Lembrar Fukushima um ano depois

fukushima

Fonte: Jornal “Folha de São Paulo”

Completou-se hoje um ano de uma das mais horrendas tragédias humanitárias. Tudo se passou, no nordeste do Japão, com devastadora celeridade: um terramoto, um tsunami e o desastre na ‘central nuclear’ da Tepco – Tokyo Electric Power Company, em Fukushima.

Os mortos e desaparecidos imediatos, estimados em cerca de 19.000, foram hoje lembrados e lamentados por familiares e amigos. Com a solenidade e o estoicismo próprios da cultura japonesa.

Há anos, um cidadão japonês afiançava-me, em Paris, que o conceito ocidental do bem e do mal era estranho à filosofia de vida do seu povo. O lema, para as gentes do seu país, consistia em reagir perante os factos da vida, adversos ou favoráveis, com determinação, coragem e espírito de conquista. Hoje lembrei-me do seu discurso, justamente pelo tipo de resposta das populações atingidas perante a tragédia de Fukushima e outras cidades da região – Rikuzentakata foi a cidade com maior número de vítimas.

Mas atenção!, as contas de mortos e vitimados pelo trágico acontecimento ainda estão longe do fecho. Na opinião de alguns cientistas, a maior radiação recebida por centenas de milhares de cidadãos, a partir de Fukushima, irá causar um aumento na  taxa de cancros, durante as próximas décadas. Serão muitos os atingidos, sendo impossível prever números.

Nuclear? Não obrigado, Srs. Patrick de Barros e Mira Amaral!

Comments

  1. marai celeste ramos says:

    tem razão quem fez comentários mas em +portugal nunca se passa nada – nem agora troikamente falando – e ontem vi programa do Vietnem e os efeitos do gas laranja que ainda não parou de matar já que as 1ªs vítimas tiveram seus filhos e estes também, por suas vez, e além de grandes anomalias físicas e psiquicas que se vão perpectuando ao longo de gerações
    E não sei oq eu sucede quanto a Los Alamos onde de fez a 1ª experiência de bomba atómica sem dizer nada a soldados e oficais que apanharam com a radiação em directo e foram as 1ªs cobaias antes de Hiroshima – há homens criminosos mesmo em nome do desenvolvimento como a conversa de hoje com Delgado Domingues na Tv a falar de Almaraz
    uma criança aprende a ter medo quando se queima no gas do fogão ou mete os dedos nos buracos de uma tomada electrica que depois disso passou a ter tampa de segurança para quem gatinha não meter os dedos – é recente estae cuidado – tenho uma amiga que adotou um bebé – lindo – de uma fam+ilia muito pobre de trás-os-montes – a claudinha, a gatinhar, meteu os dedos na ficg«ha e ficou SEM o labio inferior com o choque e ficou com “atrazo mental”
    agora é a energia nuclear – vamos ver – se as dezenas da alenhanha e frança serão encerradas como tem sido dito – não acredito – tudo anda à volta de construir não importa o quê para ser mais baratinho viver mas — morrer tanto faz – o tal desenvolvimento imparável – não seiu contra – mas não haverá limites – quem é que bebe cicuuta voluntariamente ?’ quem se atira de parapente na cratera de vulão ?? há perigps perfeitamente determinhados e poder-se-ía estudar ALTENATIVAS e não são com certeza as ventinhas eólicas que não matam o homem mas o ambiente vivo do homem – o que dá no mesmo

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