Souto Moura é a vergonha da Arquitectura portuguesa


Ao fazer um novo projecto para a Barragem do Tua, que em quase nada altera o projecto original, Souto Moura passa à História como um dos agentes da destruição do Vale do Tua e do Douro Património Mundial.
«De enorme qualidade», proclama, fremente de excitação, o presidente da EDP António Mexia. De «qualidade superior», carcareja o edil Artur Cascarejo de Alijó.
Afinal, onde está a pretensa genialidade de Moura? O enorme e disforme paredão continua por lá. A linha de alta tensão Tua – Armamar vai atravessar, com postes de mais de 60 metros de altura, dezenas de quilómetros do Douro Património Mundial. A linha férrea vai desaparecer. A paisagem única do Tua vai desaparecer. Genialidade aonde? Só se for na ponta do paredão.
O Regulamento de Deontologia da Ordem dos Arquitectos refere logo no Preâmbulo que o Arquitecto é «intérprete e servidor da cultura e da sociedade de que faz parte, devendo ter sempre presente que a arquitectura é uma profissão de interesse público.» Ora, Moura será intérprete e servidor, sim, mas da Cultura do dinheiro – aquele que a EDP lhe paga.
Passando ao lado da dignidade que todos os Arquitectos devem demonstrar na sua profissão, dignidade essa de que Souto faz tábua rasa, o artigo 3.º deste Regulamento é bem claro: «Orientar o exercício da sua profissão pelo respeito pela natureza, bem como pela atenção pelo edificado pré-existente, de modo a contribuir para melhorar ta qualidade do ambiente e do património edificado».
Parece-me que está tudo dito. Não é por ter ganho o Prémio Pritzer, por ter feito um estádio de futebol e por ter projectado apartamentos para ricos que Souto Moura vai ficar na história. Depois de deixar o seu nome indelevelmente ligado à destruição do Tua e do Douro Património Mundial, ficará na história, sim, como a vergonha da arquitectura portuguesa.

Comments

  1. Nem de propósito. Sou arquitecto e ainda há um bocado comentei isso com o meu colega algo do tipo:
    “Gostava de estar a ter agora as formações de deontologia” .
    Mas também sei muito bem a resposta fácil que se daria (dará): “A obra ia ser feita e ia, por isso mais vale fazê-la de uma forma que os estragos sejam menores”.
    A verdade é só uma: o capital manda.
    As profissões liberais, eram aquelas que no império romanos, em que as pessoas trabalhavam/exerciam sem serem remuneradas, porque não necessitavam do dinheiro.
    Como hoje em dia somos escravos do capital, também acho que a obra é deontologicamente muito questionável, mas não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que não a fazia…

  2. Silvério Coutinho says:

    Para além disso tudo a obra (de construção da barragem) está ilegal.
    SC

  3. O que o Souto Moura fez é o que fazem os Arq.s habitualmente: um projecto de Arquitectura mais ou menos bom (é irrelevante a qualificação) para um problema Urbanístico/Paisagístico/Político muito maior. Oblívio. A decisão de participar implicaria sempre uma intervenção cosmética num barracão. “Esconder” o edifício custará mais 2 milhões (é contar com 4M), enterrar a linha de alta tensão deveria custar umas largas dezenas, se fosse sequer exequível. Quanto ao paredão, continuaria sempre a ser um paredão, pintado de amarelo, coberto de heras, com um hotel ou um elevador para trutas salmonadas. É uma barragem! A opção energética é que está errada e já não parece haver nada a fazer. O Arq., qual palerma, é chamado a meio do processo para remendar a coisa e acaba por dar a cara pelos políticos e ex-políticos, pelos engenheiros, pelos engenheiros políticos, pelas construtoras, pelos gestores e toda a gente que gravita ao plano nacional de barragens. Como se chamam eles todos outra vez?
    Os Arquitectos, neste e noutros casos semelhantes, devem é ser criticados por não terem maior participação política e cívica no nosso país. Esqueça lá o regulamento de deontologia porque seguindo à regra os ideais de respeito pela natureza e melhoria do ambiente e edificado não se construiria absolutamente nada novo no nosso país nos próximos 20 anos. Passaríamos esse tempo a corrigir erros e reconstruir cidades inteiras. Temos dinheiro para isso?

