Um plebiscito diário: a Monarquia

Sem sequer recorrermos às elaboradas teses velhas de séculos que consolidaram ou pelo contrário procuraram minar o poder real, parece-nos certo atalhar e colocar como padrão esta verdade insuspeita e indesmentível: o edifício monárquico do Estado é o mais justo, mais estável e aquele que propicia a melhor harmonia social.

O Rei João Carlos I cometeu um erro crasso, dando o gosto ao dedo no gatilho. Desde sempre a caça me pareceu uma coisa detestável e ainda criança, vivendo no paraíso cinegético que era Moçambique, sempre me recusei a esse tipo de “cretinismo escopeteiro”. No caso em questão, um disparate imperdoável, uma indecência.


 

Em Espanha existem mais de 3.000.000 de caçadores com licença, entre os quais, infelizmente está o próprio monarca. Embora tal apetite pretensamente desportivo seja para mim uma incógnita, há que reconhecer a sua existência. Se por cá temos republicana gente que parte para carabineiros safaris ou dispendiosíssimas jagatinas de golfe intra e extra fronteiras, tais notícias não passam de curiosidades para cinco minutos de charla. Pois em Espanha a coisa parece ser diferente. Conhecendo-se a situação periclitante da unidade do próprio Estado, há quem procure tirar dividendos de uma desastrada opção lúdica do monarca. Consistiu num inexplicável erro, é verdade, e tratando-se de reis, estas atitudes são escrutinadas da forma impiedosa que se sabe. Qualquer Presidente pode caçar livremente, ter luxuosas férias por conta de escroques da finança internacional, “vencer eleições” através de fraudes, ser ostensivamente subornado por um qualquer potentado centro-africano, mandar liquidar gente do Greenpeace a bordo do Rainbow Warrior, escutar adversários, criar redes de tráfico de influências, traficar diamantes e marfins de forma impune ou até ir amealhando acções, propriedades fora do registo público e outros malabarismos que a sua posição pública – ou melhor, política – lhe permite. Conhecem-se os nomes, todos de gente viva e de perfeita saúde.

Aos reis, tudo isto está muito justamente vedado. Os monárquicos devem ser e são exigentes. Como no 23-F de 1981 João Carlos I dizia a seu filho, a Monarquia é um plebiscito diário.

Na longa noite da Tejerada, D. João Carlos obrigou o então garoto D. Filipe a permanecer acordado, assistindo ao desenvolvimento da situação explosiva que o golpe criara no novel regime espanhol. Mais ainda, declarou tê-lo advertido quanto à “profissão real”, …”necessário sendo construí-la dia a dia, incessante e perseverantemente”. Aproximando-se dos oitenta anos, o homem que ainda há pouco tempo colocou no seu devido lugar o grotesco chefão de Caracas, parece ter-se esquecido de si próprio, partindo para um safari em terras quentes e ricas em grassa grossa. Fisicamente decaído, surge esgotado e não será difícil compreender o quão trabalhoso é o cargo que ocupa, mesmo descontando o longo período de expectativa e criação das condições que o guindariam ao trono e por sua mão, a Espanha à democracia plena.

Uma breve leitura das caixas de comentários nos principais periódicos espanhóis, apenas nos confirmarão muitos dos alegados preconceitos que normalmente são atribuídos aos nossos vizinhos: gente pouco curiosa pelo outro, ensimesmada, fanática por qualquer fait-divers, sanguinolentamente reactiva a qualquer minudência, por muito inconsequente que esta possa ser. É este, o caso. Em suma, bramem pelos oito milhões anuais gastos com a Casa Real – o cerne de todos os discursos é este – , desconhecendo totalmente o que se passa no seu arruinado “vizinho ibérico” e nem sequer remotamente sonhando com o elíseo regabofe parisiense. Pior ainda, mergulhados no seu castelhano-centrismo, olvidam o que significa uma república em Espanha, ou seja, a própria extinção desta denominação como uma entidade política no concerto dos Estados.

