38 Anos a Correr Por Gosto

Não. Não digam os meus adversários socialistas que eu instigo ao ódio, ao ódio pelo Partido Socialista, ao ódio pelo seu ex-líder, o Nefando Primadonna. Não instigo a coisa nenhuma desse teor. Tenho instigado, sim, à indignação com ambos, que é coisa bem diversa e tem como escopo isto: Justiça! Fim da impunidade! Clareza e clarificação totais e absoluto escrutínio ao cêntimo. Se olharmos placidamente para o que têm sido estes trinta e oito anos de ‘democracia’ partidocrata e impunitária, verificamos ter havido uma corrida entre o PS e o PSD, cuja meta vitoriosa foi a disputa pelo título de partido mais daninho aos interesses gerais, o mais ávido com dinheiros públicos, o mais hibridado Partido-Estado nesse oportunismo glutão sobre o Erário. Quem supera a meta em primeiro lugar? Qual deles chega ao Juízo da História como, simultaneamente, o detentor do ónus da devastação do nosso Presente e do nosso Futuro e o ‘prémio’ do mais corrupto porque num círculo estéril autotélico? O PS. O PS tem-se revelado muito melhor atleta de fundo e de velocidade. Vence essa corrida com largo avanço porque, dir-se-á, corre por gosto, para nosso desgosto. A questão é colocar os tribunais a limpar, desde logo, o PS, mas também o PSD. Nesse dia, seremos mais felizes e dormiremos melhor. Declaração de interesses: sou católico, democrata e monárquico. República ou Monarquia, os Regimes falham quando os respectivos povos, sem qualquer necessidade e sem qualquer explicação, permanecem pobres. A República Homicida de 1910 falhou. Já só nos falta a indignação pacífica que gere uma mudança.

Comments

  1. João Paulo says:

    Em Democracia, o meu ajuste de contas com os eleitos é feito nas urnas. Se há crime, o Ministério Público que avance. Se há erros políticos, que sejam os eleitores a decidir. Não sou pela a judicialização da politica. JP

  2. palavrossavrvs says:

    EU SOU pela judicialização da política por não haver outra saída. Os erros políticos não deveriam passar de erros políticos. Porém, são muitíssimo mais que isso. São crimes. O Ministério Público não fará a ponta de um corno nada enquanto se não descontaminar dos partidos. Veja Pinto Monteiro: não passa de um mero Tampão e Agente do PS.

    Deveria ser o nosso baluarte e estar do nosso lado, sem partido, sem dinheiro, sem interesses estabelecidos. Ora esse País, João Paulo, ainda não Existe.

  3. Zuruspa says:

    A monarquia homicida de 1143 falhou, a monarquia homicida de 1385 falhou, a monarquia homicida de 1580 falhou, a monarquia homicida de 1640 falhou, a monarquia homicida de 1826 falhou…

  4. Zuruspa says:

    Deve haver judicializaçäo do dolo e da corrupçäo activa e passiva, näo da política. Ou entäo temos aberraçöes como a Hungria e a sua nova constituiçäo (ou a de Portugal de 1933).

    Na Isländia o antigo primeiro ministro está a ser julgado, näo pela política, mas pelo dolo causado pela sua actuaçäo corrupta. O mafarrico está nos pormenores!

  5. LUCINO DE MOURA GONÇALVES PREZA says:

    Eu sou pela judicialização de todos políticos corruptos e que puseram a maioria dos portugueses a ” pão e laranja” aquando dos roubos praticados por alguns socialistas e PSD.
    O Ministério Público jamais fará absolutamente nada contra esses gangs que estão a solta e que a nossa custa e com o nosso sacrifício, estão a gozar tudo quanto subtraíram ao erário público. Veja o que o Mascarenhas fez… mandou cortar a tesoura tudo quanto a polícia judiciária tinha apanhado nas escutas nas quais entrava o Sócrates. Assim, continuarão impunes por toda a vida. Neste entretanto, as léis do nosso país deveriam ser iguais às da Filândia. Político corrupto, político no tribunal.
    Caro João Paulo: certo é que nas urnas também esses ladrões serão penalizados, mas o que interessa serem penalizados se os furtos já foram consumados ficando eles, a rir na nossa cara?… Ficam ricos na mesma e estão-se marimbando que em plena via pública lhes chamem ladrões, vigaristas e corruptos. O dinheiro já se encontra lá fora. Tão bem com qualquer português sabe muito bem o que o Sócrates, Dias Loureiro e Cia, nos roubaram…
    Não estão a levar uma vida de príncepes?…. O que lhes interessa as urnas se o objectivo foi atingido e cumprido?…