  4. Zé Carioca says:

    Já que o dinheiro paga tudo, já agora podia pagar o “enterrar” da barragem, e isso seria a resposta de um homem (arquitecto para o caso) com COLUNA VERTEBRAL teria dado à EDP. O Douro devia perder o estatuto de Património da Humanidade e o “dito” arquitecto o prémio Pritzer. Quanto ao comentário anterior do JS o arquitecto até FOI CHAMADO, tarde mas foi, DEU FOI A RESPOSTA ERRADA.

  5. Assim como Souto Moura tira partido do Pritzker, espero que o faça o mesmo com as glórias advindas da desclassificação do Douro.

    Fica sempre bem, uma nódoa no melhor pano. Parabéns antecipados.

  6. jose says:

    a genialidade do rato……osga-seee para não dizer outra coisa

  7. O importante é se o Douro é desclassificado de PH? Porra! O que importa é a influência real da barragem no vinho e na paisagem! É saber que existem em 2012 e existirão cada vez mais alternativas viáveis às barragens. Que se perde um pouco da mais fantástica paisagem de PT continental, das poucas construídas pelo Homem – sim, convém frisar a parte construída pelo Homem – onde há um equilíbrio com a natureza sem deixar de haver produção económica e presença humana. Interessava ali continuar a potenciar a actividade agrícola, cultural, de lazer e turística. Só que o(s) governo(s) decidiu(ram) o contrário. Agora o SM só foi chamado para projectar um barracão. E enterrou-o, que é algo que ele faz bem. Enterrar. E claro que podia recusar, claro está. Mas teríamos sempre um barracão, só que projectado pelo afilhado do presidente da Câmara de Vila Nova da Rabona ou por um arquitecto de fora, como no caso da fundação EDP à beira Tejo. O que era bem diferente e bem melhor para o país.

  8. Observador says:

    Este caso, só vem confirmar: o (des)carácter de um pessoa é proporcional à necessidade em alimentar o avolumar de corpo e vícios.

  9. Montanha Valle says:

    Ouvem-se vozes ( na sua maioria nem conhecem a zona) que é irritante lerem-se e ouvirem-se determinados comentários. Pensão porventura esses cérebros que ligam muito à “paisagem” que Portugal só tem capacidade de armazenamento 10% da água que passa no nosso território? São dados fornecidos pelas instâncias internacionais. Preferem ver um rio meio seco e um combóio sem passageiros do que um empreendimento que orgulhe e desenvolva o país? Deixem-se de hipócrisias e coloquem os pés bem assentes nas terra. Ainda não ouvi uma única palavra essa gente sobre a catástrofe da seca! Essa gente interessam paisagens fúteis porque o resto é “imperialismo”. Tenham vergonha!

    • Pensão....dor says:

      ….PENSÃO!!!!!! Está tudo dito….. eu também costumo ficar hospedado numa “pensam” no tua e tenho alguns “pensãomentos” agradáveis…..ENFIM….

  10. Montanha Valle: deixe de ser parvo.

  11. Philipp Barnstorf says:

    Sou absolutamente contra a construção da barragem do Tua (e todas as outras 9). Estou tristíssimo com a maneira bruta que este processo foi feito. Também julgo que a intervenção de Souto de Moura não solucionará nada.
    No entanto, como arquitecto, gostava de dar a minha opinião sobre a responsabilidade deste pritzker na destruição do vale. Quanto ao interesse público, legalmente, é o que foi aprovado pelos PDM’s e pela AR. Neste caso, a barragem é do interesse público e devidamente legalizada (como no caso do Freeport). Portanto, do ponto de vista técnico e imparcial que deve ser o do arquitecto (idilicamente), a barragem é para ser feita e o que ele deve procurar é integra-la na paisagem da forma que lhe parecer mais adequada. Não se esqueçam, é uma barragem! A ideia que os arquitectos podem decidir muita coisa numa obra é errada. Os donos de obra e a lei condicionam em muito as decisões. No entanto, era bonito ele recusar a encomenda. Mas asseguro que há arquitectos suficentes no mundo para, pelo menos um, dizer que o faz.
    Agora, voltando ao assunto político/social/cultural/paisagístico que é o vale do Tua, sou contra. Sempre! É pena que, a vontade do povo não seja traduzida nas decisões políticas (que, legalmente representam o povo). O problema está nesta deficiente democracia que torna a vontade de grandes em vontade pública.