A Espanha está sob cerrado ataque. Cerrado ataque por parte da mafiosa plutocracia que se faz sentir na questão da dívida soberana e principalmente, cerrado ataque àquilo que neste momento mais deveria preocupar todos os espanhóis: as suas empresas, precisamente esses bem conhecidos polos de criação de riqueza que o regime da Monarquia Parlamentar conseguiu firmar em todo o mundo. Uma patética aventureira de marcantes características caudilhistas, num daqueles enxertos fascisto-leninistas, resolveu-se a uma golpada que precisamente há trinta anos, seria de outra forma tentada pelo seu antecessor Leopoldo Galtieri. Esta expropriação da YPF/Repsol, além de esconder o claro interesse privado da famiglia Eskenazi no assunto, subverte todas as regras do Direito. A um anúncio de expropriação precipitado pela descoberta de novas jazidas petrolíferas, seguiu-se um inopinado e vergonhoso ataque, ocupação da sede e expulsão dos gestores da Repsol e mais ainda, a ameaça de continuação do processo de extorsão, apontando-se o Santander, a Mapfre e a Telefónica como próximos alvos.

Entretanto e em Madrid, a dúzia e meia de tricoloridos “demócratas porque nada”, insiste em questões próprias do revistismo cor-de-rosa.

O Rei errou. Pois sim, e daí?

Comments

  1. Lá nisso estamos à frente, D. Pio nem uma pulga mata.

  2. palavrossavrvs says:

    Muito bem, Nuno. O nosso Estado moralizar-se-ia indubitavelmente com uma Monarquia aclamada pela esmagadora maioria dos que efectivamente votam. Só pode nascer da paz e da liberdade do voto. Não somos uma manta de retalhos nacionais ressentidos como Espanha, a qual, pelo contrário, tem na Monarquia O factor de unidade apesar de cada vez mais fragilizado e com esta crise eventualmente condenado.

    Caso se rompa esse vínculo, Espanha estilhaçar-se-á em múltiplas e fragmentárias repúblicas.

  3. “claro interesse privado da famiglia Eskenazi”? porquê? são chineses?

  4. Maquiavel says:

    Näo disfarces, NC-B. Aqui a questäo näo é só andar aos tirinhos a animais em perigo de extinçäo. Isso já é velho, a foto que anda a correr é de 2006.

    É apenas mais um escändalo, a gota hídrica que fez transbordar o copo. A mentira pregada aos súbditos, que näo aparecia em público porque “estava traumatizado com o tiro no pé do neto”. Afinal, numa altura em que os seus súbditos sofrem com um governo autoritário e austeritário (andam sempre aos pares), o desemprego em geral está nos 25% e o dos jovens nos 50%, o que faz o tal senhor que deveria ser o farol moral? Vai de férias, e mente.

    Já näo bastavam os 8 milhöes de euros directos mais os 52 milhöes de euros indirectos (näo leu o artigo aqui do Aventar?). Já näo bastavam os casos de família, com os genros (plural), a amante que já o acompanha em viagens, os responsos à rainha que deprimida passa semanas em Londres com o irmäo e sobrinhos.

    Mandou calar um Presidente da República eleito e plebiscitado mais vezes num ano que ele na vida toda, ele que recebeu o poder de um ditador sanguinário! Grande autoridade moral! Vê lá se entregou o trono ao pai, que foio opositor de Franco! Querias! Nem ao pai, nem ao filho, que se arrisca a ser o Umberto II espanhol.

    E concordo com o Palavrossaurus, deveria haver referendo à República. Poderia ser que dessa forma os monárquicos se calassem de vez com o assunto (sim, porque perderiam).

