Associação 25 de Abril, 23 de Abril de 2012
- Portugal não tem sido respeitado entre iguais, na construção institucional comum, a União Europeia.
- Portugal é tratado com arrogância por poderes externos, o que os nossos governantes aceitam sem protesto e com a auto-satisfação dos subservientes.
- O nosso estatuto real é hoje o de um “protectorado”, com dirigentes sem capacidade autónoma de decisão nos nossos destinos.
- O contrato social estabelecido na Constituição da República Portuguesa foi rompido pelo poder. As medidas e sacrifícios impostos aos cidadãos portugueses ultrapassaram os limites do suportável. Condições inaceitáveis de segurança e bem-estar social atingem a dignidade da pessoa humana.
- Sem uma justiça capaz, com dirigentes políticos para quem a ética é palavra vã, Portugal é já o país da União Europeia com maiores desigualdades sociais.
- O rumo político seguido protege os privilégios, agrava a pobreza e a exclusão social, desvaloriza o trabalho.
Sem esforço consigo compreender a razão das calúnias e o desfilar de estupidez destes comentários.
É desagradável para os saudosistas ver acabar a sua bem-amada ditadura. Durante e nalguns tempos seguintes mantiveram-se debaixo da pedra para onde a sua cobardia os impulsionou. Não tiveram coragem para se contrapor. Porque não eram de brandos costumes, eram os cobardes que hoje já zurram bem alto.
É fácil e até reconfortante odiar quem o fez. Não reconhecer mérito e ingenuidade a quem abriu a porta a esta cáfila de ressabiados dos tempos em que os militares iam morrer para uma africa para defender a cambada de negreiros odiosos de pretos. Esses negreiros ainda hoje sonham com o mainato que espancavam a seu belo prazer e traziam submisso e faminto. Faminto de vários bens. Da liberdade que eles não só lhes negaram como hoje zurram contra os da mesma cor que se fartaram de morrer, lá longe para defender esse bando de canalhas. O odio hoje é contra os militares que tiveram a ousadia de se livrar do jugo de defender pérfidas criaturas. Podia ser contra outros, contra uma pedra, uma árvore. Não interessa que eles só sabem odiar e foi a odiar que viraram o preto contra. Foi o seu odio de estimação que provocou tudo. Mas eles só sabem odiar. Hoje é dos, que deles se livraram mas que lhes abriram uma porta para fugirem das suas tropelias. Poderiam ter lá ficado. Mas o odio e o medo do passado empurrou-os para o puto.
Chegados aqui, a grande ironia é que só se salva Portugal amouchando. Os chineses amoucham. Os argentinos amoucham. Os brasileiros amoucham. Os angolanos amoucham. Tudo quanto respira e parece humano, se quer comer e continuar a trabalhar, amoucha.
Quem não amoucha ainda não percebeu que não há dinheiro, que o dinheiro foi todo distribuído por Sócrates e está como o dinheiro dos Gregos: fora do País.
Alguns dos comentadores, cobardemente escondidos sob anonimatos idiotas, ainda não têm coragem para, de cara desvendada, defender os ideais fascistas que, no fundo, apadrinham. Tenham coragem, além da vergonha com que se encobrem.
A mim parece-me uma atitude muito pouco democrática. Não gosto de quem o povo elegeu, faço birra. Prontos.
E Mário Soares, associou-se. Como se no tempo dele Portugal não se transformou também num protectorado, com o FMI cá dentro.
Como se a descolonização não tivesse sido feita com Portugal a prestar vassalagem à URSS, agindo como um autêntico protectorado.
Depois admiram-se que le pen e quejandos arrecadem 20%.
Não me parece que esta seja uma boa maneira de defender a democracia.
Não cerrem fileiras, não. Ponham-se com birras destas, e não tarda temos o povo a entregar-se nos braços de um qualquer fascista bem falante.
Eu acho que têm muita razão.
Esta gente fez campanha a dizer o contrário do que faz mas também afirmando que o Salazar era “muito bom economista”.
Hoje aplicam a política que Salazar aplicou.
Merecem esta bofetada.
Mas quem é que merece a bofetada? O parlamento? O povo que elegeu os deputados? Que eu saiba a comemoração do 25 de Abril não é uma festa promovida pelo governo, que também é convidado.
o povo elegeu os deputados com um discurso (não falo em programa, ninguém lê programas) populista que não tem rigorosamente nada a ver com esta prática absolutamente nojenta!
agora… mário soares devia estar muito quietinho porque foi ele que (segundo ele próprio) obrigou sócrates a pedir a “ajuda” do fmi… brincadeira! nem sei como ainda consigo escrever estas coisas absolutamente pindéricas, xiiiico
Mas a direita sente assim tanto a falta dos que fizeram o 25 de Abril naquela coisa parlamentar, que passam a vida a criticar e a dizer que parece um 5 de outubro e não interessa a ninguém?
Houvesse decência e nenhum deputado de esquerda lá metia os pés. Até porque ainda se arriscam a ouvir que a culpa é só de um gajo que gastou tudo, enquanto se preparam para meter mais 3 milhões nos bancos todos.
Não me venham com a legitimidade democrática de um governo que foi eleito prometendo não fazer tudo o que faz ainda para pior. Já estávamos habituados, mas este passou todos os limites.
nada a acrescentar, João José Cardoso
Nada a acrescentar, João José Cardoso-mcor
A profundidade de análise de alguns comentários deixa-me completamente maravilhado! Não é qualquer um que tem a capacidade de fazer uma leitura racional e isenta da situação que se vive hoje em Portugal. Poucos teriam o rasgo de talento para descortinar, nesta condenação alargada das políticas que estão a hipotecar o futuro do país, levada a cabo por garotos medíocres convencidos que são génios, que a degradação da vida das pessoas, as arremetidas contra os direitos dos trabalhadores, a destruição do tecido económico nacional, do serviço nacional de saúde, da Segurança Social, as promessas feitas na campanha eleitoral a que imprimiram uma rotação de 180º, tudo isto, afinal, se resume a uma birra. Brilhante!