Vai viver um ano com o salário mínimo e depois falamos: Alexandre Soares dos Santos

 “que se acabe com esta mania nacional dos salários dos ricos, dos quadros”, criticou Alexandre Soares dos Santos.

“Temos de ter políticas salariais onde as pessoas que trabalham sintam que o produto deste também vai para elas. Têm de haver políticas de remuneração”, salientou o gestor. in RTP

Alexandre Soares dos Santos, segundo a Forbes, foi o único dos milionários portugueses que o ano passado assistiu ao crescimento da sua fortuna pessoal. A minha sugestão ao cavalheiro para uma experiência de vida fora da zona de conforto, do colinho da empresa que herdou do papá, da papinha do estado que acaba de lhe oferecer uma legislação laboral à medida das grandes superfícies comerciais, refere-se ao nosso salário mínimo nacional, com o holandês não vale, ok?

fotografia Luiz Carvalho

Comments

  1. Há uma “mania” muito portuguesa e muito pequeno-burguesa de se criticar os “ricos” por serem ricos… Esta nossa característica é proporcional à inveja saloia e ausência de cultura de mérito. Os ricos não me incomodam, o que me chateia mesmo é haver tantos pobres! No caso do senhor da foto está um exemplo duma pessoa que tem criado riqueza para si (o que é perfeitamente legal…) e emprego e conforto para outros… Em vez de se por com pieguices faz pela “vidinha” dele e de quem com ele TRABALHA. Segundo consta, apesar da “crise”, não irá despedir ninguém… É muito bom ponderar as coisas e não ir pela via fácil de tudo amesquinhar!

  2. Sinceramente não tenho nada contra os ricos desde que:
    -se deixem de moralismos e paternalismos patéticos em relação aos pobres;
    -paguem os seus impostos à medida dos seus rendimentos e adaptados às situações financeiras dos ciclos económicos;
    -permitam que a sua empresa tenha uma atitude mais social e menos escravizante com os empregados no que respeita a certos critérios de gestao de recursos humanos baseados no séc. XIX.
    -parem de dar bitaites acerca do quintal dos vizinhos, deixando de misturar alhos com bugalhos e, ainda mais importante, que percebam que a governação de um país não se pode comparar à gestão do seu cantinho de negócios.

    Como Soares dos Santos não cumpre várias dessas premissas…e por falar nisso, o governo actual também não. Daí que o homem agora nunca se cala, para uma coisa correcta, diz logo a sair umas 3 ou 4 totalmente erradas e disparatadas.

  3. Há uma mania da extrema-direita, é universal e bem mais culturalmente norte-americana que europeia, de defender a exploração do trabalho alheio com a contra-acusação da inveja. Como se sabe a inveja até é pecado.
    Argumentário seguinte: o mérito. O mérito deve talvez encontrar-se na capacidade que neste caso alguém teve em multiplicar o berço em que nasceu à conta de alguns detalhes que os tribunais polacos não apreciaram, mas o sempre devoto destes mérditos estado português apadrinha.
    Manias. Cada um tem a sua, não é meu caro? Mas não grite a palavra trabalho, que só mesmo berrada se consegue ligar a este personagem, que perde toda a razão quando cuida da sua vidinha, prega moral aos outros, mas cuida dos seus lucros, obtidos à conta do assalto ao agricultor português e à exploração de quem para ele trabalha, levando-os para outro país. Tivesse calado, ainda passava como o resto da alta-burguesia que falando baixinho ainda é quotidianamente tolerável, o capital sempre se acumula mas nunca teve pátria.

  4. É fácil falar-se de barriga cheia!!

  5. kalidas says:

    Cada fortuna é um roubo, esse tipo é um ladrão!

  6. LUCINO DE MOURA GONÇALVES PREZA says:

    Estou de acordo com o artigo escrito por este nosso amigo. A que preço paga este senhor os produtos aos agricultores que, muitos, estão na falência?… Quem precisa tem que estar muito calado e se quer ver os seus produtos escoados, tem que ser vendido ao preço que este senhor indica aos seus lacaios. Não tenho inveja de ninguém quando no meio dum negócio haja acordos bilaterais e não ameaças. Já alguém viu alguém enriquecer sem roubar ao seu semelhante? E como são pagos os produtos sejam eles de que género se trate?… Quando estive no mundo do trabalho, como me eram pagos os mesmos? Sempre a 180 dias. Será isto inveja quando o dinheiro nos fazia muita falta para suprir ordenados e pagar aos nossos fornecedores sob pena de nos cortarem as matérias primas? Se isto é inveja, então consintámos todo o género de ladroagem.