  5. Luís says:

    …”subverte todas as regras do Direito”
    Qual direito?
    O Direito do Carlos Menem que, tal como o PCoelho, mentiu para ser eleito e privatizou todas as empresas argentinas que davam lucro, gerando enormes fortunas a uma casta, enquanto colocou na miséria 16 milhões de argentinos?
    Um país que alimentou a Europa na 2ª guerra mundial hoje importa 95% do que consome?
    A industria de petróleo que dava emprego a 95.000 argentinos e hoje só emprega 15.000?
    Uma classe média extinta e uma casta de 10% que fica com 60% da riqueza ainda produzida?
    Após a privatização das águas mais de um milhão de argentinos ficaram sem água potável?
    O desemprego tornou-se inquantificável tal como a mortalidade infantil?
    Os sobreviventes da subnutrição tornaram-se cidadãos com atrasos mentais mais ou menos graves?
    Os caminhos de ferro que eram o principal garante do desenvolvimento foram praticamente desmantelados e dos quase 40.000 km de linhas hoje existem menos de 10.000 km?

    Qual Direito?

  6. Nuno Castelo-Branco says:

    Maquiavel, não estou a disfarçar coisa alguma. apenas digo aquilo que é óbvio. A caçada foi ilegal? Não. Ele viajou à conta do erário público como Soares fazia ao encher os aviões da TAP com amigos? Não. Errou no momento de dar o gosto (cretino, acho eu) de o fazer? Sim. A propósito, dê uma vista de olhos naquilo que a delegação da WWF declara acerca destes elefantes no Botsuana. Embora a caça – repito-o – seja para mim uma actividade repulsiva, existe e naquele caso, a população de elefantes é enorme e alguns são seleccionados para este tipo de imbecil diversão. É isso mesmo, por incrível que nos pareça.
    No que respeita aos tais gastos com a Casa Real (os 8 milhões + 52 indirectos segundo o Aventar), devia dar uma vista de olhos acerca do que se passa em Portugal: 17,5 milhões para Cavaco, + 3 ou 4 milhões para Eanes, Soares e Sampaio, fora os famosos “indirectos” (que não se sabe a quanto montam!) das mordomias, assessorias, viagens, “imponderáveis” (como o cortejo de limusinas de Praga até Barcelona, seguindo-se o voo no Falcon para ele e respectiva consorte, etc. Faça as contas e divida per capita. Simples.
    Quanto aos genros, apenas Urdangarin é indiciado por algo e não consta ter de ser o sogro a pagar pelo deboche. Veremos, pois os tribunais da “nefanda monarquia castelhana”, não funcionam como os da “preclara república portuguesa”. Ali é a sério, não duvide.
    O que me parece curioso, é este súbito repescar do interesse por questões privadas como “amantes”, a “rainha deprimida” (como é que sabe?), naquele exercício que nos remete para as lendas das “amantes de D. Carlos” (não foi descoberta uma ÚNICA carta ou prova até aos dias de hoje), o alegado “lesbianismo” de D. Amélia (quando antes “diziam” ser Mouzinho o seu “amante”), etc e tal. Curioso é observarmos que no país da Casa Pia/Pq. Eduardo VII dos deputados e ministros/secretários gerais, estas coisas de “amantes espanholas” interessem tanto. Pois, a galinha da vizinha é sempre mais saborosa que a minha…
    O bufão Chávez. Fez o Rei muito bem em mandar calar o parlapatão, eleito ou não. Tinha o tapioqueiro Chávez cinco minutos para falar na Cimeira, mas já zurrava há mais de meia hora, desrespeitando os homólogos presentes e dizendo todo o tipo de imbecilidades em que é pródigo. Para mais, o Rei João Carlos estava presente com o seu 1º ministro do momento e que inacreditavelmente se mantinha quedo e mudo. É que sendo Rei, ele não podia pactuar com aquela cascata de insultos dirigidos a Aznar, gostasse ou não gostasse do seu ex- 1º ministro. Em Espanha, diz-se que não gostava, mas no posto que ocupa, não há qualquer margem para gostos ou apetites ao estilo do sr. Sampaio. Ali não se “despacham” governos para se fazerem jeitos aos comparsas. É por isso mesmo que sendo um Estado plurinacional, a Espanha consegue a façanha de os seus governos completarem as legislaturas, quando aqui se opta pela dissolução e consequente envio dos ex para Paris ou Bruxelas.
    Mas, seriamente, quer sequer remotamente comparar o estatuto de “súbditos do monarca espanhol” com aquele que usufrui como “cidadão da república portuguesa”?