  6. palavrossavrvs says:

    Não é preciso, Zuruspa, armar-se em parvo. Em nenhuma dessas datas havia alternativas regimentais. Há milhões de anos, o antepassados do Zuruspa era o homo habilis ou o homo parvulus. Da mesma forma, também por cá não havia sacrifícios humanos, como entre as civilizações ameríndias. Mas o Zuruspa deve ser do tal partido para prescindir da Razão.

  7. palavrossavrvs says:

    Ninguém quer aberrações persecutórias e judicialistas em cima dos políticos. Mas ninguém quer este estado de escárnio sobre a miséria causada a milhões devido à gula homicida dos corruptos que também foram políticos. Sócrates é o exemplo máximo do escárnio sobre cidadãos e contribuintes. Ninguém sorriu mais amarelo nem mais cínico nem mais escarninho que ele, enquanto o País soçobrava.

  8. palavrossavrvs says:

    Ninguém quer aberrações persecutórias e judicialistas em cima dos políticos. Mas ninguém quer este estado de escárnio sobre a miséria causada a milhões devido à gula homicida dos corruptos que também foram políticos. Sócrates é o exemplo máximo do escárnio sobre cidadãos e contribuintes. Ninguém sorriu mais amarelo nem mais cínico nem mais escarninho que ele, enquanto o País soçobrava, Zuruspa. Mas o Zuruspa parece demasiado satisfeito com o que temos.

    Nota-se bem que a vida rola.

  9. MAGRIÇO says:

    Declaração de interesses: pela graça de deus sou ateu, republicano e democrata. E porque sou democrata e republicano, prezo muito a verdade e o rigor histórico, e confesso que não tenho em grande conta quem abraça causas por mero diletantismo e se lança em cruzadas líricas só para se fazer notar e ser diferente. Há quem lembre Buiça mas esqueça que um rei, em 1335, ordena o assassínio de uma mulher cujo único crime foi gostar do Herdeiro do trono, ou o outro que, em 1481, com vocação para carrasco, assassina, pelas próprias mãos, o primo, D. Diogo, Duque de Viseu; há quem refira recorrentemente os crimes da República mas esqueça, convenientemente, a venalidade de uma monarquia fraca e subjugada à igreja que permitiu 285 anos das páginas mais negras e vergonhosas da nossa História, que vitimou milhares de portugueses, o mesmo acontecendo nos anos 20 do século XIX com um príncipe ambicioso e narcisista que não hesitou em iniciar uma guerra fratricida só para fazer valer os seus patéticos “direitos Divinos”. Recomendaria que estes saudosistas de um passado que teve, a par de feitos heróicos inegáveis, os seus momentos de desvario elitista, antes de proclamarem tão frequente e demagogicamente que “os Republicanos têm as mãos manchadas de sangue”, referência ao lastimável episódio do
    regicídio, que vitimou, lamentavelmente, duas pessoas, se lembrassem que a Monarquia não só ficou também com as mãos sujas de sangue como tomou literalmente banhos nele.

  10. Zuruspa says:

    Só quem prescinde da Razão poderá declarar-se democrata e monárquico.
    Pelo que se nota (já no blogue próprio dele era visível) é que o que o move näo é o amor à justiça, é o ódio a um partido específico. Nisso, é igualinho aos defensores do Sócrates, a outra face da mesma moeda sectária.

    Já eu sou do Partido da Razäo, o do MAGRIÇO. E por isso quero o Sócrates a ser julgado por dolo, mas também o outro que já “reinou” com muito dolo de 1985 a 1995, e que agora se arma em santinho esquecido.

  11. palavrossavrvs says:

    Se odiasse o PS, odiaria Manuel Maria Carilho, Henrique Neto, António Barreto, Pina Moura. Ora eu amo-os. Já abominar sacanas [quando se lhes sofreu e conhece as sacanagens] é a coisa mais natural do mundo. Só os inconscientes de terem sido violentados não sentem nada, nada os move, nada os escandaliza, com nada se indignam. Eu apanhei do PS. O PS fez-me muito mal directa e indirectamente.

