François Hollande, o inimigo a abater por Merkel & Cia.

A notícia foi divulgada a partir do semanário alemão Der Spiegel:

François Hollande estaria prestes a ser boicotado por Angela Merkel e os parceiros italiano, espanhol e o Partido Conservador britânico.
Angela Merkel, Mario Monti, Mariano Rajoy e David Cameron estariam então “cometidos verbalmente” a não receber o socialista em caso de eleição, enquanto este último segue na frente das sondagens (58% das intenções de votos na segunda volta em relação a Sarkozy, conforme uma pesquisa mais recente LH2-Yahoo!).
De acordo com o semanário alemão, os líderes conservadores estão “indignados” com a vontade manifestada pelo candidato socialista para renegociar o Pacto Fiscal, uma peça central de resgate da zona do euro. A motivação de David Cameron, cujo país não assinou o Pacto Fiscal, seria mais de carácter ideológico.

Fonte: Le Huffginton Post

Angel Merkel, queira-se ou não, reedita o despotismo germânico, reiterando a tentação da hegemonia sobre a Europa. Nem sequer é, portanto, novidade histórica vinda daquelas bandas. Volta à actividade, em alguns políticos alemães, com a Sra. Merkel em destaque, o maldito e genético vírus do elitismo germânico.

Os alemães são assim e está aí a História para o demonstrar – 30 milhões de mortos na 2.ª Guerra Mundial é o última grande tragédia humanitária por eles causada. Não me espanta.  A surpresa, essa sim, vem do não eleito Monti, de Rajoy e até do errático Cameron, ao alinharem com Merkel numa concertação anti-democrática que visa aniquilar François Hollande, caso vença, como as sondagens parecem indicar, o ridículo e submisso Sarkozy.

Desta vez, os alemães podem, todavia, ficar decepcionados, porque o Pétain e a França de Vichy, tudo indica, não se repetirão. E François Hollande, se honrar os compromissos já assumidos com o povo francês, será justamente o inverso do tiranete idiota que cumpre à risca as ordens do duo Merkel + Schäuble.

(Obs.: Seria interessante saber o que Passos Coelho e Paulo Portas têm a dizer ao povo português sobre toda esta encenação anti-democrática e tentativa de ingerência na soberania eleitoral do povo francês – “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”)

Comments

  1. marai celeste ramos says:

    Bem explicado – mas não estava já delineado esse caminho ??? desde 1986 ??? com mais clareza a partir de 2008 embora acrecidas de razões diferentes – ou seja, as económcas e financeiras que 2008 desvelou ? e o Tratado de Lisboa não foi assinado cheio de buracos como uma penaira e ninguém viu, ou viu, e deixou andar porque nunca interessa muita rigidez e sendo que o inesperado não seria este “esperado” de 2008 mas que fez com que saísse o tiro pela culatra ! Quando se vive de má fé e de arianismo democrático ficou-se a saber sem dúvidas – e não há, nem UM, que não tenha vindo à “mama” da vaca ?? apenas ?? ninguém se lembra da discussao de Giscard d’Estang e Schroder, discussão a 2 do tratado antes de ser assinado em Lisboa ?? – já era entre frança + alemanha que,afinal continuam só eles ? o cozinhado vem de longe e a banca é que os lixou – ainda bem digo eu porque a mentira não pode durar tanto -. Vá lá, ao menos Portugal foi bem bonito com a quela cerimónia bem bonita de dia de sol bem bonito, e depois ??? veio o céu constantemente enevoado – mas como a “ministra” do “ambiente” é preciso rezar mas há muitos a ficar muito mal e ainda hoje vi na SIC o problema do desemprego dos USA com milhões de sempreagdos incluindo universitários até com a sua empresa privada e já no desemprego há mais tempo do que os portuguses, a quem o subsídio de desemprego já caducou também ?? E agora ??? “nós não somos portugal” foi dito – e eu digo ainda bem – só não acredito nestes des.governantes mas quantos portuguses até universitários foram para a “terra” pastar gado, dedicar-se à agricultura e fazerem lindas coisas ? vamos ver pois que o drama está de facto na “cidade” e tanto que até querem acabar com as fregusias – isso é que é dramático

  2. Hollande que sucedeu em 1988 a Chirac na Corrèze…secretário do partido desde 1997 a 2008 e que se chama François como Mon Ami M’interrando é o Messias?

