A ilusão do sucesso no ensino privado

Um estudo da Universidade do Porto arrasa a verdadeira fraude que sempre foram as classificações dos alunos no ensino privado.

Fica demonstrado que os colégios dão muito jeito para entrar no curso pretendido mas depois se revelam uma má preparação, já que os alunos provenientes das escolas públicas obtêm melhores resultados na universidade. 

Passível de entendermos se tivermos em conta a inflação das notas no privado (para todos os efeitos trata-se de avaliar clientes), o ensino centrado nos exames (que não é a mesma coisa que centrá-lo na aprendizagem e na autonomia) e a realização dos exames nas escolas privadas (um completo absurdo, agravado pelo facto de estas escolas enviarem os seus professores para avaliarem exames vindos das outras escolas, suas concorrentes). Não sendo nestes factores que se colhe a explicação, digam-me lá onde está ela? bruxedo?

Comments

  1. jorge fliscorno says:

    E sem esquecer o que se passa/passou no ensino superior privado… Ou nas novas oportunidades, sejam estas no secundário, sejam no superior (estas últimas ainda sem nome oficial mas onde licenciados pré-bolonha obtêm o grau de mestrado por mil euros e um relatório).

  2. Miguel says:

    Concordo completamente.

  3. Pedro says:

    eu não concordo, conheço mts alunos do privado que foram excelentes na universidade. deve ser mais 1 estudo da treta.

  4. Há alguns colégios privados que vendem ensino de qualidade, há outros que vendem notas altas, outros ainda vendem um ambiente exclusivo onde os filhos dos ricos podem começar desde crianças a montar as suas futuras redes de influência. Pelo que vejo há décadas, a primeira parcela tem crescido; mas infelizmente só à custa da segunda, não da terceira.

  5. nanda says:

    Nada de novo. Lembro-e que já era assim nos anos 60. Os resultados dos exames dos alunos do privado feitos nas escolas públicas eram muito … muito inferiores aos dos alunos do público.

  6. marai celeste ramos says:

    E eu que até fui “apanhada” com um processo disciplinar indisplindiscentemente por ter chumbado os compradores de diploma ?
    E lá fui carago e sofri carago – e por acso como os juizes ainda sabiam ler e pensar lá me safaram e escreveram que os alunos eram “mentecapttos” – posso escrever com 2 ppp ?? porque não ? E esta escola até tinha ganho medalha de ouro da Federação Mundial do Turismo – nem me lembro como se chamava esta troika mundial – rua bernardo lima nº 5 – imegine-se se eu tinha perdido o processo – assim ao poder voltar para o INP voltar voltei mas para de caras mandar o director à merda – aqui sim, merecia um processo disciplinar mas – os alunos não eram grande coisa e vinham da privada (e pública) e a turma tinha apenas 68 – e tinha duas turmas de 68 indiscimplicentemente anormais a fazer bacharelato e eu feita parva a querer fazer cavalos de corrida daquelas pilecas de 22 anos e alguns sim lá se converteram mas muitas (eram mais meninas que meninos) empurrei-as contra a parede pois que eu não vendia atestados de incompetência – por acaso um dos alunos tinha sido meu ccolega do liceu e já era nessa escola professou de gastronomi e ele, aluno meu, profesor como eu, sendo aluno ainda ganhava 4.000$/hora e eu co duas licenciaturas já na altura ganhava 860$/hora e descontava IRS aqui também mas como adorafa ensinar aguentei até rebentar com aquilo em tribunal – não me orgulho de nada mas com o aqula deverão ser certamente a moirira das privadas que, por acaso, até tinham ainda subsídios do estado para formar anormais – quando me falam na qualidade do ensino privado até dou urros embora me pareça que a Católica sai desta desgraça e não me falem da Lusófona que era a maior fraude mas deve estar melhorzinha – isto foi nos anos 60 lá para o fim – aguentei até 1998 – depois mandei tudo à merda mas como já vos disse uma vez, eu não vivia daquilo – era apenas “gozada” e como fundei a 1ª escola profissional do pa+is em Monte de Caparica, uma aluda daí para ser “universitária” lá foi para a lusófona e um dia disse – peof tem razão nós aqui sabemos muito mais do que os colegas da lusósofona e se não fosse o que aprendi na EPD não sabia nada e assim safeime bem – passou a ter um bom trabalho no então IPPAR 8era aluna pos laboral) e até criaram uma nova Divisão para ela chefiar – bonito ivoninha – mas saía-me do pêlo – nesse tempo o curso de ginastica associou-se à lusófona – antigo ISEF ?? já não sei ali na Cruz Quebrada – mas a qualidade já a tinham – depois creio que a sociologia tinha fama de bom curso – depois arquitectura – agora não sei nem me interessa embora há uma semana o Hestnes Ferreira que é grande arquitecto me tenha pedido para ir falar com os seus doutorandos – e falei 4 horas e tentei pô-los a falar – mas não abriram o bico – não sei porquê – não queizeram “exibir” o que não sabiam – de vez em quando punha os alinos a colaborar na aula, e era interessante – pasdsaram a pensar e não apenas a empinar e copiar – era uma xatice – mas sempre fui mazoqueista indisplincentemente – é este o palavão brasilês ?? mesmo assim o certo é que alemanha e frança e inglaterra dão-lhe emprego logo como aconteceu já este ano – mesmo mauzotes lá os querem

