Que solução para país?

Reconheço que é fácil apontar o que está mal mas apresentar soluções nem tanto. Por exemplo,salta à vista que o rumo do governo nisso a que chama cortar nas gorduras (que expressão mais infeliz) tem-se reduzido na diminuição dos serviços prestados aos cidadãos em em pagar menos a quem presta esses serviços. Grandes cortes! Os sorvedouros do orçamento de estado continuam lá. Madeira, BPN, empresas municipais criadas para desorçamentação e/ou duplicação de cargos de chefia, o gigantesco estado central, só para citar alguns, nem ao de leve foram tocados. Agora anda aí a tese de eliminar cargos de chefia mas, veja-se bem, isso não significa menos despesa. Apenas que essas pessoas terão menos trabalho e continuarão a receber o seu. Por outro lado, os impostos aumentam continuamente. Até com truques sacanas como essa hipócrita da segurança alimentar. Veja-se que, só no IVA, quase um quarto do preço do produto comprado são impostos.

Portanto, fazer o diagnóstico é fácil. Até temos um ministro que, antes do ser, já o tinha feito mas que agora, chegado à pasta da economia, é incapaz de solucionar os problemas que ele tinha identificado. Da oposição ouvem-se vozes a pedir uma política de crescimento. O que que é que isso significa? Meter dinheiro nas empresas? Linhas de crédito? Isto é o que tem sido feito desde há décadas e, veja-se só, estamos no buraco na mesma.

As vozes da oposição são exímias a fazer o diagnóstico do que está mal no país. Mas que soluções apresentam? Que soluções tem a esquerda para o país?

Comments

  1. ܓ̰ ܒMais Burocracia e mais papelada... says:

    3.1 Questões ……………………………………………………………………………………. 15
    3.1.1 O candidato apresentou declaração de oposição ao concurso? …………………………… 15
    3.1.2 O candidato apresentou declaração da procuração que confere poderes para apresentação
    da sua candidatura por outrem? …………………………………………………………………….. 15
    3.1.3 O candidato apresentou autorização para o exercício de funções docentes em Portugal? 16
    3.1.4 O candidato é portador de deficiência e apresentou declaração sob compromisso de
    honra, onde consta o grau de incapacidade, igual ou superior a 60%, e o tipo de deficiência
    prevista no n.º 1 do art.º 6.º do DL n.º 29/2001, de 03/02? ……………………………………….. 16
    3.1.5 O candidato apresentou declaração em como já foi cumprido, ou está dispensado do
    cumprimento do contrato de prestação de serviços com o estabelecimento de ensino particular ou
    cooperativo onde realizou a profissionalização, nos termos do n.º 7 do art.º 42.º do DL n.º 287/88,
    de 19/08? …………………………………………………………………………………………….. 17
    3.1.6 O candidato na situação de Licença Sem Vencimento de Longa Duração concorre ao
    concurso sem ter dado cumprimento ao disposto no n.º 3 do art.º 34.º do DL n.º 20/2006, de
    31/01, na redação dada pelo DL n.º 51/2009, de 27/02? ………………………………………….. 17
    3.1.7 O candidato encontra-se abrangido por penalidade prevista na lei? …………………….. 17
    3.2 Identificação do cândido dato

    ao cândido dato nã se olha o papelame

    faça em triplicado e assine de cruz

  2. Gorduras que expressão tão infeliz says:

    Lá por um indivíduo ganhar 40 mil por ano para distribuir a 18 mil ex-funcionários e seus herdeiros uns 20 mil eurros em correspondência e relatórios de contas dum fundo de milhão e tal de eurros (que distribui 20 mil de dividendos anuais)
    E começou em 1926 e teve em 2011 o 85º relatório de contas
    (coisa que aumentou em 400 mil a despesa do estado em funcionários e equipamentos dedicados a este fim)

    400 mil por ano para gerir um fundo de 1 milhão de eurros?
    chamar gordura a isto é excessivo..