  12. Não existem bons nem maus arquitectos. Existem é arquitectos que através de amigos e contactos e também sorte tiveram oportunidade de fazerem projectos nos quais tiveram liberdade de concepção.

  13. Silvério Coutinho says:

    Legalmente, a barragem do Tua não está aprovada por quem de direito.
    Nomeadamente não foi cumprida a Lei de Bases do Património.
    O projecto de Souto Moura, ou de outro qualquer, não legaliza nada!
    Também seria interessante saber-se como é que a EDP entregou este projecto a Souto Moura.
    Ficará para outra ocasião.

  14. Eugénio Manuel Bilstein Menezes de Sequeira says:

    Mais uma vez os especialistas, neste caso um arquitecto pensa que a sua especialidade resolve os problemas sem ter uma visão de conjunto. Neste caso o Arq. Souto de Moura pensava eu que tinha cultura suficientemente e conseguia ver mais que os lucros e que o problema estético de disfarçar uma central eléctrica, que pensaria no Património Mundial, que pensaria no vinho do Porto, que pensaria no Turismo, na Natureza, no transporte de areia, na saúde do rio Douro, na água necessária na foz, na erosão costeira, isto para não falar na Diversidade Biológica, no Desenvolvimento sustentável das zonas a montante etc.
    A situação é igual, para os engenheiros (como eu caeos colegas) que pensam que e dizem, cito (a asneira é livre) que toda a água que chega ao mar é perdida, como se os equilibrios e a vida estuarina e costeira não dependessem dos sedimentos e do fluxo de água nos rios.
    Então a quantidade de crimes como a barragem do Tua, a barragem do Sabor etc. não chegam. Será que um arquitecto com o nível do Souto Moura se deixa levar com uns elogios e uns salamaleques do poder político instituído ou é ignorante?

  15. Processo de selecção do Souto Moura pela EDP:
    -Toni, já temos o projecto da barragem pronto. Agora precisamos de 1 Arquitecto pra embelezar.
    -Bom, abre-se um concurso.
    -Pois, mas isso dá trabalho e vai dar chatices. Prazos e tal. Depois vão embargar. Mais um…
    -Tens razão. Resta chamar um tipo conhecido pra ficar bem nos jornais.
    -O Siza tá um bocado batido. O Salgado não larga o osso na CML. Já sei! O Souto Moura ganhou o Pritzker o ano passado. E tá sem trabalho como os outros.
    -Ok, feito. Marca um jantar, não te esqueças dos charutos e falas no assunto no 2º digestivo.

    • A EDP é uma empresa privada, esqueceram-se? 20% do capital é chinês.
      Contratam quem quiserem para dourar a pílula.

  16. enfim… nisto como em tudo o mais que se vai fazendo no pais, falta a voz de comando e um plano inteligente – uma filosofia de gestão – o resultado é o que se vai vendo , a desordem completa que se vai alternando de governo em governo, um fazendo e o seguinte desfazendo – a unica coisa que se mantem é o ultimo prejudicado – o povo e o patrimonio nacional

  17. HELENA VIEIRA says:

    Para evitar este tipo de desastres na Paisagem é que já existem profissionais qualificados a que se dá o nome de Arquitectos Paisagistas que têm uma função integradora da paisagem, sendo elo de ligação entre a paisagem e o homem. Já é hora de darem mais valor a estes profissionais para que erros como estes não sejam cometidos.

  18. aNaTureza says:

    O problema é de base, porque todos adoram dinheiro…todos colaboram, claro, inclusive o arquitecto.
    “Depois de deixar o seu nome indelevelmente ligado à destruição do Tua e do Douro Património Mundial”, isto ninguém lhe tira.

