Há muito, muito tempo, havia algures em Portugal uma escola onde os Professores discutiam o que colocar num pano para levar a uma Manifestação. Depois de muita conversa, muita discussão, depois de um plenário para escolher a melhor frase, chegamos a uma conclusão muito simples: Deixem-nos ser Professores!
É com um sorriso amarelo e com aquela sensação de que se tem razão antes do tempo que fomos ler o relatório da OCDE (pdf) que indica um caminho: os Professores precisam de centrar o seu trabalho nos alunos. Têm que deixar de andar a brincar aos relatórios e às reuniões para fazerem o que lhes é pedido pela sociedade: trabalhar com os alunos.
A mensurabilidade dos dados da educação provoca um fenómeno aglutinador em que a estatística é mais importante que o ser humano. Ensinar implica educar, formar, escutar…
As escolas não podem ser reduzidas a fábricas de canudos em que a produtividade se mede por metas…
A burocracia acaba por ser uma forma de esconder a verdade. O simples resplandece o verdadeiro. O complexo esconde os defeitos da simplicidade.
Deixem-nos ser professores…
Deixem-nos melhorar a qualidade do ensino e não a quantidade de certificados…