  3. Gorduras que expressão tão infeliz says:

    Excessivo seria que se gastasse 1 milhão por ano desde 2002
    Agora em 2002 custava uns 200 e poucos mil
    tem acompanhado a inflação
    e cada secretária do administrador-delegados do dito ministério só ganha 1400 por mês e em computadores novos só foram 12000 eurros em 2010….com windows 7…

  4. Eu cá acho... says:

    que podiam ter mais valências

    administravam o tal fundo de 1927 até 1974 e os que descontaram para ele

    e tinham uma agência funerária para enterrar os que não respondessem às duas cartas anuais ou três

    em caso de ir para defunto tem um subsídio de 90 eurros a receber…

    gastar eurro e meio por ano nos CTT mais papel e impressão para dizer a um gaijo ou gaija que ganha mais 12 cêntimos para o enterro

    ao menos façam promoção de 50% em tumbas ou coisas assis

  5. nightwishpt says:

    “Meter dinheiro nas empresas? Linhas de crédito? ”
    Depende se as coisas são feitas a sério ou para dar dinheiro aos colegas… Se for a segunda como habitual com esta gentalha, é óbvio que não chega. Ver por exemplo as PPP, dsa quais não falou.

  6. patriotaeliberal says:

    “As vozes da oposição são exímias a fazer o diagnóstico do que está mal no país”

    Está errado. Há vozes vindas de todo o lado, até da troika, do FMI, eu sei lá, até cá no burgo.

    “Que soluções tem a esquerda para o país?”

    E o jorge continua a bater na mesma tecla. Já vários comentadores escarrapacharam aqui algumas, enviando links.

    Não entendeu ou não quer entender?

    Abra sua mente!
    E have a “bigger picture”.

    Fosca-se! Já não há c* que aguente!

    (Parece as revisões da matéria dada e a correcção do TPC dos sumários das aulas)

  7. jorge fliscorno says:

    #5 o que não me faltam são posts onde tenha batido nas PPP!

    #6 está a falar de quê?

  8. patriotaeliberal says:

    #7,

    Estou a falar da afirmação da citação que fiz e da pergunta da citação que também fiz. Mais precisamente e nomeadamente a 1ª afirmação do poste e a última pergunta do poste.

  9. Maquiavel says:

    JF, “Que soluções tem a esquerda para o país?”
    Leia (por exemplo) o programa de Governo do BE em 2009 e 2011, aquilo está pejado de soluçöes “extremistas” que hoje em dia já säo propaladas pelo FMI, essa perigosa organizaçäo de extrema-esquerda.

  10. jorge fliscorno says:

    Ora, patriotaeliberal, a pensar que me ia deixar aí uma solução.

    «Há vozes vindas de todo o lado, até da troika, do FMI, eu sei lá, até cá no burgo.»
    Dá-me razão, fazer o diagnóstico é fácil.

    «Não entendeu ou não quer entender?»
    Isto é uma pergunta retórica porque se não explicita a que é que se refere, apenas sobra a insinuação.

  11. jorge fliscorno says:

    Maquiavel, está a falar de quê? Da renegociação da dívida? Bom, isto é um tema tão vago que não se pode dizer que faz sentido ou não sem detalhar. Por exemplo, estamos a falar de baixar os juros? De não pagar parte da dívida? De prolongar o prazo de pagamento? Coisas muito distintas e com impactos diversos.

    Outra coisa que vem no programa do BE é o incentivo às empresas. Tem sido feito durante décadas com os resultados vistos. Idem para os incentivos ao emprego que mais não passam do que artifícios para camuflar o desemprego (ainda esta semana isto notícia por causa dos truques de esconder o desemprego com a formação profissional).

    Mais? Elucide-me, já que parece conhecer tão bem o programa do Bloco.

  12. jorge fliscorno says:

    Bom mas tendo lançado o repto, aqui ficam os meus cinco tostões de opinião.

    Antes de mais deixo já claro que não me revejo em nenhum partido com assento parlamentar e dos restantes nem lhes conheço as intenções. Aliás, há uns tótós da extrema direita que se fazem ouvir mas mais valia que mais ganharem juízo. Por vezes revejo-me nos programas eleitorais, como aconteceu com o programa do PSD, mas depois de eleitos é sempre a mesma treta, os programas vão às favas. E não tenho a menor dúvida que isto acontecerá independentemente do partido que ganhar, seja da extrema esquerda à extrema direita. Veja-se o que tem acontecido noutros países com diferentes sensibilidades políticas.

    Em primeiro lugar, há que destingir as consequências das causas. As primeiras são desemprego, instabilidade social, vida dura. As causas, quanto a mim, são
    – o elevado preço da energia (fóssil ou outra),

    – o dumping social e ambiental praticado pelas chinas, indías, etc. (que levam à deslocalização da produção para esses países ou, por outro lado, à importação da sua precariedade laboral),

    – a insustentabilidade económica baseada no crescimento (crescer 5% ao ano, por exemplo, traduz-se numa progressão geométrica, logo impossível),

    – a concentração de negócios em empresas que, pela sua capacidade financeira, acabam por ditar as regras do mercado, mais do que os próprios governos,

    – a banca com uma liberdade tal que cria uma realidade económica fictícia (graças aos entretanto conhecidos esquemas especulativos),

    – um estado com demasiado poder na economia, onde nada se decide neste país sem que o
    governo acabe por dar o seu ámen.

