Letra O – Ônibus

O Acordo Brasileiro da Língua Portuguesa já entrou em força nas escolas primárias…
E como explica um pai a um filho que “ônibus” não existe, é uma palavra de outro país? 

Comments

  1. Já me mete nojo esta pacovice de importação!

  2. marai celeste ramos says:

    Ignorância e servidão – estupidificação de um país que perdeu o decôro – quem não sabe fazer mais nada faz “rotundas”

  3. J.V. says:

    O pai explica que é de outro país, mas que também é deste:
    http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=%u00f3nibus

    Aos críticos do acordo ortográfico, peço-lhes que vão ao dicionário antes de apontarem os escândalos, que de tantos falsos exemplos já começa a soar a difamação. Até poupo trabalho aos opositores: o “c” de facto e de pacto mantém-se, portanto não vale dizer “É um fato, de fato.” ou “É um pato entre patos”.

    Também peço não gastem todas as energias com o AO, há uma epidemia muito mais grave de anglicismos importados a pontapé que circulam abundantemente no português, e que talvez fosse conveniente combater (actually -> actualmente, realize -> realizar, luxury -> luxúria, etc.).

  4. J.V. says:

    E ónibus leva acento grave, não acento circunflexo.

  5. Canoilas says:

    Acento agudo, já agora.

  6. J.V. says:

    Foi uma falha grave. 🙂

  7. Isabel G says:

    Caro J.V., o que deveras acho preocupante é que, apesar de realmente se usarem os anglicismos que menciona, não se saiba o seu verdadeiro significado. Deixa este facto transparecer um pouco mais da ignorância encapuzada que para aí pulula.

    A bem da correcção:
    Actually = na realidade, efectivamente
    Realize = realizar (efectuar); compreender, ter consciência de (e é neste sentido que é mal utilizada!)
    Luxury = luxo

    E por sua vez:
    Actualmente = at present, presently
    Luxúria = lust

  8. LUCINO DE MOURA GONÇALVES PREZA says:

    Para mim, jamais utilizarei o novo acordo ortográfico somente para fazer o favor aqueles que usam o dialecto como língua materna… podem-me chamar ignorante, mas jamais abdicarei da língua de Camões, da língua que ensinou aos novos Mundo, a nossa querida língua mãe. O Português é uma língua latina e não um dialecto por conseguinte, por muito que custe a muito boa gente, serei sempre fiel e leal a ela. Qualquer dia, começo aqui a falar o “quimbundo” ou a disparatar nesse dialecto e, ninguém que não esteve em Angola, perceberá patavina. Ou os caboverdianos com o seu doce dialecto criolo e, garanto que ninguém perceberá patavina. Fico-me pelo meu rico e saboroso português tendo, em cada região, a sua pronúncia ou o seu significado, mas é a minha língua pura.

  9. Bruno says:

    A língua de Camões é que deve prevalecer, contudo, não sei porque a língua inglesa mantem as suas várias especificidades e todos da comunidade inglesa entendem-se- Só em Portugal é que se pensa na uniformização da língua. Fomos nós que demos Novos Mundos ao Mundo, logo não temos que perder as nossas características, pois um brasileiro (sem ofensa nem xenofobias) pronuncia recepção e nós escreveremos receção? Mas lembra a algum macaco alterar a nossa forma de falar? Há coisas mais importantes a resolver em Portugal e a língua com o passar dos séculos evolui. Agora temos que nos subjugar a alguém? Só acontece porque em Portugal só existem governantes mediocres, imbecis e ignorantes, onde qualquer burro e cacique chega ao poder, nem que seja numa JF, CM, AR, etc. Voltar há grafia portuguesa e não ao chincalhar actual.

  10. António Fernando Nabais says:

    JV

    Já que estava com tanta atenção aos acentos e já que tanto aconselha a consultar o dicionário, deveria ter notado que na fotografia publicada pelo Dario, a palavra está grafada tal como se escreve no Brasil, ou seja, com acento circunflexo, como poderá confirmar aqui: http://www.dicio.com.br/onibus/.
    Na pior das hipótese, portanto, deveria ter aparecido “ónibus”, com acento agudo, tal como se escreve em Portugal, mesmo depois do Acordo (essa coisa que não só não uniformiza como confunde). No entanto, mesmo que tivesse sido utilizada a palavra “ónibus”, isso faria tanto sentido, em termos didácticos, como querer ensinar a letra C, usando uma palavra como “caleche”. Não há, evidentemente, problema nenhum em aprender os termos que designavam os meios de transporte que já não se utilizam, mas numa fase em que se está a aprender a escrever, na Escola Primária (agora Primeiro Ciclo do Ensino Básico), não faria sentido.
    Há, efectivamente, alguns erros cometidos por quem critica o Acordo e é verdade que “facto” e “pacto” mantêm o C, mas também é verdade que têm começado a aparecer erros na escrita, graças à confusão criada pelo Acordo, o que prova que é um mau instrumento.
    A submissão aos anglicismos é o sintoma da mesma falta de verticalidade com que a maioria dos portugueses aceita tudo o que seja estrangeiro, prescindindo daquilo que já existe no português europeu: é por isso que tantos substituíram “bicha” por “fila”.
    O Português falado e escrito no Brasil não é melhor nem pior, é diferente. Era um descanso que se conseguisse aceitar isso, para continuarmos a conviver com as diferenças, sem xenofobias ou ajustes de contas entre antigos colonizadores e antigos colonizados.

  11. MAGRIÇO says:

    Nem mais, ó Nabais! (Perdoe-me a brincadeira, mas não resisti). Não podia estar mais de acordo consigo.

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