  7. MAGRIÇO says:

    O problema não é novo: já nos anos 80 se dizia que o ensino privado seguia o princípio dos 3 p’s, ou seja, Pagas Propinas, Passas. E confirmo, porque também me lembro, o relatado no comentário #5, quando não se passava de ano administrativamente e se tinha de fazer exame numa escola pública.
    Aliás, havia colégios privados, como os Salesianos, que mantinham padrões altos de ensino e, por norma, os seus alunos obtinham bons resultados finais avalizados por exames em escolas públicas.
    O facilitismo e a obsessão pelas estatísticas ajudaram à degradação actual do ensino.

  8. Tito Lívio Santos Mota says:

    até que enfim alguém tem a coragem de dizer a verdade sobre os colégios.
    Já era tempo.

  9. Nightwish says:

    O Pedro deve ter dado matemática no privado para não perceber que um caso não serve para fazer estatística…

  10. Tito de característica incaracterística Lívio

    até que enfim alguém chama loucos aos césares

    algumas das escolas privadas têm assim como a escola de Santa Maria de Belém que é pública

    um conjunto de alunos provenientes na sua maioria de um nível socio-inconómico elevado

    e pais que incutem nos putos uma competitividade extrema

    tanto no ballet como no ballot

    generalizar isto para todas as escolas privadas

    que incluem escolas de ensino musical e ensino especial

    ou doroteias cheias de gajinhas expulsas (ou alienadas)de escolas púbicas

    é faccioso…fundamentalista e fanático (de fanum meo tempora ardent)

  11. os salesianos de évora nos anos 80…tinham miudos e miudas que vinham de Lisboa onde tinham falhado (repetidamente)nas escolas púbicas…ali tinham uma disciplina severa
    e eram enquadrados e adquiriam uma certa auto-estima e um espírito de escola

    alguns tinham bons resultados a maioria nem por isso…mas saiam de lá com uma educação placebo idêntica às demais e nem por isso mais estúpidos que os restantes

  12. e que me lembre esses putos que enchiam a rodoviária nacional ao fim de semana…nem pais tinham de jeito quanto mais quem lhes pagasse propinas…
    havia uma gajinha da pedreira dos húngaros que conseguiu acabar o curso de medicina aos 29 e estava no 7º ano com 16….logo quando ouço Arunzel de merde…
    tamém havia uma da Mitra de Évora com uma cicatriz de alto abaixo que chegou aos anos
    90 no mesmo estylo com que tinha entrado…

  13. luisa says:

    Em Portugal toda a gente se julga capaz de fazer comentários acerca de qualquer coisa, desde o futebol ao ensino, à saúde, etc. Admiro este país, pela sapiência dos seus comentadores! Um dia destes começam a ganhar tanta fama que têm de emigrar para ajudarem os comentadores estrangeiros!

  14. Pedro says:

    eu dei estat+istica e não foi no privado 🙂 e segundo o que li o estudo reporta ao porto e a uma dada população. o que ponho em causa é como o estudo foi feito, qual o seu nível de significância para se dizer e chegar a esta brilhante conclusão?? “Casos” é o que os “jornalistas” dizem quando não percebem nada de estudos e outras coisas.

  15. Ainda mal que deu Pedro, normalmente os professores vendem o que ensinam, isso é concorrência desleal.
    O estudo é representativo de toda a UP, tendo como universo os seus alunos. Permite comparar (com alguma dificuldade, não foi feito para isso) médias de ingresso e resultados posteriores, particularmente onde o acesso à universidade é mais difícil.
    Aguardo ansiosamente que a UC publique um trabalho similar (mas aguardo sentado, que sei dos valores muito altos que por ali se levantam).
    Ah, e eu li o estudo, na parte que aqui foco, e estudei estatística (embora a bem dizer me bastasse o 9º ano para ler os gráficos).

    • Tito Lívio Santos Mota says:

      há uma coisa que qualquer professor do superior pode constatar :

      Ser bom aluno no secundário não garante ser bom aluno no superior.

      Ser bom aluno não garante nem corresponde a ser um bom investigador ou até ter “queda” para tal.

      A maioria dos chamados “bons alunos” no secundário são medíocres universitários.

      Para meditar…

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  2. […] cara, de pior qualidade, sustentado por todos nós,  pretende-se engordar esta gordura do estado. Numa altura em que nas […]

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