    Como é que se resolvem estes problemas?

    – O da energia é um dos maiores problemas actuais e um modelo de sociedade baseado noutro paradigma que não o transporte individual acabará, mais cedo ou mais tarde, por vingar. Esta mudança vai doer a muitos, eu incluído. Talvez o tele-trabalho, em alguns casos, possa ajudar. Mas a sociedade precisa de maior organização. Noutros países em que trabalhei, o carro não era tão preciso. Aliás, uma vez estive dois anos sem carro e trabalhava fora da cidade. Mas aluguei casa perto do local de trabalho, a rede de transportes pública estava desenhada de forma que todos os transportes estavam articulados e tinha uma bicicleta. Mas em Portugal não há planeamento. Compra-se casa num subúrbio, os locais de trabalho estão longe, cada transporte público funciona como uma ilha, o carro é muitas vezes imprescindível. Porque é que isto não muda? Dado que esta situação alimenta muito imposto (carro, casa, combustíveis), é capaz de existir pouca vontade política.

    – O dumping social e ambiental é terrível. Quantas empresas não fecharam recentemente para irem para estes paraísos de exploração? E no entanto, os produtos produzidos nesses países competem em pé de igualdade com os que sejam produzidos em Portugal. As fronteiras não podem estar abertas a esta desigualdade. Mudar isto implica uma mudança ao nível europeu mas já começa a ser tarde. Vejam-se as posições que a China tem comprado nos diversos países europeus. Claro que o poder económico transferido da Europa para a China lhe permitirá, cada vez mais, ditar as regras do jogo. Para que isto mude é preciso vontade e unidade europeia. Não será fácil.

    – De cada vez que se fala de economia, lá vem a conversa de crescer x% ao ano. Mas vejas-se, a população portuguesa estagnou, logo porque precisaremos de crescer, crescer, crescer? Até porque crescimento não significa, directamente, melhoria das condições de vida. Mas isto é um paradigma global e não estou a ver como possa ser contornado. Parece-me que procurar o equilíbrio fará mais sentido.

    – Nos dias de hoje os países já não são as unidades de decisão. As empresas, ou usando um estrangeirismo, as corporações, são quem de facto mexe os fios da marioneta. Os países digladiam-se pelas empresas e estas têm-nos na palma da mão. Veja-se o exemplo recente da Deplhi que recebeu tanto dinheiro do estado português e, quando bem entendeu, deu o fora. Este modelo económico é prejudicial para os cidadãos mas não faço ideia de como se pode mudar.

    – A banca tem um poder inacreditável. É a maior proprietária do país (por causa da habitação) e, mais do que factor de desenvolvimento, tem sido um entrave. Com a bênção dos diversos governos que tardaram em fazer uma nova lei do arrendamento, a banca foi capaz de pregar todos os cidadãos a um pedaço de cimento, limitando a sua mobilidade quanto à procura de emprego. Além disso, a banca e a política têm-se misturado numa desavergonhada promiscuidade, de que o BPN é, possivelmente, o maior exemplo. A banca não pode ter esta rédea livre. A banca tem que poder falir como qualquer outra empresa pois enquanto sentir as costas quentes pelo bafo do estado, nunca há-de perder este comportamento de arriscar sem medo do risco.

    – O estado, finalmente, tem um poder excessivo. De boas intenções está o inferno cheio e bem podem dizer que o problema não é o estado mas sim as pessoas. O facto é que essas pessoas só fazem o que fazem porque o estado lhes dá esse poder. Eu não acredito na bondade da natureza humana e, como tal, prefiro que, em termos económicos, o estado tenha menos poder. Nomeadamente, e antes que me me lancem o habitual discurso do neo-liberalismo, o estado devia ser obrigado a publicar em detalhe as suas contas, não devia ter a possibilidade de fazer os ajustes directos que faz, nenhuma obra pública devia poder ser decidida sem uma prévia aprovação pelos cidadãos (que, afinal de contas, a vão pagar!). Vejo o estado como quem deve garantir a soberania, a educação, a segurança social e a saúde. Há um conjunto de bens públicos (água, electricidade, transportes, redes de comunicação, estradas, etc.) que, independentemente de serem públicas ou privadas, precisam, isso sim, de intervenção do estado para realmente os regular. O meio termo não é fácil de encontrar e nem tenho pretensão de o fazer num parágrafo como este. Mas a minha leitura é que o estado que actualmente temos, que dita todas as regras da economia, é um entrave. Só dois exemplos. Só no dia 1 de Maio é que o registo dos domínios internet em portugal foi aberto. Porquê? Porque o estado, na pessoa do ex-ministro Mariano Gago não deixou que isso fosse feito cinco anos antes. Esta pessoa teve um poder que não se justifica e, o facto, é que agora o bloqueio desapareceu. Outro exemplo foi a OPA que a Sonae quis fazer sobre a PT. O estado não deixou. Porquê? Porque sim.