  7. Outro estigma bem português é que “ninguém enriquece sem roubar o seu semelhante”. Enquanto se hostilizar o empreendedorismo e associar o sucesso à ilegalidade não estaremos preparados para sair da “lama”. Um pântano antigo e claustrofóbico que produziu tanto uma direita “cabotina” como uma esquerda (muito “caviar” e pouca enxada!) que oculta as sua miopia histórica com dislates de pseudo-humanismo generoso. Se da direita pouco há a esperar, da esquerda neandertal parece que ainda se pode esperar menos… O João José Cardoso tem toda a razão quando diz que “o capital sempre se acumula mas nunca teve pátria”, mas essa é outra história… Há que distinguir a construção de “regras” (e controlo das mesmas) da culpabilização cega dos que se tornam ricos mesmo quando não infrinjam as ditas, coisa que numa sociedade evoluída e “normal” deveria ser possível… A não ser que se coloque em questão o próprio sistema de mercado num todo. Eu até que estaria aberto a isso, desde que me explicassem direitinho qual a alternativa!…

  8. A ideia de que a propriedade é o roubo foi vertida em papel por um francês no séc XIX, não percebo porque insiste em aportuguesar conceitos velhinhos e universais. Mas eu nem disse isso. Quanto ao visado é só clicar aí em cima, nas etiquetas, em Alexandre Soares dos Santos e temos uns bons exemplos da forma empreendedora como vai acumulando fortuna. A mim bastar-me-ia esta citação:
    “O seu vencimento líquido de 2010 (680 mil euros) corresponde a cerca de 0,1% do enriquecimento que teve nesse mesmo ano.”
    E esqueçamos que esta fortuna se fez também destruindo o comerciante, hoje deu-me para lembrar as vítimas pequeno-burguesas, inspirou-me, meu caro.
    Quanto a alternativas, pela parte que me toca deixei de as construir a partir de teorias ou pior ainda de muito más práticas, há coisa de 30 anos. A história a seu tempo tratará do assunto, nos seus ziguezagues habituais. Não prescindo é de chamar as coisas pelos seus nomes e de criticar o que está mal.
    No século XVII ou XVIII ninguém fazia ideia do que seria o capitalismo como ele depois se apresentou, mas não tivesse sido o feudalismo criticado nesse tempo e ainda hoje a corveia seria lei e o dízimo obrigatório para a igreja sacado do nosso bolso.

  9. Aí sim, estou completamente de acordo…

  10. Maria Antonieta Lopes Neves Rodrigues Tavares says:

    Eu deixava aqui uma sugestão aos agricultores,vendam os vossos produtos directamente aos consumidores,através da internet,ou vão aos prédios e proponham-se entregar cabazes semanais a preços apelativos,livrem-se desses mamões,usem a imaginação sejam criativos.Eu compro.Somos nós que temos de mudar as regras,eles são vampiros ou sansessugas livrem-se deles.O que sobra aos ricos é propriedade dos pobres.Stº Agostinho dixit.

  11. kalidas says:

    Espero ainda vê-los julgados em Tribunal, quando a nova geração tomar conta da Justiça. Saber como é que estes capitalistas puderam acumular tamanha fortuna. Ficaram com a maior parte do dinheiro dos fundos comunitários, via consumidores? Foi, por um lado, e pelos outros lados. Estes capitalistas merceeiros de retalho arrasaram o pequeno comércio e destruíram a agricultura, e as pescas, na importação é que estava o ganho, deixaram o país na ruína estes canalhas, para no fim virem dizer que os portugueses vivem acima das suas possibilidades, ladrões! Como foi possível? Com o compadrio, e a compra, do sr Cavaco Silva e de todos os poíticos seus sucessores. Tarrafal com todos eles, ainda era pouco. E alguns cobardolas, não me velham cá com merdas.