    João José, o caso Eskenazi é típico. Procura na net e verás quem são. Aliás, o leitor Luís manifesta-se preocupado com o processo de privatizações do escroque Menem. Pois sim, parece ser precisamente esse o caminho a prosseguir pela manicura da Csasa Rosada, a sra. Kirchner. Nacionaliza e depois logo se entregará o bolo a quem mais apetite terá no futuro próximo.
    Fala-se da Argentina como um sonho perdido algures nas brumas do tempo. Pois, sem sequer nos darmos a grandes trabalhos de pesquisa, podemos verificar que o declínio se acentuou enormemente durante o consulado mussolínico da dupla Peron, naquele populismo fascisto-bolchevizante sem qualquer sentido. Pelos vistos, não aprenderam a lição e estando o país à beira de complicações financeiras – logo sociais e políticas – e não podendo a manicura declarar guerra à Inglaterra, optou pela solução chavista que decerto lhe sairá bem cara. A política internacional é assim mesmo, gostemos ou não gostemos. No que respeita ao número de trabalhadores argentinos na indústria do petróleo, Luís , não sei responder-lhe mas de imediato me vem à cabeça aquelas fábricas têxteis da zona de Manchester onde existiam salas com mais de 1000 operários, hoje em dia substituídos por duas máquinas e 20 operários. Passaram umas décadas, lembre-se disso. Para mais, antes da descoberta da jazida petrolífera junto aos Andes (há pouco mais de 1 mês), a YPF/Repsol era para a Caudilha/Duce/Führer Kirchner, uma “empresa moderna, formidável”. Assim que foi descoberto o filão, chegaram os representantes da família Eskenazi. Pois… Tente verificar quando começou esse imparável declínio do país que na sua capital construiu avenidas que fazem inveja a qualquer cidade europeia. O Estado todo-poderoso em forma divina, nem sempre é o que parece prometer.

  7. viva el Rey Suarez says:

    Maquia à vela , os elefantes até são uma praga, senão houvesse reis e ex-presidentes da república e ex-ministros em safaris eles tinham pisado os hotentotes todos….
    não estou a disfarçar coisa alguma. apenas digo aquilo que é óbvio…o rey gastava muito mais se tivesse ido a uma cimeira ibero-americana só em serviço de quartos

    . A caçada foi ilegal? o rey teve menos pontaria que o Manel Alegre?
    Ele viajou à conta do erário público como Soares fazia ao encher os aviões da TAP com amigos? Não….encheu os amigos de dinheiro e depois estes por sua vez pagam-lhe uns luxos

    é mais democrático

    é verdade que Soares tem muito menos no Baer Bank do que o rey Afonso XIII lá deixou ao neto …..
    e deve ter aumentado
    logo o homem podia ter pago a viagem aos amigos em vez de os cravar

    iste quanto mais têm

  8. viva el Rey Suarez says:

    e nã se diz eskenazi somos Askhenazes ou Askhenasis pra nã con fundir com os nazis ahn

  9. viva el Rey Suarez says:

    fortuna d’el rey e da famelga real 1500 milhões ?

    de soares mal chegará aos 100 milhões…obviamente crava o estado nã pode cravar os amigos como o Manel Alegre até porque ele chateia-se com os amigos
    foi o zenha foi o alegre foi o sokras felizmente inda lhe sobra o Almeida Santos e o cunhado

    sempre é mais um que el rey

  10. Nuno Castelo-Branco says:

    Não, não estou enganado. Trata-se de uma família de empresários de nome Eskenazi. Se são askhenazes ou não, não faço a menor ideia, nem sequer terá isso qualquer relevância de maior. Os Eskenazi são empresários, precisamente ligados à dita YPF. Pode ver aqui:
    http://es.wikipedia.org/wiki/Enrique_Eskenazi