    Bom, se conseguiu ler até aqui, parabéns pela paciência 🙂 Foram os meus cinco de tostões de opinião.

  13. joao says:
  14. joao says:
  15. jorge fliscorno says:

    Obrigado, irei ler.

  16. joao says:
  17. joao says:

  18. nightwishpt says:

    Mais ou menos, isso, fliscorno.

    Agora, quanto a subsídios e renogociações, isso são simplesmente inevitabilidades que não podem ser adiadas nem corrumpidas, senão voltamos ao mesmo.
    Para isso, também é preciso um sistema democrático mais transparente, com liberdade de voto no parlamento, voto preferencial (por exemplo. Bónus: Quem é que prometeu isto?).

    Ou seja, nunca mais nos safamos…

  19. jorge fliscorno says:

    «A moeda única foi um garrote que se abateu sobre as economias menos desenvolvidas impedindo-as de terem condições para crescerem mais rapidamente que as economias mais desenvolvidas visando a convergência real, de reestruturarem adequadamente as suas estruturas produtivas e de promoverem o progresso social das suas populações, dos trabalhadores.» (http://www.pcp.pt/node/249935)

    A moeda única impediu que ciclicamente se desvalorizasse a moeda para se taparem buracos orçamentais. Infelizmente, mesmo sem a moeda única, os buracos continuaram a aparecer. A diferença entre existir moeda única ou escudo está num simples facto: com moeda nacional todos empobreceriam de forma igual. Mas o problema da banca rota chegaria mais cedo ou mais tarde e, não haja dúvidas, os cortes que agora nos estão a cair em cima chegariam na mesma.

    Se este artigo está aqui para demonstrar uma alternativa à crise, então está enganado, João. Sair do euro não é alternativa alguma. A saída apenas nos empurraria mais cedo para o mercado. É a minha convicção e é a de muitos economistas para além de Octávio Teixeira e de Eugénio Rosas.

    «Designadamente, impõe-se reformular os objectivos do BCE. Virando-os para o apoio ao crescimento e ao emprego, para o combate à especulação financeira quer através da sua intervenção directa quer instaurando controlo de capitais de curto prazo e, no momento presente, apoiar a reestruturação das dívidas soberanas em condições económica e temporalmente sustentáveis.» (http://www.pcp.pt/node/249935)

    Tradução: o estado (ou neste caso, o meta-estado “Europa”) como criador de emprego. Isso foi experimentado em diversos locais mas não correu bem.
    Quanto ao combate especulação, não faço ideia como se combate. Dinheiro é poder e o poder faz as leis. Custa-me acreditar que seja um banco, mesmo o BCE, que tenha a capacidade de mudar a partir de dentro.

    «É indispensável substituir o princípio do livre comércio sem quaisquer entraves pelo do comércio justo e pela defesa dos bens e serviços públicos.» (http://www.pcp.pt/node/249935)
    O livre comércio deve continuar a existir mas a imposição de taxas sobre produtos com dumping social e ambiental devia ser uma realidade.

    Este link
    http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2012/05/benditos-sejam-os-estudantes-de.html
    só pode ser gozo.

    «Em 2008, e sobretudo em 2009, conhecemos as consequências de uma crise iniciada num sistema financeiro tão liberalizado quanto disfuncional, a antítese real da hipótese ficcional dos mercados eficientes tão do agrado de Gaspar.» (http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2012/04/austeridade-nao-funciona.html)

    A premissa começa logo mal. Vejamos, só se ficou na mão dos que têm dinheiro (vulgo especuladores) porque o endividamento do país saiu fora de controlo. Isso associado ao desmoronar de uma economia que deixou de produzir (a produção deslocou-se para oriente) levou ao colapso. Os juros apareceram porque quem tinha o dinheiro nos agarrou pelos tomates.