    o apparatchik político da nomenklatura socialista vai ser o novo Sócrates francês

    substituindo o Sócrates de origem húngara…pois de facto é uma mudança abyssal

    abyssus abyssum invocat…

  3. tendes vós uma destas fés
    que nem Lenine a tinha tã grande

    O D.sebastião do socialismo vem do nevoeiro
    Ao menos nã vem por santa Apolónia o que já nã é mau

  4. mendes says:

    Os socialistas querem continuar a viver com o dinheiro dos outros, mas já não há dinheiro. É doloroso olhar para vocês, parecem peixes fora de água em extrema agonia a asfixiar

  5. Nightwish says:

    Ó mendes, então porque é que a burguesia continua a viver com o dinheiro dos outros?

  6. Carlos Fonseca says:

    Nightwish,
    Não perca tempo. Ele não percebeu, nem nunca perceberá.

  7. Joao says:

    “Os alemães são assim e está aí a História para o demonstrar – 30 milhões de mortos na 2.ª Guerra Mundial ”
    “Desta vez, os alemães podem, todavia, ficar decepcionados, porque o Pétain e a França de Vichy, tudo indica, não se repetirão.”

    Portanto um país que cometeu atrocidades no passado passa a ser por eles sempre julgado na sua generalidade como um todo sempre responsável por isso e qualquer pequeno rumor serve para o acusar os actuais cidadãos (incluindo líderes) desses países de serem tal como os que no passado cometeram essas barbaridades?

    Os alemães são sempre nazis e serão sempre julgados como tal? O que eles estão afinal é escondidos como europeus que nada querem do que conquistar a Europa?

    Espero bem que o Carlos não venha a falar dos portugueses senão ainda nos vai acusar todos de sermos escravizadores e de tudo o que fazemos ser sempre julgado tendo em vista que somos assim e a história está aí para o demonstrara, os maiores responsáveis pelo comercio de seres humanos, é umas das grandes tragédia humanitária por eles causada. Não me espanta então o Carlos ser assim e no que podia ser uma critica normal escrever barbaridades e generalidades destas. afinal.. é português!

  8. Carlos Fonseca says:

    Com efeito, nem os acontecimentos nem os povos que os protagonizaram se extinguem da História. Desde os tempos de Bismarck à ascenção do Terceiro Reich que se registaram episódios que, em comum, têm o patrocínio germânico, Prússia ou Alemanha tanto faz.; isto é uma marca indelével e permanente de povos dessa região que, ao longo de séculos, revelaram forte carácter agressivo, de ambição de domínio e subjugação de outros povos europeus.
    Natural seria que, na actualidade, os alemães, que beneficiaram de ajudas externas elevadíssimas, perdões de dívidas (1952), limitação do pagamento de juros a 5% do PIB, perdão de crimes de guerra enquanto povo orgulhoso e mobilizado para a fazer, natural seria, dizia, que nesta difícil época da Europa se abstivessem de recorrer à pesporrência e objectivos hegemónicos que, de volta e meia, correspondem à acção de políticos alemães – D. Merkel na actualidade.
    Quanto à escravatura promovida por portugueses, sinto vergonha. Quando ouvi em várias ocasiões lamentos de cidadãos de São Salvador da Baía, foi isso mesmo: ouvi envorgonhado e calei. Todavia, há aqui uma diferença de reincidência importante relativamente aos alemães; estes são recorrentes no despotismo e hoje estão a prová-lo tratar-se de uma marca genética. Ao contrário dos portugueses, que não a repetem e entendem melhor a via correcta para limpar males do passado. Aquilo que os germânicos se revelam incapazes de entender, ao mais alto nível.

  9. Tito Lívio Santos Mota says:

    Quem tem cu, tem medo

    Mas, segundo tudo indica isto até beneficia ao Hollande.

    O recado a mandar à Merkel é o seguinte : continua assim que vais longe.

    E o Hollande de lhe responder : para cá vens de carrinho.

    O medo desta gente é uma medida fundamental incluída no programa de Hollande e que já deveria ter sido aplicada por toda a Europa e, sobre tudo em Portugal.

    “Separar as atividades bancárias de depósito das financeiras”.

    Medida que até nem é nova pois foi a pedra angular do New-Deal de Roosevelt em 1934.

    A ser aplicada pela França, soará o princípio do fim da macacada em que a Europa liberal nos meteu.

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