    O PS necessita de ser fustigado até perder as características sectárias, omertàlhistas, secreto-societárias e se dispuser a servir Portugal, em vez de ser servir de Portugal. Como isso parece impossível com os espécimens vigentes Lello, Silva Pereira, ASS, e outros reprodutores de versões à vez aos microfones, um bom serviço ao País seria ACABAR.

    Ora, Portugal merece tudo. Façam-nos o favor.

  12. palavrossavrvs says:

    Magriço, eu adoro escrever. «… confesso que não tenho em grande conta quem abraça causas por mero diletantismo e se lança em cruzadas líricas só para se fazer notar e ser diferente.»

    Sou diferente porque sou diferente. Abracei a causa monárquica porque acredito nela mais do que qualquer outra: a nossa decadência terá de ser invertida. Temos de regressar ao orgulho nacional saudável, ao pluralismo generoso, e ao brio pelo nosso vincado perfil universalista.

    Ninguém escreve para a obscuridade. Uma Lâmpada Acesa não existe para ser escondida num cofre. Se me fizer notar, óptimo. Algum valor e mérito terei.

  13. Pentesiléia says:

    Para quem se julga fidalgo, próximo da nobreza e se acha Jesus Cristo, o autor usa uma linguagem demasiadamente vernácula. Ainda corre o risco de o considerarem um vulgar plebeu…

  14. palavrossavrvs says:

    Adelaide, relativamente ao meu vernáculo, consulte os profetas, Oseias, por exemplo.

    Quanto ao resto, plebeu ou não, um soldado é um soldado. E é uma pena que o olho engorde perante obscenidades de linguagem e não perante obscenidades políticas e económicas.

    Olhe para a lua, Adelaide, e não o dedo do sábio que a indica.

  15. Pentesiléia says:

    Que comentário mais infeliz! Ficámos a saber que se considera não só um soldado – possivelmente um cruzado paladino que ainda sonha em libertar o mundo dos infiéis – (se assim for, recomendo mudar o seu pseudónimo para mentessavrvs, é mais apropriado) mas também, presunçosamente, um sábio, para além de um iluminado vidente que consegue inferir, vá-se lá saber como, que eu não contesto “obscenidades políticas e económicas”.
    Mas gostava, sobretudo, que me explicasse como é que, usando um pseudónimo, não respeita o anonimato dos outros. Aprendeu isso na catequese ou nos Paços Reais?

  16. MAGRIÇO says:

    Pentesiléia, aos iluminados e escolhidos tudo é permitido, até a insolência. Não leve a mal: é desta massa que saem os que ganham o reino dos céus…

  17. palavrossavrvs says:

    Pentelhoso, seja inteligente: qualquer cronista, qualquer escritor é um soldado pelas causas que abraça, ideias, convicções. Uma metáfora é uma metáfora. Quem escreve, ousa. Expõe-se. Na verdade, o meu nome é Joaquim Carlos da Rocha Santos, coisa que não escondo no meu blogue e aqui só por razões imediatas e práticas não pude ainda fazer constar.

    Convidado para o Aventar, já tinha conta no servidor e foi com ela que acedi ao espaço. Se parece que escrevo sob anonimato, na verdade não escrevo. Nunca. Basta pesquisar inteligentemente e assim constatará.

    Tenho outra visão de Portugal onde os jacobinos do Partido Socialista-Bloco Concêntrico de Interesses não mais prostituam o Estado nem chulem os contribuintes.

  18. marai celeste ramos says:

    Bem. Nem no blog há “paz” independentemente da postura intelectual e ideológica diferente espelho do que o país se tornou – todos demasiadamente iguais pelo “pouco edificante”e, já agora, se “malham” uns no PS e muito menos no PSD, gostava que me explicassem – para eu perceber porque sou mais ou menos burra ou estarei a embrutecer – qual a DIFERENÇA entre PS e PSD ?? – já foram diferentes de facto – hoje não vejo NADA de diferente começando oela autodestruição interna que extravaza para o “povo” porque espertinhos acharam que “tapa-me a mim que eu tapo-te a ti” podia cabar para eles – Jazem mortos a apodrecem e contaminam – não prestam – um só nome de homem digno em qualquer partido – PUTEDO – apodrecem – e contaminam como maçã pôdre em cêsto – pelo que a linguagem de muita gente incluindo aventar é também conseuqência desse apodrecimento e até a LINGUA e LINGUAGEM e OA – tudo o mesmo – nada vale nada – salve-se as 5 maravilhas – os rios mais belos – por enquanta enquanto a EDP não destruir mais – enquanto s Mota-Engil não se apoderar de mais – enquanto houver algo mais para sacar e destruir e o RESTO fica para a grande XINA com a inteligência da grande incapacidade declarada e o desprezo, que ainda não tinha sido tão óbvia da UE – nem sequer interessa agora a história – é o presente que está em causa e nem o futuro que não si o que é – quero o HOJE já