    « Em conjugação com o apoio, infelizmente sem contrapartidas de controlo público, ao sistema financeiro e com um residual impulso deliberado ao investimento público, cerca de 0,5% do PIB num défice que passou de cerca de 3% do PIB, em 2008, para 10%, em 2009, o outro lado do comportamento dos agentes privados, evitou-se o regresso de uma depressão e iniciou-se a recuperação económica: de uma quebra do PIB de 2,5%, em 2009, passámos para uma recuperação de 1,5%, em 2010.» (http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2012/04/austeridade-nao-funciona.html)

    Sim, o BPN deveria ter falido. A nacionalização foi apoiada pelo BE e pelo PCP. Quanto ao resto do texto, fundamenta a minha tese: é fácil apontar os erros mas onde é que estão as soluções. Não vejo lá uma.

    Quanto a este texto
    http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2011/23-2011-Estado-a-que-Pais-chegou.pdf
    Começo a suspeitar que o João fez uma pesquisa pela net, encontrou umas cenas e despejo-as aqui. Onde é que neste estudo é apresentada uma solução? Novamente, muitos erros são apontados. E soluções?!
    Por acaso até concordo coma a análise apresentada. Por exemplo

    «A posição recente da esquerda em relação ao TGV, defendendo a sua construção numa altura de
    grave crise económica e social do País, em que as empresas públicas de transportes colectivos
    enfrentam gravíssimos problemas financeiros que se acumularam ao longo dos últimos anos,
    perante a passividade geral, em que os sucessivos governos as utilizaram para transferir uma
    parte dos défices orçamentais para elas, sendo também coniventes com os actos de má gestão
    dos “boys” que lá colocaram, em que a “solução” que vai ser imposta pela U.E., pelo BCE, e pela
    U.E., terá naturalmente custos elevados para os seus trabalhadores e para a população, mostra
    bem a ilusão de que os meios financeiros que o País dispõe são ilimitados e que tudo pode ser
    feito simultaneamente, sendo suficiente que “haja vontade politica”, e de que não é necessário
    fazer opções entre aplicações alternativas devido à escassez e ao endividamento do País
    .

    Tem a certeza que leu este texto? Não é por nada, mas as posições do PCP e do BE são um naditas diferentes 😉

    «Do ponto de vista económico/financeiro a mais importante é indubitavelmente, a da dívida externa que atinge
    60% do Produto Interno Bruto e que condiciona, obviamente, as possibilidades de crescimento futuro» (http://www.25abril.org/a25abril/get_document.php?id=205)

    60%? De quando é este texto? Foi o primeiro que apanhou na pesquisa? 🙂
    As propriedades deste PDF dizem que foi criado no dia 27-01-2009 às 10:06:17. Digamos que não é certamente uma resposta à nossa actual conjuntura, pois não? Muito se passou entretanto, nomeadamente, a bancarrota e a vinda do FMI. É que repare, os 60% há muito que se foram.

    Quanto às soluções apresentadas, bem fazem-me lembrar os planos quinquenais. Parece que não correram bem…

    Concluindo, muito diagnóstico, poucas soluções para a actualidade. Que é, precisamente, a tese do meu post.

    Que soluções tem a esquerda para o país? E não vale espetar aqui umas cenas googladas por aí que pareçam ter bom aspecto. 😉

  20. jorge fliscorno says:

    «Há mais, muito mais…»
    Sim, acredito. Há muito diagnóstico. Mas, e soluções?

  21. joao says:

    Mais esta:

    http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1883470

    Se as alternativas para se lidar com a situação são diferentes entre as que linkei?

    Claro.

    Mas há que manter as options open”!

    Se a ênfase é dada ao diagnóstico da crise?

    É normal. Só podemos ter alternativas se tivermos diagnósticos da situação.

    E, ao contrário do que se possa pensar, tais diagnósticos são inúmeros.

    Se até no diagnóstico há diferentes pontos de vista, imagine-se nas soluções….

    Mas vamos lá chegar. Se concordarmos no seguinte:

    – crescimento económico (com investimento do estado e com investimento privado)
    – utilizar verbas da UE para investimentos que ajudem a diminuir desemprego e a mover a economia e liquidez
    – reorganização do sector industrial, agrícola e de pescas
    – continuar a apostar na mão de obra qualificada
    – salários justos
    – leis laborais justas
    – combate ao trabalho precário
    – combate à corrupção, à fuga fiscal
    – …

    Claro que isto é todo um programa político e ideológico.

    Diagnósticos e soluções não são algo de “neutro e asséptico”. Ou se opta por uma política ou por outra.

    Lamento, mas é assim.

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