  12. marai celeste ramos says:

    Kalidas – eu sei que o que diz é assim mesmo – e dou exemplos concretos – Onde habito todos os bens de consumo para alimentação, eram trazidos das HORTAS de Lisboa, e nem sequer da Caparica pois não havia Ponte Salazar que foi inaugurada em 4 agosto 1986
    Lisboa acabava no Campo Grande e a estrada da Luz e de Benfica eram as “portas do Campo” espaço onde havia também, as Quindas da Nobreza Rural das quais ficaram a do Marquês de Alorna, e mais 2 ou 3 que já são apenas espaços de recreio e não mais de produção – o pão comprava-o na padaria da rua onde habito – O burrinho trazia mesmo água (de Caneças), a roupa que se mandava lavar (quem mandava) pelo que vinha legumes e fruta e galináceos e ovos – o amolador que afiava facas e punha “gatos” nos pratos partidos que nem íam para o lixo – arranjavam-se -Depois da Ponte Salazer agora 25 Abril, passou-se a ir à carne a Caparica onde igualmente havia HORTAS e hoje há arranha-céus de betão – Ribeiro Telles tentou que ficassem as hortas e mais umas coisas tendo criado a Paisaem protegida de Almada – que era uma vilória e não a cidade que é hoje- E não havia Supermercados já que o 1º creio ter sido o Pão de Açúcar que de repente proliferaram + os Continente + Lidl + etc – Assim Benfica começou a ser urbanizado e lá se foi a horta e pomar + Loures + toda a área que hoje se denomina de àrea Metropolitana até Sintra – ainda comheci isto bem como “a estrada de sintra do poema de álvaro de campos” pois que trabalhei na Tabaqueira em Albarraque e não havia uma só habitação até lá – nem ainda Alfragide – havia sim aldeolas (as freguesias que este governo quer fazer agora desaparecer do mapa) – a terra de toda a estrada de sintra era linda, castanha escura, fértil e abundante de TUDO – agora são urbanizaçºoes do J.Pimenta, como as que são, a caminho de Caparica Setúbal, as de um 2º pato bravo que logo apareceu Xavier de Lima Entretanto não havia “betão e betuminoso” e tal que as ruas de lisboa e de todo o país, ou eram de terra batida ou de paralelipipedo – o betão apareceu então e em força lá para os anos 70 e INUNDOU e conspurcou tudo tanto que passou a haver inundações – os CAMPOS pequeno e grande eram terreiros de terra batida como de todos os jardins de lisboa (e de saibro) – e de lisboa a cascais nada de betuminoso mas sim de pedra – e entretanto aparecem os centros comerciais (o 1º foi Amoreiras) depois de haver Pão de Açucar e Continente (tenho pena de não seber datas exactas) -o Arieiro tina rebanhos de ovelhas a pastar ao lado do aeroporto bam como a avª de Ceuta – pode ver o que digo em varios pps de Lisboa Antiga – o grande matadouro era na Praça Martim Moniz (pena ter sido destruído pois que la Vilette – Paris é igual e do mesmo tempo e já está sem ter sido destruído mas apenas mudado de uso) – como enteratnto espanha era miser+avel e muitos anos a recuperar da guerra de 1936 – nada vinha de Espanha mas passou a poder vir – e europa fora – e veio 1986 e estalaram as IP ++ o que já sabe. Entretanto por razões que não ouso afirmar, os 1ºs subídios da CEE foram para ABATER tudo o que era rural e recebia-se uma ninharia para abatar agricultura e barcos de pesca – não se chamava na altura PAC mas abateu-se mas os subsídios eram ainda e s+o para o latifundio – os europeus nem sabima o que era o minifundis nem queizeram saber, nem lhes foi explicado (talvez só o eis minitro Capoulas joje gajo importante no Parlamento) e, entretanto no início dos anos 60 (apenas há 50 anos) vi eu o algarve e a maravilha de tudo, das hotras e pomares e laranjais que foram URBANOZADOS de repente e o horror, para o turismo nojento em que o 1º hotem foi o lindo de Armaçao de Pêra (com casino) e velho e baixo casario igal por todo o algarve de que restam apenas relíquias + toda a zona do Barrocal (agricultura e fruticultura9 + serra e não havia a estrada do Infante mas apenas a EN paralela à costa e a 5 km da beira mar e havia ainda só mais um hotel na praia da Rocha e tudo era ainda CAMPO que produzia TUDO antes e Caparica e Lisboa pois que tudo “aquece ali” antes e chagar ao clama de lisboa, mais frio, e menos ainda ao noete mais longe e frio e chuvoso – mas o que é certo o é que os 1ºs subsídios não foram só para abater a agricultura mas para plantar eucaliptos que havia apenas na Figueira da Fpoz para a 1º f+abrica de papel da Portucel, mas o eucalipto invadiu todo o país e nem sequer havia ainda FOGO- oa depois da alienação do turismo (os ingleses dos anos 60 e seguintes) vinham por estrada nos seus belos Rol Royce, de frana até ao algarve e tomaram conta do algarve e toda a terra agricola lhes foi vendida pois que se instalaram empresas de construção e agências de turismo e depois ao lado do betão vieram as Ip cavaquistas – o resto já sabe pelo que sem TERRA Agricola (e muitos pescadores deixaram de pescar para passear turistas) apareceram os supermercados do senhor que é um dos mais ricos de portugal e faz parte da lista FORBES dos mais ricos do mundo – o cavaquismo trabalhou para ele e outros (e continua) – depois na dácada de 80 pareceu o turismo rural (T.E.R.) pelopaís em geram mas iniciado nas casas de Campo e senhoriais do Norte – moda importada de Inglaterra ++++++++++ etc +++++++ acabou a vergonha de se ter em 1986 40% de poplação activa no sector primário pois ser evoluído era ter alta % nos SERVIÇOS e na indústria 8e a nossa era tradicional e maual e magnífica) mas os Torres Couto que receberam milhões para a “educação dos analfabetos” pergunte onde foram parar todos os grandes subídios da CEE depois UE e depois leia a CARTA de Lisboa – Tratado e já sabe que nem o mar português é português pois entretanto espanha arrebitou e tem a maior frota pesqueira do MUNDO e é membro do G8 e o pouco que há par exportar os hermanos baram a from«nteira e nem deixam passar os TIR (por mais que todo o mundo exalte a força castellana) mas por caso o mesmo lhe fizeramjá nesta década, os franceses que se viram invadidos de produtos castellanos pois são milhões de habitantyes e nós apenas 10 milhões e não somos todos agricultores e, pelo contr+ario, cada vez mais doutores porque entretanto abriram dezenas de universidades de MERDA privadas e diplonmas, mais tarde, de Bolonha – as diferenças de Lisboa de menina não é a de hoje – onde há cáca de cão no passeio