    Quanto ao “ter enchido amigos com dinheiro”, já agora diga-me como. No que respeita a Alfonso XIII, está a dar-me uma grande novidade, pois os biógrafos pró ou anti-Monarquia, garantem que os pais do actual Rei tiveram contas muito apertadas. Mais ainda, eram subsidiados por partidários em Espanha e entre estes de facto não se contava com o Caudilho Francisco Franco. Pois é, os franquistas têm um ódio de morte ao actual regime. Compreende-se.

  11. Maquiavel says:

    NC-B, é a própria rainha de Espanha quem o diz, näo sou eu.
    Os escândalos com os genros näo é só do Inácio estar preso. O Jaime já se divorciou da filha.
    Até para aceitar a nora (plebeia) foi uma guerra, até o Filipe lhe dizer que se näo a aceitava ele renunciava ao trono.
    Leia:
    http://www.elconfidencial.com/opinion/notebook/2012/04/15/historia-de-como-la-corona-ha-entrado-en-barrena-9048/

    O JC1 já anda às claras com a princesa Corinna Sayn-Wittgenstein e a mulher só faz é por frete
    http://www.elconfidencial.com/espana/2012/04/16/la-reina-dedica-solo-25-minutos-a-su-visita-al-rey-en-el-hospital-96238/

    Pensava que estivesse mais informado, afinal fala da monarquia espanhola como modelo para a nossa. AH, näo, isso era *antes* dos escändalos. Aaaaaaaaaaaaaaaah… e tal, monarquias sem escändalos… Marrocos, Arábia Saudita, Lesoto?

  12. Monarquia = Desigualdade Social…Não aceito que um tipo só porque teve a sorte de ter tido origem no esperma de alguém com título Nobiliático possa assumir funções de estado sem ter sido eleito pelo Povo…(directa ou indirectamente) Direitos iguais para todos…o homem quando nasce é igual perante a lei…na monarquia isso não sucede…há gente que automaticamente tem a sua vida orientada por causa do esperma do progenitor…

  13. Nuno Castelo-Branco says:

    Aires, olhe o que vejo em Portugal:
    República = Desigualdade Social…Não aceito que um tipo só porque teve a sorte de ter tido origem no esperma de alguém com título de doutor, engenheiro, comendador ou ex-Presidente possa assumir funções de estado sem ter sido eleito pelo Povo…(directa ou indirectamente) Direitos iguais para todos…o homem quando nasce é igual perante a lei…nesta República isso não sucede…há gente que automaticamente tem a sua vida orientada por causa do esperma do progenitor…
    Eu não diria melhor, obrigado pelo seu inestimável contributo. Compare a nossa República com qualquer uma – sim, qualquer uma – das Monarquias europeias. Verá que o seu estatuto de “cidadão” é incomparavelmente inferior ao de qualquer um dos “súbditos” da rainha Margarida II, Isabel II, do Rei Carlos XVI, João Carlos I, Alberto II e por aí fora.

  14. #10 Eu sei que existem, e com o pecado mortal de alguns terem militado na esquerda.
    Isso não quer dizer absolutamente nada, já o facto de a Repsol se preparar para vender a uma empresa nacionalizada chinesa quer e muito.
    O choradinho da Repsol é ridículo: comprou por 2 mil milhões, desinvestiu, aumentou os lucros, pôs o 3º produtor mundial de gás a importá-lo, e agora ainda quer 8 mil milhões por aquilo que ia vender por 7,7. Chama-se a isto um regabofe. De resto repara que o úncio país da América Latina que fez privatizações tão gravosas de riquezas naturais foi a Argentina de Menem.
    O escândalo europeu não passa de complexo de ex-colonos: a vizinhança achou perfeitamente natural.
    E é melhor não misturares o Chavez com petróleo, a malta pode sempre lembrar para onde iam os lucros do petróleo venezuelano antes dele, e apara onde vão agora.

