, uma e outra e outra vez ainda… Para mim, de tudo o que li de si, caro Adão, esta prosa poética é “la crème de la crème”!
Obrigado Isabel. Que bom ouvir isto!