O título deste texto é copiado descaradamente de outro de um livro lançado ontem. Já não é a primeira vez que trago ao universo do Aventar a magna questão do peso que os factores extra-escolares têm no rendimento dos alunos, questão essa recorrentemente ignorada pelos vários responsáveis políticos e teóricos da Educação.
Para não me estar a alongar, reitero alguns dos meus dogmas sobre o assunto: os problemas educativos têm, muitas vezes, causas exteriores à Escola; nada disso significa que a Escola deva desistir de contribuir para a resolução desses problemas, o que, de qualquer modo, só poderá ser alcançado através de uma cuidada conjugação de políticas sociais e educativas.
Assim, enquanto a Educação for uma área em constante revolução, com uma produção legislativa desordenada (com consequências, entre outros terrenos, no currículo e no estatuto do aluno), e em estado de permanente negação acerca da influência de vários agentes e circunstâncias variadas na vida escolar, os problemas continuarão por se resolver.
como teria sido o berço do “primeiro” ?? será que até brincou ???
Interessante o livro de Luís Maia. Aliás, creio não estar a especular ao considerar que o comportamento bizarro dos adultos (quando habitual) resulta na maioria das vezes da forma como foram educados desde a infância. A ausência de bons exemplos recolhidos desde o berço será, penso eu, como um ferrete quando na fase adulta.
(Luís Farinha)