    E agora, para quem não saiba, o PNB gerará destruição e dinheiro, muito dinheiro para uns tantos, enquanto os cidadãos irão pagar por isso, para variar…

    Programa Biosfera RTP2:
    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UcfMEUGo33U

  19. neste, tal como o que este senhor que dizem um dos melhores fez ao nosso PORTO ” Praca ” isto sim e arquitectura no seu melhor, pobre sao os arquitectos que se dizem arquitectos, so porque tem o curso, pobres sao os que acreditam nesta vergonha

  20. Isabel Oliveira says:

    Grandes Obras.Grandes impactes ambientais.Opinião pública crítica.Movimentos ecologistas á porta.Chama-se um Arquitecto do Star system da Arquitectura global.O problema está resolvido!

  21. Refugiem-se na POESIA (Poema de encantar formigas em http://www.henriquepedro.blogspot.pt/). Abraços.

  22. maria celeste ramos says:

    Esqueça lá o regulamento de deontologia porque seguindo à regra os ideais de respeito pela natureza e melhoria do ambiente e edificado não se construiria absolutamente nada novo no nosso país nos próximos 20 anos. Passaríamos esse tempo a corrigir erros e reconstruir cidades inteiras. Temos dinheiro para isso?-FRASE copiada de um destes mails- Agora diria eu que também é de arqtº uma habitação que vejo todos os dias na TV ESPAÇOS e CASAS em pleno Parque Natural da Serra da Estrela – e alguém diz que a não construir não há espaço para nada o que não é verdade ppois que as áreas protegidas são apenas 15% do território e os portugueses merecem paisagem não selvagem pois não há nenhuma mas sim paisagem HUMANIZADA como é a do TUA mas humanizada com inteligência por analfabetos que não precisam de curso na lusófona nem outra para saber o que se pode fazer “design with nature” como sempre fizeram e sempre humanizaram os 89o90 km2 quanto aos arquitectos peço desculpa mas nada sabem de ordenamento nem urbano quando mais de paisagem global – a Escol não os ensina e devia – deviam ter matérias gerais de clima e ecologia e ordenamento paisagístico – o IST já tem UMA cadeira dada por colega minha paisagista – ora bem – o país físico é de todos – só nos pertence a nossa casa (mesmo que até como no condomínio frente à minha porta se tenha arrancado 3 ha para o implantar onde havia arvores milenares e mochos e corujas e pardais telhado e melros) – mas o peoblema é que não se consultam os PDM (são 389) que dicuti em 1981 um a um com cada autarca – que disse sim senhor e chegou a casa e fez o “oposto” – o que não é o iinterir da habitação é público e colectivo acho eu – desde fevereiro de 1974 que trabalho com arquitectos – alguns aceitaram o meu trabalho e ideias para “melhorar” o trabalho deles pois assim perceberam e bem – basta visitar a urbanização de Pinhal de Negreiros nem sei quando fiz isso – mas os arqts acham bizarria o arquitect-paisagista que “está sempre do contra” não percebendo que não somos do contra – somos de vis~
    ao holística e não parcial – mas quem construiu o Freeport na paisagem UNESCO do estuário do Tejo ?? tem razão quem diz que o importante é o dinheiro mas eu direi que há muita ignorância do que é um território e paisagem e e o artº só sabe DESENHAr e faz o que lhe pedem onde pedem com a liberdade de fazer o que querem ONDE ?’ onde calha – até o CCB alguém já notou que com 40 metros para oeste permitiria ao pôr do sol ficar doirado como fica a Torre de Belém, mas quem desenhou esteve-se nas tintas para a LUZ e o sol ?’ que grande besta que fechou aque rectângulo, e bem, MAS impediu que o sol pôr iluminasse os jerónimos todo e não apenas UM BOCADO – arqtª que nem com esta luz sabe trabalhar não ´é arquitecto e um deles era italiano – enganou-se também – Design witn nature – como não sebem arquitectar com o VENTO – nem com a água (enxurradas – nem com a terra agrícola abandonada pois não sabem o que é terra abandonada e agrícola (nem de betão sabem ora essa e eu tive uma cadeira de betão um ano para saber desenhar currais para os animais) + etc – a deficiência não é de Souto Moura apenas – é da Escola que é mais de desig do que de arquitectura – e tem razão quem escreveu que já se “liga” mais um bocadinho aos paisagistas e eu direi que pouco a não ser que o dono da obra exija – os qrtºs