  15. Nuno Castelo-Branco says:

    Maquiavel, falando em escândalos, torna-se demasiadamente cansativo enumerar as repúblicas, começando com a “nossa” e seguindo Europa fora, desde a francesa do escroque sarkozy e do indiciado por crimes Chirac, até ao mafiosismo italiano, putinesco, romeno, búlgaro and so on. Se quisr passar o Mediterrâneo, é uma maravilha! Comece pela Argélia, vá até à conta bancária dos Kadhafi, Mubarak, Ben Ali, Dos Santos, dos sobas do Zaire, Congo “francês”, Camarões, Tanzânia, Moçambique, Mali, Quénia e por aí fora. Na Ásia, então, outro deslumbramento ao qual pode copiosamente adicionar as Américas em peso, onde num continente que vai de norte a sul, só escapa o Canadá: uma Monarquia 😉

  16. Maquiavel says:

    Essa dos franquistas odiarem de morte o regime que criarem é do melhor! O próprio ditador sanguinário era monárquico, só que o Joäo “suposto 3” era democrata (ao contrário do pai, que empossou o ditador Primo de Rivera), e näo aceitou aquela aventesma assassina, e por isso se ficou só por conde.

    NCB, seja intelectualmente honesto e compare repúblicas africanas com monarquias africanas. Nesses regimes de que falou há um presidente-rei… para a vida, como nas monarquias. Só me dá razäo.
    E o mesmo para a Europa. A diferença é que mesmo nesses países de corruptos há cidadäos com poder de escolha, e se gostam dos escroques, re-elegem-nos, e a culpa é deles!!!
    Agora imaginem que o rei de Portugal fosse o Aníbal I… Credo!
    Pelo menos saberei que nos livramos da peste daqui a uns anos!
    Porque näo fazem os reizinhos como o Simeão 3 da Bulgária, que se propôs a eleiçöes? Tem medo de ser rejeitado, é? Referende-se a República, para calar de vez os monárquicos!

    Mesmo que o estatuto de “cidadão” português fosse incomparavelmente inferior ao de qualquer um dos “súbditos”, era ainda pior antes de 1910. Encare-o.
    A mania que vocês têm de que a Finländia, Alemanha, Áustria, Islândia, näo existem ou que säo pobres… e nesses os cidadäos têm mais direitos que qualquer súbdito. E por aqui me fico, já näo lhe dou mais trela.

  17. Maquiavel says:

    Näo é Simeão 3, é Simeão 2. Dá no mesmo.

  18. adão cruz says:

    Ah! Grande maquiavel!

  19. insulas ocidentaes. says:

    O Rei do Corvo vai a votos em Outubro;curiosidades…

  20. #13 Acontece que para se ter um diploma tem-se de estudar um pouco…não o temos logo no berço. Eu não sou um defensor deste tipo de democracia que temos (será que vivemos verdadeiramente em democracia?…) mas recuso-me que alguém seja mais do que eu só por ser filho de quem é…já reparou que os filhotes do sr. Duarte Pio, se estivéssemos numa monarquia, teriam automaticamente emprego garantido para a vida?(bem como todos os seus descendentes…). Há injustiças?sim e muitas!O poder económico dita as leis? dita sim! Mas eu posso escolher quem me governa (mesmo que a minha escolha não chegue ao poder)Mas de Monarquia já tivemos longos séculos em Portugal…e não foram com bons resultados…também..Isto está uma m****…sim está…mas o povo tem de escolher melhor quem os governa…mas pelo menos escolhe (eu sei que quem controla o poder pode distorcer esssa vontade de escolha e influenciá-la…) Eu numa monarquia nunca seria Rei mas numa república posso (hipoteticamente claro…mas haveria essa possibilidade…) vir a ser 1º ministro, presidente da república…

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