José Mattoso: a lição da História

José Mattoso, como muitos homens sérios, tem levado a vida a passar despercebido. Numa sociedade em que tudo se discute e em que todos discutem, é natural que haja demasiado ruído. Nesta entrevista, em contraste com esse mesmo ruído, é quase possível ouvir o timbre discreto da voz de um homem que sempre revelou uma enorme serenidade, o que não é incompatível com a clareza e a frontalidade.

Procurando não ser reaccionário, pratico um conservadorismo desconfiado, face a um mundo que ignora ou parece ignorar o valor da História como mestra da vida. Desde que, há uns anos, me apaixonei pela Idade Média, José Mattoso tornou-se uma referência fundamental. Hoje, e não só graças a esta entrevista, Mattoso é muito mais do que um medievalista; é um homem lúcido que reafirma o óbvio, como se pode confirmar nesta citação: “Os interesses corporativos viciam a democracia. O “governo do povo” não defende os direitos dos pobres e excluídos. Favorece quem já tem poder.”

Comments

  1. Um génio. Uma das maiores figuras do nosso tempo. Presumo que o António conheça o livro “Naquele Tempo”, uma colectânea de vários ensaios e conferências de José Mattoso, um verdadeiro tratado, não só histórico, como filosófico.
    Obrigada por me ter guiado até esta entrevista 🙂

  2. maria celeste ramos says:

    Eu estudei história no Colégio – 3 anos creio – pelo mesmo livro de Mattoso – mas não sei se é este do mail que me enviam ou se há outro Mattoso – pai ?? não recordo-obrigada

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  1. […] Fernando Nabais, no Aventar, May 01, 2012 at […]

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