Já antes escrevemos no Aventar sobre a temática da Gestão em contexto escolar procurando equacionar, à luz da negociação em curso, o que poderia ser a autonomia da gestão escolar.
Mas, esta temática é geradora de grandes confusões porque os ignorantes pensam que a escola pode ser vista como uma empresa e gerida como tal.
Para economia de tempo, vamos assumir como possível tal barbaridade.
O que há para ser gerido na Escola?
Na Escola, como afirma João Barroso, a autonomia das escolas é como o Pai Natal: todos sabem que não existe, mas todos fingem acreditar nele.
E tal como a autonomia, o dinheiro é também coisa que não abunda – os funcionários, docentes ou não docentes, são pagos pelo Ministério da Educação ou pelas autarquias. E além dos recursos humanos, na Escola, depois de pagar água, luz, comunicações e aquecimento o que sobre é ZERO! Não há rigorosamente NADA, financeiramente falando, para gerir numa escola.
Em síntese: se na Escola não há dinheiro nem recursos humanos para gerir, o que é que fica para o Gestor fazer?
Educação. Nada mais que isto – EDUCAÇÃO!
Um gestor, seja lá com que nome for, tem que gerir processos educativos. Nem mais, nem menos.
Acontece que os processos educativos estão longe de ser simples – de um lado entraria o porco e do outro sairia um salpicão. Não é assim tão simples e a complexidade manifesta-se também na necessidade de encontrar soluções integradas entre todos os agentes – Professores, pais, alunos, comunidade, administração. É por isso fundamental que cada comunidade escolar, através do Conselho Pedagógico, seja capaz de em equipa pensar as melhores soluções pedagógicas para uma equipa de gestão as concretizar. A abordagem nunca poderá ser individual, nem tão pouco personalizada num Director. A solução passa por devolver à Escola o poder de se organizar para gerir o seu trabalho sem interferências, por exemplo partidárias.
Director não, Equipa Directiva, Sim.
Parece-me que este teu texto pode ligar-se a estoutro do Rui Correia: http://postal.blogs.sapo.pt/274369.html
#1 – Sim, AFN, faz todo o sentido. Porque está visto que os Diretores, dependentes dos pais para serem eleitos não fazem o que tem que ser feito e por outro lado, como o corpo docente não é tido nem achado nas decisões, também não se sente responsável por elas…
JP
contrato de manutenção de elevador que não anda….
5600 euros para remodelar a sala do conselho executivo…hoje dir-se-ia direcção
tinha mais uns exemplos
e a comparação dos reytores expropriados e das condenações de professores que exorbitaram as funções e foram punidos…acho que não houve nenhum
o gajo que fugiu com a dinheirama do woodstock à putoguesa foi membro de con selho ódespois disso
pôr mais pessoal a gerir o con domínio escolar
livra-te …já basta os que lá estão
Havia uma escola com um autocarro próprio que em 4 anos custou quase 15 mil contos em arranjos vários…..coisas que a con tecem…
nunca se deve dizer que o arranjo de uma trotineta por 600 é caro…
o dia da escola só custou 8000? uma pechincha…foram con tribuições da comunidade escolar…gastou-se em quê?
sei lá em coisas…
agente aqui nã é miudinha…
e faça sol ou faça chuva ….20 lâmpadas fluorescentes abertas em contínuo
s’agente desliga con some mais
Desculpe, mas não entendo o que defende, quando diz “Director não, Equipa Directiva, Sim”.
Advoga uma direcção sem presidente? Uma direcção onde todos têm a mesma responsabilidade? Onde ninguém manda em ninguém? Temo que esteja a defender outra coisa qualquer…
#5 – Foi por economia de linguagem e apenas para colocar em oposição duas possibilidades: uma equipa directiva, com um presidente, mas com responsabilidades partilhadas e onde o Conselho Pedagógico é realmente pedagógico (e não burocrático!) – escolhido entre as diferentes entidades presentes na escola. Isto em oposição ao que temos hoje e que pelos vistos é para continuar, que é um Director, escolhido partidariamente, que tudo dirige, tudo escolhe e que por isso nada consegue fazer, realmente, pelos alunos – tem apenas que se preocupar em fazer sala, em entreter pais, dar bons horários aos membros do Conselho Geral, participar nas reuniões do Partido e muitas vezes, com dois cartões, nas reuniões de dois partidos, não vá o povo mudar a cor… Sim à equipa, não ao individual!
JP
Ora nem mais – o argumento neo-liberal (mercantilista) de associar a escola a uma empresa é uma erro que revela ignorância e que poderá ter um preço demasiado alto.