sabem muito de estética e de desenho mas mais nada – são demasiado ignorantes de o básico de disciplinas que têm de integrar no seu desenho – quem é fazer “bonito” não importa onde – são muito cagões, desculpe quem me lê – eu aprendi muito com arqtºs pois como disse trabalho com e quase só com arqtº desde fevreito 1974 – eles NADA aprenderam comigo porque o seu ser acha que a cultura começa neles e acaba neles – o que vi mais uma vez nos milhares de km que ao longo de 12 anos fiz só com artºs (e um parvalhão de um eng civil) na visita de milhares de habitação do programa PER do INH/IHRU pois que mais tarde o INH construçã nova se juntou à reabilitação e com júri único que de 12 membros passou a apenas 3 entre eles eu – quanto a reabilitação achei tudo FANTÀSTICO mas lá está – a habitação era arquitectura sem arquitecto e o desenho da estrutura urbana tem séculos e o curso de arqtº tem meia dúzia de anos – se o artº não for burro ao falar com o paisagista perceberá se o paisagista o entende ou não, e completam-se ou não, e engrandecem o projecto E quando querem dar a volta à situação dizaem que e depois da obra implantada, se deve fazer um EIA (estudo de impacto ambiental) E lá borram outra vez a escrita pois o EIA faz-se ANTES de tudo, para melhor desenhar o peojecto (ou não desenhar) e no fim da obra então que venha o EIA para corrigir o que se alterou na área de implantação +++ etc – è pena – Mas agora os AA + AP até fazem reuniões juntos imagine-se – descobriram-nos – obrigada meus senhores que sabem muito, mas não TUDO e estragam paisagens que mete dó – não sabem LER as paisagens nem solo nem clima nem ecossistemas – sabem muito pouco – são um grupo demasiado fechado e convencido e corporativistas – complexos de ??? MAs pior fazem os engºs civis a rasgar com IP e SCUTES as unidades de paisagem que nem sabem o que é ou aquela bodega da autoestrada do infante que faz o divórcio do barrocal e litoral e então a Serra fica para os montanheiros quando a estrad devia ter sido desenhada no “pé da serra” e ligar_se, com o EN 128, ao litoral + etc assim se clhar no 15 agosto os “montanheiros já não vão como íam, tomar banho vestidos no mar – que era uma festa tradicional e como atravessam a autoestrada do Infante ?? e nem percebem que os 3 macro-ecossistemas (serra + barrocal + litoral) têm cada um a sua função e o barrocal é não apenas a zonha de agricultura e pomar mas onde se ARMAZENA a água da chuca e o algarve está sêco – secou – o litoral é igualmente agrícola e de habitação e equipamento de turismo + etc – LER a paisagem – só LER e interpretar e design with nature (McHarg) – pena os portugueses seram tão individualistas separatistas e parvalhões apesar de serem os mais generodos do mundo e abraçarem o mundo como os que há 3 anos recebem meninos de Chernobyl a quem dão apenas 1 ano de vida – ou que compram fardos de palha para mandar para a Madeira que ardeu e mesmo sem dinheiro lá o arranjam para dar a quem sofreu – mas são também o oposto (os universitários claro) +++++++++++ etc – para xatiar direi que os arqt terão muito a aprender com os +paisagistas – os mais velhos já que, como outros cursos, também o de Ap está a degradar – Bolonha ajuda – a licenciatura de 5 anos + tese de 1 ano já nem sei como está – máquina de fazer chouriços, creio E se os art soubessem do que falo não teriam querido CONSTRUIR o mamarraccho da Escola de arquitectura no Parque Municipal Florestal de monsanto (que horror o local do oxigénio e limpeza do ar poluído de lisboa + os pavimentos de lagetas de betão ordinaríssimas e de vértices já quebrados – aquele local não é para cidades univesitárias e muito menos aqulea porcaria feita pelo BASTONÀRIO da Ordem dos arquitectos – odem lipar as mãos à parêde – acham-se no direito de tervista priveligiada para o Rio Tejo – eu preferia a Mata de Monsanto que é para toda a cidade e habitantes – tudo degrada e os governantes dão o melhor dos exemplos – os “jamé”
    a

  23. Um arquiteto a participar na concepção duma barragem, enfim, o mundo está virado do avesso …. de certeza que só recebeu para autorizar a porem lá o seu nome e nem lá foi …. como é costume. Chama-se enganar o povo.

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