  19. palavrossavrvs says:

    A marai já leu Jorge de Sena ou Luiz Pacheco?

    O mal não está na linguagem.

  20. MAGRIÇO says:

    A grande virtude do Aventar reside na pluralidade de opiniões, mas como não me parece que pluralidade seja sinónimo de boçalidade, talvez se justificasse um pouco mais de exigência de qualidade quando convidam alguém a colaborar.

  21. palavrossavrvs says:

    O Aventar é plural e condescendente até com o pontual mau fígado dos aventadores porque há horas para tudo, também para a indignação através da hipérbole e do vernáculo. Um palavrão não destrói a Primavera da Liberdade de Pensar. Já um Ladrão da Política lixa a nossa esperança e expectativas. Do pensamento único jacobino-socialista, dono da opinião e do País, só se pode esperar o salazarizar da minha liberdade, conforme o Magriço preconiza.

    Pode o Magriço pode ressabiar e espumar à sua vontade, desprezivo. Não conta. Não é por um Magriço inchado que o pensamento será cortado e, se mo cortarem, brotará mais além até produzir os seus devidos efeitos: MUDANÇA. VERDADE. CIVILIDADE, RESPEITO ESCRUPULOSO PELO CIDADÃO E EXEMPLARIDADE IMPECÁVEL DOS TITULARES DE CARGOS POLÍTICOS.

    Vamos falando, Gordiço!

  22. Pentesiléia says:

    Parece que o Joaquim Carlos da Rocha Santos, vulgo “palavrossavrvs”, mostra alguma dificuldade em compreender o que lê. Para além do recurso, sempre fácil, a lugares comuns que nada têm a ver com o assunto principal, vem agora vitimizar-se com acusações pueris de que lhe querem recusar o seu direito a opinião. Li todos os comentários para me certificar de que não me tinha escapado nada, e confirmei a minha interpretação: a única coisa que se contesta é a linguagem pouco própria que utiliza, não aquilo que defende ideologicamente. Não sou puritana nem monárquica e não frequento igrejas, mas sou suficientemente educada para respeitar o direito dos outros de não apreciarem o vernáculo. Aliás, o palavrão é o recurso fácil de quem tem limitações de vocabulário e sofre de iliteracia. Parece-me ter lido num outro seu comentário que tem duas filhas: também usa essa linguagem em casa? Se usa, está na altura de ter a visita de uma assistente social.

  23. palavrossavrvs says:

    Pentesiléia, largue-me.

  24. palavrossavrvs says:

    Pentesiléia, ando à procura de me aperfeiçoar.

  25. palavrossavrvs says:

    Pentesiléia, nem eu ouso definir-me, reduzir-me, rebaixar-me, quanto mais a Pentesiléia que me não conhece e que não conheço. Gostava que nos amássemos, apesar das palavras agrestes e vernaculares que não são sintoma de nada. São momentos.

  26. palavrossavrvs says:

    Pentesiléia, é óbvio que tenho defeitos e normalmente não os escondo. Mas acredito na minha capacidade de sublime tal como na minha fraqueza e capacidade de ser rasca. Sou, repito, humano.

  27. palavrossavrvs says:

    Pentesiléia, passeemos juntos pelo parque e possamos sorrir-nos, sem medo nem agressão, ao olharmo-nos face a face. Veja as fotos das minhas filhas, mulher, sogros e pais no Facebook e verá que sou de carne e tenho momentos de menor classe e baixeza, mas isso me não resume.

    Hei-de ler à Pentesiléia a Ode Triunfal sem gaguejar e verá que tenho paixão na leitura de qualquer poema.

  28. palavrossavrvs says:

    Mas acima de tudo, caríssima Pentesiléia, largue-me.

    Ámen!

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