  13. O Pingo Doce tem muita fruta e legumes portugueses mas infelizmente também importada como couve da Polonia, uvas do Peru e da Africa do Sul e morangos da Espanha. Parece que querem que o consumidor (?) disponha do que a sua imaginação fôr capaz. Mas entretanto as importações custam Euros e são coisas que não são precisas e estão fora da época e sgundo os nutracionistas devemos comer os nossos produtos nas épocas da sua produção. Para eles aprenderem é preciso estar atentos e não comprar. Eu compro no Mercado.

  14. kalidas says:

    Há um documento sem papel nem selo, um código de honra e de conduta, invisível porque é Sagrado, que cada ser humano carrega e que reza assimr:
    .
    “Os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.São dotados de razão e de consciência, e devem agir de uns para com os outros, em espírito de fraternidade”.

    “Declaração Universal dos Direitos do Homem.

  15. J.Pinto says:

    Não há ninguém em Portugal que dê trabalho a tanta gente. Os trabalhadores da empresa estão contentes com as políticas salariais do Senhor, etc.

    Acham que o Senhor Soares dos Santos é má pessoa, mau gestor e intriguista?Façam como ele, criem o vosso própio emprego, criem dezenas de milhares de postos de trabalho, comprem apenas a fornecedores portugueses e teremos um país muito melhor…

  16. J Pinto, o ASS não criou o seu próprio emprego, herdou-o. Os trabalhadores não estão contentes, andam desesperados e vão começar a trabalhar à borla nos fins-de-semana. Na Polónia foi condenado em Tribunal de Trabalho, e cá só não acontece o mesmo porque o estado não fiscaliza.
    Se é boa ou má pessoa, tanto se me dá. A sua ganância destrói a economia portuguesa, no comércio e na agricultura, passa a vida a dizer o que devemos ou não fazer, e mudou a holding para a Holanda. Um mau português, prepotente e arrogante é de certeza absoluta.

  17. J.Pinto says:

    Caro João,

    Se herdou, é porque alguém (o pai/mãe e avô) fez pela vida. Quanto ao ser prepotente e arrogante, tenho uma ideia completamente diferente.

    Sei que não é uma pessoa muito amada por alguns setores da nossa sociedade. principalmente por aqueles que promovem a inveja e são contra tudo o que é privado. Aliás, esses mesmos sectores dizem que são a favor da democracia e da liberdade de expressão e tal…, mas se alguém tiver opiniões completamente contrárias às suas corre o risco de ser considerado arrogante, prepotente e outras coisas que tais…

    Num mundo democrático existe sempre a possibilidade de aqueles que criticam fazerem melhor…

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